terça-feira, dezembro 29, 2009

Correio da Manhã, II: “Médica Tentou Matar Filha e Está ao Serviço”.

Notícia cruel, desumana, insultuosa, que demonstra a crónica falta de sentimentos dos jornalistas do Correio da Manhã.

Devem um pedido de desculpa à doente, com grave depressão psicótica e que, neste caso exerce medicina e é, portanto, médica.

  Mãe e filha correram risco de vida com dose excessiva de comprimidos“Mãe e filha correram risco de vida com dose excessiva de comprimidos (Presume-se que esta foto é para os leitores personalizarem bem a notícia maldosa e da médica assassina”)

28 Dezembro 2009 - 00h30

Lisboa: Investigação decorre mas continua a ter acesso à vítima, de dez anos

A médica que no início deste mês tentou matar a filha de dez anos e suicidar-se em simultâneo, com uma dose excessiva de soporíferos na sua casa de Telheiras, em Lisboa, continua a exercer a profissão no Hospital de Santa Maria.

Assim que teve alta, apurou o CM, a mulher de 49 anos regressou à sua actividade normal no serviço de Patologia Clínica, que tem por objectivo auxiliar médicos das diversas especialidades no diagnóstico de doenças e acompanhamento do estado de saúde dos pacientes através de análises. E continua também a ver a filha, que tem uma deficiência profunda.

A direcção do hospital não optou assim por qualquer medida de afastamento preventivo da médica. Não lhe foi imposta baixa psiquiátrica depois de ter cometido um crime premeditado (ver caixa). Esta não terá sido a primeira vez que tentou o suicídio – e a forte depressão, confirmada por pessoas próximas, deve-se em grande parte ao facto de a filha de dez anos sofrer de uma paralisia cerebral.

Contactado ontem pelo CM, José Pinto da Costa, assessor da administração do Hospital de Santa Maria, diz que esta 'não tem nada a ver com o assunto. São acontecimentos da vida privada, que tiveram lugar fora do hospital. É um caso dos tribunais e da polícia'. A administração, recorde-se, mantém a médica a trabalhar no mesmo serviço – tal como desde o início do Verão manteve a técnica de farmácia e o farmacêutico que, segundo o Ministério Público, são responsáveis, cada um, por seis crimes de ofensa à integridade física grave, correspondentes aos danos causados a seis doentes que cegaram por erro grosseiro daqueles dois funcionários.

Ao que o CM apurou, a criança vive no Alentejo com o pai, também ele médico, e já recebeu visitas da mãe desde que teve alta dos Cuidados Intensivos precisamente do Hospital de Santa Maria, onde lutou pela vida durante alguns dias. A PJ tem um inquérito em curso (ver caixa) mas para já não há uma medida de afastamento da mãe em relação à criança. Esta só pode ser imposta por decisão do Ministério Público.

INTERROGADA PELA JUDICIÁRIA

A médica do serviço de Patologia do Hospital de Santa Maria que tentou suicidar-se com a filha, de apenas dez anos, com uma dose excessiva de comprimidos, já foi ouvida pela secção de Homicídios da Polícia Judiciária de Lisboa, a quem foi distribuído o inquérito, depois de ter tido alta do hospital, apurou o CM. Para já, a mulher de 49 anos continua a trabalhar no e estará a ser assistida por uma equipa de psiquiatras. Enquanto isso, a PJ prossegue a investigação, sendo que o inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal. O Código Penal qualifica o acto da médica como um crime de homicídio privilegiado ou qualificado. O primeiro é punido com pena de prisão até cinco anos, enquanto o segundo tem uma moldura penal que varia entre os 12 e os 25 anos.

'NUNCA ACEITOU DOENÇA DA FILHA'

'Ela nunca aceitou o facto de a filha ter uma paralisia cerebral e estar completamente dependente das outras pessoas. Isso provocava-lhe um grande desgosto', recordou na altura ao CM uma amiga da médica. Assim, no dia anterior à tentativa de suicídio, ocorrida na manhã do último dia 1, a profissional de saúde telefonou para o ex-marido a avisar de que iria pôr termo à vida. Já não era a primeira vez que tentava o suicídio. O desejo só não foi cumprido porque aquele, depois de insistentes telefonemas, temeu o pior e avisou as autoridades. Minutos antes de tentar o suicídio, a médica trancou todas as portas de sua casa, em Telheiras. Os Sapadores tiveram de partir uma das janelas para entrar – e encontraram as duas vítimas, mãe e filha, deitadas na cama, e uma folha A4 com um pedido de desculpa pelos erros cometidos.

PORMENORES

COLEGAS PERPLEXOS

O acto da médica apanhou de surpresa todos os colegas e outros funcionários do hospital, uma vez que 'não transparecia sintomas de depressão', disseram na altura ao ‘CM’.

FILHO DE 18 ANOS

Além da filha de dez anos que sofre de paralisia cerebral, a médica tem um filho, de 18 anos, que também vive com o pai.

DESINTOXICAÇÃO

Mãe e filha foram alvo de uma desintoxicação que lhes salvou a vida, depois da ingestão de comprimidos em excesso.

ADORAVA A FILHA

'Não a julgo. Ela adorava a filha e sempre fez muita força para que se tornasse cada vez mais independente', disse na altura ao CM uma amiga da médica.

FILHA SOZINHA

'A ideia de que a filha pudesse ficar sozinha no mundo atormentava-a', segundo a amiga.

Henrique Machado com C.S.

Mais uma da escriba do Correio da Manhã...como habitual...


29 Dezembro 2009 - 00h30

Óbito: Morte de doente motiva queixa de negligência médica


Hospital acusado de morte de paciente

A família de Ernesto Russo, de 72 anos, acusa o Hospital Garcia de Orta, em Almada, de negligência médica e assegura que vai avançar com uma queixa-crime e uma acção cível contra a administração hospitalar e os médicos que trataram o doente, que morreu a 24 de Dezembro.


