segunda-feira, junho 30, 2008

Lembram-se? Acusei-a a Medo de Simulação.

 E disse "sinistrose" para não aplicar a palavra correcta "SIMULAÇÃO". Auto-censurei-me, aqui.

Era aquela jovem que dizia insistentemente que sofria de "cervicalgia" e "lombalgia" incapacitantes. As juntas médicas sucessivamente consideravam-na apta para o trabalho.

Vendeu capas revistas, páginas de jornais, abriu telejornais, o Ministro interveio.

Queria a reforma, fazia teatro com os colares cervicais, bengalas, cadeiras e a companhia do seu pai.

Agora, aqui, no Correio da Manhã, vem a verdadeira história: Pode vir a ser despedida! Fala em milagre e já corre, salta e sabe-se que outras coisas fará!

Ainda não confessou qual foi o santo milagreiro, mas que o seu lugar é fora da administração pública e quiça na barra dos tribunais, não tenho dúvidas (essa e outras salgadas que por aí polulam e que levam à certa os nossos distintos jornalistas.)

Mas engraçado, engraçado é o título que o correiozito da manhã escolheu para a notícia: "Funcionária pública pode vir a ser despedida", em gordas. 

Simplesmente essa frase! O leitor ao passar os seus olhos, quer lá saber qual vai ser o funcionário público a ser despedido. Eles são mais de meio milhão...

quinta-feira, junho 26, 2008

Se a moda pega...

Internamento de Pediatria de hospital em Amarante fecha de Julho a Setembro por falta de médicos
26.06.2008 - 10h03 Lusa

O internamento de Pediatria do Hospital de S. Gonçalo, em Amarante, vai encerrar nos meses de Julho a Setembro, devido à falta de médicos, disse hoje a administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS).
A administração do centro hospitalar - que agrega os Hospitais Padre Américo, em Penafiel, e de S. Gonçalo, em Amarante - alega "escassez de recursos humanos na especialidade de Pediatria", situação que provoca "dificuldades na gestão de escalas nos meses de Verão". "Foi decidido transferir para Penafiel o reduzido internamento de Pediatria, nos meses de Julho, Agosto e Setembro, para assegurar a qualidade assistencial aos doentes, sem recurso aos Hospitais do Grande Porto, mantendo-se todo o esquema de funcionamento previsto ao nível da consulta externa e urgência", informa a administração do Centro. José Alberto Marques, presidente do Centro Hospitalar, garantiu que a medida é transitória e que o serviço de internamento será reaberto no Hospital de S. Gonçalo a 1 de Outubro.

Se a moda pega...vai haver outros serviços a adoptar esta medida, nomeadamente alguns centros de saúde de norte a sul !

terça-feira, junho 24, 2008

Um Esclarecimento do Gabinete de Comunicação e Imagem do INEM ao Post ""Mais uma do INEM ..."

A voz do INEM com o mesmo destaque do post:

inem deixou um novo comentário na sua mensagem "Mais uma do INEM ...":
Exmo. Autor,
sobre este post importa informar que o 112 funciona nas centrais de Emergência da PSP, sendo quem atende efectivamente as chamadas e encaminha para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM as chamadas relacionadas com a área da saúde.
Ora, nesta ocorrência, quando a vítima já se encontrava no Centro de Sáude, recebeu o CODU uma chamada do 112 alertando para a situação. Uma vez que a vítima se encontrava aos cuidados de profissionais de saúde, o INEM registou a situação explicando que, caso necessário, alertassem para a necessidade do envio de um socorro mais adequado.
Ou seja, o 112 e o INEM são dois serviços distintos e o INEM não recebeu qualquer pedido do Centro de Saúde. Assim sendo, como poderia actuar? Se o Centro de Saúde pediu socorro ao 112 (Central de Emergência da PSP), não tendo sido encaminhada a chamada para o INEM, como poderia esta Instituição enviar socorro?
Não se tratou assim de negligência por parte do INEM que todos os dias salva vidas e que apenas envia meios para situações concretas. A gestão dos meios de socorro é feita de forma criteriosa, para que estes meios não faltem em situações necessárias, situações essas que infelizmente, ocorrem com alguma frequência. Aquando da chamada recebida no CODU pelo 112, nunca se deu a conhecer a necessidade do socorro do INEM a uma vítima que se encontrava com profissionais de saúde.
Esperamos desta forma ter contribuído para um esclarecimento e apresentamos os melhores cumprimentos,
Ana F. S. Ros
Gabinete de Comunicação e Imagem
Instituto Nacional de Emergência Médica
Rua Almirante Barroso, 36 / 1000-013 Lisboa – Portugal
Tel. + 351 213 508 108 / Fax. + 351 213 508 183
e-mail: ana.ros@inem.pt
Internet: www.inem.pt

Assim se valoriza o trabalho dos Médicos de Família...

O Sindicato Independente dos Médicos alerta no seu site para uma lamentável confusão da Senhora Ministra que foge ao cerne da questão e se deixa "levar" pela sua qualidade de médica hospitalar... e pode ter dado uma machadada no capital de confiança que poderia ter junto dos Médicos de Familia...

A Senhora Ministra da Saúde perdeu uma boa oportunidade para moralizar e rentabilizar o trabalho médico nos Centros de Saúde.
É o que se depreende das suas afirmações à comunicação social de hoje, em suposta resposta a oportuna intervenção da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), vertida no Jornal de Notícias, onde esta associação sindical se insurgia contra o acréscimo inútil de trabalho pedido aos Centros de Saúde nas transcrições de Exames Auxiliares de Diagnóstico provenientes dos Hospitais.

Ora a Senhora Ministra reafirma a necessidade, por comodidade, de os doentes fazerem exames fora do Hospital, o que ninguém contesta, esquecendo, de forma imperdoável, que os Conselhos de Administração da maioria dos Hospitais do SNS impedem os médicos daquelas Unidades de Saúde de solicitar os exames necessários em credenciais passíveis de utilização convencionada. Assim, aos doentes, só resta solicitar/exigir a transcrição dos pedidos de exames nos Centros de Saúde, se não puderem deslocar-se aos Hospitais para os realizarem. E é esta situação que é absurda, abusiva e eticamente insustentável.

Senhora Ministra: acabe com a confusão e determine a obrigatoriedade dos médicos das Unidades Hospitalares solicitarem, em credencial própria do SNS, os exames que entendam e decorram da sua observação clínica, a todos os doentes que, por razões geográficas ou de comodidade, não possam, ou não queiram, deslocar-se aos Hospitais para os realizarem.

O que é totalmente intolerável é continuar a proteger a ilegalidade do envio dos doentes aos Centros de Saúde para médicos especialistas transcreverem o trabalho de médicos especialistas, já que é impensável que a Senhora Ministra desconheça que este problema existe, como parece deduzir-se das suas palavras televisivas.destacar...16 de Junho de 2008 o2/n1992/t1/G.L/6

Pilulas milagreiras

Vendiam anfetaminas a clientes que queriam emagrecer
24.06.2008, José Bento Amaro
Publico

PJ atenta ao negócio dos comprimidos para perder peso e ao dos que fazem aumentar massa muscular
Algumas dezenas de lisboetas que desejavam emagrecer andaram durante meses a consumir anfetaminas sem o saber. Pensavam que estavam a tomar comprimidos que lhes permitiam não ganhar peso, substâncias quase milagrosas, susceptíveis de dispensar dietas rigorosas e dolorosas. A partir de agora, e depois da intervenção da Polícia Judiciária, emagrecer será bem mais difícil para estas lisboetas, uma vez que as duas vendedoras dos comprimidos foram detidas.

