quarta-feira, dezembro 12, 2007

Exacerbar O Consumo Onde Não Se Deve...

Cartão de cliente vai conduzir à "venda agressiva" de fármacos

12.12.2007, Joana Ferreira da Costa

Profissionais criticam programa da ANF que prevê cartão de crédito que permite aos clientes acumular pontos na compra de medicamentos


O cartão de crédito que a Associação Nacional das Farmácias (ANF) quer introduzir junto dos clientes das farmácias, permitindo-lhes acumular pontos pelos medicamentos que compram trocando-os por produtos de catálogo, vai "traduzir-se em vendas mais agressivas" pelos estabelecimentos, denuncia o movimento Fórum Farmacêutico. O sistema que a ANF quer generalizar entre as farmácias não traz receita garantida ao farmacêutico aderente, que terá de garantir que os clientes que acumularam pontos na sua farmácia os gastem ali.


O cartão cliente do Programa Farmácias Portuguesas - que a ANF está a promover entre os seus 2700 associados - permite ao cliente de uma farmácia acumular pontos na compra de medicamentos, que podem depois ser gastos em qualquer farmácia aderente num catálogo de produtos que inclui cosmética, medicamentos não sujeitos a receita médica e serviços como a medição de glicemia ou da tensão arterial. O objectivo da ANF "é fidelizar" o cliente ao Farmácias Portuguesas, afastando-o das parafarmácias, e enfrentar as alterações no mercado que hoje permitem a qualquer não farmacêutico ser proprietário de um estabelecimento. Mas nada no programa garante essa fidelidade, alerta o farmacêutico João Ferro Baptista do movimento Fórum Farmacêutico e ex-candidato à direcção da ANF.
"Ao comprar medicamentos, o cliente tem direito a um conjunto de pontos consoante o valor da venda, que depois podem ser convertidos em certos produtos do catálogo. Mas a farmácia que faz a venda vê imediatamente creditado cinco por cento do valor da venda pela empresa da ANF encarregue de coordenar o programa (Farminvest)", explica. "Esse valor só regressará à farmácia se o cliente gastar os pontos naquele estabelecimento, já que os pode descontar em qualquer farmácia do programa."
O farmacêutico diz que isso levará as farmácias aderentes a optar por uma política de vendas mais agressiva, tentando que o cliente gaste na sua farmácia os pontos que já acumulou ou acaba de receber. "Não é ético promover este consumo agressivo", defende Ferro Baptista. "O que se pretende com este programa não é fidelizar os clientes às farmácias, é fidelizar as farmácias à ANF", critica.
O cartão de crédito que as farmácias da ANF podem disponibilizar aos seus clientes - em parceria com a Caixa Geral de Depósitos - é a face mais visível de um amplo programa com que a associação pretende criar uma nova marca para as suas associadas. A adesão ao Programa Farmácias Portuguesas "impõe um pacote bem mais amplo de obrigações, que passam pelos horários, serviços ou produtos a disponibilizar aos clientes", alerta o movimento numa carta enviada aos farmacêuticos, onde pede aos proprietários das farmácias que estudem alternativas no mercado antes de aderirem ao contrato inicial de dois anos. "A ANF pretende criar uma rede de franchising puro e duro", alerta Ferro Baptista, lembrando que ainda não há dados sobre os custos para as farmácias da aquisição dos produtos, software informático, sistemas de sinalização exterior e produtos do catálogo, todos eles fornecidos por empresas ligadas à associação, que possui empresas de distribuição de medicamentos e de sistemas informáticos para as farmácias.
Na carta enviada aos associados da ANF, o movimento alerta que "muito em breve" vão chegar ao mercado soluções alternativas de parceira "sem que se tenha de comprar um pacote completo". Contactada pelo PÚBLICO, a ANF recusou-se a prestar quaisquer esclarecimentos sobre o programa, "por não os considerar oportunos", ou a reagir às críticas feitas pelo Fórum Farmacêutico.
A Associação Nacional das Farmácias transformou-se num poderoso grupo económico, com interesses em todas as áreas do negócio do medicamento. Além de reunir a esmagadora maioria das farmácias, possui empresas de comercialização de produtos farmacêuticos e meios de diagnóstico, de sistemas informação para as farmácias, de equipamento específico para os estabelecimentos, tem um laboratório de investigação sobre medicamentos, uma sociedade de factoring onde serve de intermediário nos pagamentos do Estado às farmácias associadas e controla uma importante parte do mercado da distribuição grossista de medicamentos, com participação maioritária na Alliance Unichem portuguesa. Está também ligada à prestação de cuidados de saúde privados através da parceria com o Grupo Mello, fazendo igualmente parte da sociedade gestora do hospital público Amadora-Sintra.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Pedras Falantes


Do Correio da Manhã, de 2007-11-116 2007-11-16


Decisão da CGA

Professora com cancro foi aposentada

A Caixa Geral de Aposentações (CGA) concedeu a reforma por incapacidade à professora Conceição Marques, vítima de três cancros, que tinha sido obrigada a regressar à escola, por ter sido considerada apta a dar aulas.


Conceição Marques ficou satisfeita com a notícia, que recebeu quinta-feira à tarde.



Em Agosto do ano passado, depois de uma baixa médica de 36 meses, a CGA recusou um pedido de reforma por incapacidade à professora, a quem tinha sido retirada parte da língua devido a um cancro. Com muitas dores e dificuldade em falar, Conceição Marques regressou à escola, mas muitas vezes tinha que interromper as aulas devido a hemorragias na boca.

Conceição Marques já antes tinha padecido de dois cancros que conseguiu vencer."



Já algumas das pedras falantes, médicos ou directores foram inspeccionados? Gostava de uma resposta....

Veio A Neta, Mas Sem Foto, Que Pena!

Segundo o Diário Digital, de hoje: "Morto convocado para ressonância magnética"

"Família está indignada e acusa hospital de "falta de respeito"

1º ponto: deveriam acusar o computador, o software, as TI, e o próprio morto que morreu antes do tempo previsto para ser chamado para fazer o dito cujo exame. Não estou em stand comedy, estou bem sentado e continuo a pensar que só se deve morrer quando tudo estiver bem preparado para a viagem final...

"José António Moutinho morreu há dois anos, mas o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), em Portimão, chamou-o para fazer hoje uma ressonância magnética à coluna. A família está indignada e acusa a unidade de saúde de "falta de respeito", informa o Correio da Manhã.

"Foi no CHBA que o meu avô morreu. Tinha 70 anos e, durante 41, deu sangue ao Hospital de Portimão. Era, aliás, um dos dadores mais antigos desse estabelecimento de saúde, disse a neta do falecido, Sónia Cristina Cabrita Moutinho.

António Moutinho, reformado, que residia em Poço Santo, concelho de Silves, chegou a receber várias medalhas pelo tempo em que foi dador de sangue, registado no hospital algarvio.

"Nos tempos que correm, com os computadores, nada justifica o desconhecimento de que o meu avô está morto", sustenta a neta.

Segundo Luís Batalau, director do CHBA, o problema está precisamente no programa informático da radiologia, que não identifica os utentes em absoluto. São os funcionários que impedem mais repetições de situações semelhantes, ao introduzir nomes noutro programa quando têm suspeitas.

O idoso faleceu no CHBA às 8:10 de 24 de Dezembro de 2005. A certidão de óbito refere como causa directa da morte "insuficiência hepática", embora José Moutinho também estivesse com uma pneumonia. Tinha ainda sido operado a uma luxação cervical que sofrera um mês antes, em resultado de um acidente.

"O meu avô ia numa motorizada e despistou-se na zona de Lagoa, a 25 de Novembro. Foi operado no Hospital de S. José, em Lisboa, depois de ter estado dias a penar no Hospital de Portimão, o qual só passados dois anos sobre a morte se lembrou de o chamar para lhe fazer um exame à coluna", acusa a neta.

"O hospital pede desculpa à família e vai enviar uma carta nesse sentido", disse Luís Batalau."

Mas como o Diário Digital não deu a importância devida à neta Cabrita, também Sónia Cristina, e como já passaram 2 anos e já não sente a perda, este blogue oferece a possibilidade da Cabrita se expor. É só enviar uma foto.

Palavras de Pedro Nunes

Um acidente estúpido como o são todos, enlutou famílias, gerou tristeza onde antes havia alegria e mobilizou vontades para minorar os seus efeitos nefastos.


 

Em Castelo Branco, médicos, enfermeiros e outro pessoal, ao saberem da notícia acorreram ao Hospital e trabalharam sem qualquer remuneração ou compromisso de horário.


 

O Sr. Ministro da Saúde, numa atitude que se louva, tanto mais quanto rara em Governantes, deslocou-se ao local e não se esqueceu de elogiar o comportamento dos profissionais.


 

Não sabemos se no regresso, S. Ex.ª meditou no facto a que tinha assistido ou se simplesmente, dever cumprido, entrou noutro registo e fez a viagem entretido com algumas contas.


