sábado, novembro 29, 2008

Precisamos de Um Juiz Garçon Português!

A Saúde é, também, o bem-estar psíquico e social. E eu assim não ando bem!

Com as medidas do Governo conhecidas, que nos impinge várias ideias de que salvar estes bancos (onde os milionários portugueses depositaram o seu dinheiro) é salvar a imagem de Portugal, cada vez me distancio mais dos nossos políticos.

O que eles (do Governo e sua entourage PS-PSD) querem salvar são os seus depósitos nesses bancos, remunerados a juros muito superiores e rendimentos de negócios em off-shores com compras e vendas de empresas falidas.

Entretanto a CGD que nos bombardeia com encargos, comissões, juros, muitos deles são um perfeito abuso, presta-se para salvar as fortunas de Balsemões, Nogueirões, e outros “tudo bons rapazes”.

Entretanto ninguém salva as famílias que têm visto as suas residências penhoradas e vendidas em hasta pública, apenas porque não conseguiram liquidar as suas presatações em tempo devido. Será que não sobram uns milhares dos milhões oferecidos aos ricos?

Enquanto aguardamos o aparecimento de um Juiz Garçon português, leiam isto do economista Eugénio Rosa:

“O GOVERNO NACIONALIZOU O BPN PORQUE ESTÁ FALIDO

Na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, depois de muito pressionado por nós, acabou por dizer que os prejuízos acumulados no banco BPN atingem 700 milhões de euros.

De acordo com o Relatório e Contas de 2007 deste banco, que se encontra disponível no seu “site”, o Capital Próprio do BPN era, em 31.12.2007, de apenas 369,2 milhões de euros. Isto significa que os prejuízos acumulados já são superiores em 330,8 milhões de euros (700-369,2) a tudo aquilo que os seus accionistas possuem em acções e outros meios acumulados neste banco. Por outras palavras, o valor do Passivo (as dividas) do BPN é já superior ao valor do seu Activo (aquilo que o banco possui e tem a receber) em 330,8 milhões de euros. Isto significa que o BPN está tecnicamente falido.

É este banco falido que o governo de Sócrates nacionalizou. Esta decisão vai custar muitos milhões de euros à CGD e aos contribuintes portugueses.

Para tornar o quadro ainda mais completo interessa recordar que mesmo depois de ter sido detectada a situação de gestão danosa e de falência , que o governador do Banco de Portugal diz ter sido apenas em Junho de 2008 embora fosse de conhecimento publico muito antes, a CGD e o Banco de Portugal canalizaram para este banco 450 milhões de euros e que, de acordo com os órgãos de comunicação social, a Segurança Social depositou 500 milhões de euros. Embora o 1º ministro tenha negado este ultimo facto o certo é que se recusou a fornecer à Assembleia da República provas disso. Para além disso, se Miguel Cadilhe obteve deste banco, como noticiaram os jornais de 5.11.2008, um PPR de 10 milhões de euros, que contribuiu também para aqueles prejuízos pois foi pago pelo BPN, agora esse PPR terá de ser pago com dinheiros públicos se não for anulado.

Embora a segurança dos depositantes seja uma questão fundamental é preciso recordar que mesmo sem nacionalização os depósitos até 100.000 euros em qualquer banco estão garantidos mesmo que se verifiquem problemas financeiros como tem repetidamente afirmado o governo.

O GOVERNO TERÁ DE INVESTIR MAIS DE 836 MILHÕES DE EUROS SÓ PARA ANULAR OS PREJUIZOS E RACAPITALIZAR O BANCO BPN

O ministro das Finanças afirmou na Assembleia da República que o governo vai obrigar a banca a cumprir um rácio de solvência de 8%, para assim garantir a solidez das instituições financeiras e defendê-la de qualquer ataque predador de grandes bancos estrangeiros. Isto significa que os Capitais Próprios de cada banco, ou seja, aquilo que pertence efectivamente aos seus accionistas, tem de corresponder a 8% do seu Passivo. É evidente que esta norma também terá de ser respeitada pelo BPN que agora foi nacionalizado.