Sugestivamente intitulada Cintura Fina, a operação desencadeada pela Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) identificou as duas vendedoras dos comprimidos que abasteciam a vizinhança, bem no centro de Lisboa. Tratava-se de duas mulheres de nacionalidade brasileira, ainda jovens, que aproveitavam as viagens ao seu país para virem carregadas com o produto, com o nome de "Senprofonex", que tem anfetaminas na sua composição e que, por isso, é um estimulante e, em consequência, um redutor do apetite.

Dizem os peritos policiais que o consumo excessivo de anfetaminas, para além de potenciar o emagrecimento dos consumidores, pode, em casos extremos, ter consequências fatais. As duas jovens vendiam a retalho, quase de porta em porta, espalhando cápsulas consoante as freguesas se sentiam mais ou menos esbeltas. Acabaram por ser descobertas, na passada sexta-feira, depois de uma operação inopinada dos investigadores da DCITE, que, nos últimos meses, tem dado especial atenção a este tipo de drogas, bem como às substâncias proibidas utilizadas nos ginásios e destinadas a aumentar a massa muscular.

O tráfico de anfetaminas em Portugal estará em expansão, a julgar pelo número de apreensões que as polícias têm feito.Em 2006, a Polícia Judiciária apreendeu mais de 33.700 gramas deste produto, bem como 96 comprimidos. No ano passado, as apreensões do produto em pó ficaram-se pelos 700 gramas, mas o número de comprimidos confiscados quase atingiu as 3 mil unidades.

As duas empreendedoras basileiras deveriam perguntar "Ei, cadê os outros ?"... porque são bem conhecidas as prescrições de nomes sonantes da nossa praça de pilulas milagreiras eventualmente tão perigosas como se tivessem anfetas...

E a charlatanice das dietas e produtos dietéticos milagrosos, que ora se suspendem ora se autorizam ? E os cremes, pomadas e mezinhas a metro ?

sábado, junho 21, 2008

Indo eu indo eu...a caminho de Viseu !

Fazem dezenas de quilómetros por um raio X
00h00m
teresa cardoso
JN
Ministério da Saúde tem três protocolos para Raio X convencional em Viseu, Lamego e Santa Comba Dão. Mas só dois são respeitados. Utentes recorrem à Cemedical. Gostam do serviço, mas gastam em combustível o que poupam em exames.

Os mais de 90 mil habitantes do concelho de Viseu não têm onde fazer um raio X comparticipado pelo Estado. Quem não quer ou não pode pagar aqueles exames, a custos de mercado, tem duas soluções: ir a Lamego ou a Santa Comba Dão. Isto porque a clínica protocolada na capital de distrito não faz radiologia convencional.

Entre as duas alternativas, os utentes optam invariavelmente pela Cemedical, em Santa Comba Dão. Compensará percorrer dezenas de quilómetros para fazer uma radiografia a um joelho, a um pé ou ao tórax? A maioria acha que sim. "Venho de Silgueiros, a 30 quilómetros de distância, quase sempre com idosos que não têm carro ou familiares disponíveis para os transportarem. Cobro 25 euros pela viagem já com o tempo de espera incluído. Muitos aproveitam para fazer mais do que um exame. Se fossem à privada, saía-lhes muito mais caro", testemunha João Pereira, taxista naquela freguesia de Viseu.
"Moro em Bodiosa. Venho fazer um exame aos rins. Se quisesse, neste caso, podia optar por Viseu. Mas já me habituei a vir à Cemedical. É também uma questão de justiça. Se esta clínica come os ossos, ao fazer aquilo que os outros não querem, também tem direito a realizar exames que rendam mais alguma coisita. Faço 80 quilómetros mas não me importo", corrobora Liberta Alexandre.

Os utentes chegam à Cemedical pelos mais diferentes meios. Mas é sobretudo de táxi e de carro particular que vencem distâncias de dezenas e centenas de quilómetros. Alguns aproveitam para fazer outros exames.
Mas nem só os utentes de Viseu recorrem àquela clínica privada.
Sérgio Américo, de Riodades, S. João da Pesqueira, fez 230 quilómetros para levar a mulher à Cemedical. Há 20 anos emigrado na Líbia, onde trabalha numa exploração de petróleo, explicou que o exame prescrito só podia ser feito em Viseu, a pagar, ou em Santa Comba Dão, neste caso por 15,70 euros de taxa moderadora. "Se fosse à privada pagava um balúrdio. Aqui é mais longe mas aproveito para almoçar e dar umas voltas".

Adalberto Tomás, administrador da Cemedical, reconhece que os exames de Raio X "são mal pagos". Mas diz que uma empresa como a sua, que tem investido milhões em instalações, equipamentos e recursos humanos, não se pode dar ao luxo de recusar trabalhos. "Até porque, atrás de um tórax, podem vir outros exames mais vantajosos na área da imagiologia", justifica.

Diferente entendimento tem a clínica Vale & e Ruas, Limitada, em Viseu. Apesar de ter um protocolo assinado com o Ministério da Saúde para fazer radiologia convencional, não aceita prestar estes serviços. "É verdade. Não sei exactamente quais são os motivos, mas creio que terão a ver com a sua baixa rentabilidade", disse ao JN uma responsável.

O coordenador da sub-região de Saúde de Viseu, José Carlos Almeida, lamenta que a sede de distrito não tenha resposta para os utentes que precisam de radiografias. Sobretudo quando há um protocolo em vigor. "Tínhamos dois. Um caducou, o outro mantém-se. As pessoas a quem o exame for recusado, devem fazer queixa nos serviços ou usar o livro de reclamações para que possamos agir". O dirigente explica que Viseu faz 92 mil exames radiológicos por ano que custam um milhão e 900 mil euros. "Contamos, ainda este ano, com a instalação de mais três laboratórios. As Unidades de Saúde Familiares vão dispor também de radiologia, e os hospitais vão abrir-se ao sector. Isto vai mudar".

Coisas De Que Os Media Não Falam...

No jornal Tempo Medicina, 1.º Caderno de 2008.06.23 (só acessível a médicos):

Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) contra pedidos de transcrição de meios complementares de diagnóstico (MCD) aos centros de saúde

«É responsabilidade dos hospitais»

Para Pedro Lopes, ao pedir aos centros de saúde para requisitarem MCD, os hospitais estão a utilizar «armas que não são correctas» para conter custos. A ideia corrobora a posição da Fnam, que adjectiva esta situação de «malabarismo contabilístico».
Segundo Pedro Lopes, quando os cuidados de saúde primários enviam um doente para o hospital «é porque esse utente precisa de cuidados médicos da rede hospitalar» e, a partir do momento em que entra na rede, «é responsabilidade dos hospitais» esclarecer a sua situação clínica.


