sábado, agosto 08, 2009

O Jornalismo d' Hoje Opositor da Ciência e Outros Pensamentos Pecaminosos!

Eram 10 pensamentos da silly season, tinha acabado o 10º, mas foi tudo "deletado" inconscientemente.

Falava-se do Padre Gusmão e de como conseguiu contornar os "jornalistas" da época com o seu desenho imaginário da Passarola, encobrindo a sua descoberta científica; de como esse desenho se propagou pela Europa; do magnetismo para explicar na época da Passarola, tudo o que a Ciência (ainda) não explicava, como a subida do ar quente e da Inquisição que perseguiu Bartolomeu de Gusmão e dos novos media, qual inquisição moderna na crucificação da ciência; do João Baião e da sua qualidade, nos programas light onde é rei; da verdadeira música pimba como óptimo antidepressivo; do Nicolau Breyner e das novas "revistas da próstata" em substituição das "revistas do coração"; da publicidade encapotada a propósito do caso Nicolau de um médico urologista; dos preservativos consumidos nas FESTAS das revistas do coração (neste caso a Nova Gente), do Choy (não confundir com Toy) que afirma que há ervas chinesas que curam a gripe como o Tamiflu, esquecendo que o Tamiflu não cura nada. E das poderosas agências de comunicação (lideradas por jornalistas) que nos plasmam diariamente imagens do Tamiflu esquecendo que também existe o Relenza, e etc., etc., mas tudo o computador levou. Ficam os tópicos e que cada um imagine o que quiser...

E ainda do caso do Hospital de Santa Maria e da já confirmada troca de produto, também já identificado...

sexta-feira, agosto 07, 2009

Então Senhora Bastonária?

Hoje on-line, no Correio da Manhã:

“Infarmed arrasa métodos da farmácia no caso dos doentes cegos

Injecção para olhos sem etiquetas no Santa Maria

As injecções que cegaram seis doentes no Hospital de Santa Maria não tinham as etiquetas que deveriam existir para identificar o farmacêutico e a hora a que tinha sido realizado o preparado. Segundo apurou o CM, não está esclarecido se foi mantida a integridade das embalagens no percurso entre a farmácia hospitalar e o bloco operatório.”

quarta-feira, agosto 05, 2009

“notícia é falsa estando-se perante uma gigantesca operação de manipulação da opinião pública contra os trabalhadores da Administração Pública, a que alguns jornalistas, talvez inadvertidamente, acabaram por colaborar.

From: "Eugenio Rosa"
To: Eugénio Rosa edr@sapo.pt
Sent: Sun 02/08/09 22:54
Subject:


Caro (a) amigo (a)

Na semana de 13/17 de Julho, grande número de órgãos de comunicação social
divulgaram, alguns em "caixa" de 1ª página, que o salário mensal dos
funcionários públicos estava "acima dos seus congéneres do sector privado" e
que " o diferencial aumentou ao longo do tempo passando de 50% em 1996 para
quase 75% em 2005". E para tornar a notícia mais convincente e credível para
a opinião pública referiam um estudo divulgado no Boletim Económico - Verão
de 2009 do Banco de Portugal que acabava de ser publicado.

Como provo na peça que envio, que foi elaborada com base numa análise atenta
do referido estudo, aquela notícia é falsa estando-se perante uma gigantesca
operação de manipulação da opinião pública contra os trabalhadores da
Administração Pública, a que alguns jornalistas, talvez inadvertidamente,
acabaram por colaborar, mas que esperamos que corrijam rapidamente o erro
informando com objectividade os seus leitores. Para isso basta ler com mais
atenção todo o estudo publicado pelo Banco de Portugal e não apenas citando
algumas linhas retiradas do seu contexto.

Espero que este meu trabalho possa ser útil, pois é também uma análise
diferente da que foi veiculada pelos media do estudo divulgado no Boletim
Económico pelo Banco de Portugal

Com consideração

Eugénio Rosa
Economista

O Tribunal de Contas Entra Na Campanha Eleitoral E Não Sabe Fazer Contas!

De uma nota do SIMÉDICOS, de 4 de Agosto de 2009, retira-se:

"Se há mistério que perdure e sem solução à vista, é o do número de utentes sem médico de família."