Em 31.12.2007, o Passivo do Banco BPN era de 6.315,3 milhões de euros, portanto 8% corresponde a 505,2 milhões de euros. Assim, o Estado para anular os prejuízos do BPN que não são cobertos pelo Capital Próprio dos seus accionistas (330,8 milhões de contos) e para garantir uma taxa de solvabilidade de 8% (505,2 milhões de euros) terá de capitalizar (entrar com dinheiro fresco) o banco BPN, pelo menos, em 836 milhões de euros ( 330,8+505,2). E dizemos pelo menos, pois pode acontecer que o valor a que estão contabilizados muitos dos activos do BPN no seu Balanço não sejam reais, podem estar sobreavaliados. A reforçar esta conclusão é o facto de que na própria proposta de lei apresentada pelo governo constar textualmente o seguinte: “ No âmbito da acção inspectiva do Banco de Portugal foram detectadas uma série de imparidades que deram origem a averiguações e à instauração de vários processos de contra-ordenação e denúncia junto da Procuradoria-Geral da República”. Isto significa que existem muitos activos cujo valor se delapidou e que não foram constituídas as necessárias provisões. Para além disso, o ministro das Finanças, numa reunião da Comissão de Orçamento e Finanças, acrescentou que a situação de liquidez do BPN, em Outubro de 2008, era negativa e atingia -800 milhões de euros. Isto significa que a CGD ou o governo, ou ambos terão de entrar para o BNP agora nacionalizado com muitos mais recursos financeiros públicos do que o referido anteriormente. Para além de tudo isto, à medida que os dias passam, e os media têm divulgado isso, mais falcatruas são identificadas no BPN, o que poderá determinar que o “buraco financeiro” a cobrir com fundos públicos possa ser muito mais elevado que o inicialmente previsto.

TUDO ISTO TERÁ DE SER SUPORTADO PELA CGD, PELO OE2009 E PELOS CONTRIBUINTES

Só existem duas formas de resolver o “buraco financeiro” criado com a nacionalização do BPN: ou ser “buraco “ ser absorvido pela CGD que determinará que os lucros previstos a transferir para o Orçamento do Estado não tenha lugar ou então através da entrada de dinheiro do Estado, aumentando a divida pública. Em 2009, está previsto que a CGD e o Banco de Portugal transfiram, para o OE2009, 411 milhões de euros, sendo a maioria da CGD. Se esta transferência não tiver lugar, o OE não receberá este montante, e terá de obter essa receita de outra forma. E essa outra forma só poderá ser através de impostos pagos pelos contribuintes.

MAIS 4000 MILHÕES DE EUROS DO ESTADO PARA REFORÇAR CAPITAIS DA BANCA

Como já não fossem suficientes os 20.000 milhões de euros aprovados para dar avales à banca, o governo apresentou na Assembleia da República uma outra proposta – a Proposta de Lei 229/X – que visa dar mais um outro gigantesco apoio à banca, agora no montante de 4.000 milhões de euros.

De acordo com o nº2 do artº 4º daquela proposta de lei, os 4.000 milhões de euros serão para ser utilizados, pelo governo, para adquirir acções, para fazer aumentos de capital, e para adquirir outros valores representativos de capital e contratos de associação em participação com a banca. E segundo o nº3 do mesmo artigo as acções a adquirir pelo Estado podem ser: (a) Acções preferenciais sem voto e acções que conferem direitos especiais; (b) Acções ordinárias.

É esclarecedor dos interesses que se pretende defender o facto de o governo apresentar uma proposta de lei em que se prevê que, em troca de meios financeiros públicos, receber acções sem direito a voto, portanto acções sem poder para defender o interesse público. E mesmo o nº 4 deste artigo que dispõe “o direito ao dividendo prioritário” não representa grande compensação pois se não existir lucros não há distribuição de dividendos mesmo que eles sejam prioritários.

NÃO HÁ DINHEIRO PARA INVESTIR NEM PARA CRIAR EMPREGO, NEM PARA DEVOLVER AOS REFORMADOS OS 28 MILHÕES DE EUROS QUE O GOVERNO RETIROU INJUSTAMENTE DAS SUAS BAIXAS PENSÕES MAS JÁ HÁ 24.000 MILHÕES DE EUROS PARA APOIAR A BANCA

O investimento público previsto no PIDDAC passou, entre 2005 e 2009, de 6.724 milhões de euros para 4.641 milhões de euros, ou seja, diminuiu em 31% em valor nominal, porque em termos reais a baixa é muito maior. Para além disso, do total previsto para 2009, apenas 1.671 milhões é financiado pelo Orçamento do Estado. Enquanto se verifica isto a nível de investimento público, tão necessário neste momento de grave crise para dinamizar a economia, criar emprego e reduzir os efeitos negativos da crise no campo social, em relação à banca os apoios financeiros do Estado não têm limites, pondo em perigo a própria estabilidade financeira do Estado.