Assim se resume a posição do presidente da APAH, perante a carta enviada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam) à ministra da Saúde, dando conta da «transferência da requisição de exames complementares de diagnóstico necessários para as consultas externas, para os médicos dos centros de saúde».
Na missiva lê-se que esta é uma prática da qual resultam «pesados prejuízos para a eficiência global do sistema» e «subversões na responsabilidade da prescrição» que procuram «unicamente "sacudir" as despesas» dos meios complementares de diagnóstico dos hospitais para os cuidados de saúde primários, que os requisitam ao sector convencionado.


Em declarações ao «Tempo Medicina», Pedro Lopes reconheceu que há «muitos hospitais» a reenviar os doentes para os centros de saúde com o pedido de realização de MCD. Por trás desta atitude «está a pressão [de contenção] dos custos» nos hospitais, admitiu o presidente da APAH, embora advirta: «Não podemos fazer cortes nos custos utilizando armas que não são correctas.» Em causa está o princípio do «prestador/pagador», que dita que «se o hospital prescreve tem de assumir a responsabilidade financeira» do acto, frisou.


Contudo, para o administrador o reenvio de doentes com pedidos de exames também se prende com a má referenciação. «Quando os clínicos gerais enviam doentes para a rede diferenciada, estes têm de ir devidamente estudados, o que por vezes não acontece», afirmou.

[Uma no cravo, outra na ferradura! Pois a investigação de um doente, a partir de certo ponto, geralmente a partir do diagnóstico provisório, compete aos hospitais ou médicos da especialidade respectiva. Acontece, geralmente, que os hospitais repetem exames já feitos, até posso concordar, porque se trata de uma questão de confiança do médico, por outro lado há muitos exames que os centros de saúde não podem pedir e outros exames que os médicos dos cuidados de saúde primários não dominam, nem lhes compete dominar: cateterismos, ressonâncias magnéticas, PET SC, muitas análises imunológicas, e muitos outras técnicas que têm evoluído. O que não se compreende é que os hospitais peçam ao doente hemogramas, rx de tórax, bioqímicas, ecg, ecocardiogramas, etc, muitas vezes para avaliar a evolução dos doentes aos centros de saúde. E o doente é que sofre, pois tem que andar de um lado para o outro apenas por motivos burocráticos....]

Um argumento categoricamente negado por Mário Jorge Neves, dirigente da Fnam. «Não é isso que se passa», disse ao «TM». O sindicalista contou «que a maioria desses pedidos não deriva do défice de informação clínica», pois as denúncias recebidas pela Fnam relatam que «aos doentes acompanhados nas consultas externas hospitalares é feita uma prescrição oficiosa para serem os médicos de família a fazer as prescrições oficiais».
Estas solicitações, que registaram «um aumento» nas últimas semanas», não passam, para o médico, de «malabarismo contabilístico dos hospitais EPE» para «sacudir» custos e apresentar melhores resultados, o que comprova «a falência rotunda deste modelo de gestão».
Além de que dificulta a vida aos médicos de família, «afogados em actividades burocráticas e administrativas» que limitam «a capacidade de resposta» à lista de utentes.
SIM reage a ministra
A ministra da Saúde, na visita ao Hospital de Santa Marta (ver pág. 10), reagiu à carta da Fnam, garantindo aos jornalistas que «a responsabilidade do serviço prescritor/pagador ainda existe» e que a observação do doente, o pedido de exames complementares e a prescrição terapêutica «é da responsabilidade da instituição que o faz».

[Como anda nas nuvéns. Gostava de saber, como médica pediatra quantas requisições enjeitou para os CS.]

Todavia, admitiu: «Em algumas situações, como os doentes que moram muito longe da instituição, pode ser pedido o favor ao centro de saúde para fazer o pedido de exames.»

[Porque não recorrem aos derviços convencionados da sua área de residência!]

Quanto ao facto de se tratar de uma medida para os hospitais conterem os custos e passarem a factura dos MCD para os centros de saúde, Ana Jorge foi peremptória: «Estamos a falar de dinheiro do SNS, não faz sentido.»
As palavras da governante motivaram uma nota do Sindicado Independente dos Médicos (SIM) na sua página da internet. Nela lê-se que «ninguém contesta a necessidade de, por comodidade, os doentes fazerem exames fora do hospital», mas também diz que Ana Jorge esquece «de forma imperdoável» que os conselhos de administração «da maioria dos hospitais do SNS impedem os médicos» de «solicitar exames necessários em credenciais passíveis de utilização convencionada».

[Uma grande verdade, de que ninguém fala!]

O SIM considera esta situação «absurda, abusiva e eticamente insustentável», e pede que a ministra «determine a obrigatoriedade» dos médicos das unidades hospitalares solicitarem, em credencial própria do SNS, os exames que considerem necessários.

Rita Vassal

sexta-feira, junho 20, 2008

Mais uma do INEM ...

Centro de saúde afirma que o 112 foi chamado por três vezes
Criança atropelada em Beja foi para hospital em carro de médico por falta de ambulância

20.06.2008 - 16h39 Lusa

Uma criança atropelada ontem perto do Centro de Saúde de Beja deu entrada naquela unidade com ferimentos graves, tendo sido determinada a sua transferência para o hospital. Após três contactos com o número de emergência 112 e sem que fosse enviada uma ambulância para o centro de saúde, a criança acabou por ser transportada para a unidade hospitalar no carro de um médico.

A criança, de três anos, foi atropelada cerca das 08h40, quando, acompanhada pela mãe, atravessava uma passadeira na Rua José do Patrocínio Dias, perto do centro de saúde, unidade onde foi inicialmente socorrido. Mas devido à gravidade dos ferimentos, foi decidido que a vítima teria que ser transferida para o hospital de Beja, tendo sido solicitada uma ambulância ao 112.

De acordo com a directora em exercício do Centro de Saúde de Beja, Edite Spencer, após "três chamadas" para o número de emergência, a primeira efectuada pela condutora do carro que atropelou a criança e "duas feitas pelo próprio centro de saúde", e de "uma espera de quase meia hora, sem que tenha aparecido qualquer ambulância para deslocar a criança até ao hospital", foi decidido transportar a vítima numa viatura particular.

"O estado da criança estava a agravar-se, não conseguíamos uma ambulância e, sem os meios necessários para actuar no centro, decidimos transportar a criança para o hospital no carro de um médico", contou à Lusa Edite Spencer.

Nas duas chamadas feitas a partir do centro de saúde, uma efectuada por um segurança e outra pela própria directora da unidade, o 112 foi informado que o centro de saúde "tinha uma criança acidentada e que precisava de ser transportada para o hospital".

Por sua vez, o 112, nas duas chamadas, disse que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) "já tinha conhecimento da ocorrência", referiu a responsável, lamentando que o centro de saúde "não tenha recebido retorno do CODU". "Neste caso, seria normal um médico do CODU contactar o médico do centro de saúde para se informar do estado clínico do doente e, dada a gravidade, activar o transporte, o que não aconteceu", explicou Edite Spencer.