A viúva, Ludovina Russo, e a cunhada, Joana Mira, revelam-se inconformadas com a morte de Ernesto. Ludovina explica que o marido entrou nas Urgências daquele hospital a 21 de Outubro com vómitos constantes. "Vomitava muito. Entrou no hospital pouco depois das 19h00, mas o médico só cuidou dele cinco horas mais tarde, puseram-no a soro e o médico foi dormir e só regressou às 04h00."


A cunhada, Joana Mira, sublinha que durante esse período o cunhado sofreu o rebentamento de uma veia no pescoço, devido à força dos vómitos. "De madrugada viram que ele piorava e fizeram-lhe uma TAC [tomografia axial computorizada]."


O exame revelou a necessidade de uma operação à cabeça. Ludovina Russo, de 71 anos, lembra que operaram o marido pelas 14h00 do dia seguinte. A cirurgia teve sucesso, mas o pior veio depois. "Puseram o meu marido numa cama onde tinha estado uma doente com broncopneumonia e ele apanhou bactérias e infecções hospitalares."


Como o doente respirava com dificuldade, foi entubado para ajudar na respiração. "Entubaram-no mal ou deram-lhe dose errada de oxigénio. Destruíram-lhe os alvéolos pulmonares e causaram-lhe um enfisema pulmonar. Disseram que os pulmões dele pareciam de cortiça", recorda a viúva.


A cunhada lembra que Ernesto Russo inchou tanto que não foi reconhecido por alguns familiares.


"Foi um mártir nas mãos deles. Mataram-no", acusa.


O Correio da Manhã procurou obter um esclarecimento por parte do hospital, mas tal não foi possível até à hora do fecho desta edição.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

É Sempre Bom Esclarecer!

E este blog sabe que tem leitores que lhe merecem a maior consideração, por isso, este esclarecimento do Dr Rosalvo merece o maior destaque.

Aqui está, transferido dos comentários do post anterior:

“Rosalvo disse...

A conclusão do artigo é algo diferente da conclusão do resumo. Transcrevo e peço que vejam o realçado:
«Conclusion. Because of the moderate effectiveness of neuraminidase inhibitors, we believe they should not be used in routine control of seasonal influenza. We are unsure of the generalisability of our conclusions from seasonal to pandemic influenza. Evidence on the effects of oseltamivir in complications from lower respiratory tract infections, reported in our 2006 Cochrane review, may be unreliable. Evidence on serious harms of neuraminidase inhibitors is limited. Independent randomised trials to resolve the uncertainties surrounding effectiveness are needed.»”

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Notícias Fresquinhas Sobre o Tamiflu.

Research

Neuraminidase inhibitors for preventing and treating influenza in healthy adults: systematic review and meta-analysis

Tom Jefferson, researcher1, Mark Jones, statistician2, Peter Doshi, doctoral student3, Chris Del Mar, dean; coordinating editor of Cochrane Acute Respiratory Infections Group4

1 Acute Respiratory Infections Group, Cochrane Collaboration, Rome, Italy, 2 University of Queensland, School of Population Health, Brisbane, Australia, 3 Program in History, Anthropology, Science, Technology and Society, Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, MA, USA, 4 Faculty of Health Sciences and Medicine, Bond University, Gold Coast, Australia

Correspondence to: C Del Mar cdelmar@bond.edu.au

Objectives To update a 2005 Cochrane review that assessed the effects of neuraminidase inhibitors in preventing or ameliorating the symptoms of influenza, the transmission of influenza, and complications from influenza in healthy adults, and to estimate the frequency of adverse effects.

Search strategy An updated search of the Cochrane central register of controlled trials (Cochrane Library 2009, issue 2), which contains the Acute Respiratory Infections Group’s specialised register, Medline (1950-Aug 2009), Embase (1980-Aug 2009), and post-marketing pharmacovigilance data and comparative safety cohorts.

Selection criteria Randomised placebo controlled studies of neuraminidase inhibitors in otherwise healthy adults exposed to naturally occurring influenza.

Main outcome measures Duration and incidence of symptoms; incidence of lower respiratory tract infections, or their proxies; and adverse events.

Data extraction Two reviewers applied inclusion criteria, assessed trial quality, and extracted data.

Data analysis Comparisons were structured into prophylaxis, treatment, and adverse events, with further subdivision by outcome and dose.

Results 20 trials were included: four on prophylaxis, 12 on treatment, and four on postexposure prophylaxis. For prophylaxis, neuraminidase inhibitors had no effect against influenza-like illness or asymptomatic influenza. The efficacy of oral oseltamivir against symptomatic laboratory confirmed influenza was 61% (risk ratio 0.39, 95% confidence interval 0.18 to 0.85) at 75 mg daily and 73% (0.27, 0.11 to 0.67) at 150 mg daily. Inhaled zanamivir 10 mg daily was 62% efficacious (0.38, 0.17 to 0.85). Oseltamivir for postexposure prophylaxis had an efficacy of 58% (95% confidence interval 15% to 79%) and 84% (49% to 95%) in two trials of households. Zanamivir performed similarly. The hazard ratios for time to alleviation of influenza-like illness symptoms were in favour of treatment: 1.20 (95% confidence interval 1.06 to 1.35) for oseltamivir and 1.24 (1.13 to 1.36) for zanamivir. Eight unpublished studies on complications were ineligible and therefore excluded. The remaining evidence suggests oseltamivir did not reduce influenza related lower respiratory tract complications (risk ratio 0.55, 95% confidence interval 0.22 to 1.35). From trial evidence, oseltamivir induced nausea (odds ratio 1.79, 95% confidence interval 1.10 to 2.93). Evidence of rarer adverse events from pharmacovigilance was of poor quality or possibly under-reported.