O comportamento deste governo em relação a 40.000 reformados a receberem, na sua maioria, pensões inferiores ao salário mínimo nacional, a quem foram retirados injustamente em média 55 euros por mês, e que só agora o governo pretende corrigir com um atraso de quase dois anos sem, no entanto, devolver o que lhes retirou, representa um contraste chocante com o comportamento deste governo em relação à banca.

Também é esclarecedor que na chamada lei quadro das nacionalizações que este governo apresentou na Assembleia da República – Proposta de Lei 230/X - de uma forma insólita, em anexo à lei que nacionaliza o BPN, no seu nº4 do art.º 5º disponha que aqueles que tenham tido “praticas lesivas dos interesses patrimoniais” em empresas que foram objecto de nacionalização, práticas essas confirmadas por decisão judicial continuem a ter direito à indemnização se a situação patrimonial liquida da empresa ainda for positiva.

Eugénio Rosa”

edr@mail.telepac.pt

5.11.2008

quinta-feira, novembro 27, 2008

Exames médicos mais rápidos sem credencial do SNS

27.11.2008, Alexandra Campos, Público
"Associação detectou enormes disparidades nos preços praticados em 12 tipos de exames. O custo de uma colonoscopia oscila entre os 90 e os 350 euros
Já se sabia que os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS), quando fazem exames de diagnóstico, são por vezes discriminados nas unidades privadas a favor dos que se dispõem a pagar os testes do seu bolso. A Entidade Reguladora da Saúde investigou recentemente quatro queixas, fez recomendações e alertou para o problema. Mas a associação de defesa de consumidores Deco demonstrou ontem que este tipo de situação continua a ser relativamente frequente - ocorreu em 15 das 180 marcações que colaboradores da associação efectuaram, de forma anónima e pelo telefone, com o fim de confirmar este fenómeno. Uma clínica propôs-se reduzir de 187 para 12 dias o tempo necessário para fazer uma colonoscopia, caso a pessoa pagasse a totalidade do exame (150 euros) em vez de usar a credencial do médico de família. "Os prazos encurtam de tal maneira que é escandaloso", comenta Teresa Rodrigues, coordenadora do estudo.A Deco constatou ainda enormes disparidades nos preços de 12 exames em 529 hospitais e clínicas privados. Por exemplo, uma colonoscopia pode custar entre 90 e 350 euros, enquanto o preço de uma mamografia oscila entre os 30 e os 101 euros; o electrocardiograma mais barato fica por 3,87 euros, enquanto o mais caro custa dez vezes mais. Por isso, a Deco recomenda às pessoas (sobretudo aquelas que vivem nos centros urbanos e têm um grande leque de escolhas) que façam uma pesquisa antes de agendar um exame (
www.deco.proteste.pt). "A disparidade de preços é alucinante. Parece não haver uma regra", nota Teresa Rodrigues. Lisboa, Faro e Angra do Heroísmo (Açores) são as cidades onde a generalidade dos 12 exames estudados fica mais cara. O Sul do país é mais caro, em quase todos os exames considerados. A publicar na edição de Dezembro da Proteste, o estudo permitiu também perceber que cerca de um quarto dos locais visitados não afixavam as tabelas de preços.Sem mostrar surpresa pelos resultados da investigação, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Teófilo Leite, explica que as unidades convencionadas com o Estado são obrigadas a ter "um critério no agendamento" dos exames. "Os hospitais têm que gerir a sua carteira de clientes, dando espaço proporcional para cada convenção", justifica. Estabelecendo quotas, portanto? "Não gosto dessa palavra, prefiro falar em regras de agendamento", responde. Fechado há dez anos, o regime de convenções está a ser revisto, processo que se arrasta há meses."


Nada que não se saiba para quem trabalha no SNS, já que recebemos as queixas dos utentes.

Obrigado à DECO "por ter posto a boca no trombone", aguardamos que na sequência deste estudo, faça a devida participação formal na IGAS, para futura correcção do problema.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Ordem dos Farmacêuticos desaconselha recurso ao Saúde 24