Depois de esperar "quase meia hora" por uma ambulância 112 ou pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Beja, que "não apareceram", Edite Spencer, "com o consentimento dos pais", ordenou o transporte da criança até ao hospital "no carro particular de um médico do centro de saúde" e no qual seguiu "acompanhada por dois médicos e pela mãe".Segundo o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, que gere o hospital de Beja, a criança entrou naquela unidade "às 09h13" em "estado considerado grave" e, depois de submetido a vários exames complementares de diagnóstico, foi transferida, às 11h18, para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

INEM nega pedido de transporte inter-hospitalar
Contactado hoje pela Lusa, o porta-voz do INEM, Pedro Coelho, confirmou o registo de três chamadas para o CODU, "uma primeira, às 08h43, feita por um particular", "informando do atropelamento e dando conta que a criança já estava no centro de saúde". Seguiram-se, posteriormente, "às 08h51 e 08h53", outros "dois contactos da central 112 e não do centro de saúde, a perguntar se o CODU tinha conhecimento da situação", acrescentou Pedro Coelho. "Nas duas conversas com o 112, o CODU confirmou que já sabia da situação e que tinha sido informado que a criança já estava no centro de saúde e que aguardaria comunicação" daquela unidade "caso fosse necessária mais alguma intervenção", disse a mesma fonte. O responsável garantiu ainda que, nas três chamadas recebidas no CODU, "não foi feito qualquer pedido de transporte inter-hospitalar, entre o centro de saúde e o hospital de Beja". "Se tivesse havido esse pedido, não o teríamos recusado", frisou. Confrontada pela Lusa com a posição do INEM, Edite Spencer disse que o Centro de Saúde de Beja "não falou directamente com o CODU" porque tal "não faz parte do protocolo". "Tal como está protocolado, ligámos para o 112, que é a entidade que estabelece a ligação com o CODU", à qual, "por sua vez, compete accionar os meios de socorro e emergência necessários", sublinhou Edite Spencer, que disse já ter dado conhecimento do caso, "oralmente e através de ofício escrito", à Administração Regional de Saúde do Alentejo.

terça-feira, junho 17, 2008

Douro agrupado?



No Correio da Manhã de hoje, vinha esta notícia que trancrevo:

"A Comarca de Cinfães, concordou que o Concelho passe a fazer parte de um agrupamento de Centros de Saúde, juntamente com Amarante, Marco de Canavezes, Baião e Resende."

Notícia curta e enfiada num canto sem grandes alaridos, mas que me deixaram com algumas dúvidas.

1- A Camâra concordou, mas quem da Camâra, o Presidente? Foi aprovado em reúnião de Camâra? Foi a Assembleia Municipal?

Não se sabendo, a responsabilidade não pode ser atribuída.

2- Pensava que os agrupamentos eram propostos pelas ARS ao Ministro da Saúde, que por sua vez os promulgava em portaria, de acordo com os aspectos técnicos propostos pela Missão dos Cuidados de Saúde Primários e saído em legislação própria e não por aspectos políticos discutidos e aprovados onde menos se sabe e menos se publicita.

3- Pensava eu saber alguma coisa disto e estar actualizado!

Há 2.800 médicos e enfermeiros espanhóis em Portugal

As unidades de saúde de Portugal integram actualmente cerca de 1.800 médicos e de 1.000 enfermeiros espanhóis, números que estão «praticamente estabilizados» desde 2005, depois do «grande boom» registado nos anos anteriores, garantiu hoje um responsável associativo, Xóan Gómez, presidente da Associação de Profissionais de Saúde Espanhóis em Portugal, disse à Lusa que entre 2003 e 2004 se registou o «pico» de profissionais de saúde de Espanha a trabalhar em território luso, com 2.400 médicos e mais de 1.500 enfermeiros.«A partir de 2005, esse número estabilizou nos cerca de 2.800 profissionais de saúde [1.800 médicos e 1.000 enfermeiros], mantendo-se até hoje, embora nos últimos tempos sejam ligeiramente mais os espanhóis que regressam ao seu País do que os que procuram Portugal para trabalhar», acrescentou.«Entram menos do que os que saem, mas nada de extraordinário. Não há uma debandada geral nem pouco mais ou menos. É claro que num pequeno centro de saúde com 10 ou 12 médicos na sua maioria espanhóis, quando saem dois ou três já se nota uma grande diferença. Mas a verdade é que continua a haver médicos de Espanha a procurar emprego em Portugal», disse.
A título de exemplo, apontou o caso do distrito de Viana do Castelo, que desde Outubro de 2007 viu partir 16 médicos de Espanha, uma realidade «compensada» com a chegada de igual número de clínicos do mesmo país.«Nas unidades de saúde mais do interior, pode-se notar bastante diferença, mas, no cômputo geral do País, a situação está praticamente estabilizada», reiterou.
No entanto, admitiu que a «fuga» dos profissionais de saúde espanhóis para o seu País pode acentuar-se nos próximos tempos, «se Portugal não lhes voltar a oferecer estabilidade laboral e contratual». «Actualmente, Portugal apenas oferece contratos precários aos médicos espanhóis que vêm para cá trabalhar, e depois acontecem situações caricatas, como a que se regista onde eu trabalho. Eu, que sou quadro, ganho o dobro de um colega que está a contrato e que faz o mesmo trabalho que eu e que tem o mesmo número de doentes que eu. Ora isto é injusto e desmoralizador», referiu Xóan Gómez, médico galego que trabalha em Ponte de Lima. Sublinhou que, em Espanha, o Governo, ao deparar-se com a «crescente» falta de médicos, começou a oferecer «melhores condições» de trabalho aos profissionais de saúde, o que pode levar os espanhóis que laboram em Portugal a regressar ao país de origem. Um dos maiores «fornecedores» de profissionais de saúde para Portugal tem sido a Galiza, região autónoma de Espanha que, por causa dessa emigração, regista actualmente um dos menores rácios de clínicos por habitante - 430 por cada 100 mil, quando em Espanha a média é de 459 por 100 mil.
Também em número de enfermeiros a Galiza fica abaixo da média, com 487 por 100 mil habitantes, menos 49 do que a média nacional.
Lusa/SOL

Cada lado tem a sua opinião.

É um facto que médicos portugueses e espanhois que estão integrados nas carreiras médicas, têm de fazer os concursos públicos que lhes dão a categoria e grau para progredir na carreira.

Através destes concursos o seu conhecimento é também avaliado e são remunerados de acordo com as tabelas salariais correspondentes à sua categoria (em anexo ver em tabelas salariais), enquanto médicos indiferenciados espanhois ou de outra nacionalidade, estão a receber valores/hora/mês compatíveis com Chefe de Serviço em fim de carreira, com horário completo.

A lei do mercado começa a funcionar e no SNS as mãos dos responsáveis estão atadas para compensar/remunerar os seus melhores quadros médicos e para cúmulo benificiam que "assenta praça logo em general"!

De acordo com Rui Sousa Santos, ( presidente do conselho de administração do CHB) reage, dizendo "não ter condições financeiras para corresponder às exigências que estão a ser colocadas pelos médicos espanhóis, que tentam fazer valer as enormes dificuldades resultantes da falta de médicos na região alentejana. "Pagamos 3000 euros para os aguentar", enquanto os da carreira "têm se suar a estopinhas" para ganhar o equivalente."

Xoan Gomes tem outra opinião, como podemos comprovar pela notícia acima transcrita.

Mas o MEMAI sabe, por trabalhar com médicos espanhois do quadro e indiferenciados, que é verdade o que se passa no Baixo Alentejo, assim como em outras regiões!

Médicos Espanhóis regressam a casa...Porquê?