 

É que se tivesse meditado por uns instantes, por certo teria percebido que o mesmo impulso que levou os médicos naquela noite ao Hospital é exactamente o mesmo que os leva a pedir a demissão de responsabilidades em Faro quando se recusam a colaborar em maus-tratos aos doentes.


 

Tal impulso não radica em qualquer emoção nem traduz qualquer interesse mesquinho de agradar ao Ministro, ser melhor remunerado ou subir os degraus do carreirismo. Tal impulso nem sequer é um impulso – é um acto pensado e assumido que resulta de um compromisso implícito ou explícito com uma Ética milenar.


 

O louvor do Ministro levanta assim problemas incontornáveis. Ou bem que acreditamos na Ética dos Médicos, aceitamos quando ela é incómoda e respeitamos os códigos que dela derivam ou bem que queremos impor ao grupo os consensos da Sociedade global e estamos preparados para pagar todos os preços.


 

O que não é possível é esperar que em caso de acidente os médicos acorram aos hospitais sem remuneração, horário de trabalho ou recompensa prospectiva e esperar que os mesmos médicos aceitem ser tratados como mangas de alpaca a quem se impõe o relógio de ponto biométrico e se acredita poder fazer pôr os interesses da empresa à frente dos interesses dos doentes convenientemente transformados em clientes.


 

É que quem louva os médicos de Castelo Branco por acorrerem ao Serviço de Urgência sem escala ou obrigação contratual, tem inexoravelmente de estar preparado para estabelecer com esta estranha gente que não se move só por dinheiro uma relação adulta baseada no respeito.


 

Tal relação não admite qualquer tentativa arrogante e prepotente de fazer alterar códigos de conduta ou qualquer convite a pactos de silêncio baseados no interesse do empregador e solidariedade de empregado.


 

Quem louva gente que põe o homem e as suas fragilidades à frente dos interesses, mesmo quando são os seus próprios interesses, não pode justificar o inaceitável com o argumento cínico de não estar pior que com anterior governo.


 

É que para os médicos, quando a Ética os move, é indiferente qual o Governo, qual o Partido ou qual o Ministro. Para os Médicos a questão coloca-se entre doentes, as suas carências e meios disponíveis e a capacidade de prestar serviços, desenvolvimento técnico e adequação às necessidades. Quem é o dono da loja é quem menos conta.


 

Em suma o que está em causa nas acções estranhamente coevas da última semana é mais que a circunstância, a tradução de um profundo conflito cultural. Conflito que, como todos, para ter fim implica escolhas e tomadas de partido.


 

Escolhas explícitas que nada impede que sejam baseadas no que mais convém à Sociedade. O que não é possível, mais uma vez, é ter


 

...o Sol na eira e a chuva no nabal...

sábado, novembro 03, 2007

Apelo Do Portugal Profundo.

É o segundo e-mail que recebo no espaço de um mês.

Publico a mensagem e cada um decida o que fazer.


From:
João Adélio M. Trocado Moreira [mailto:joao.adelio@mail.telepac.pt]
Sent: sábado, 3 de Novembro de 2007 13:53
To: João Adélio M. Trocado Moreira
Subject: Ajudem os habitantes de Avis - 2 de Novembro de 2007 - segundo crash da Internet que já dura há 3 dias...

(Nota: Peço desculpa pelo segundo envio, mas a situação torna-se intolerável.)

Apelo

Este mail é enviado (se chegar ao destino) de uma pequena comunidade rural do Alto Alentejo - vila e concelho de Avis, a sede com cerca de 2 000 habitantes, para muitos dos quais a Internet é um meio de comunicação por excelência, quer nas suas vertentes de lazer, profissional ou de serviço público.

A grande empresa que é a Telepac, com o SAPO, desde início de Outubro que mantém o serviço de Internet inoperacional ou melhor com uma operacionalidade que poderá rondar os 10%. Não será por negligência, nem por incúria, mas por certo, por desrespeito para com o interior do país, onde apenas existem centenas de assinantes e não milhares ou milhões como nas grandes cidades.

O subscritor, que trocou a cidade pelo campo há mais de 25 anos, e todos os outros habitantes de Avis, têm com a Internet, a vida ao seu lado.

Por favor, ajude-nos a que este apelo chegue aos ouvidos dos administradores da TELEPAC e ultrapasse a barreira do Call Center, verdadeiro empecilho quando o problema é regional e não localizado na nossa mesa de trabalho.


João Adélio Marinho Trocado Moreira (joao.adelio@mail.telepac.pt)

Médico de família e director do Centro de Saúde de Avis

P.S.

Podem ser acrescentados subscritores, se o desejarem.

P.S.

O objectivo é reenviarem para toda a lista de contactos, sempre em Bcc para que os endereços de e-mail não sejam usados para fins obscuros.

domingo, outubro 28, 2007

Alguém Contraria O Lobie da Indústria Farmacêutica na Comunicação Social vs Jornalistas.


 

"La epidemiología de la infección por VPH y del câncer de cervix en nuestro país no requiere una intervención sanitaria inmediata.


 


 

La Junta Directiva de la Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria, reunida este sábado 6 de Octubre, quiere manifestar su postura de considerar una decisión precipitada la inclusión de la vacuna del Virus del Papiloma Humano (VPH) en el calendario vacunal, en el caso de que esta decisión sea adoptada por parte de la Comisión de Recursos Humanos del Consejo Interterritorial.

La semFYC, organización que representa a más de 19.000 médicos de familia, de acuerdo con el Programa de Actividades Preventivas y de Promoción de la Salud (PAPPS), teniendo en cuenta la epidemiología de la infección por PH y del cáncer de cérvix en nuestro país así como los datos conocidos hasta ahora sobre la vacuna, considera que la decisión de incluirla en el calendario vacunal es precipitada sobre la base de las siguientes consideraciones:

1. Magnitud: la incidencia y morbi-mortalidad de la enfermedad es baja en nuestro país.

2. La infección por el VPH es una causa necesaria, pero no suficiente. En nuestro país, la mayor parte de las infecciones cursan de forma asintomática y en el 80-90 % de los casos se resuelven espontáneamente.

3. La vacuna no es una vacuna terapéutica.

4. La vacuna sólo es eficaz para prevenir lesiones displásicas por los genotipos incluidos en la vacuna.

5. Se desconoce la efectividad de la vacuna en el grupo de edad en el que se recomienda su aplicación como vacuna sistemática (9-14 años)

6. No se conoce la efectividad real, ni la duración de la inmunidad ni la necesidad de dosis de recuerdo.

7. En mujeres que han iniciado relaciones sexuales, la efectividad es muy baja y en algunos casos puede ser discutible.

8. No se dispone de datos de seguridad a largo plazo

9. Existen dos vacunas distintas y se desconoce si son intercambiables: Tetravalente: 6, 11, 16 y 18 (displasias y verrugas)- Gardasil Bivalente: 16 y 18 (displasias) - Cervarix

10. Puede administrarse conjuntamente con la vacuna de la hepatitis B, pero está pendiente estudiar la compatibilidad con otras vacunas


 


 

11. Existe la necesidad de seguir investigando i. Hacer estudios epidemiológicos y seguimiento de seguridad ii. Efectividad en otros grupos: varones, inmunodeprimidos...

12. La vacunación no sustituye la necesidad de seguir realizando cribado en mujeres vacunadas y no vacunadas

13. La vacunación es una actividad preventiva complementaria a otras actividades (preservativo, cribado...) en una estrategia preventiva global

14. Dadas las dudas expuestas sobre la efectividad de la vacuna, su coste- efectividad es discutible Por último, la semFYC considera que en caso de adoptarse finalmente la decisión de incluirla en el calendario vacunal, se recomienda restringir su uso solamente a las indicaciones aprobadas por el Consejo Interterritorial, evitando recomendarla a otros grupos de edad."

terça-feira, outubro 16, 2007

Nãooooooooooo Acreditooooooooooooooooooooo!

Devem ser galeses ou escoceses. Ou até irlandeses do norte. Ou se calhar portugueses! Agora ingleses, da Inglaterra, súbditos de sua majestade? Náaaa.


 


 

"Reino Unido: Infecção hospitalar faz 90 mortos

O responsável britânico pela Saúde pediu hoje desculpa por um surto bacteriológico mortífero em hospitais ingleses que provocou a morte a 90 pessoas mas assegurou que foi um incidente isolado.

Um relatório das autoridades sanitárias inglesas sobre o caso diz que as enfermeiras que trabalham no Hospital Maindstone and Tunbridge Wells no Sudeste de Inglaterra não lavam as mãos e deixam os pacientes deitados sobre as suas próprias fezes.

O secretário britânico da Saúde, Alan Johnson, afirmou que o relatório, que contém fotografias de casas-de-banho classificadas como repugnantes, é uma «história de horror».

«Em nome do governo e do Serviço Nacional de Saúde, quero pedir desculpa a todos os afectados», disse numa sessão de emergência no parlamento.