24 de Novembro de 2008, 15:38
Lisboa, 24 Nov (Lusa) - A Ordem dos Farmacêuticos (OF) desaconselhou hoje o recurso à Linha Saúde 24 porque não reconhece a validade das informações prestadas pelo serviço em matéria de medicamentos.
"Desaconselhamos o recurso da população a este serviço enquanto a entidade gestora não proceder à contratação de profissionais com formação e competências adequadas", lê-se num comunicado hoje divulgado.
A linha Saúde 24 foi criada em 2007 para dar assistência em cuidados de saúde, fazendo triagem e aconselhamento dos utentes, tendo em vista evitar que estes se desloquem aos hospitais e centros de saúde sem necessidade.
A OF alerta que este aconselhamento terapêutico não tem sido supervisionado por um farmacêutico e que "é efectuado por colaboradores sem qualificações para o efeito", o que constitui não só uma infracção ao Estatuto da Ordem, como ao próprio contrato de concessão estabelecido entre a Direcção Geral da Saúde e a Linha de Cuidados de Saúde, SA.
De acordo com aquele estatuto (decreto-lei 288/2001) é da exclusiva responsabilidade dos farmacêuticos a informação e consulta sobre medicamentos de uso humano e veterinário e sobre dispositivos médicos, sujeitos e não sujeitos a prescrição médica, junto de profissionais de saúde e de doentes.
"As recentes notícias vindas a público sobre o funcionamento deste serviço, e os testemunhos de alguns colegas farmacêuticos que nele trabalharam, reflectem, aliás, alguma desorganização no serviço e comprovam os receios da OF em relação às informações que são disponibilizadas à população", acrescenta no comunicado.
A OF adianta que já solicitou uma reunião com a entidade gestora do serviço para analisar este "incumprimento do acto farmacêutico" e resolver um problema que considera "grave" e que "poderá inclusivamente colocar em causa a saúde e qualidade de vida" dos doentes e as terapêuticas que lhes formam prescritas.
"Até ao regular funcionamento deste serviço, a OF sugere aos doentes que dissipem as suas dúvidas em matéria relacionadas com medicamentos junto dos cerca de seis mil farmacêuticos que diariamente se encontram nas farmácias portuguesas", anuncia.
A ordem anuncia ainda a intenção de se manter "vigilante" em relação a informações sobre medicamentos que são disponibilizadas ao público em geral "neste como em outros serviços".
VP.
Lusa


Portugal no seu melhor e vamos assistindo a este medir de forças!

Mais uma vez sem se saber, quem é quem? e quem faz o quê?

domingo, novembro 23, 2008

sábado, novembro 22, 2008

Excesso de Antibióticos: A Culpa é de Todos, Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Laboratórios, Doentes, Comunicação Social e Estado!

Pois é!

Ninguém quer assumir a culpa, mas a culpe existe e é de todos.

Um facto: eles vendende-se em abundância. Há milhares de exemplos de que a culpa é de todos. Ninguém pode fugir, nem sacudir a água do seu capote.

Este autor confessa que prescreve presentemente muitos menos antibióticos do que o que prescrevia há anos. Pratico a chamada "prescrição desfasada": a mãezinha leva duas receitas, a do antibiótico será para aviar meia duzia de dias depois se não melhorar

Até o Estado tem culpa. Não regula, abstém-se e tolera que se encontrem a vender em ambulatório antibióticos que só deveriam ser usados em ambiente hospitalar.

Todos são culpados e todos sofreremos por este excesso...

Oh Sr. Comandante! Com que então falhas de comunicação?

Sismo/Simulacro: INEM desmente que tenha esgotado capacidades em 21 horas
19h51m
Lisboa, 22 Nov (Lusa) -


O Instituto Nacional de Emergência Médica esclareceu hoje que os seus meios não foram esgotados em 21 horas no simulacro de um sismo na Grande Lisboa, tendo apenas tomado uma decisão operacional para garantir o socorro aos sinistrados.


Fátima Roque, responável do INEM no simulacro do sismo, disse aos jornalistas que o INEM decidiu pedir ajuda à Direcção Geral de Saúde para o transporte de doentes, função que é da responsabilidade da instituição, porque decidiu que os elementos que intervêm no exercício deveriam dedicar-se apenas ao socorro pré-hospitalar.


Participam no exercício entre 110 e 120 elementos do INEM, mas, se o cenário fosse real, os meios humanos duplicavam.
Na tarde de hoje, Gil Martins, comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, disse em conferência de imprensa, que o INEM tinha esgotado em 21 horas todos os meios no terreno e que as autoridades de saúde tiveram que solicitar apoio às Forças Armadas para o transporte de doentes e meios hospitalares, como equipas médicas e camas.


Após o esclarecimento do INEM, Gil Martins reconheceu que houve uma falha de comunicação com os jornalistas.

quinta-feira, novembro 20, 2008

PM toma antibiotico na gripe

Aí está o PM a fazer a apologia do bom tratamento no sindrome gripal com o uso de antibioticos

Já não se lembram das declarações do Primeiro Ministro ?




Questionados sobre se consumiram antibióticos no último ano, 44 por cento dos portugueses responderam que sim, valor só ultrapassado pela Grécia e a Espanha, afirma Cristina Costa, responsável da Direcção-Geral de Saúde (DGS), com base num inquérito de 2002-2003.