Médicos espanhóis estão a abandonar o interior do país
Público ( notícia na íntegra)
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O bastonário acrescenta que o fluxo migratório de clínicos espanhóis sempre viveu de vindas e idas. Dos cerca de 1500 que, em média, todos os anos e durante mais de uma década, chegavam a Portugal, 90 por cento regressavam ao seu país depois de tirar a especialidade. Pedro Nunes recusa partilhar as preocupações dos responsáveis dos serviços de saúde portugueses, alegando que tem havido "falta de inteligência" na forma como estão a deixar partir "quadros muito bons".

Sousa Santos [ presidente do conselho de administração do CHB] reage, dizendo não ter condições financeiras para corresponder às exigências que estão a ser colocadas pelos médicos espanhóis, que tentam fazer valer as enormes dificuldades resultantes da falta de médicos na região alentejana. "Pagamos 3000 euros para os aguentar", enquanto os da carreira "têm se suar a estopinhas" para ganhar o equivalente. O que acontece, acrescenta o presidente do CHBA, é que os espanhóis "vão-se embora quando ficam na posse do título da especialidade".

Nestas condições, investir na manutenção dos bons quadros, como defende Pedro Nunes, "é profundamente irrealista", quando "estamos impedidos de o fazer" devido às restrições orçamentais, que impuseram um congelamento da verba para a contratação de recursos humanos.

Algumas interrogações e constatações:

1ª Os espanhois têm muitas faculdades e formam muitos licenciados em Medicina... médicos indiferenciados ...que vêm fazer um Internato de Especialidade dos melhores da Europa á custa do erário público português...e que logo que possível regressam ao seu país

2ª A lei do mercado começa a funcionar e no SNS as mãos dos responsáveis estão atadas para compensar/remunerar os seus melhores quadros médicos

3ª Em Espanha as comunidades autónomas, nomeadamentre a Galiza e a Andaluzia, abriram milhares de vagas para médicos nos seus quadros públicos...daí a "fuga" que está a ter lugar no Norte e ainda no Alentejo e Algarve...

sábado, junho 14, 2008

ONU lança atlas com 36 anos de destruição ambiental em África


12.06.2008 - 16h03 PUBLICO
Degelo de glaciares e a rápida urbanização são apenas dois exemplos de 36 anos de degradação ambiental que estão a mudar o continente africano, reunidos pelos geógrafos da ONU num atlas apresentado esta semana na Conferência ministerial africana sobre Ambiente, em Joanesburgo.O atlas, com cerca de 400 páginas, mostra “como as opções de desenvolvimento, crescimento populacional, alterações climáticas e, em alguns casos, conflitos estão a modelar e a afectar os recursos da região”, explica o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua).Com 316 imagens de satélite captadas em cada país africano, em mais de cem locais, o atlas foi apresentado pelo Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki. Para facilitar a comparação, o livro mostra fotografias do “antes” e do “depois”, relativamente às transformações ambientais.A par dos problemas já conhecidos – como o degelo no Monte Kilimanjaro ou o desaparecimento do Lago Chade e a diminuição do Lago Vitória – o atlas mostra, pela primeira vez, imagens de satélite de mudanças menos divulgadas como o desaparecimento dos glaciares nas montanhas Rwenzori (Uganda) – que diminuíram em 50 por cento entre 1987 e 2003 – e o aumento da desflorestação que acompanhou a abertura de estradas na República Democrática do Congo, desde 1975.



Interessante, mas então a degradação ambiental do resto do mundo?


Certamente têm fotos do antes e depois da Europa, das Américas, da Ásia, da Oceânia e das regiões polar Ártica e Antártida.


Será que a ONU vai editar um exemplar por continente e região?


Porque não o publicitou já, ou acha que o degelo e a deflorestação em África, é que está a ser a responsável pelas alterações climáticas na nossa Terra?

Faro: hospital vai contar já este Verão com novo espaço para as urgências


13.06.2008 - 19h00 Lusa
A primeira fase do projecto de ampliação do serviço de urgências no Hospital de Faro deverá estar concluída no final do mês, com a entrada em funcionamento de um novo espaço pré-fabricado com 800 metros quadrados. A presidente do Conselho de Administração da unidade afirmou que o processo decorre a bom ritmo, estando a estrutura praticamente montada e aguardando-se agora a chegada dos equipamentos. "Os equipamentos estão agora a ser encomendados e pensamos que no final do mês ou início de Julho esteja tudo pronto", observou Ana Paula Gonçalves, dizendo que o processo está a correr de acordo com o calendário estabelecido.



Esperemos que o problema do espaço do Serviço de Urgência do Hospital de Faro se resolva em breve para bem dos utentes do mesmo, e não voltem a circular fotos com as condições mostradas o ano passado.

Esperando também que não se fiquem pelo espaço, lembrem-se que são precisos recursos humanos suficientes, de todas as classes profissionais que lá prestam serviço.

sexta-feira, junho 13, 2008

Perto de 500 bebés portugueses nasceram em Badajoz nos últimos dois anos

12.06.2008 - 15h36 Lusa
Perto de 500 bebés portugueses nasceram, nos últimos dois anos, no hospital espanhol de Badajoz, depois de encerrada a sala de partos da unidade hospitalar de Elvas, a 12 de Junho de 2006.O director médico do Hospital Materno-Infantil de Badajoz, Marcelino Moreno, adiantou à Lusa que, desde o fecho da sala de partos da cidade alentejana e até esta quarta-feira, nasceram na unidade espanhola "495 bebés portugueses". "Mais de 90 por cento das grávidas de Elvas e Campo Maior vêm a Badajoz, apesar de também poderem optar pelos hospitais de Portalegre e de Évora, o que, para nós, é uma satisfação", sublinhou o responsável. No âmbito do acordo celebrado em 2006 entre as autoridades de saúde portuguesas e as da Extremadura espanhola, o mesmo hospital de Badajoz atendeu, nos últimos dois anos, um total de "1471 grávidas" oriundas dos concelhos de Elvas e de Campo Maior. "Destas, 746 mulheres necessitaram de ser hospitalizadas durante a gravidez", acrescentou Marcelino Moreno. Segundo o mesmo responsável, os números acumulados de dois anos de protocolo "confirmam" que o hospital de Badajoz "tem capacidade" para realizar o atendimento às parturientes portuguesas, além das espanholas. "Em cada um dos anos, a incidência dos bebés portugueses tem sido mais ou menos a mesma. Com o passar do tempo, confirma-se o que sabíamos de antemão, que não teríamos uma incidência maior de partos no hospital", sublinhou. A sala de partos do Hospital de Santa Luzia, de Elvas, fechou a 12 de Junho de 2006 e, desde então, as grávidas daquele concelho e do município vizinho de Campo Maior podem optar entre a unidade de Badajoz (a cerca de 12 quilómetros) e os hospitais portugueses de Portalegre (cerca de 60) e Évora (a mais de 80).


Quem se lembra das manifestações pelo fecho da Maternidade de Elvas?

Ninguém, mas ninguém se revolta quando se passa para melhor, é assim e sempre será.

As crianças continuaram a nascer em Badajoz e qualquer dia para lá irão estudar, se assim for o caso.

quinta-feira, junho 12, 2008

De Espanha também vêm bons ventos...