Contudo, considerou que esperava que se reconhecesse que «as falhas graves em Maidstone e Tunbridge não são representativas dos níveis de cuidados que os pacientes e o público esperam e recebem nos hospitais do país dia após dia».

O relatório foi tornado público pela Comissão de Saúde de Inglaterra que encontrou «falhas significativas» em todos os níveis, em três hospitais visitados pela tutela, e que contribuíram para que mais de mil pacientes tenham sido infectados pela clostridium difficile, uma bactéria potencialmente fatal e muito resistente aos antibióticos.

Nos últimos anos, a taxa de infecções provocadas por esta bactéria e por outras doenças teve uma forte subida na Grã-Bretanha, embora alguns a atribuam às alterações das regras dos relatórios sobre os surtos.

Diário Digital / Lusa"

   


 

O Novo Luto à Andy Warhol: Umas Linhas De Fama!

Nós, médicos, psicólogos e afins, sabemos que o luto se inicia pela indiferença e negação da perda (morte).

Essa negação, agora, faz-se com o eco dos "me(r)dia" que usam o sentimento das pessoas para venderem mais uns jornais, pagando míseros salários a jornalistas estagiários que a tudo se prestam, eles também à procura da "caixa" que lhe dê passagem directa para um órgão de comunicação de referência. Mas será que ainda os há?

Há mais de 30 anos aprendi o termo 'eclampsia', um verdadeiro temor para os médicos em virtude da alta mortalidade que sempre origina. É uma espécie de hipertensão maligna, fatal.

Mas a irmã gémea da falecida, em vez de se recatar e preparar o luto, pois ainda terá muito que chorar e sofrer (nessa altura já os media estarão longe e à procura de outras gémeas.

Em homenagem à grávida falecida, a notícia completa e o meu lamento pelas afirmações proferidas pela sua irmã gémea, Inês Baptista, que ainda não teve tempo de chorar a morte da sua irmã. Mas fá-lo-á, disso tenho a certeza.

Sublinhado: as não-notícias que fazem a notícia.

"V.F.X: Família de grávida que morreu vai processar hospital

A família de uma mulher grávida do Carregado, cujo funeral se realizou no domingo, pretende mover uma acção judicial contra o Hospital Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, por alegada negligência na morte da familiar, mas hospital contrapõe.

"Vamos até às últimas consequências, até perder as forças", relatou à agência Lusa Inês Baptista, irmã gémea de Alexandra Alves Baptista, de 31 anos de idade, que faleceu na quinta-feira, "A autópsia acusou que ela tinha uma hemorragia hepática e uma eclâmpsia, mas para mim não chega", disse a familiar, que admite recorrer aos tribunais.

Inês Alves Baptista não compreende como a irmã faleceu, após passar "de uma hora para a outra" a sofrer de lesões hepáticas que lhe "rebentaram o fígado", quando não tinha quaisquer antecedentes clínicos e uma vez que "se fosse doente as análises que tinha feito há uma semana acusariam".

Contactada pela Lusa, a directora clínica do Hospital Reynaldo dos Santos, Ana Alcasar, ainda sem conhecer o resultado da autópsia, revelou que, numa primeira avaliação preliminar efectuada ao longo de segunda-feira, "não terá havido negligência por parte dos profissionais", mas a unidade hospitalar vai abrir um processo de avaliação interna, como acontece "sempre que há uma morte inesperada", no sentido de apurar responsabilidades.

Alexandra Alves Baptista, grávida de 31 semanas, deu entrada na quinta-feira pelas 10:30 no hospital vila-franquense com tensão alta a 15/8, onde ficou internada, tendo sido a segunda vez que recorreu à unidade (da primeira vez sentiu também contracções) devido a problemas de hipertensão, causada por um alegado nervosismo resultante da morte de um familiar.

Foram administradas duas injecções para controlar a tensão, após receber medicação oral que não surtiu efeito (em vez de baixar, subiu a tensão para 22/12).

"Não sei que injecções eram, mas dez minutos depois a minha irmã começou a piorar, queixando-se de dores mesmo muito fortes na barriga e nos rins, estava cheia de suores, aos vómitos e a querer revirar os olhos", contou Inês Alves Baptista, numa altura em que a tensão já tinha descido para 10/5.

Por parte do hospital, "não há uma relação causa-efeito", explicando que os problemas de hipertensão com alterações no sistema renal (eclâmpsia) são "frequentes" no fim da gravidez, mas neste caso o problema "desenvolveu-se de forma mais ou menos abrupta".

Face ao estado clínico reservado, os médicos decidiram transferi-la para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, a fim de retirar o bebé de dentro da mãe e colocá-lo na incubadora, já que o Hospital Reynaldo dos Santos apenas dispõe de incubadora a partir das 34 semanas.

O agravamento da situação clínica obrigou os bombeiros a regressarem para trás [    quem deu a ordem?] de modo a antecipar a operação, conseguindo tirar ainda com vida o recém-nascido, que acabaria por morrer minutos depois.

No momento da intervenção,"surgiu um problema porque ela estava com uma hemorragia hepática", contou Inês Alves Baptista, recebendo a informação do médico de que a sua irmã teria de ser reencaminhada para o Hospital Curry Cabral, para ser submetida a um transplante de fígado.

Após dar aí entrada às 22:00 horas, acabaria por falecer meia-hora depois devido a uma hemorragia hepática e a uma eclâmpsia, segundo o resultado da autópsia, deixando duas filhas de sete e nove anos de idade.

"Se ela estava com dores, se tinha a tensão alta desde há uma semana, porque não a mandaram logo para o São Francisco Xavier?", questiona a familiar, para quem "tem de haver um culpado".

O Hospital Reynaldo dos Santos aguarda agora pelos resultados do processo de averiguações, que deverão ser conhecidos dentro de quinze dias, remetendo mais explicações para essa altura.

Diário Digital / Lusa "

Ganda contradição da irmã gémea que afirma no iníquo que a irmã estava de óptima saúde.

A eclampsia mata e a hipertensão também...

domingo, outubro 14, 2007

Algumas Verdades Incómodas Sobre Al Gore.


"Algunas verdades incomodas sobre Al Gore

El ex vicepresidente de EEUU, Al Gore ha sido uno de los ganadores del Premio Nobel de la Paz 2007, "por sus esfuerzos por construir y divulgar un mayor conocimiento sobre el cambio climático".

Nazanin Amirian (Para Kaos en la Red) [13.10.2007 09:04] - 1620 lecturas - 15 comentarios

El ex vicepresidente de EEUU, Al Gore ha sido uno de los ganadores del Premio Nobel de la Paz 2007, "por sus esfuerzos por construir y divulgar un mayor conocimiento sobre el cambio climático". Al Comité Nobel le habrá pasado dos males para cometer tal decisión. El no encontrar en su lista de candidatos a ningún verdadero defensor de la paz, y desconocer el currículo del ex vicepresindente. Pues, Al Gore no es ni hombre de Paz ni un aspirante a salvar la tierra con su visión ecologista.

En cuanto pacifista, solo hay que recordar que la administración Clinton-Gore bombardeó Yugoslavia, Albania, Sudán, Afganistán, Irak, Haití, Zaire, y Liberia, utilizó toda clase de municiones destructivas incluidos proyectiles que contenían uranio empobrecido, causando la muerte de decenas de miles de civiles y de paso provoco irreparables daños ambientales cuyos efectos perduraran cientos de años en sus tierras, aires, y aguas."

Continua aqui: http://kaosenlared.net/noticia.php?id_noticia=42914.

sábado, outubro 13, 2007

Dos Leitores


 

"Caro colega

 
 

Chamo a atenção para o seguinte texto:

 
 

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=60118

 
 

Título com "Médicos na Austrália salvaram a vida de um turista italiano envenenado alimentando-o durante três dias com vodka por via intravenosa" e depois no texto explicam que a vodka é administrada por sonda naso-gástrica.

 
 

Continuação de um excelente trabalho de 'educação' da nossa classe jornalística.

--
Rui Capucho"

quarta-feira, outubro 10, 2007

Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) – Porque Não Se Dedicam SÓ A Fazer Meninos ?

Em defesa do Dr. João Goulão.


 

"Folhetos antidroga foram distribuídos em bares e discotecas e não nas escolas

09.10.2007, Isabel Leiria

Famílias Numerosas mantêm as críticas à campanha do IDT e dizem que João Goulão é um "erro de casting"

Ao contrário do que foi dito este fim-de-semana pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), e não esclarecido na altura pelo presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, João Goulão, os postais que alertam para os efeitos das diferentes drogas e que dão instruções muito práticas para minorar as consequências do consumo, como a importância de não partilhar os "tubos usados para snifar [cocaína]", não foram distribuídos em escolas.


"A campanha foi preparada com base em conteúdos nossos e cedidas a duas empresas de distribuição destes postais [gratuitos] para serem entregues em locais de diversão nocturna. Houve uma distribuição massiva na altura da Queima das Fitas (em Maio) e dos festivais de Verão (em Agosto)", esclareceu ontem João Goulão.