Conclusion Neuraminidase inhibitors have modest effectiveness against the symptoms of influenza in otherwise healthy adults. The drugs are effective postexposure against laboratory confirmed influenza, but this is a small component of influenza-like illness, so for this outcome neuraminidase inhibitors are not effective. Neuraminidase inhibitors might be regarded as optional for reducing the symptoms of seasonal influenza. Paucity of good data has undermined previous findings for oseltamivir’s prevention of complications from influenza. Independent randomised trials to resolve these uncertainties are needed.

Published 8 December 2009, doi:10.1136/bmj.b5106
Cite this as: BMJ 2009;339:b5106

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Porque é que alguns senhores jornalistas não se informam ?


Contradições
Situação de Manuel Machado assusta doentes com hérnia
por LÍLIA BERNARDES,Hoje


Técnico do Nacional contraiu infecção após lipoaspiração, mas notícia de que o seu estado é devido a outra cirurgia está a causar apreensão


Não há evolução no estado clínico de Manuel Machado, internado desde o dia 27 no Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, após uma lipoaspiração abdominal, realizada, três dias antes, numa clínica do Porto. Sabe-se que continua em coma induzido nos Cuidados Intensivos. O estado é grave e mantém o mesmo tipo de tratamento: ventilação, drenagem na zona infectada e câmara hiperbárica.


O DN apurou que as verdadeiras razões que levaram o técnico à urgência seriam para ficar no silêncio dos deuses. Só que a sépsis contraída - uma infecção generalizada do organismo com graves complicações - saltou para a praça pública. Nesse momento, surgiu a versão da hérnia abdominal quando, na realidade, Machado foi sujeito a outro tipo de cirurgia. O silêncio parece, agora, querer tomar conta do acontecimento.


A direcção clínica do hospital decidiu fechar as portas aos jornalistas, recusando falar mais no assunto, até que tal se justifique. Entretanto, as notícias vindas a público em alguns órgãos de comu nicação social, que mantêm a versão da hérnia, têm causado alguma apreensão a doentes que na realidade as possuem e que se encontram em vias de serem submetidos a uma intervenção.


O cirurgião Paulo Gouveia, contactado pelo DN, concordou que a confusão instalada pode causar temores despropositados. "As pessoas não devem ficar alarmadas. Todo o acto cirúrgico é passível de risco. Agora que se possa pensar num quadro de gravidade extrema quando se opera uma hérnia é querer endeusar uma hérnia, uma cirurgia simples e normalmente sem complicações. O doente ao fim de um dia tem alta, com restabelecimento total em 15 dias."
Para o clínico, "e de acordo com as notícias da imprensa", sobre o caso de Machado, terá havido "perfuração do lanço intestinal. O tratamento cirúrgico de uma hérnia não dá morbilidade nenhuma. Pode dar uma infecção, mas nunca um quadro com a gravidade deste. Muito menos a perfuração do intestino. Até porque estamos a ver o que estamos a fazer. Isso acontecer com uma hérnia tem tanta probabilidade como ser o único totalista do Euromilhões", reiterou.
Tags: Desporto, Futebol Nacional

quinta-feira, novembro 26, 2009

OCHO RAZONES PARA NO VACUNARSE CONTRA LA GRIPE A

De uma leitora deste blog recebi este texto com pedido de publicação:

"Envio, caso tenha interesse, um texto do prof Juan gervas sobre a vacinada gripe A. No final do texto Juan Gervas autoriza a publicação se na íntegra, naturalmente. Mónica Granja."

Claro que publicitamos todas as opiniões sobre este actual tema, desde que tenham por base conceitos científicos, como é este caso.


 


 

"Juan Gérvas,

médico general rural, Canencia de la Sierra, Garganta de los Montes y El Cuadrón (Madrid, España), profesor de atención primaria en Salud Internacional (Escuela Nacional de Sanidad, Madrid) y profesor en Salud Pública (Facultad de Medicina, Universidad Autónoma, Madrid)

jgervasc@meditex.es
www.equipocesca.org

20 de noviembre de 2009


 