Espanha: Lista de pederastas


CM, 04 de Junho de 2008

O Parlamento espanhol aprovou ontem uma proposta de lei que prevê a criação de uma lista nacional de pederastas a fim de melhorar o controlo sobre este tipo de delinquentes.


O projecto foi apresentado pelo Partido Popular, maior força da oposição, e teve o apoio dos socialistas do primeiro-ministro, José Rodríguez Zapatero.

Dando voz aos envolvidos

Eis o comentário aqui deixado a um post anterior e comentarios feitos:

Lino Gonçalves - Pai de Criança disse...
Em resposta ao ANONIMO. Eu so o pai da criança que morreu com cranio esmagado. Meu nome é LINO GONÇALVES e eu não esconde atras de ANONIMO. Eu não estou nesta luta para VINGANÇA ou GANHOS MONETARIOS como o senhor pensa. Eu sempre disse que a indemnização não me intressa. O que intressa é que justiça seja feita. Para, e pensa, o que fazia se voçê estava no meu lugar. Estamos nesta luta para tentar que o que aconteceu a nós não aconteca a ninguem, voçê não sabe a dor de perder um filho assim. Talvez por esconder atras de ANONIMO voçê deve ser daqueles que pensa no dinheiro e não justiça. Se quisere falar comigo o saber qualquer coisa deste julgamento pode enviar email que eu responde. jonathon02032002@gmail.com
Obrigado
Quinta-feira, Junho 12, 2008

quarta-feira, junho 11, 2008

Médicos de família "falham" peso correcto dos pacientes

09.06.2008 - 01h51 Lusa
Apenas 57 por cento dos médicos de família "acerta" no peso dos seus doentes e por isso muitos casos de obesidade são subestimados e mal tratados, segundo um estudo internacional apresentado no sábado em São Francisco, Estados Unidos.
Divulgado no 64º congresso anual da Associação Americana de Diabetes, um estudo de especialistas britânicos e norte-americanos comparou as descrições de peso feitas pelos clínicos com o real índice de massa corporal (IMC) dos doentes.Os resultados mostraram que seis por cento dos clínicos indica valores mais altos que o peso real e 37 por cento faz as contas por baixo. Duzentos médicos dos Estados Unidos indicaram os valores correctos de uma escala, que começa na categoria de peso abaixo do normal até à obesidade clinicamente severa. A maior percentagem (61 por cento) de peso subestimado pelos médicos diz respeito a indivíduos com excesso de peso, ou seja um IMC de 25 a 27,49 kg/m2. Logo atrás ficaram os grupos dos obesos (47 por cento) e dos obesos mórbidos (51). Os pacientes cujo peso foi subestimado receberam menos recomendações alimentares do que os avaliados correctamente. Segundo os investigadores, a identificação do excesso de peso e obesidade é crucial para a prevenção da própria obesidade e problemas médicos associados. Os resultados deste estudo sugerem que, com base apenas na observação, os médicos de família não reconhecem o peso correcto e consequentemente fazem um sub-tratamento de um elevado número de pacientes. Os clínicos acabam assim por subestimar a obesidade e a obesidade mórbida, sendo assim recomendado a medição do IMC, que inclui as medidas da altura e peso.



Este estudo foi feito nos USA e Grã Bretanha, os obesos portugueses não têm que se preocupar.

Por cá, os Médicos de Família, já usam tecnologia de ponta há vários anos, como balanças e craveiras para pesar e medir a estatura dos utentes, não o fazendo a "olhómetro" como nestes países desenvolvidos onde o estudo se desenrolou.

No entanto temos outras dificuldades, que são muito mais esbatidas depois de o Médico de Família assim como o utente saber que é obeso, para onde o mandamos?

Onde estão os nutricionistas dos Centros de Saúde?

Pais do bebé que morreu no parto com crânio esmagado admitem recorrer ao Tribunal Europeu

11.06.2008 - 13h26 Lusa
Os pais do bebé que morreu no parto no Hospital Amadora-Sintra em 2002 admitem recorrer ao Tribunal Europeu para encontrar a "justiça" que dizem não ter sido feita em Portugal, uma vez que foram hoje absolvidos os dois médicos envolvidos no parto.No final da leitura da sentença, Lino Gonçalves, pai do bebé, disse ter agora a certeza de que "os médicos são uma classe protegida em Portugal" e que, por isso, estão dispostos a recorrer a instâncias europeias, se os recursos que vão iniciar não conduzirem à condenação dos clínicos. "Talvez no Tribunal Europeu os médicos não sejam tão protegidos", declarou Lino Gonçalves. Lino e Ana Gonalves sublinharam que, apesar de terem solicitado uma indemnização, este nunca foi o principal objectivo do processo, mas sim afastar os médicos do exercício da medicina. Ana Gonçalves lamentou a decisão do juiz e corroborou o que disse em julgamento: que pediu várias vezes uma cesariana, mas que esta sempre lhe foi negada. Na leitura da sentença, o juiz afirmou que não ficou provado que a médica agiu dolosamente ao recusar a cesariana e que a aplicação de fórceps pelo médico foi responsável pela morte da criança. Para António Pinto Pereira, advogado de acusação, o tribunal não levou em conta todos os relatórios proferidos por entidades como a Inspecção-Geral das Actividades de Saúde (IGAS) ou o Instituto de Medicina Legal. "Apesar dos muitos exames e relatórios que foram apresentados, o juiz optou por atribuir o esmagamento da cabeça do bebé ao contacto com a bacia materna, como se esta fosse uma trituradora", disse, adiantando que existem "elementos importantes para alterar" a decisão do juiz. Ana Gonçalves declarou ainda que "só falta" acusarem-na de matar o próprio filho. Ministério Público pede absolvição dos médicos nas alegações finaisO caso remonta a 2 de Março de 2002 e refere-se ao nascimento de um bebé com recurso ao fórceps no Hospital Dr. Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), após 13 horas de trabalho de parto. O bebé ficou com o crânio esmagado em virtude da "má aplicação do fórceps", segundo concluiu na altura uma investigação da Inspecção-Geral da Saúde (IGS). A acusação do Ministério Público (MP) corroborou as conclusões da IGS, que, em Dezembro de 2002, concluiu pela existência de "uma errada avaliação da viabilidade do parto, uma má aplicação do fórceps e violação da boa norma da presença de dois elementos médicos na sala de fórceps, o que teria impedido o desfecho fatal".Contudo, e após um mês de julgamento, que correu nos Juízos Criminais de Lisboa, o Ministério Público pediu, nas alegações finais, a absolvição dos dois médicos: o obstetra Francisco Manuel dos Santos Madeira, acusado da autoria material de "um crime de homicídio negligente", e Ana Cristina Ribeiro da Costa, acusada da autoria material de um crime de intervenção médica com violação de "leges artis" (prática médica). A procuradora do MP considerou não haver "fundamento da prática dos crimes" de que os médicos são acusados, posição hoje corroborada pelo juiz que absolveu os arguidos.



Ainda bem que o processo não para aqui nestas circunstâncias e a família quer recorrer!

Com dúvidas, recorra-se a todas as instâncias, inclusivé ao Tribunal Europeu.

Se houve negligência façam justiça, mas não aventem para cima de todos os médicos a impunidade ou protecção, que lhes querem conferir!