"Não houve nenhuma distribuição em escolas do ensino básico ou secundário. Os postais destinam-se a jovens adultos, que têm o mínimo de condições para fazer as suas próprias escolhas", reforçou, admitindo que possam ter chegado a estabelecimentos de ensino por via dos alunos que os levaram de outros locais.


No domingo, questionado pelo PÚBLICO, João Goulão não tinha negado a informação da APFN de que a campanha era dirigida às escolas do ensino não superior e disse mesmo que este era o "tipo de mensagens usadas noutros países europeus".

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), por seu lado, quis saber em que contexto estava a ser feita a campanha. Esclarecida a questão, António Amaral, vice-presidente da Confap, acabou por considerar tratar-se de uma informação "perfeitamente legítima", se dirigida a um público mais adulto.


Já a APFN mantém todas as críticas, com o seu presidente, Fernando Ribeiro e Castro, a dizer que a nomeação de João Goulão para dirigir o IDT foi um "erro de casting".


Os postais (distribuídos por empresas que detêm expositores em teatros, restaurantes, bares, discotecas, universidades e cinemas) têm todo o mesmo mote - "Energia usa só a tua" - e informam sobre os efeitos, consequências do consumo continuado e medidas para minorar os riscos da utilização de 11 drogas diferentes - do álcool aos cogumelos mágicos, passando pela cannabis ou pela ketamina.


Em relação à cocaína, por exemplo, avisa-se que é susceptível de causar depressões e problemas cardíacos e alerta-se para a necessidade de, em caso de consumo, "alternar a narina que se utiliza para snifar". No caso do LSD, escreve-se: "É bom que esteja presente alguém com experiência de consumo, pode ajudar no caso de bad trip".


João Goulão explica que a campanha é preventiva, mas que não deve ignorar que há pessoas que consomem drogas e que devem ter a informação apropriada.


Quem continua em total desacordo é a APFN, que considera a campanha "perfeitamente idiota." "O facto de não ter sido feita nas escolas faz apenas com que não seja tão grave. Mas continua a ser horrorosa", critica Fernando Ribeiro e Castro, que quer saber qual a opinião do ministro da Saúde e pede a intervenção do Parlamento. Para Ribeiro e Castro, a campanha promove o consumo de drogas e, ao contrário do que tem sido feito no plano do tabagismo ou da prevenção rodoviária, não previne.


Goulão explica que a campanha é preventiva, mas que não deve ignorar que há pessoas que consomem drogas
. "

quarta-feira, outubro 03, 2007

Serviço Público

Retirado do Diário Digital, da Lusa:

"Andarilhos levam duas crianças por dia aos hospitais

O uso de andarilhos leva todos os dias aos hospitais portugueses pelo menos duas crianças, de acordo com a estimativa de um estudo apresentado no 8º Congresso de Pediatria, que decorre em Vilamoura, Algarve.

O estudo consistiu em inquéritos a 1.427 pediatras, praticamente todos os existentes no País, com questões sobre o tratamento de crianças acidentadas com andarilhos, disse à Lusa a pediatra Elsa Rocha, da Associação para a Segurança Infantil (APSI), que apresentou os resultados ao congresso.

"Dos 215 que responderam, 22% já tinham assistido bebés vítimas de andarilhos, mas esses 48 pediatras assistiram um total de 122 casos num ano", enfatizou Elsa Rocha, extrapolando que "se todos os pediatras tivessem respondido, teríamos cerca de 800 casos".

O estudo, promovido pela APSI e pela Unidade de Vigilância Pediátrica, reforça as conclusões de um outro estudo, do Observatório Nacional de Saúde, que aponta para cerca de 650 casos de acidentes com andarilhos por ano atendidos nos hospitais portugueses.

"Isto são só os casos que chegam aos hospitais, o que significa que há muitos mais acidentes em casa", afirmou a pediatra, recordando que se trata de crianças de tenra idade, entre os seis e os 18 meses.

O mesmo estudo do Observatório, realizado em 2004, aponta para que metade dos acidentes são quedas e 80 por cento resultam em traumatismos cranianos.

De acordo com os resultados dos inquéritos divulgados na terça-feira, cujo trabalho de campo decorreu em 2005, os traumatismos cranianos foram a causa de todas as 122 hospitalizações conhecidas.

Segundo a pediatra que apresentou o trabalho, essa alta incidência de lesões no crânio explica-se pelo facto de os bebés terem uma cabeça proporcionalmente muito grande e pesada e, por outro lado, terem os pés presos quando estão no andarilho.

Por outro lado, sublinhou, o estudo apontou para 100% de acidentes em escadas.

"Está provado que o andarilho é intrinsecamente perigoso e essa alta taxa de acidentes em escadas só prova que os pais não chegam a tempo na maioria das situações", disse.

Sublinhou que a velocidade de uma criança no interior de um daqueles aparelhos é de cerca de 1 metro por segundo, isto é, "muito superior a qualquer capacidade de reacção dos pais".

"No andarilho, como fica mais alta, ela chega mais e mais depressa aos objectos, com os riscos inerentes, começando a puxar toalhas e alcançando objectos que queimam ou cortam", disse.

Segundo Elsa Rocha, ao contrário de uma ideia feita ainda em uso, o andarilho não ajuda a criança a caminhar mais cedo, sendo mesmo desadequado ao desenvolvimento da capacidade de marcha.

O uso de andarilhos está regulado desde 2005 por uma norma europeia que obriga ao cumprimento de vários preceitos de segurança, entre os quais o uso de rodas que prendem quando chegam a uma escada.

Contudo, ainda não existem estudos sobre o real efeito dessas normas no número de acidentes, sendo essa precisamente a próxima etapa da APSI e da Unidade de Vigilância Pediátrica. "

terça-feira, outubro 02, 2007

Não! Não Se Pode Dizer Mal Dos Ingleses... Nem Do Sócrates.

Intoxiquem-nos com a chegada do Mourinho.

Já quase que não posso respirar!

Mas vou contar uma história.

domingo, setembro 23, 2007

A SIC Notícias Contagiada

O "mau jornalismo" começa a ser uma doença contagiosa que ataca os próprios jornalistas e as estações de referência.

Isto a propósito de uma notícia de abertura de um dos jornais da SICNotícas:

"Grávida morre na Maternidade Alfredo da Costa. Família acusa médicos de negligência!"

Depois uma reportagem num bairro de Lisboa, todos os participantes vestidos com roupinha de domingo, de luto ninguém, uns sorridentes para a câmara, o marido usado pelos jornalistas, a dizer que sim que foi negligência, que morreu por causa dos médicos, sem assistência, e, depois como habitualmente a proferirem os diagnósticos, os prognósticos e a terapêutica que deveria ter sido usada na situação.

Onde estas pessoas aprenderam, não sei.
Sei que os jornalistas, agora todos licenciados tem um grau académico superior e acreditam no que ouvem, pois para estes iliteratos fica 99% da notícia.

Num segundo ouve-se um responsável da MAC a afirmar que a paciente faleceu de uma complicação rara - tromboembolismo maciço e que faleceu a caminho da sala de cirurgia.

Feliz! Foto No Jornal! Fiz Um Parto Numa Ambulância!

In Correio da Manhã.

sábado, setembro 22, 2007

Que Bom É Nascer Numa Ambulância.

Sem dúvida que são casos de iliteracia básica das nossas grávidas ou então já fazem contratos prévios com os órgãos da comunicação social!


 

Foi no Jornal de Notícias de 21/09/07.

Lê-se a notícia e conclui-se:


 

  1. É chic nascer nas ambulâncias.
  2. Para os bombeiros é um ponto alto da sua vida, curricular, assistir a um parto, muito mais que qualquer actividade de protecção civil para a qual estarão mais preparados.
  3. É um acto tão belo e marcante que não se importariam de ser os personagens.
  4. Têm um kit-partos.
  5. A notícia já vale mais que qualquer notícia sobre negligência médica.
  6. Em breve transitarão para as revistas do coração: Caras, Lux, Flash, Vip, etc.


 


 

"Nasceu à porta de casa numa maca


António Orlando

"Esperar sim, mas tanto não", assim terá pensado a pequenota Helena Isabel, depois de passar 39 semanas em gestação na barriga da mãe, Maria Laura Pacheco Ribeiro. A menina nasceu, ontem, cerca das 10 horas, numa maca dos bombeiros, nos arredores da cidade do Marco de Canaveses. Ao terceiro filho, a parturiente, não deu conta do "rebentamento das águas". Os bombeiros ficaram espantados com a frieza da mulher. Andreia Pinto e Pedro Silva, bombeiros de serviço na ambulância pré-hospitalar, nem criam acreditar no que lhes estava reservado.


"Quando chegamos, a mulher estava de pé, à nossa espera. Sozinha, foi ter connosco à ambulância a dizer que achava que estava quase a nascer a criança. Incrível, ela não gritava, como se nada fosse", contou emocionada, Andreia Pinto, 28 anos, socorrista nos bombeiros.