  1. Las personas nacidas antes de 1957 tienen defensas contra la gripe A. El virus de la gripe A circuló ampliamente entre 1918 y 1957, y dejó una protección por más de 50 años en los afectados. Es decir, la inmunidad natural dura más de medio siglo. Por ello los ancianos mueren menos con la gripe A. Vale la pena pasar la gripe A y no probar con una vacuna que si sirviera nadie sabe cuánto duraría su efecto. Al pasar la gripe A los niños, jóvenes y adultos tendrán la oportunidad de "vacunarse" de por vida y naturalmente contra la enfermedad. Por cierto, la epidemia de 1918 que provocó millones de muertos se dio en un mundo sin antibióticos, sin sistemas sanitarios, de pobreza y sin agua corriente, y a pesar de ello mató casi en exclusiva a los pobres. También la gripe A de 2009-10 mata sobre todo a pobres y en países sin sistema sanitario público, como en Méjico y EEUU.
  2. La gripe A es sólo una de las muchas enfermedades "tipo gripal". El virus de la gripe provoca muy pocas "gripes". Aunque fuera eficaz la vacuna sólo evitaría los casos de gripe propiamente dicho. Por ejemplo, los médicos "centinelas", especializados en diagnosticar la gripe para tomar muestras y saber el tipo de virus, sólo aciertan en un 30-50% de los casos (en el 50-70% de los pacientes, el cuadro gripal lo provocan otros virus, como adenovirus, rinovirus, virus sincitial respiratorio y otros). El típico trancazo es casi siempre otra cosa, no gripe propiamente dicha. Por cierto, cuando los médicos "centinelas" aciertan y es gripe, casi en el 100% es el virus H1N1 (el de la gripe A), por lo que no vale la pena hacer prueba ni test diagnóstico alguno.
  3. Las vacunas contra la gripe sirven para poco en la práctica. La efectividad de las vacunas antigripales es bajísima, del orden del 33%. Es decir, no valen para nada en 7 de cada 10 vacunados (que corren los riesgos de la vacunación sin esperar ningún beneficio). Las vacunas antigripales son especialmente inútiles en los niños, y más en los menores de dos años, en que no valen para nada. Además, no hay ensayos clínicos que duren años respecto a las vacunas antigripales, así que no sabemos nada sobre sus perjuicios y beneficios a largo plazo. De la vacuna contra la gripe A no sabemos nada sobre su efectividad, pero como mucho será del 33%. El ejemplo de los países del hemisferio sur demuestra que no vale la pena la vacunación. De hecho, la vacunación podría ser causa de que las cosas se complicasen, pero no hay ensayos clínicos previstos para estudiar la efectividad de la vacuna, ni a corto ni a largo plazo.
  4. La gripe A no provoca más complicaciones en las embarazadas que la gripe estacional. El embarazo, sobre todo al final del mismo, se acompaña de más complicaciones por la gripe A, como todos los años sucede con la gripe estacional. Por ello, la embarazada debe tener el mismo comportamiento de tranquilidad y sentido común ante la gripe A que ante la gripe de otros años. La vacuna más específica contra la gripe A en las embarazadas, Panenza, contiene timerosal como conservante en la presentación multidosis y el timerosal se desaconseja en el embarazo. Además, la ficha técnica (la información oficial) de Panenza, dice literalmente: "4.6. Embarazo y lactancia. Actualmente no hay datos disponibles relativos al uso de Panenza durante el embarazo. Los datos obtenidos en mujeres embarazadas que han sido vacunadas con diferentes vacunas estacionales inactivadas no adjuradas no sugieren malformaciones o toxicidad fetal o neonatal". Es decir, no sabemos nada, salvo vagas deducciones.
  5. La gripe A es una enfermedad leve que tiene baja mortalidad.
    La gripe A ha pasado ya por el hemisferio sur dejando muchísimos menos muertos que la gripe de otros años. Por ejemplo, en Nueva Zelanda ha causado 19 muertos la gripe A, contra los 400 muertos que provoca todos los años la gripe estacional. En el hemisferio sur se pasó la gripe A sin ninguna vacuna contra la misma. En todo el mundo la gripe A ha causado unas 6.800 muertes en diez meses de evolución, contra un total de 250.000 fallecimientos que causa la gripe estacional en todo el invierno. En proporción hay muchos muertos jóvenes (y entre ellos las embarazadas) por gripe A, pero en números totales mueren menos jóvenes y menos embarazadas por gripe A que por gripe estacional. La letalidad es de menos de un caso por 100.000, lo que hace prever en España unos 500 fallecimientos (contra unos 1.500 por la gripe estacional).
  6. La gripe A es una enfermedad leve que tiene pocas complicaciones. Por ejemplo, este año la gripe A ha pasado ya por Australia dejando menos bajas laborales que la gripe estacional de otros años. En Australia y Nueva Zelanda la gripe A provocó 722 ingresos en las UCI (Unidades de Cuidados Intensivos, en los hospitales), contra hasta 40.000 casos calculados previamente. Así pues, en estos países las neumonías asociadas a la gripe causaron sólo 8 pacientes ingresados diarios en las UCI, de los cuales 5 al día necesitaron respiración mecánica asistida. Todo ello sin vacuna alguna contra la gripe A. Durante la epidemia, en España se pueden calcular unos 15 ingresos diarios en las UCI por la gripe A y las neumonías, y un total de 1.300 ingresos. Son cifras muy por debajo de lo previsto.
  7. Las compañías farmacéuticas no son responsables de los daños que causen la vacuna contra la gripe A. La situación es de tal incertidumbre que los políticos han decido eximir a las compañías farmacéuticas de toda responsabilidad por los daños que causen la vacuna contra la gripe A, tanto en EEUU como en la Unión Europea. Es insólito que la industria farmacéutica haya logrado este paraguas que la protege de reclamaciones y responsabilidades. Con ello se facilita su "toma de riesgos" (menor precaución, más irresponsabilidad) y se trasladan los posibles daños a los hombros de la sociedad, no de los accionistas como sucede habitualmente (en el negocio de la vacuna contra la gripe A sólo hay ganancias).
  8. La financiación pública de la vacuna contra el gripe A desvía fondos que no se emplean para otros problemas sanitarios. Cuando se utiliza dinero público la cuestión no se ciñe sólo a la efectividad de la vacuna contra la gripe A, sino también a su coste-oportunidad, a lo que se deja de hacer cuando se vacuna. Así, por ejemplo, el problema del suicidio en los adolescentes y jóvenes (mata más que la gripe A), la salud bucodental de los adultos y ancianos (desdentados por falta de cobertura) y la muerte digna en casa (hoy casi un imposible morir en casa atendido por el propio médico de cabecera).


 

NOTA Este texto se puede difundir, siempre íntegro y tal cual."


 


 

quinta-feira, novembro 19, 2009

Vacina da gripe A - lucidez ou paranóia? A escolha é sua

 

Excelente artigo de um excelente pediatra, dr Mário Cordeiro. 

No Público, que nos oferece os extremos: a Ciência e a Crendice lado a lado, mas como a Crendice vende mais, é a ela que as empresas de mass media se ligam para aumentar os seus lucros.

E escrevo excelente pediatra, porque tenho assistido a pediatras de consultório prescreverem qualquer nova vacina, caras, não comparticipadas, tipo hepatite A ou rotavirus e desaconselharem a vacina para a gripe A, gratuita.

Para este blog trata-se de uma traição aos valores éticos da medicina.