Passo atraz civilizacional- acusa o Sindicato Independente dos Médicos

Nem de propósito, a Comissão Europeia aprovou no Dia da Raça ( Oh Sr. Presidente, esta de recuperar um chavão do Estado Novo não lembra ao Diabo!) um projecto lei que altera uma das mais emblemáticas Directivas Europeias, a da Duração do Tempo de Trabalho...


Esta intenção merece no seu portal da internet uma reacção cáustica do Sindicato Independente dos Médicos , o qual aliás já há poucas semanas tinha alertado para a forte possibilidade de, e pela primeira vez na história, ser decretada uma Greve Médica Europeia...


A Comissão Europeia acabou vítima da globalização e dos interesses económicos, ao aprovar as alterações de há muito defendidas pelo Reino Unido e pela Alemanha contra um dos baluartes da Europa: o Estado Social.


Aquilo que durante dezenas de anos era um ponto de honra, a defesa da saúde dos trabalhadores, a estabilidade familiar, e a segurança dos doentes (no caso dos trabalhadores médicos), deixou de o ser: ao permitir que o próprio trabalhador aceite limites de trabalho semanal de 60/65 horas à margem das convenções colectivas de trabalho (opting out) abre-se a porta aos riscos assumidos pelos indivíduos, pressionados pelas exigências do mercado de trabalho e pela perspectiva dos ganhos.


Estas alterações, que incluem também outras tentativas de desregulação laboral, podem contudo ser condicionadas pelas leis nacionais de cada Estado e pelas convenções colectivas de trabalho. E precisam de ser aprovadas pelo Parlamento Europeu num processo de co-decisão.


A pergunta que se impõe desde logo é quem assume a responsabilidade civil pelo inevitável acréscimo no risco de erro médico devido ao excesso de trabalho… será que é o Estado, dito de pessoa de bem? Ao deixar tal possibilidade de extensão do tempo de trabalho para o individuo, não estará o Estado, argutamente, a transferir responsabilidades...?


As primeiras notícias dizem que as medidas em questão foram aprovadas pelos ministros europeus com a abstenção de Espanha, Bélgica, Grécia, Hungria e Chipre... e qual foi o sentido de voto efectivo do governo socialista de Portugal?

terça-feira, junho 10, 2008

Governo regional açoriano anuncia redução do IRS

09.06.2008 - 16h01 Lusa
O Governo Regional dos Açores anunciou hoje uma redução das taxas de IRS em vigor no arquipélago de 30 por cento para o escalão de rendimento mais baixo e de 25 por cento para o segundo escalão.

A medida fiscal foi tomada em Conselho do Governo na última sexta-feira e anunciada hoje, na ilha Terceira, pelo vice-presidente do executivo açoriano, Sérgio Ávila.O executivo decidiu assim, "reduzir as taxas de IRS, com maior impacto nos escalões de menores rendimentos, descendo em 30 por cento a taxa do imposto a aplicar no escalão de rendimento mais baixo e de 25 por cento no caso do segundo escalão", explicou o governante.

Segundo Sérgio Ávila, esta alteração permitirá que 50.727 famílias (um total de cerca de 78 mil açorianos) passem a beneficiar de uma redução de 30 por cento na taxa de IRS em relação à totalidade dos seus rendimentos e que os restantes 67.840 contribuintes beneficiem de uma redução de IRS a pagar, numa parte significativa dos seus rendimentos colectáveis. "Esta medida irá aumentar o rendimento disponível de todas as famílias açorianas, beneficiando particularmente as famílias com menos recursos", afirmou o vice-presidente do Governo.

O titular da pasta das Finanças adiantou ainda que com a redução proposta de IRS, "todos os açorianos, a partir de 1 de Janeiro de 2009, irão pagar menos impostos sobre o rendimento do seu trabalho e assim aumentar a sua remuneração líquida". "Além da redução do IRS, o Governo dos Açores já deliberou reduzir, a partir de 1 de Julho, a taxa do IVA em um ponto percentual, como forma de reduzir os custos sobre a aquisição de bens e serviços", reafirmou Sérgio Ávila.

Também em Janeiro de 2009, vai ser implementado um complemento regional ao Abono de Família, o que representa anualmente um investimento superior a 2,6 milhões de euros. Além disso, estão previstos apoios suplementares às famílias com filhos a estudar no Ensino Superior ou em cursos de formação pós-secundários, assim como aumentar em cinco por cento o Complemento Regional de Pensão, adiantou Sérgio Ávila.


Sem comentários, cada um diga de sua justiça!

Função Pública: mais de 11.600 pessoas vão reformar-se nos primeiros sete meses de 2008

09.06.2008 - 13h21 Lusa
Enric Vives-Rubio

Mais de 11.600 funcionários públicos vão reformar-se nos primeiros sete meses deste ano, mais 4,5 por cento do que o registado em igual período de 2007, segundo a lista de aposentados hoje publicada em Diário da República. A lista da Caixa Geral de Aposentações mostra que só no próximo mês de Julho, o número de novos aposentados atingirá os 1771, o valor mensal mais baixo dos últimos quatro meses.

No entanto, no conjunto dos sete meses entre Janeiro e Julho e de acordo com as contas da agência Lusa, o número de novos reformados da função pública totalizou 11.625, com a maioria deles (30 por cento) a pertencerem ao Ministério da Educação.
A partir de 2015, os funcionários públicos passam a reformar-se com 65 anos de idade e 40 anos de carreira contributiva (em vez dos 60 anos e 36 de serviço). Esse estatuto também mantém a possibilidade dos funcionários públicos anteciparem a idade de reforma, desde que tenham o tempo de serviço completo, penalizando a respectiva pensão em 4,5 por cento por cada ano de antecipação.


Não sei porquê esta debandada... Cada vez mais as condições de trabalho, o ambiente, as remunerações, são melhores na função pública.

segunda-feira, junho 09, 2008

Quem foi que falou no controle dos custos?

Doentes esperam há seis meses por novo remédio

DN-PATRÍCIA JESUS

Aprovado pelo Infarmed em Dezembro do ano passado, o 'Atripla', remédio que junta num só comprimido três dos anti-retrovirais mais usados pelos doentes, permite reduzir o número de tomas e está há seis meses à espera da fixação do preço para entrar no mercado português


Medicamento espera que preço seja definido O Infarmed já aprovou o Atripla, um medicamento inovador que reúne num comprimido os três fármacos mais utilizados para o tratamento do VIH (vírus da imunodeficiência humana), mas os doentes ainda não podem comprar este medicamento.Carlos Pires, da Autoridade Nacional do Medicamento, explica que só depois da Direcção-Geral das Actividades Económicas (órgão do Ministério da Economia) estabelecer o preço, o Infarmed pode decidir sobre a comparticipação. E só então é que o Atripla, que já recebeu a autorização da Autoridade a 13 de Dezembro de 2007, pode chegar finalmente às farmácias.


Menos comprimidos O Atripla é fruto de uma colaboração pouco habitual na indústria farmacêutica: três laboratórios - a Gilead, a Bristol-Myers Squibb e a Merck - juntaram um anti-retroviral de cada um num só comprimido - efavirenz, emtricitabina e tenofovir.