"Pegamos no "kit-partos" e deitamos a senhora na maca. Dois minutos depois chegou a VMER do Vale do Sousa e a criança nasceu de imediato". Ainda a recuperar da emoção, Andreia Pinto, solteira, confessa ter passado por "uma experiência linda", ao assistir a um parto, ao ponto de revelar de naquele momento, ter tido vontade de "ser mãe também". Quanto à Helena Isabel, seguiu na companhia da mãe, para a unidade neonatal do Hospital Padre Américo, Vale do Sousa em Penafiel. A menina nasceu um dia, antes dos pais da criança, fazerem anos, foi assim uma espécie de prenda antecipada. Por certo, hoje o aniversário dos pais, que têm mais dois filhos, terá mais razão de ser celebrado com mais alegria.


Já com o "normal" tempo de gestação cumprido, a mulher, foi consultada pelo obstetra na passada segunda-feira, e que aguardava por nova consulta na próxima semana. Neste caso, não se aplica a situação, já clássica" da distância da residência da parturiente ao Hospital de referência. Aliás, a recente troca de Amarante por Penafiel, só trouxe vantagens aos utentes do Marco."


 

sexta-feira, setembro 21, 2007

Dia 8 de Setembro: “Dia Internacional da Literacia”, Científica, Acrescento Eu!


"Visite, escreva ou telefone

directamente ao

Padre Gama em Fátima


CONSULTAS:

Rua dos Valinhos, FÁtima

tm +351962566056


Ajuda com os seus problemas

O padre "americano" que tira os demónios


ajuda emocional, ansiedade, exorcismo, pânico, timidez, medos, depressão, pais e filhos, problemas de relacionamento, desprezo, traumas, insegurança, e mais........

O padre “americano” que tira os demónios


Humberto Gama, 63 anos, nasceu em Mascarenhas, Mirandela. É um dos nove filhos de um guarda-rios, partiu aos 17 anos para a América, para cursar filosofia, onde esteve sete anos e de onde regressou para ser ordenado no Convento Mariano de Balsemão. Diz-se um padre de Deus e cidadão do mundo. Foi representante da União Europeia ao serviço de quem foi feito prisioneiro pelo "Sendero Luminoso", na América Latina. Assume com frontalidade que as correntes negativas do bem contra o mal se combatem com o exorcismo.
Amante de arte, em especial de pintura (a sua casa mais parece um museu). Amigo de Vieira de Silva, Maluda, Cargaleiro e Júlio Pomar, pessoas que, segundo diz, "têm um horizonte completamente diferente". Humberto Gama vê na política, um púlpito para fazer passar as suas mensagens.
Lamego Hoje - Quando está a fazer um exorcismo sente que esta é também uma forma de ajudar os seus paroquianos?
Padre Humberto Gama - Quando me formei, o bispo de Bragança sabia que a minha formatura tinha sido em psicologia. É muito difícil saber se a pessoa está possessa ou tem uma outra doença qualquer. Há coisas sobrenaturais no meio disto tudo. Existem pessoas que, só depois de irem ao médico ou aos psiquiatras, que lhe dizem - 'olhe vá ao padre, porque só ele é que lhe pode resolver isto'.
LH - Como é que uma pessoa como o padre Gama sabe se quem o procura está possesso, ou não?
PHG - Antes de chegar à ordenação sacerdotal, somos exorcistas. Um padre como é diácono também é exorcista. No entanto, depois de serem ordenados, nem todos podem ser exorcistas. Para tanto, em cada diocese, há um padre que recebe a indicação do bispo para esse efeito, situação que lhe dá outros poderes.
LH - Então, no caso da Diocese de Vila Real é o senhor o eleito? Qual foi o bispo que o nomeou?
PHG - Eu não estou debaixo da alçada de nenhum bispo. Eu sou padre de Deus. Existe um padre que o bispo usa, a seu belo prazer, para esse efeito. Eu quando fui ordenado sacerdote jurei por Deus. Os bispos passam e a igreja fica. Já conheci cinco bispos na minha Diocese e tantos outros em outras. Se um pobre padre dependesse de um bispo, quando morresse o padre e o bispo acabava tudo. Não pode ser.
LH - Disse-me que, há dias atrás fez um exorcismo, aqui próximo de sua casa. Quando saiu de casa foi vestido de padre, com todos os rituais?
PHG - É claro que, para se poder fazer as coisas com verdade temos de ser rigorosos. Mesmo quando faço exorcismo não deixo de ser padre e, quando saí de casa, sabia muito bem o que ia fazer e estava preparado para isso.
LH - Quando é que se apercebeu de que teria o dom de poder fazer exorcismos?
PHG - Eu fiz toda a minha formação na América e fui o primeiro padre português a ser ordenado no Mosteiro Mariano de Balsemão, em Macedo de Cavaleiros, na altura dirigido por padres Polacos. Está lá enterrado um padre, que era o exorcista e, quando ele morreu, o Bispo de Bragança falou comigo para saber se eu podia continuar aquele serviço. Passei a ser solicitado por pessoas que, de Lisboa ao Porto, passando pela zona centro do País, toda a gente me conhecia como o 'Padre Americano, que tirava os diabos'.
LH - Nós, leigos na matéria, ouvimos dizer que exorcizar não é tarefa fácil...
PHG - No principio, sempre que me apercebia da presença de alguém a procurar esse serviços eu fugia para casa dos meus pais, em Mascarenhas, Mirandela. Tenho de reconhecer que tinha medo. Tive experiências terríveis que, ainda hoje, estão na minha memória. O meu pai, perante factos a que assistiu quando as pessoas me procuravam, pediu-me para pedir transferência para Roma, para que desaparecesse a fama do Padre Gama, 'que tirava os diabos'.
LH - Recorda-se de algum caso especial em que tenha ajudado pessoas que procuravam os serviços nessa área e que estavam a sofrer?
PHG - Eu quando me chega uma pessoa doente, há uma coisa que me choca logo. Pode ser um gesto, um olhar, qualquer coisa de negativo que a pessoa trás que contacta comigo. Essas pessoas estão a sofrer e eu, pela graça de Deus, tenho uma força positiva, o que provoca desde logo um choque ou um combate entre o bem o mal.
LH - Mas, conte-me, que sintomas essas pessoas apresentam e como se combatem?
PHG - Tinha sido ordenado há pouco tempo. O Bispo de Bragança, D. Manuel de Jesus Pereira, mandou ao convento de Balsemão uma família de Leiria, com uma menina de seis anos amarrada pelas mãos e pelos pés, dentro de um furgão, para que 'se eu tivesse coragem' resolvesse este problema. Andava eu em cima de um tractor a lavrar no campo, quando os pais da menina, todos esmurrados das agressões da filha, que ninguém tinha conseguido segurar na noite anterior, chegaram junto de mim.
LH - Era assim um caso tão grave. É possível atingir essas proporções?
PHG - A menina estava possessa de um tio e do avô. Havia intercomunicações entre os espíritos, já que aquela criança nunca conheceu o avô. Vesti-me e apareci à família que me disse que 'tivesse cuidado' porque 'ela cospe, bate-lhe, ou mata--o já'. Mandei soltar a menina que, mal saiu da carrinha, me beijou a mão, perguntando-me - 'olá senhor padre, está bom?' - para estupefacção da família. Levei-a pela mão para a sacristia, porque o exorcismo faz-se frente-a-frente e ninguém pode assistir àquele acto.
LH - Não teve receio face às mudanças bruscas da menina que tinha batido nos pais e que agora, aparentemente, estava tão dócil?
PHG - Bem, eu considerava-me um homem de coragem. Levei-a para a sacristia para tentar perceber o que era aquilo. No entanto, naquela altura todo eu tremia. Só Deus sabe o que passei. A primeira coisa que eu disse à menina, pequenina, já na sacristia, foi: 'tu, se cuspires em mim ou me deres alguma canelada, como fazes aos teus pais, eu mato-te'. Ela olhou para mim e, antes de falar, senti que qualquer coisa que estava dentro dela até tremeu. - 'Não senhor, a si não lhe faço mal', disse--me.
LH - A onda negativa que tinha a menina possessa desapareceu, só com a presença de um padre que o ameaçou?
PHG - É evidente que não. O exorcismo exige que se faça um ritual de rezas - uma espécie de livro de S. Cipriano - e que demora cerca de quatro horas. Faz parte do exorcismo perguntar à pessoa como ela se chama. Fiz a pergunta em português, latim, francês, sem encontrar resposta. Eu falava bem Polaco (tinha sido ordenado por padres Marianos da Polónia) e disse-lhe em polaco: - porra, este diabo nem polaco sabe falar - ao que a menina me respondeu em polaco, deixando-me desconcertado. Uma criança que não sabia ler nem escrever, respondia-me em polaco. -'Eu depois já te conto', disse-me. Perguntei-lhe se vinha dos Santos, e a ladainha toda dos exorcismos, 'De onde é que vens, para onde é que vais, quem é que tu conheces?' (para além das coisas que eu não posso aqui divulgar). Ao sair do Mosteiro de Balsemão a menina virou-se para um padre polaco e disse-lhe - 'Você vai morrer' - E morreu mesmo, passado pouco tempo, quando caiu abaixo de um cavalo. Está lá enterrado no mosteiro.
LH - Disse-me que esta semana foi fazer um exorcismo aqui, próximo da sua casa, e não conseguiu retirar a onda negativa...
PHG - Estive a fazer uma reza numa casa, onde já tinham estado outros padres, que disseram aos da casa para me chamarem. Ao chegar ao local dei logo conta e disse. 'Isto está mau, tenho de cá voltar segunda vez'. É uma residência onde as coisas mais dispares acontecem e as pessoas que lá habitam têm problemas. Naquela casa existe uma mistura de factores. Há intervenção de Deus, do Diabo, e da pessoa Humana. Preciso de saber quem é quem no meio daquilo tudo para conseguir deslindar o problema.
LH - Não tem medo de ser perseguido por essas ondas do mal depois de os afastar das pessoas que eles têm possessas?
PHG - É claro que sim e já o fui muitas vezes. Eu pesava 85 quilos e passei para 65. Não foi por deixar de comer ou beber. Sou um homem muito religioso, talvez pouco católico, mas muito cristão. Se Cristo viesse a minha casa acho que nos tratávamos por tu. A imagem que eu tenho DELE, através do evangelho (que eu conheço de cabo a rabo) entrava aqui alguém que eu conhecia. O grande mal de muitos portugueses é que são bons católicos e péssimos cristãos.
LH - Disse-me que tinha de voltar àquela casa para completar o trabalho. Quando faz um exorcismo fica com a consciência de que a pessoa ficou completamente limpa?
PHG - O exorcismo é um trabalho de paciência. Vai-se cortando a corrente negativa, a pouco e pouco, se a nossa corrente for mais positiva, afasta-a. Tão simples como isto. Há o perigo do retrocesso que, geralmente não acontece. Vou ter de lá voltar a casa para me certificar se a corrente negativa foi embora, ou não, para ver como é que eu me sinto, porque eu sinto-o.
A pessoa que tem o problema até se pode sentir melhor, ou pior, mas eu é que o sinto. Eles são apenas o receptáculo daquela energia. Geralmente cai sobre a melhor pessoa da casa porque é a mais sensível. Como Santo Agostinho o definiu, o Diabo anda sempre por aí. Ele está, agora, aqui no meio de nós. o Bem e o Mal estão sempre juntos. O Bem pode estar a dormir, mas o Mal está sempre à espreita e, quando pode atacar, não perdoa.
LH - Defina-me em poucas palavras algo sobre o exorcismo que ainda não tenhamos falado...
PHG - Para se fazer esse serviço, tem de se estar em jejum e há casos que duram quatro e cinco horas. São poucos os padres que aceitam fazer isto porque se sofre muito. Às vezes, quando me procuram, digo que o bispo me proibiu de o fazer (não proibiu nada, nem eu aceitava tal proibição). Sempre que posso evito fazer porque sei que vou ter consequências, mas acho que o padre deveria estar sempre aberto a ajudar porque essas pessoas são exploradas por curandeiros, bruxos, psiquiatras, e não chegam a parte nenhuma. Quando o mal é este, tem de ser resolvido desta forma.
Eu não sou nada, nem ninguém. Agora o poder daquele gesto (sinal da cruz), que me foi transmitido quando fui ordenado padre, poder que eu também não diz qual é. Só que, depois de fazer o exorcismo, quando faço o sinal, a pessoa olha para mim e está com os olhos diferentes. Eu não fiz nada à pessoa, foi aquele gesto. Quem souber que explique, a mim também, onde está o poder.
LH - Quanto leva por fazer um trabalho destes?
PHG - Não levo dinheiro pela prática do exorcismo. Quando se mistura dinheiro com religião as coisas estão mal. Hoje um padre, se quiser, é o homem que mais dinheiro pode ganhar, em pouco tempo, mas se for um padre de Deus tal não acontece. Eu vou dizer uma missa pela alma de uma pessoa e pagam-me. Hoje é usual os padres dizerem a mesma missa pela alma de quarenta ou cinquenta pessoas (que ele inumera durante a celebração). Multiplique isso pelo preço de uma missa e veja quanto dá. Já me aconteceu recusar e quando teimam digo-lhes - deitem na caixa das almas, que é para a igreja. Ninguém o faz, porque gostam de o dar ao padre, olhos nos olhos, porque sabem que foi ele que lhe fez o serviço.


