A Verdadeira História da Patrícia
A Patrícia é uma jovem que conheci numa urgência em Lisboa.
Simpática, agradável, respira independência por todos os poros, ambiciosa, inteligente e que presentemente é delegada de informação médica (de passagem, com refere).
Palavra puxa palavra (já o motivo da consulta ia longe) diz-me que tinha estado nos Estados Unidos a estudar uns anos antes e tinha feito um obrigatório seguro de saúde (coisa vulgar nos Estados Unidos da América do Norte) para estudantes estrangeiros.
Um dia adoeceu. Dores na coluna lombo-sagrada. Depois um abcesso. Foi levada por uns amigos americanos aos alternativos, "chiropractor" adianta, sem solução, ou melhor, com atraso na solução.
Mas...
Como tinha o tal seguro de saúde, decide ser tratada e operada num hospital local.
Fornece os dados necessários, as apólices, a identificação da seguradora, a sua identificação e é operada.
À data da alta, preparando-se para sair, eis senão quando lhe apresentam a bill:
- $71 Consulta
- $123 Chiropractor
- $931.70 Grupo Cirurgico
- $1572.34 Hospital (intervenção e internamento)
- $97 Medicamentos ($90 por Augmentin!!!!) (exclamação da Patrícia)
- $84 Clinica Pediatrica (interrogação da Patrícia, na altura com 18 anos)
- $450 Anestesistas.
PROTESTOU: então tinha um seguro de saúde e agora obrigavam-na a pagar 3 329 dólares (Novembro de 1997).
EXPLICARAM-LHE: o seu diagnóstico era "Pilodinal Cyst" e o facto de ser considerada uma situação congénita, o seu tratamento não é abrangido pelo prémio.
RELEU a apólice: lá estava naquelas letrinhas pequeninas, nas exclusões e que não elucidam quando se fazem os seguros.
CONCLUIU: bendito SNS português, que opera tudo gratuitamente (para já, logo não será!)
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