Hoje, pela primeira vez, assinala-se o Dia Europeu dos Antibióticos, uma iniciativa da União Europeia que visa alertar para o consumo excessivo destes fármacos que, se forem mal administrados, criam resistências.


Nesta altura do ano chegam as constipações e as gripes; há quem não dispense um antibiótico, que é desapropriado na maior parte destas situações, sublinha Costa.

Por outro lado, há quem os deixe de tomar quando se sente melhor e não durante os dias prescritos, nota. Resultado? "Os antibióticos estão-se a tornar ineficazes [no combate a algumas infecções] e não se estão a produzir novos. Temos que os preservar." Outro problema são os próprios médicos, a quem a DGS quer dar mais formação.


Pois pois... a memória é curta!


Já não se se lembram das declarações do engº Sócrates quando, regressado do Peru e num voo de avião envolto em polémica por causa dos cigarritos fumados, e a caminho de um encontro com militantes socialistas em Braga, o sr. Primeiro Ministro declara às câmaras da SIC que se tinha deslocado ao Hospital de Santo António porque estava com um síndrome gripal e que o médico lhe tinha receitado um antibiotico e até já estava muito melhor!


A Direcção Geral de Saúde e o sr. bastonário da Ordem dos Médicos não se lembraram deste episódio senão...


segunda-feira, novembro 17, 2008

A jornalista viajou a convite de...

E está tudo dito....

Mas não seria de esperar alguma atenção deontológica e/ou competência da dita jornalista e supervisão dos responsáveis redactoriais do jornal (DN)?

Nunca se viu um efeito tão rápido de uma vacina!

Ficamos todos à espera de uma lista dos nomes das 42 felizes contempladas....e até pode ser que alguma delas tenha direito a uma entrevista pelo Pepino do CM !

DIANA MENDES, em Nice

Prevenção. 216 casos evitados em mulheres que compraram a vacina

Mais de 30 mil mulheres vacinadas fora do plano nacional

Pelo menos 42 mortes por cancro do colo do útero já terão sido evitadas com a vacinação.
Entre Fevereiro de 2007 e Setembro de 2008, 30 100 mulheres optaram por receber a vacina que protege contra quatro tipos do papilomavírus humano. Tendo em conta os dados da patologia em Portugal, é possível calcular os ganhos para a saúde. Além das mortes, terão sido evitados 216 casos de cancro.

Os dados foram divulgados pela Sanofi Pasteur, que produziu a vacina Gardasil, actualmente integrada no Programa Nacional de Vacinação, e que tem 97% do mercado. Mas estes dados apenas são referentes aos casos de mulheres que decidiram adquirir a vacina. Fonte do laboratório avançou que esta opção permitiu ainda prevenir "1951 condilomas genitais".A vacina é gratuita para as adolescentes de 13 anos, esperando-se que a incidência de cancro venha a cair entre cinco a dez anos. Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde, diz que foram vacinadas entre 18 a 20 mil jovens até agora, números abaixo das contas apontadas pela ministra Ana Jorge para a primeira semana, ou seja, cerca de 23 mil.

Antes do congresso de ginecologia, decorreu, em Nice, o Fórum de apresentação da Women Against Cervical Cancer, uma plataforma composta por mais de 30 organizações europeias dedicadas ao cancro do colo do útero e que conta com a participação da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).Os objectivos são fundamentalmente informar as mulheres sobre a doença. Durante o fórum concluiu-se que há cada vez mais mulheres a ter acesso a informação. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer. Daniel Pereira da Silva, director do serviço de ginecologia do IPO de Coimbra, disse que basta viver para se estar em contacto com o vírus. "Não é preciso ter comportamentos de risco, porque se transmite facilmente por contacto sexual". Se o preservativo não evita a transmissão, têm de se fazer citologias regularmente para que as lesões de baixo grau e pré-cancerosas sejam tratadas precocemente.

Campanha vai arrancar
Em Espanha, uma em cada cinco mulheres não sabe para que serve uma citologia e 50% não sabe o que é o papilomavírus humano. Apesar de ainda não haver números em Portugal, Vítor Veloso, o presidente da LPCC, diz que há muito a fazer para informar. E anunciou uma nova fase da campanha "Passa a palavra", que começa hoje a ser divulgada em vários meios."Já temos vacinação, mas entendemos que ainda há muito a fazer pela informação da mulher e ao nível do rastreio, que ainda não está generalizado". O responsável frisa que a ausência de um rastreio é a principal razão para que Portugal tenha o dobro dos casos de cancro do colo do útero (três por dia) e o dobro das mortes (uma por dia) de Espanha.