Luís C. Ribeiro"

sábado, setembro 01, 2007

O Jornalismo Dos Ratos Ou O Jornalismo Ansiogénico!

Esta página da Internet tem a sua origem no Correio da Manhã, distribuída por Destakes através de RSS do Mozilla Firefox.

Agradeço que leiam a notícia e depois os títulos das "notícias relacionadas".

Que contradição! Que maldade!

Porquê insistir sempre na "estratégia da tensão"?

Os jornalistas são os principais causadores da ansiedade e depressão que se verifica nas consultas em Portugal. São notícias ansiogénicas.

Amanhã estarão os mesmos jornalistas a noticiar que os médicos estão a prescrever ansiolíticos e antidepressivos em excesso.

Pudera.

Até eu já os tomo!

Não vá amanhã abrir a porta de casa e entrarem-me pela casa adentro milhões de ratos…

E assim se vendem notícias e os jornais vão lucrando e os jornalistas com péssimos salários.

2007-09-01 - 00:00:00
Ameaça: Autoridades dizem que praga não chega a Portugal
Douro trava ratos





A subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, declarou ao CM que as autoridades nacionais estão atentas e a acompanhar o problema que se passa no outro lado da fronteira: "Não há nenhuma previsão de que a praga de ratos que está a afectar os campos agrícolas espanhóis chegue a Portugal. Em todo o caso, as autoridades de saúde e veterinárias portuguesas, bem como o governador civil de Bragança, estão a acompanhar a par e passo a situação."

Aquela responsável sublinha que neste momento não existe risco para a saúde pública da população nacional, pelo que não estão a ser tomadas medidas preventivas. Se vier a ocorrer a invasão de roedores, então serão tomadas basicamente duas linhas de acção.
Em primeiro lugar, a eliminação dos roedores, que pode implicar a contratação de empresas especializadas, e, em segundo, o reforço de medidas de higiene. Isso passa pelo uso de botas e por evitar o contacto da pele e das mucosas com água contaminada.

Perante o cenário da invasão, a água da rede pública dos fontanários não estaria em risco de contaminação, uma vez que, sublinha Graça Freitas, às "águas que abastecem os fontanários não são superficiais".

Entretanto, o ministro do Ambiente, Nunes Correia, afirmou que o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) está a monitorizar a situação. "Não é certo que essa praga chegue a Portugal. Dizem-me que há uma barreira natural, que é o rio Douro", acrescentou.
Nunes Correia pensa que a palavra "alarmante" é excessiva para classificar o que se passa em Espanha, mas que "é suficiente para acompanharmos a situação com atenção".

O governador civil de Bragança, Jorge Gomes, disse não haver perigo para Trás-os-Montes. "Estamos com tranquilidade e em contacto com as autoridades espanholas."

A praga de roedores já destruiu as culturas de 621 municípios espanhóis e se estima-se que envolva entre 400 a 750 milhões de ratos.

Cristin Serra








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sexta-feira, agosto 31, 2007

O Custo De Um Valor Sem Preço!

De um visitante raro:


"Caro MEMAI

O Custo De Um Valor Sem Preço!

O JN titula na primeira página de hoje: "Hospitais dão prejuízo de 128 milhões de euros". Os subtítulos que chamam para o interior do jornal dizem: " Das 35 unidades com gestão empresarializada só oito tiveram resultados positivos" e "Aumento muito curto das receitas não chegou para compensar redução de custos". O título da página 5 é: "Hospitais EPE com resultado mais negativo que o previsto ".

Qualquer leitor pensará: O JN acha que os Hospitais não deviam dar prejuízo, que as unidades deviam dar resultados positivos e gerar mais receitas.

Será pedir muito que um jornalista dê a entender, com o mesmo realce com que faz estes títulos, que o custo de ter hospitais não é um prejuízo mas uma despesa do Estado e que é para esse tipo de despesas que pagamos os impostos?

Curiosamente, ou talvez não, a "Figura do dia" é Correia de Campos e o comentário do jornalista Paulo Martins acusa o Governo de a aposta dos Hospitais EPE assentar apenas em critérios economicistas. Ou seja, o Governo só quer resultados de económicos e não os consegue ter.

Será ser ingénuo pensar que um Governo, qualquer que seja, tem de reduzir despesas desnecessárias mas sempre terá "prejuízos" na Saúde?

Será isento o jornalista que chama a atenção para os custos e, ao mesmo tempo, em letras pequeninas, diz que o prejuízo foi este ano reduzido em 57%?