Outro crime é o da comunicação social. Não desisto de apelidar esta comunicação social generalista de retrógrada, vendida, acientífica, especulativa, sensasionalista, e o mais grave, actualmente sem excepções. O patrão quer lucros, não se olham a meios.

Almoçava calmamente, quando a SIC generalista se ligava directamente à frontaria do Hospital de Leiria para repetir umas quinhentas vezes que um terceiro feto tinha morrido, apenas por acaso a jornalista não estava de luto, apenas por acaso não tinha um decote generoso e até era morena, mas, porquê uma ligação directa ao hospital se nada de novo aconteceu, até pensei, vem aí o quarto feto! Já não deve haver em Portugal caixões para tanto feto morto…..

Só depois desta aparição e da manipulação dos sentmentos apareceu um porta voz da DGS, GRAVADO, A DIZER AQUILO QUE SABEMOS: NÃO HÁ PARA JÁ QUALQUER RELAÇÃO CAUSA EFEITO. HÁ MILHARES DE GRÁVIDAS VACINADAS.

O artigo na íntegra:

“1. A "ministra" da Finlândia
Mesmo antes de se iniciar o Programa de Vacinação contra a Gripe A, já circulava na Internet um "famoso" vídeo da autoproclamada ex-ministra da Saúde da Finlândia, denunciando várias conspirações e maroscas que, resumidamente, davam a vacina contra a gripe A como um produto feito pelos americanos, destinado a extinguir a população de várias zonas do globo.

O vídeo circulou, mas poucos se deram ao trabalho de questionar tamanho disparate. Pois a senhora Rauni Kilde era médica e directora-geral da Saúde quando, em 1986 (há mais de 20 anos), teve um acidente de viação e ficou, digamos, com uma diminuição acentuada da sua lucidez. Por essa razão, foi declarada inapta e passou a ser uma entusiasta da ovnilogia, ou seja, o que trata de discos voadores e ET, tendo publicado inclusivamente um livro em que afirma ter sido salva três vezes por extraterrestres.
Infelizmente, este tipo de argumentação - que nada tem de científico nem de lógico - tem grassado na sociedade, promovido pela circulação de e-mails e pelo sensacionalismo de alguma imprensa (é tão fácil mistificar títulos de artigos ou "cachas"!).
2. A vacina anti-gripe A
A vacina da gripe A é uma vacina segura e eficaz. Repito: segura e eficaz. E é bom que as pessoas assumam isto como um facto científico. Os efeitos colaterais que pode ter - como qualquer vacina - não a tornam insegura e resumem-se a febre baixa, dores musculares, inflamação no local da vacina e, nos adolescentes, sensação de desmaio. Os casos de reacção grave são raríssimos (menos de um caso para um milhão de vacinas!), e apenas em pessoas que tiveram reacções anafilácticas ao comer ovo (não são as inofensivas alergias da pele, mas ao verdadeiro choque "de cair para o lado").
Uma das questões que muita gente levanta é a "pressa" com que a vacina foi feita. Pois a dita "rapidez" (entre aspas) foi a necessária e suficiente, semelhante a todas as vacinas antigripais. Não houve, portanto, qualquer pressa e tudo foi feito com o controlo de qualidade adequado. Outro argumento: as multinacionais andam a ganhar muito dinheiro com as vacinas; ao que eu contesto: então os vendedores de lenços de papel também ganham com as constipações e com a gripe, o que não quer dizer que estejam envolvidos em qualquer teoria da conspiração ou de manipulação.
Mais um argumento: o adjuvante, de seu nome tiomersal, que causaria autismo e outras coisas mais. Não é verdade, e tal já foi bastamente clarificado quando da polémica, aqui há alguns anos, sobre a vacina do sarampo. O facto de alguns países retirarem estas vacinas tem a ver com pressões ambientalistas referentes ao uso de mercúrio, mas as alternativas ainda são muito escassas. Obviamente que, um dia que haja capacidade de produzir vacinas em massa sem tiomersal, serão estas que ocuparão o espaço vacinal em todos os países.
3. As grávidas e a morte fetal tardia
No nosso país, ocorrem todos os anos, em média, 300 mortes fetais após as 22 semanas de gestação. Em muitos destes casos não é possível encontrar uma explicação. Como o número de grávidas vacinadas com a vacina anti-gripe A está felizmente a aumentar, é natural que os casos como os relatados nestas duas últimas semanas - morte fetal em grávida vacinada - sejam cada vez mais frequentes, sem que isso permita extrair qualquer relação de causa-efeito.
Relembro também que a gripe A pode ter efeitos mais desastrosos na grávida do que na população em geral, devido às alterações do sistema imunitário que ocorrem na gravidez.
4. Em conclusão
As doenças matam, as vacinas não. Em Portugal, centenas de milhares de pessoas estão vivas e de boa saúde graças às vacinas. A gripe A, apesar de ser uma variante benigna e "mansa" da gripe, pode ter consequências graves, designadamente nas grávidas e noutros grupos de risco acrescido, bem como (segundo os dados da monitorização da pandemia que vão chegando) nas crianças de menos idade. Por outro lado, a contenção da pandemia passa por travar a transmissão entre as crianças, que têm sido, provadamente, as maiores disseminadoras da doença.
É tempo de optar: independentemente do que viermos a fazer (só se vacina quem quer!), há dois tipos de atitudes: a que é lógica, científica, lúcida e isenta, ou a que é sensacionalista, mal informada e não fundamentada... como os ovnis e extraterrestres da ex-ministra que nunca foi ministra...
Mário Cordeiro, Pediatra e professor de Saúde Pública - Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Nova de Lisboa)”

sexta-feira, novembro 13, 2009

O Guillain-Barré por mail oficial…


Alguém me enviou uma troca de mails entre as nossas autoridades de saúde, que obviamente aqui são omitidas.