A jornalista viajou a convite da Sanofi Pasteur MSD

segunda-feira, novembro 10, 2008

A cura de todos os males!


Hoje na minha "aldeola", uns indivíduos num carro topo de gama, munido de aparelhagem sonora, divulgaram a cura de todos os males!
Dona Mara!!
Apelando para o baixo nível de conhecimento da população alvo, lá foram deitando papéis pela janela fora e esclarecendo/enganando, presuponho, quem os interpelava.
Explorando a crendice, de quem de boa fé se entrega nas suas mãos, vivem à margem de qualquer lei, executando actos sem escrupúlos criando de facto, reais doenças a quem tratam, assim como, o alívio das suas carteiras e contas bancárias.
Será isto possível no século XXI em Portugal, ou esta é, mais uma das coisas que não devia acontecer neste jardim à beira mar?

domingo, novembro 09, 2008

"É HORRÍVEL DIZER QUE NÃO"

Falta de meios
Cuidados paliativos estão a recusar doentes incuráveis por falta de camas

09.11.2008 - 09h14 Catarina Gomes


Na primeira unidade de cuidados paliativos do país, a funcionar no Hospital do Fundão, "o aumento enorme de doentes a precisar de cuidados paliativos" tem levado a que alguns sejam recusados. "A capacidade está esgotada em termos de internamento", diz o director do Serviço de Medicina Paliativa da unidade, Lourenço Marques. Muitas vezes, quando voltam a ter lugares, "o doente morreu, ou já não se consegue contactar". O médico, que gere um serviço com dez camas, conta que 25 por cento dos doentes ali internados chegam menos de cinco dias antes de morrerem. "É de terceiro mundo. Quando estão moribundos, é que vêm", diz. "Alguns morrem a caminho, na ambulância.


"Os cuidados paliativos servem para aliviar o sofrimento físico (com o uso de fármacos) e emocional (a equipa inclui psicólogos) de pessoas com doença incurável e progressiva. Os principais destinatários são quem sofre de cancro e de doenças neurológicas degenerativas e graves, entre outras."É horrível dizer que não"Lourenço Marques sublinha que um doente que nunca foi tratado para a dor já não responde facilmente às terapêuticas. "Os sintomas ficam totalmente descontrolados e sofrem até ao final.


Estes doentes não surgem de repente. A responsabilidade é da equipa de saúde que os assiste", defende, criticando os casos de "obstinação terapêutica e abandono" que diz existirem. "A continuidade de cuidados é obrigatória." Só este ano, morreram no serviço 100 doentes. Desde a sua criação, em 1992, morreram 1200, a que se juntam outros 100 que estavam a ser seguidos por apoio domiciliário.O responsável diz que o hospital é "a única solução" em cuidados paliativos na área de Castelo Branco e Guarda. Neste momento, calcula que tenham oito doentes à espera de iniciar cuidados paliativos.


Jorge Maria Carvalho, médico coordenador da equipa domiciliária de cuidados paliativos da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão, no distrito de Setúbal, tem o mesmo problema: "Temos imensos pedidos mas não temos capacidade para mais." Esta equipa, que faz parte da Rede Nacional de Cuidados Continuados, dá apoio a um máximo de 30 pessoas mas tem muitas vezes que dizer que não - "é horrível dizer que não".Aos doentes que ficam de fora resta-lhes ir às urgências quando se agravam os sintomas, ficam "numa situação de pingue-pongue".

O objectivo da equipa domiciliária da Santa Casa que junta médicos, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas é prestar apoio para que os que queiram possam morrer em casa.


Listas de espera

Adna Gonçalves, directora da Unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, refere que "o serviço está sempre cheio" e só é possível dar resposta aos doentes do hospital. Mesmo assim, as 20 camas disponíveis não são suficientes e, no IPO, há doentes a receber cuidados paliativos noutras enfermarias. "Um terço dos que morrem com cancro beneficiaria com cuidados paliativos." Nos doentes que entram pela consulta externa, "há algumas semanas de espera".


Emília Fradique, enfermeira da equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, sublinha que, além de "as ofertas não serem assim tantas e haver listas de espera, nos hospitais também se sentem outros problemas". "Há falta de sinalização dos próprios médicos" quanto aos doentes a precisar de cuidados paliativos, alerta. A profissional de saúde refere-se a " clínicos que praticam obstinação terapêutica". "Investem mal nos doentes até ao fim. Estão preparados apenas para curar e não percebem as necessidades evidentes destes doentes e familiares."