Será que se os Hospitais não tivessem passado a ser entidades que se regem por critérios empresariais, permanecendo na posse do Estado, se tinha conseguido essa redução?

Um visitante raro"

sexta-feira, agosto 24, 2007

Se Este Post Tivesse Título Não Seria Politicamente Correcto!

Segundo a OMS, no Público, por Eduarda Ferreira:


"Mais doenças surgem a cada ano no Mundo


A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou na noite de ontem o seu relatório anual e um apelo aos seus 193 Estados membros para que cooperem na redução dos riscos sanitários que ameaçam a Humanidade no século XXI. Esta agência das Nações Unidas considera que o Mundo está mais vulnerável, devido, nomeadamente, à grande mobilidade das populações.


Os novos riscos sanitários assinalados pela OMS incluem as epidemias transmitidas por vírus, alguns deles só recentemente identificados. Desde 1967, surgiram 39 agentes patogénicos, como o da sida e das febres hemorrágicas de ébola e de Marburgo. Sobre último investigadores da própria OMS e de alguns centros de doenças infectocontagiosas comunicaram há dias que a origem se situa num morcego da fruta com habitat no Uganda.


No relatório "Um Futuro Mais Seguro", a OMS indica os maiores riscos para os anos que aí vêm além de epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergências. Acidentes ou ataques químicos, biológicos ou nucleares são listados entre os perigos, onde se inclui também a mudança climática. No que respeita às doenças infecciosas, a OMS lembra que a sua propagação rápida pode tornar global a ameaça, uma vez que os contactos são facilitados em horas entre regiões muito distantes. Por ano, cerca de dois mil milhões de pessoas viajam de avião.

Por outro lado, novas doenças podem continuar a emergir, dado que os microorganismos evoluem e as pessoas desenvolvem resistência aos antibióticos. Para tudo isto, A OMS afirma só haver algum remédio no empenho dos países em lutar contra a doença e no favorecimento de condições sanitárias às populações. A saúde para todos, defende a mesma organização, implica uma partilha do conhecimento, tecnologias e produtos, incluindo vírus e outras amostras laboratoriais necessárias à segurança global. A OMS alerta para que todo o esforço pode ser em vão, se as vacinas, tratamentos e meios de diagnóstico só forem acessíveis aos ricos.


Neste relatório é sublinhada a necessidade de todos os países se dotarem de eficazes sistemas de alerta e vigilância sanitária e de estabelecerem entre si comunicação sobre eventuais surtos de doença transmissível. Um novo Regulamento Internacional de Saúde, contemplando esta matéria, vigora há dois meses."

quarta-feira, agosto 22, 2007

Exemplar!

A frase é retirada dum post deste blogue - Timor Lorosae Nação. Mas refere-se a outro post de um outro blogue e assinado por Ângela Carrascalão.

Mas o verdadeiro autor da frase é o Povo de Timor!

"Nós, povo kiik, já abrimos os olhos; lutámos pela independência e essa já a conseguimos. Agora, a luta é pelas cadeiras. Os líderes querem cadeiras. Então eles que lutem por elas!

Três Médicos Da CUF Infante Santo Alvo De Processos Disciplinares.

E foi a Ordem, a tal corporativa para muitos, a instaurar o processo por queixa de uma jornalista.

"O Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos instaurou processos disciplinares a três médicos do Hospital da CUF Infante Santo, em Lisboa, na sequência de uma queixa de negligência médica apresentada por uma jornalista, por os clínicos não terem diagnosticado devidamente um enfarte do miocárdio à sua mãe, que faleceu um mês depois."


In "Tribuna Médica" de 21 de Agosto.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Pêlos Públicos!?

De certeza que se trata de uma gralha ou de falha de revisão, mas que tem piada tem, trocar os pêlos púbicos pelos públicos. E não foi no jornal Público mas no Diário de Notícias de 16 de Agosto de 2007.


Era um artigo sobre os partos naturais nos hospitais públicos e referiam que as cesarianas tiveram "até uma diminuição de 32 para 29,6 %".

Na véspera outro jornal referia que as cesarianas nos hospitais privados continuavam a crescer


"No Hospital S. João, por exemplo, os procedimentos de rotina para os partos de baixo risco estão a ser alterados. À entrada, explica a enfermeira-parteira Elisa Santos, a mulher não é imediatamente colocada a soro. Já não há rapagem dos pêlos públicos e, se quiser, a parturiente pode caminhar pelo corredor do bloco durante o trabalho de parto. A episiotomia - corte do períneo para facilitar a saída do bebé - já só é feita quando necessária e não por prevenção em todos os casos. A política hospitalar prima ainda pela redução dos toques vaginais (usados para avaliação do progresso do trabalho de parto) e há também uma adopção de protocolo que quer diminuir o número de cesarianas realizadas."


Assina: Elsa Costa e Silva

quarta-feira, agosto 15, 2007

Viva A Inspecção Geral de Saúde! Viva A Jornalista Joana Ferreira da Costa!

E digo "viva" porque estamos no Verão, é dia abençoado e os médicos e todos os intervenientes na cadeia de uma emergência e da saúde em geral devem ficar satisfeitos com os resultados positivos de inquéritos a uma das actividades mais vigiadas do país.

Não é cunha à ex-IGS porque sou anónimo e ninguém me conhece (?!) e muito menos à jornalista que também não conheço.

Em relação aos inspectores da ex-IGS dos que conheço tenho boa opinião, na isenção e na tentativa de fazerem um trabalho de investigação exaustivo, quer nas suas auditorias, quer em relação aos inquéritos.

O "viva" para a jornalista deve-se ao facto de fazer uma notícia sem provocações subliminares anti-médico como é habitual nos media actuais.


Julgam eles, os media, que conseguem denegrir a imagem positiva da profissão, mas enganam-se como mostra o recente inquérito europeu, onde se demonstra que as campanhas anti-médico atingiram apenas os próprios médicos e não a população em geral, originando nesta camada profissional um efeito de ricochete na imagem dos jornalistas na classe médica e nos outros profissionais da saúde, por vezes com algum exagero, como eu por vezes demonstro.


"Inspecção diz que mulher que morreu na ambulância dos bombeiros em Vendas Novas foi bem assistida


A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) concluiu que não houve falhas na polémica assistência a uma mulher de Vendas Novas, que morreu na ambulância dos bombeiros a caminho do Hospital de Évora. Defende ainda que o fecho nocturno do atendimento permamente (SAP) no centro de saúde da localidade "não teve influência na assistência prestada, nem no desfecho".
Nas conclusões da investigação ao caso - pedida pelo ministro da Saúde, Correia de Campos - a IGAS afirma que os bombeiros voluntários de Vendas Novas chegaram junto da doente dez minutos depois do alerta de emergência . A mulher de 51 anos, com antecedentes de problemas vasculares, "estaria em paragem cardio-respiratória" e foi transportada "sem perda de tempo" para o hospital, lê-se no comunicado de imprensa enviado pelo gabinete de Correia de Campos.

A essa hora, pouco antes das dez da manhã, o centro de saúde estava já a funcionar em pleno, mas as orientações dos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) do encaminhamento da doente para a unidade de Évora foram as correctas. A ambulância dos bombeiros era a única disponível, já que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Évora "estava a assistir um doente com enfarte e edema pulmonar agudo".
"Ainda que o SAP de Vendas Novas se encontrasse aberto 24 horas por dia, dada a situação clínica da doente, que corresponde a uma emergência, seria altamente improvável a sua sobrevivência [numa unidade deste tipo]", acrescenta. A IGAS conclui que não encontrou "qualquer comportamento infractório, ou menos correcto" na "actuação de todos os envolvidos na assistência à vítima", pelo que decidiu arquivar o processo.

A morte da doente de Vendas Novas causou uma enorme controvérsia, por ter ocorrido menos de um mês após o ministro ter posto fim ao atendimento nocturno no centro de saúde.
O presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, José Figueira, acusou mesmo o ministro de ser responsável pelo desfecho trágico, por ter desrespeitado a ordem do Tribunal Administrativo de Beja, na sequência de uma providência cautelar interposta pela câmara para travar o fecho do SAP. "

in Publico, 15-08-2007.


segunda-feira, agosto 13, 2007

Afinal Em Que Ficamos: Há Ou Não Há?

A notícia é do Correio da Manhã de 19 de Julho de 2007 e confirma aquilo que já se disse neste blogue.

Interessante, pois não ouvi nada na comunicação audiovisual. Opções!

Em conclusão: em Portugal não médicos a mais para a nossa população.

Começam é a haver faculdades a mais…

"Portugal supera Reino Unido

Médicos acima da média em Portugal


O número de médicos por mil habitantes (3,4) é superior à média dos países da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (3.0). De acordo com um relatório ontem divulgado, o País supera o Reino Unido (2,4) ou o Japão (2.0).

Quanto às remunerações, o mesmo relatório refere que os médicos especialistas portugueses recebem mais do que os da Suécia ou os da Noruega."