Amílcar Soares, presidente da Associação Positivo, explica que este medicamento "é sobretudo um facilitador da toma", que vem simplificar a vida à maioria dos doentes, que, assim, em vez de terem que tomar três comprimidos tomarão apenas um.

"Tudo o que venha simplificar a vida aos doentes é bem vindo", reagiu ao DN, por sua vez, Margarida Martins, da Abraço, associação que apoia doentes com sida.

Quando os primeiros tratamentos anti-retrovirais foram lançados, em 1996, os doentes tinham de tomar até 30 comprimidos por dia, alguns com o estômago vazio, outros em diferentes horários ao longo do dia.


O Atripla vem revolucionar o quotidiano destes doentes. "A pessoa não precisa de andar preocupada com três medicamentos, para tomar de manhã, à tarde e à noite", explica ainda Amílcar Soares. O Atripla toma-se uma vez por dia. "Acho que vai deixar as pessoas mais felizes e, sobretudo, vai fazer com que adiram melhor à terapia." Além disso, a toma de apenas um comprimido evita que as pessoas tenham que esconder a medicação para fugir a perguntas. Daí que, para os especialistas, o principal benefício deste medicamento seja ao nível psicológico.

Especialistas contra realização de dietas em idade pediátrica

05.06.2008 - 18h41 Lusa
Especialistas em obesidade pediátrica defenderam hoje que as crianças não devem realizar dietas, sendo necessário fazer uma alimentação saudável e diversificada, bem como exercício físico “vigoroso”. “Não é preciso fazer dieta, aliás, não é recomendado em idade pediátrica fazer dieta”, afirmou Carla Rego, pediatra e investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que preside ao 18º Encontro Anual do European Childhood Obesity Group (Grupo Europeu de Obesidade Infantil) que está a decorrer no Porto.

Segundo a médica, é preciso ensinar a comer de tudo de forma saudável. “Uma restrição alimentar implica necessariamente desequilíbrio emocional e, sendo assim, nunca deve ser feito na vida dieta, muito menos em idade de crescimento”, defendeu.

O norte-americano Bernard Gutin questionou até que ponto vale a pena cumprir uma dieta, defendendo que as crianças devem fazer exercício físico “vigoroso”, ou seja, um desporto que implique corrida ou saltos.

Na sua opinião, as crianças não devem fazer dietas como os adultos, e a actividade física é importantíssima por estimular o desenvolvimento, além de influenciar na obesidade. “As crianças devem fazer esse tipo de exercício físico pelo menos uma hora por dia”, disse, considerando também ser necessário alterar hábitos. Apontou como exemplo a substituição de bebidas com gás por leite às refeições: “As mesmas 200 calorias do leite são mais benéficas, porque têm cálcio”.

Margaritha Caroli, outra especialista presente neste encontro, defendeu ainda um regresso ao passado, designadamente às brincadeiras de rua e passeios ao ar livre, em substituição de horas passadas a ver televisão ou com jogos de consola.

Carla Rego disse que “as armas de terapêutica [para a obesidade, como comprimidos e cirurgia] em idade pediátrica, excepto a mudança de comportamentos, são polémicas”.

Para esta mudança, a especialista defendeu uma maior aposta na prevenção. “Se há que travar uma pandemia, há que saber como fazê-lo, sobretudo quando essa pandemia tem a ver com comportamentos da mulher antes de engravidar, durante a gravidez, do crescimento da criança, dos pais, das escolas e autarquias”, afirmou Carla Rego, acrescentando que “falta legislar, legislar em várias áreas, como a alimentação nas escolas e no que diz respeito à publicidade”.

Carla Rego afirmou ainda que, apesar de não existirem números gerais sobre obesidade infantil, porque “não há nenhum rastreio nacional”, empiricamente, através das consultas externas, dá para perceber que se trata de um doença que tem aumentado, sobretudo em idades mais precoces. “Presumo que a Plataforma para a Obesidade esteja a planear realizar esse estudo”, concluiu.




Aqui está um conselho de quem sabe, a ser seguido por muitos que dizem que se deve iniciar dietas na infância!

domingo, junho 08, 2008

E pode por estes motivos? Nem nas repúblicas das bananas!


Ordem dos Dentistas pondera impedir acesso à profissão
A Ordem dos Médicos Dentistas pondera impedir o acesso à profissão, caso continuem a não existir soluções de emprego para estes profissionais, revelou hoje à Lusa o bastonário da classe. Diario Digital

Orlando Monteiro da Silva falava à Lusa no final da audiência que manteve com o Presidente da República, com o qual abordou a questão da emprego dos médicos dentistas.
Para a Ordem, a situação destes profissionais está a atingir um limite, uma vez que todos os anos saem 600 licenciados que se juntam aos 6.000 médicos dentistas que existem em Portugal.
Sem emprego para exercer a profissão, muitos têm optado por emigrar, o que a Ordem dos Médicos Dentistas lamenta. Nesta situação estão já 247 médicos dentistas que exercem a profissão em Inglaterra.


Perante este cenário, que classifica de «muito grave», a Ordem está a ponderar impedir o acesso à profissão, alegando que estão cobertas as necessidades sanitárias do país, em termos de medicina dentária.


Outro tema que a Ordem dos Médicos Dentistas abordou com Aníbal Cavaco Silva foi o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, que entrou em vigor a 01 de Março e que implica a atribuição de cheques-dentistas.

sábado, junho 07, 2008

Em Portugal está-se à espera de quê ?

Ministro defende castração química de pedófilos

Se depender do ministro da Justiça espanhol, Mariano Fernandez Bermejo, os juízes poderão vir a obrigar os pedófilos a submeterem-se a tratamentos de "inibição do desejo sexual", ou seja, à castração química.

Numa entrevista publicada hoje no diário espanhol 'Expansión', Mariano Bermejo admite a castração química obrigatória para pessoas que tenham cumprido pena por abuso sexual de menores. O ministro da Justiça defende que tratamento siga critérios médicos e seja aplicado no caso de os visados continuarem a ser considerados perigosos para a sociedade.


No livro 'Minorias Eróticas e Agressores sexuais", o psiquiatra Afonso de Albuquerque afirma que as hormonas antiandrogénicas mantêm-se como o tratamento de primeira escolha para pedófilos violentos e reincidentes. O efeito mantém-se enquanto for administrado o medicamento, e a duração do tratamento pode ir até vários anos.


Segundo este psiquiatra português, há poucos dados que permitam afirmar que as parafilias (entre as quais a pedofilia) são curáveis, e que podem ser substituídas permanentemente por uma orientação sexual normal. Pelo que, os objectivos do tratamento são a diminuição dos desejos sexuais por crianças.

O tratamento com hormonas antiandrogénios leva à diminuição das hormonas masculinas ( testosterona e a di-hidrotestosterona), o que é comparável com o efeito da castração cirúrgica dos testículos. O resultado é facilmente medido através de análises ao sangue, permitindo ao clínico um melhor controlo da eficácia do tratamento.


Estas intervenções existem há anos noutros países europeus e no Canadá, mas ainda não chegaram a Portugal.
De acordo com Afonso de Albuquerque, a total falta de coordenação entre o sistema judiciário e o sistema de saúde no país não permitiu ainda a implementação de protocolos de intervenção médico-legal na avaliação, no tratamento voluntário (ou/e compulsivo) e na reinserção dos pedófilos.