Mas fica esclarecida a má interpretação que a comunicação social lançou de forma indescriminada e que levou muitos médicos e população em geral a descredibilizar a vacina.

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From: @dgs.pt

To: coordenadorda

Sent: Friday, November xx, 2009 2:15 PM

Subject: FW: Guillain-Barré


De: xxxxxxxxxx[mailto:xxxxxxxxxx@insa.min-saude.pt]
Enviada: sexta-feira, x de Novembro de 2009 10:40
Para: xxxxxxxxxxxxxxxxxxx; xxxxxxxxxxxxxxxxxx
Cc: xxxxxxxxxxxxxx
Assunto: RE: Guillain-Barré

Prof. xxxxxxxxxxx

Prof. xxxxxxxxxxxxxxx

Viva, bons dias.

Por coincidência dei uma “entrevista escrita” a semana passada onde uma das perguntas foi precisamente a relação do Guillain-Barré com a vacina anti-gripe. Em 1977 estava na Neurologia dos Cxxxxxxxx, tive uma doente com Guillain-Barré e apresentei o tema numa das sessões do serviço - tinha acabado de acontecer o surto de Guillain-Barré nos USA (foi em 1976) e foi muito discutido. Agora, desde o início da pandemia, tenho vindo a actualizar-me, pois era previsível que o tema viesse à baila.

Aqui transcrevo o estrato da entrevista em que falo (escrevo) sobre o tema – está em linguagem para o grande público, com alguma formação académica, mas não médicos, dada a audiência prevista:

“ …

Guillain-Barré é o mais frequente síndrome conhecido de neuropatia inflamatória de base imune. Acontece quando o sistema imune responde a um estímulo antigénico com reactividade cruzada contra uma proteína da bainha dos nervos. Este estímulo antigénico na maioria dos casos é uma infecção banal, respiratória (mais frequente), digestiva (também não raro) ou outra. Na maioria das vezes não se consegue identificar o agente que deflagrou a reacção cruzada. Quando se consegue, o agente infeccioso mais frequentemente associado é uma bactéria digestiva causa frequente de diarreias banais, chamada Campylobacter jejuni.

No caso de 1976, pensa-se que foi uma reacção cruzada contra a vacina da gripe suína H1N1. Esta gripe surgira em Janeiro num gigantesco campo de treino militar em Fort Dix, USA, e adoecera milhares de recrutas, incluindo uma morte – quando se isolou o vírus e se constatou ser H1N1 (na altura o único vírus influenza A em circulação era o H3N2), ou seja do mesmo subtipo da temida gripe espanhola (pneumónica em Portugal), houve enorme alarme, e esta vacina não foi sujeita aos ensaios de segurança habituais devido ao sentimento de urgência e perigo eminente.

O Guillain-Barré é um quadro relativamente frequente, com uma incidência de ± 0,6 a 1,9 por 105 habitantes por ano, ou seja, em Portugal todos os anos se diagnostica entre 60 a 200 casos. O síndrome de Guillain-Barré é um quadro aparatoso, alarmante, e ainda que a mortalidade ande apenas pelos 2%, pode incapacitar por vários meses.

No caso da vacina gripal de 1976, a taxa de incidência foi de cerca de 1 caso por 105 vacinados, no mês seguinte à vacinação, ou seja, cerca de dez vezes mais alta que a incidência “background”. A vacina anti-gripe de 1976 foi a primeira vez que uma vacina esteve associada a este síndrome, e levou à suspensão desta vacinação. Estudos em modelos animais sugeriram que a reacção não foi contra o antigénio viral, mas sim contra um adjuvante, e por isso este adjuvante específico foi banido em todo o Mundo. Todos os anos se vacina milhares de milhões de pessoas com variadíssimas vacinas, e até hoje nunca mais se detectou qualquer outra vacina (incluindo todas as vacinas anti-gripais) associada ao síndrome de Guillain-Barré (isto desde 76, ou seja há 33 anos…).

…”

Assim, faço minha a advertência do Prof. Francisco George, que as probabilidades estatísticas indicam que seguramente vão aparecer alguns casos de Guillain-Barré temporalmente associados à vacinação, não por causa-efeito, mas apenas por coincidência.

Com os meus cumprimentos

xxxxxxxxx

xxxxxxxxxxx

Prof. Doutor

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Instituto Nacional de Saúde Drº Ricardo Jorge

Avª Padre Cruz, 1649-016 Lisboa

PORTUGAL

Tel: +351 21 751 9236 / +351 21 751 9200 ext. 1236

Fax: +351 21 752 6400

xxxxxxxxx@insa.min-saude.pt

-----Mensagem original-----
De: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx(mail.telepac.pt)
Enviada: quinta-feira, 5 de Novembro de 2009 21:48
Para: xxxxxxxxxxxxx
Cc: xxxxxxxxx; xxxxxxxxxxxx
Assunto: RE: Guillain-Barré

Meu caro F, é-me impossível estar tão a par da literatura toda da gripe como tu e cols. da DGS estão. Por isso, agradeço me informes quando possível de quais os critérios que devem ser seguidos durante a pandemia para atribuir causa de morte à infecção pelo vírus H1N1. Há critérios “oficiais” internacionais ? Alguém sabe ? Abraço xxx


De: F[mailto:xxxxxxxx@dgs.pt]
Enviada: quinta-feira, x de Novembro de 2009 17:32
Para: coordenadordagripe
Assunto: FW: Guillain-Barré

Junto ficheiro que clarifica a série histórica da síndrome de Guillain- Barré em Portugal. Como se demonstra, poderemos ter semanas (em termos de probabilidade) com 4 casos novos de síndrome de Guillain-Barré independentemente, sublinho, independentemente, da campanha de vacinação.

Por isso, temos que admitir, naturalmente, a ocorrência de fenómenos de coincidência temporal associada à vacina.