Luís Capelas, professor do Instituto Superior de Ciências da Saúde da Universidade Católica, fez estimativas baseadas nas mortes em Portugal em 2007 e chegou à conclusão de que a cobertura nesta área não chega a um por cento das necessidades. "A grande falha no sistema são as equipas comunitárias móveis que vão às casas e aos lares. No que toca apenas ao número de camas, a cobertura é maior e chega aos dez por cento: existem cerca de 80 camas, seriam precisas 800. Cerca de 21 por cento das mortes em Portugal são por cancro e 60 por cento terão necessidades de cuidados paliativos", nota o especialista.


A coordenadora nacional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (que inclui os paliativos), Inês Guerreiro, diz que na rede há 71 camas para paliativos. Até ao final do ano aponta-se para 150 camas de internamento e quer-se que todos os centros de saúde venham a ter equipas domiciliárias que também darão apoio nesta área. Para Inês Guerreiro, contudo, mais importante do que ter unidades específicas é levar a cultura dos cuidados paliativos a todo o sistema - com todos os profissionais empenhados no alívio de sintomas e apoio emocional. Por isso, estão a apostar na formação.

sexta-feira, novembro 07, 2008

Português premiado nos Estados Unidos por investigação na área das Neurociências

05.11.2008 - 17h59 Público Andrea Cunha Freitas
"O investigador português Ricardo Gil da Costa quis saber mais sobre o cérebro dos macacos e percebeu que estes animais e os humanos usam áreas idênticas quando se trata de comunicar e, mais precisamente, interpretar a linguagem. No próximo dia 17, na reunião anual da Sociedade de Neurociências que se realiza em Washington, recebe o Donald B. Lindsley, prémio que serve para reconhecer os melhores trabalhos desenvolvidos em todo o mundo na área da Neurociência Comportamental.Os resultados da pesquisa do cientista, publicados há já algum tempo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences e na Nature Neuroscience, já lhe tinham valido, no início deste ano, o prémio ISPA de Investigação em Psicologia. Desta vez, é a comunidade científica internacional que premeia o mérito de Ricardo Gil da Costa. O investigador dedicou os últimos anos ao estudo das funções cerebrais associadas à linguagem recorrendo à imagiologia para concluir que os macacos interpretam os sons dos seus semelhantes activando áreas idênticas às que estão associadas à linguagem (Broca e Wernicke) no cérebro humano. O prémio que lhe será atribuído este mês refere-se aos trabalhos desenvolvidos durante o doutoramento do investigador. Ricardo Gil da Costa foi doutorando do Programa Gulbenkian do campo da Biologia e Medicina. A pesquisa que serviu para a sua tese foi o resultado de uma colaboração entre o Instituto Gulbenkian de Ciência, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a Universidade de Harvard e os Institutos Nacionais de Saúde. ..."


Como podem verificar e na continuação do post anterior, quando não temos condições cá dentro brilhamos lá fora.

Mas pergunto-me.

Será que posteriormente, os saberemos aproveitar, com estas mais valias cá dentro?

quinta-feira, novembro 06, 2008

Prémios Pfizer distinguem investigação nas áreas do HIV e da oncologia

Equipas de cientistas de Rita Cavaleiro e de João Barata distinguidas

06.11.2008 - 17h51 Público, Vera Monteiro

"As equipas de cientistas de Rita Cavaleiro e a de João Barata ganharam os prémios Pfizer de Investigação Clínica e Investigação Básica, respectivamente. Os prémios, de 20 mil euros cada, foram ontem atribuídos na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.O grupo de Rita Cavaleiro, da Unidade de Imunologia Clínica do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, realizou descobertas na área do HIV2, de modo a que seja possível futuramente intervir no “sistema imunitário, nomeadamente ao nível dos monócitos, de modo a reduzir esta activação do sistema imunitário e dessa forma reduzir o ritmo de progressão da doença”, explicou Cavaleiro.Já o trabalho da equipa de João Barata, também do Instituto de Medicina Molecular, dirigiu-se ao estudo da inactividade de proteínas, que impedem a progressão de tumores. Os investigadores descobriram que a proteína PTEN, importante para travar a progressão tumoral, está inactiva nas leucemias T. Segundo Barata, a proteína está lá, mas “adormecida, e portanto os tumores podem entrar”: “Verificámos também que ao caracterizarmos estes mecanismos, podemos impedir a progressão” do tumor.Foi também atribuída a bolsa Pfizer de Investigação, no valor de 60 mil euros, à equipa de Manuel Pestana, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O projecto financiado irá incidir sobre o aumento do risco cardiovascular nos doentes com HIV, já que os acidentes cardiovasculares são uma das principais causas de morte nesta população."