O Publico também "postou" nesse mesmo dia, por Alexandra Campos:

"Portugal dispõe de mais médicos do que a média dos países da OCDE.

O número de médicos aumentou substancialmente nos últimos 15 anos e Portugal não é excepção.

Segundo um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) ontem divulgado, em 2005 havia 3,4 médicos por cada mil habitantes em Portugal, o que nos colocava ao nível de países como a França e a Alemanha e acima da média da organização (3 clínicos por mil habitantes).

A OCDE ressalva, porém, que os dados portugueses se referem ao total de clínicos inscritos na respectiva ordem profissional, não referindo os que se encontram efectivamente em actividade, ao contrário do que acontece com outros países. A profissão médica é "uma indústria em crescimento", nota a organização em comunicado, lembrando que, nos últimos 15 anos, o acréscimo foi da ordem dos 35 por cento e que hoje estão no activo cerca de 2,8 milhões de clínicos. Na maior parte dos países, este aumento deveu-se sobretudo ao crescente número de especialistas - o acréscimo registado entre os clínicos com especialidades foi de 50 por cento contra um aumento de apenas 20 por cento dos chamados generalistas.

À semelhança do que vinha acontecendo em anos anteriores, em 2005 Portugal o peso das despesas com a saúde aumentou, passando para 10.2 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), acima da média da OCDE (9 por cento). Um em cada quatro países da OCDE gastam agora mais do que 10 por cento do seu PIB com a saúde, nota a organização. Os dados indicam que, entre 1990 e 2005, em Portugal as despesas com a saúde quase duplicaram, passando de 5,9 para 10.2 por cento do PIB. Na OCDE, em média, o crescimento foi bem menor, de 6.9 (em 1990) para 9 por cento do PIB (em 2005).

Uma explicação para este fenómeno é a de que o PIB português não tem crescido ao mesmo ritmo do dos outros países. De facto, os gastos em saúde per capita, no ano de 2005, colocavam Portugal nos últimos lugares da tabela (2033 dólares), bem abaixo da média da OCDE (2759 dólares)."

domingo, agosto 12, 2007

Promiscuidade crescente!


 

Esta notícia tem um mês, foi publicada num jornal regional, As Beiras em 03 de Julho de 2007 e mostra a promiscuidade (que já existe!) entre associações científicas, médicas e não médicas, de profissionais, de doentes, etc. e a indústria farmacêutica.


 

É apenas um pequeno exemplo, mas dá para pensar.


 


 

"Rastreios gratuitos aos pés

A Associação Portuguesa de Podologia, em parceria com o Lamisil 1, promove rastreios gratuitos aos pés, no dia 5 de Julho, das 11H00 às 17H00, na Farmácia S. José e na Farmácia Estádio, em Coimbra, com os objectivos de sensibilizar os portugueses para a saúde dos pés e fazer o despiste precoce das doenças podológicas, como o pé-de-atleta que afecta mais de dois milhões de portugueses.
Para prevenir as doenças dos pés o podologista, Manuel Azevedo Portela, presidente da Associação Portuguesa de Podologia, recomenda que se deve secar sempre bem os pés, especialmente entre os dedos, trocar de calçado diariamente, não andar descalço em locais públicos, usar meias de fibras naturais, como seda ou algodão, manter os pés limpos, usar chinelos em instalações públicas como piscinas e balneários e, fundamentalmente, examinar regularmente os pés.
As acções vão decorrer na Farmácia S. José, na Alameda Calouste Gulbenkian e na Farmácia Estádio, na Rua D. João III."

domingo, julho 29, 2007

Assim Continua O Nosso Jornalismo!

A jornalista Cristina Meireles, de Vila Real vai receber o próximo prémio Pulitzer.

Para além de inventar uma nova doença - insuficiência cardíaca digestiva, acrescenta uns detalhes verdadeiramente interessantes para compreender a notícia e afirmações erradas.

Aconteceu no Correio da Manhã de 25-07-2007 e foi assim contado:

“Régua: Homem de 58 anos falece nas urgências
Morreu à espera do médico

Cristina Meireles

Angelina Pinto não se conforma com a forma como o seu marido, Jorge Pinto, foi atendido no Hospital D. Luís, em Peso da Régua

"Se o médico não estivesse a dormir o meu homem poderia estar vivo!” É o desabafo de revolta e dor de Angelina Pinto, 49 anos, mulher de Jorge Monteiro Ferreira Pinto, de 58 anos, que faleceu ontem, às 06h40, nos serviços de urgência do Hospital D. Luís, em Peso da Régua.

A viúva não se conforma com o que ocorreu desde que o marido, “com dores no peito e falta de ar”, saiu, por volta das 04h45, do lugar da Fronteira, em Fontes, concelho de Santa Marta de Penaguião, numa ambulância dos Bombeiros Voluntários de Fontes. Inconsolável, aponta o dedo ao Hospital da Régua. “Fui chamar os bombeiros e eles vieram logo. Cheguei ao hospital, estava lá uma enfermeira que o atendeu e foi para dentro. Mas do médico nem vê-lo. Fiquei aflita porque o meu marido sofre do coração e avisei: ‘Ele acaba aqui.’ Disse várias vezes que lhe faltava ar e que ia morrer.”
Revoltada, Angelina Pinto diz que o funcionário “que estava a preencher as fichas” lhe disse que “na altura o médico estava a dormir”. “Só passados mais de vinte minutos é que apareceu. Apeteceu-me partir a porta, pois acredito que se ele chegasse mais cedo o meu homem ainda hoje estava vivo. Depois disseram-me que já tinha morrido, numa altura em que a viatura de emergência do INEM ainda estava a chegar.” Segundo a viúva, “o médico era um espanhol que costuma lá estar”.

Em Fontes o falecido era bem conhecido. Um seu amigo, António Hortas, disse ao CM que o avisara “para não fazer grandes esforços” devido à sua doença. “Já tinha tido vários problemas com o coração, mas teimava em andar sempre a mexer na vinha.” O corpo chegou à capela de Fontes por volta das 10h00. “Eu só queria que me ajudassem quando ele entrou. Enquanto o médico não veio, piorou. O meu Jorge morreu por falta de médico”, repetiu então Angelina.
BOMBEIROS CONFIRMAM ATRASO

O alegado atraso do médico de serviço na altura em que Jorge Pinto entrou nas urgências do Hospital D. Luís não teve confirmação oficial. No entanto, uma fonte próxima dos Bombeiros Voluntários de Fontes confirmou que o clínico demorou algum tempo a aparecer e que a vítima foi assistida a nível respiratório ao longo de toda a viagem, entrando ainda consciente e a falar nas urgências.
O Gabinete de Utentes do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, com sede em Vila Real, estrutura que a nível hierárquico gere administrativamente a unidade hospitalar de Peso da Régua, “mostrou disponibilidade para avaliar a situação com a família de Jorge Monteiro Ferreira Pinto e, caso se justifique, avançar com um processo de averiguações sobre o caso”·
O certificado de óbito, emitido ontem, é bem claro: o falecido foi vítima de edema agudo do pulmão e de insuficiência cardíaca digestiva. A hipótese de a família apresentar uma queixa junto do Hospital da Régua, ao que o CM apurou junto de Angelina Pinto, é improvável. “Como é que eu vou andar com isto para a frente? Já morreu... mas é uma vergonha o que aconteceu. O Governo deveria pôr mais médicos nos hospitais”, disse a viúva.
DETALHES

DRAMA FAMILIAR

O funeral foi marcado pela forte emoção dos presentes. Viúva, filha, genro e outros familiares de Jorge Pinto não conseguiram evitar uma enorme consternação no momento da chegada da urna à mortuária de Fontes, trazida por um armador de Santa Marta de Penaguião. O momento da abertura da urna foi dramático, com Angelina Pinto a gritar de dor e revolta pelo que aconteceu ao marido.

A 12 QUILÓMETROS

Fontes, uma freguesia de Santa Marta de Penaguião, está situada no sopé da Serra do Marão. Até ao Hospital D. Luís, na Régua, há que percorrer uma distância de 12 quilómetros.

FILHO DA TERRA

Jorge Pinto era uma pessoa querida junto da população de Fontes. Os amigos já há muito que o alertavam para a necessidade de não esforçar o coração, devido aos problemas que tinha.

SAIBA MAIS

12 foram os quilómetros que a ambulância que transportou Jorge Pinto teve de percorrer, através de estradas sinuosas, até conseguir chegar ao Hospital da Régua.

1836 é o ano em que foi reconhecido o concelho da Régua. No entanto, referências a locais que hoje constituem esse município remontam ao foral manuelino de Penaguião de 1514.

EM RISCO

A Urgência do Hospital D. Luís é uma das que poderá ser encerrada pelo Ministério da Saúde. Nos últimos anos a unidade hospitalar, outrora uma das principais do Norte, tem perdido valências.

SERRANOS

Fontes é uma freguesia do concelho de Santa Marta de Penaguião e está situada quase no sopé da serra do Marão.

Cristina Meireles, Vila Real"

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