…/…

"Mas eis que o Tribunal de Contas relança a questão ao proclamar que o número de utentes sem médico de família aumentou de 2006 para 2008, sendo neste momento de um milhão e meio, não só porque há mais inscritos (e mais utilizadores) mas porque diminuiu o nº de médicos de família!
E avança com o número espantoso de 11,5 milhões de inscritos, bem mais do que a população pelo último census, o que desde já revela a cada vez maior premência da generalização do Registo Nacional do Utente (se é que ainda está de pé...).
"

domingo, agosto 02, 2009

SE NÃO SÃO COMPARTICIPADOS, PORQUE É QUE EXISTEM EM STOCK NA FARMÁCIA E SÃO IMPINGIDOS AOS DOENTES?


Há genéricos mais caros do que originais
Falta de comparticipação de algumas dosagens e apresentações sem marca levam utente a gastar mais
00h30m
IVETE CARNEIRO


Se for à farmácia com uma receita e, respondendo às campanhas, pedir o genérico do medicamento receitado pode, não raras vezes, sair surpreendido. Por falta de comparticipação, alguns fármacos sem marca ficam bem mais caros do que os originais.


Acontece, por exemplo, com algumas apresentações do anti-inflamatório e analgésico Ibuprofeno. Ou com certas embalagens de Omeprazol ou Lansoprazol (para o sistema gástrico), de Sinvastatina e Pravastatina (contra o colesterol), ou de Fluoxetina (anti-depressivo) e Alprazolam (ansiolítico). Todos eles no Top 10 dos medicamentos mais consumidos pelos portugueses. E isto quando se multiplicam campanhas e apelos para o uso de genéricos.


No mínimo 35% mais baratos do que o medicamento original, os genéricos acabam por ficar mais caros por falta de comparticipação.
Ou porque o laboratório não a solicitou à Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), ou porque não tem no mercado as "dosagens e apresentações necessárias suficientes".

Um exemplo? O único Ibuprofeno granulado efervescente de 600 mg custa 3,93 euros, mas não beneficia de subsídio do Estado. O mesmo medicamento de marca tem um preço de venda ao público de 4,91 euros, mas fica por 1,42 euros aos utentes com receita.


"É provável que não seja caso único", admitiu ao JN Victor Mendonça, provedor dos genéricos no Infarmed. Não é, como se percebe facilmente com uma simples pesquisa no capítulo dos genéricos do site do organismo. Na maioria dos casos, garante, é porque "o titular da autorização de introdução no mercado (AIM) não pediu a comparticipação". Noutros casos, o laboratório que produz a marca pode ter entendido descer o preço do seu produto original para valores mais baixos.


Mas a verdade é que as regras a que os laboratórios estão sujeitos para submeter os seus medicamentos a avaliações de comparticipação contêm algumas incongruências. Retomando o caso do Ibuprofeno, o único titular de autorização de introdução no mercado de uma fórmula genérica de granulado efervescente têm apenas essa apresentação. Ora, segundo a legislação, para ser comparticipado tem de existir em "dosagens e apresentações necessárias e suficientes, tendo em conta a racionalidade clínica e a redução do potencial desperdício", "em conjugação com a necessidade de se adequarem com as indicações e posologia contidas" no folheto que acompanha o medicamento. Trocado por miúdos, se existisse em dosagens de 200 mg e 400 mg, seria comparticipado.


Victor Mendonça desdramatiza. "Há muitas alternativas para a mesma substância no mercado", diz, lembrando ser "dever do farmacêutico informar qual o medicamento que fica mais barato ao utente".
Confrontado pelo JN com o porquê de a comparticipação não ser automática aquando da concessão de autorização de introdução no mercado a uma substância igual a outra que é subsidiada, o provedor justifica com o percurso da entrada no mercado. O Infarmed atesta a garantia da segurança e eficácia do produto e emite a AIM. O processo segue para o Ministério da Economia para ser fixado um preço. Só depois é que o titular da autorização pode pedir comparticipação. Até porque, lembra Vítor Mendonça, o laboratório "pode não querer logo comercializar o produto".
O processo demora então 90 dias, ao longo dos quais o medicamento já pode ser vendido. "Podia ser expedito? Defendo que sim. Tudo o que seja complicação deve ser eliminado. E estamos actualmente a discutir uma melhoria do procedimento". Mas uma coisa é certa: a fase da avaliação farmacêutica e económica por um perito "tem que ser feita".


Victor Mendonça insiste, contudo, na salvaguarda do utente: além de ter instrumentos de pesquisa de preços à mão na Internet, encontra também guias e conta, "legalmente", com o dever do farmacêutico de informá-lo da melhor opção.