MEMAI, dá os parabéns a estas duas equipes pelo esforço e trabalho desenvolvido em prol da saúde.

Por aqui se vê, que a investigação portuguesa pode vir a ter futuro, se forem criadas as condições para que ela se possa desenvolver.

quarta-feira, novembro 05, 2008

O 5º poder ao serviço do regime ?

Ou como um título jornalistico pode fugir do essencial, fazendo a propaganda desejada...para que serve dizer que uma estrutura prestadora servirá até 10.500 utentes ?

Não tem mais médicos interessados em lá trabalhar? Ou esse centro de saúde não tem (milagre!) utentes sem médico de familia?
Só falta equipar os profissionais com o espectacular Magalhães ( pois...se até os assessores do nosso Primeiro o usam...)!


Nova unidade de saúde servirá até 10500 utentes
"Espaço Saúde" de Aldoar vem colmatar falta de médicos de família
LILIANA FIGUEIRA


A mais recente Unidade de Saúde Familiar "Espaço Saúde", de Aldoar, no Porto, abriu e já começou a atender os primeiros dos 5250 utentes previstos. A qualidade dos cuidados é a aposta deste "projecto novo".


Depois da criação das unidades de Serpa Pinto e de Ramalde, esta é a terceira USF do Centro de Saúde de Aldoar a abrir, e que vem resolver a situação de alguns utentes que estavam sem médico de família. Como explicou, ao JN, a coordenadora da unidade, Cristina Sousa, trata-se de um "projecto novo, com autonomia funcional e organizativa".
Segundo a responsável, a prestação de cuidados "vai funcionar de uma forma diferente, que se acredita ser a mais eficaz e dar a melhor resposta às pessoas". Neste sentido, a unidade está a trabalhar com três médicos, quatro enfermeiros e quatro administrativos. Uma equipa pequena que, na opinião de Cristina Sousa, "vai ser mais flexível na organização e vai conseguir adaptar-se às mudanças necessárias".


No futuro, e por estar numa zona que, em termos populacionais, está em crescimento, a coordenadora da unidade prevê que a equipa aumente. "Estamos preparados para duplicar a capacidade de atendimento, visto que temos boas condições para atingir, no máximo, os 10500 utentes", garantiu.

Outra das potencialidades apontadas por Cristina Sousa refere-se ao facto de os utentes serem sempre atendidos: "Na falta de um dos profissionais, é assegurada a intersubstituição".

A nova USF vai prestar os serviços tradicionais de um centro de saúde, ao nível médico e de enfermagem. Haverá, por exemplo, consultas domiciliárias e específicas para determinados grupos, como as crianças e os idosos.


Para a directora do Centro de Saúde de Aldoar, Maria dos Anjos Reis Lima, "este modelo é óptimo. São profissionais que se conhecem, o que facilita o trabalho em termos de humanização e de comunicação".
A qualidade do atendimento é, aliás, a grande aposta do "Espaço Saúde", como refere uma das enfermeiras, Marilene Silva. "Não é preciso ir a um médico privado para haver bons cuidados. Nem tudo o que é público é mau", afirma a jovem. Maria Nunes, de 70 anos, utente da USF, confirma: "Estas novas unidades são óptimas e funcionam lindamente. Quem me dera que o privado fosse tão bom como é isto!".

sábado, novembro 01, 2008

Insulina Através Das Calças?

"Hoje no suplemento Saúde Pública do Expresso meteram uma foto de um rapariga a injectar insulina através dos jeans na sua coxa!

MEMAI, explica isto a intelectuais! já que os outros não verão nisso senão uma coisa muito prática e "simplicíssima"...
Um leitor ocasional
"

 

Sabemos que esse suplemento é essenciamente comercial, diria, comercialíssimo. Usa um termo caro na terminologia da Saúde: Saúde Pública.

Alegre: Tens Todo o Meu Apoio Para A Triste Situação!

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E não é que eu penso exactamente assim!

Sempre que acesso ao meu extracto bancário e leio mais uns encargos comissões, impostos do selo ao milionésimo cêntimo, taxas por tudo, e tudo sem uma explicação ou um sentido. (Está tudo afixado no balcão do banco!).

Ladrões! Predadores da Sociedade! E começam a controlar a Saúde!

Preparem-se para pagar o cócó e as mijinhas que dão no hospital, o ar que lá respiram, tudo, mas tudo irá cair no bolso dos banqueiros...