Obrigado

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terça-feira, novembro 10, 2009

Sakelariddis mostra o cacete ...e tem razão...



DN


A vacina contra o H1N1 é recomendada pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais, mas alguns médicos continuam a desaconselhar a imunização. Especialistas dizem que isso vai contra as boas práticas e aconselham doentes a voltar ao médico e pedir uma segunda opinião.


Maria sofre do coração há cerca de uma década e, por isso, todos os anos leva a vacina contra a gripe sazonal, receitada pelo cardiologista. Mas o mesmo médico recomendou-lhe agora que não se vacine contra o H1N1. Não é caso único. Há clínicos a desaconselhar a vacina a doentes dos grupos prioritários, violando assim as boas práticas médicas definidas pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais.
"A vacina é recomendada pela Direcção-Geral de Saúde, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos Centros de Controlo de Doenças europeu e norte-americano", lembra Constantino Sakellarides, director da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). É por isso considerada uma boa prática, concorda o pneumologista Filipe Froes. "Com base na evidência científica que existe, desaconselhar a vacina não é uma decisão válida", diz o especialista.


E apesar de "uma boa prática não ser uma lei", se um médico aconselhar um doente a não ser vacinado contra a gripe A e este adoecer e tiver complicações graves, "será o profissional a ter de explicar porque a tomou essa decisão, sabendo que ela é recomendada pela OMS", diz Constantino Sakellarides. "É por isso que alguns profissionais não são claros no conselho que dão ou respondem que a opção é do doente", acrescenta.


Foi o que aconteceu a Filipa, de 37 anos. Grávida de três meses, resolveu perguntar à ginecologista que a segue se deve tomar a vacina. A resposta "não foi completamente clara": "disse-me que era indicada para grávidas de risco", conta ao DN. Por isso, a futura mãe deduziu que na opinião da sua médica mais vale não tomar. Isto apesar de as grávidas saudáveis estarem incluídas no Grupo A, por terem um risco maior de complicações se forem infectadas. Aliás, a vacinação da segunda parte do grupo A já começou em todo o País (ver caixa).


Também para Maria, de 44 anos, as palavras do médico, que lhe disse que a vacina pode ser muito "agressiva", fizeram com querdesse a vontade de se vacinar.


Opinião diferente têm os especialistas contactados pelo DN que recomendam aos doentes que voltem ao médico para discutir este tema. "Os doentes que estão incluídos nos grupos de risco devem perguntar ao médico assistente qual é a fundamentação científica para rejeitarem a vacina. Não devem ser prejudicados por falta de informação", diz Filipe Froes. E "se no fim da conversa não estiver convencido, diga que vai procurar uma segunda opinião", aconselha Constantino Sakellarides.


O mesmo é recomendado aos pais que ouviram os médicos dizer que as crianças saudáveis não precisam de ser vacinadas.
"Não sei quais são os argumentos contra a vacina, porque não conheço nenhum motivo para não vacinar. Aliás, muitos países estão a proteger toda a população, começando pelas crianças", lembra a pediatra Maria João Brito, especialista em infecciologia.


A vacinação é também a principal arma para combater a doença, que as autoridades estimam vir a afectar 30% da população - três milhões de portugueses. Segundo a médica de família Filipa Mafra, "quantas mais pessoas aderirem à vacinação, mais poderemos baixar esta estimativa".
"O que se espera é que o pico da gripe A seja atingido em Portugal a partir do meio de Novembro", frisou ainda. A subdirectora-geral da Saúde Graça Freitas, por seu lado, confia menos na previsibilidade do vírus H1N1 e acha que ainda não possível fazer esta previsão.

segunda-feira, novembro 02, 2009

O NEGÓCIO DA GRIPE....MALANDROS !




Pais de alunos queixam-se de alarmismo de algumas escolas


Maioria dos casos suspeitos de gripe registada hoje em Valença revelou-se falso


02.11.2009 - 14:04 Por Lusa, PÚBLICO




  • Grande parte dos alunos de Valença que hoje deram entrada nas urgências do centro de saúde do concelho, por terem febre acima dos 37 graus centígrados, foi enviada para casa sem qualquer medicação, depois de confirmado que não estavam doentes com gripe. Alguns dos pais dos alunos acusam agora os estabelecimentos de ensino de alarmismo e de utilizarem métodos pouco eficazes para despistar os sintomas que indiciam a possível contaminação pelo H1N1.



Mário Silva, pai de um aluno de 16 anos da Escola Básica 2,3/S de Valença, distrito de Viana do Castelo, mostrou-se indignado em declarações à agência Lusa, depois de o seu filho ter sido enviado pelo estabelecimento de ensino para as urgências por alegadamente apresentar febre acima dos 37 graus. “Chamaram-me de emergência à escola, para ir buscar o meu filho, dizendo que estava com 39 de febre, e chego aqui [centro de saúde] e dizem-me que tem apenas 35. Mas que palhaçada vem a ser esta?”, questionou o encarregado de educação.

A Escola Básica 2,3/S de Valença é uma das várias do concelho que nos últimos dias registou um número crescente de casos de gripe A entre os alunos. Ontem, o coordenador da Unidade de Saúde Pública do Alto Minho, Carlos Pinheiro, avançou que pelo menos 330 alunos estavam infectados com o vírus, mas sublinhou que não é caso para alarme. Por sua vez, o delegado de saúde de Valença, Amílcar Lousa, adiantou hoje que, entre as crianças doentes, “não há nenhum caso grave”.

Esta manhã, os estabelecimentos de ensino decidiram medir a temperatura aos alunos com termómetros a laser, isolando os que tinham mais de 37 graus e chamando os pais para os irem buscar. Estes estudantes saíram das escolas com máscaras e foram levados pelos pais ao centro de saúde, de onde muitos acabaram por sair já sem a máscara, por ter sido “falso alarme” de contaminação.

SAP de Valença lotado

O Serviço de Atendimento Permanente de Valença, que funciona com um médico e um enfermeiro, acabou por ficar lotado com o número de casos de suspeita de gripe A. Perante este anormal afluxo de pessoas, foi activado o Serviço de Apoio à Gripe do centro de saúde de Valença, disponibilizando mais um médico e um enfermeiro. “As indicações apontam para que, em caso de suspeita de gripe, se contacte a Linha Saúde 24, mas todos decidiram vir ao centro de saúde”, queixava-se um profissional daquela unidade.

Os pais, por seu turno, queixavam-se de serem obrigados a pagar 3,70 euros de taxa moderadora. “Mas isto é um negócio? Vêem a febre aos alunos com termómetros avariados, causam alarme nos pais, mandam-nos para aqui e ainda temos de pagar?”, disse um outro encarregado de educação à Lusa.

O delegado de Saúde de Valença esteve reunido com os responsáveis das escolas do concelho, tendo ficado decidido que, para já, os estabelecimentos vão continuar a funcionar. No final, Amílcar Lousa pediu aos pais para “manterem a calma”, afirmando que “não vai ser nada de muito grave”.

O delegado de Saúde não especificou o número de alunos que foram mandados para casa hoje.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Em Memória do Adolescente Falecido, Contra A Imprensa Sanguinolenta!

As famílias não têm culpa.

Serve sempre para mais tarde recordar, em vídeo ou em papel, os sentimentos que são imateriais. Torna-se necessário, para que os outros acreditem que "estamos de facto a sentir" ao sermos mediáticos.

Assim já os vizinhos acreditam e as famílias podem dormir descansadas e os jornalistas, com um pouco mais de sangue vertido nas páginas dos jornais, dormem com o dever cumprido e agraciados pelos seus chefes, com mais uns exemplares vendidos.

Ontem vi um filme: Ligações Perigosas. (State of Play).

Que lição de jornalismo. Com JOTA…….. 

Leiam esta prosa e reflictam nas palavras sublinhadas.

"Criança morreu com Gripe A

Família de Adriano quer processar S. Francisco Xavier

por RITA CARVALHO


Ontem morreu a primeira criança portuguesa com gripe A.  Pais do menino de dez anos dizem que este era saudável e criticam ferozmente a actuação do Hospital São Francisco Xavier, onde foi visto já com sintomas de gripe, pela primeira vez. Família acredita que se tivesse sido tratado logo, Adriano não teria morrido. Esta semana, casos nas escolas dispararam.

Os pais do menino de dez anos que ontem morreu no Hospital Dona Estefânia com gripe A admitem processar o Hospital São Francisco Xavier, onde a criança foi observada na segunda feira já com sintomas gripais. Os familiares consideram que a morte poderia ter sido evitada e que o "hospital foi negligente".

Ao DN, os pais afirmaram que nessa primeira observação médica não foi feito o teste de despistagem da gripe, embora Adriano já apresentasse dores de cabeça e febre. Depois de observar a garganta e auscultar a criança, a médica do São Francisco afastou a hipótese de gripe e encaminhou-o para casa com medição para uma virose.

"Os médicos daqui (Estefânia) disseram-nos que se ele tivesse sido tratado logo com Tamiflu a morte teria sido evitada", afirmou ao DN, Dora Aragão, a madrasta da criança, ao início da noite à porta do hospital pediátrico, onde os familiares directos foram medicados profilacticamente com Tamiflu. "O Hospital São Francisco Xavier foi muito negligente e vamos até às últimas consequências", adiantou.

Adriano Aragão não resistiu ontem à tarde a uma terceira paragem cardiorrespiratória. Aos pais terá sido explicado que esta paragem cardíaca pode ter sido uma consequência da gripe. O que reforça a sua convicção de que, se tivesse sido tratada logo após o início da doença, a criança poderia ter sobrevivido à infecção.

Em comunicado, o hospital Dona Estefânia limitou-se a confirmar o falecimento da criança, remetendo para o resultado da autópsia, a realizar hoje, a determinação da causa de morte. Se for confirmado que o vírus da gripe esteve na origem da morte da criança, esta será a quinta vítima com H1N1 em Portugal - embora, até agora, apenas três pessoas tenham morrido directamente de gripe A- e a primeira entre menores de 18 anos.

Os pais sublinharam ontem que a criança era saudável, mas as autoridades de saúde não descartaram a hipótese de esta ter problemas congénitos de coração.

O menino foi internado na madrugada de ontem na Estefânia, 36 horas após os primeiros sintomas. Na segunda feira, ainda foi às aulas de manhã. Mas as dores de cabeça e a febre levaram o pai e a madrasta da criança a dirigirem-se ao Hospital São Francisco Xavier à tarde. O menino foi observado mas o médico não suspeitou de gripe A e mandou-o para casa. Como a febre subiu bastante nas horas seguintes, e Adriano tinha vómitos e diarreia, voltou ao São Francisco na noite de terça para quarta. Segundo os pais, aí os médicos alegaram não ter forma de atender a criança e enviaram-na para a Estefânia.

Já de madrugada, Adriano foi observado e internado no serviço de infecciologia do hospital pediátrico, onde fez análises laboratoriais através de secreções respiratórias. Às onze da manhã, os pais receberam a notícia de que era gripe A. Ao telefone, Adriano ainda disse ao pai que estava bem e que queria ir para casa. Faleceu ao início da tarde.

Na escola Paula Vicente, no Restelo, onde Adriano estudava, há suspeitas de mais dois casos de H1N1. Um deles é da turma de Adriano, apresenta febre há uma semana e também já foi visto no São Francisco Xavier. Nesse hospital, também não foi feito o despiste da gripe. Os pais de Adriano só souberam ontem da existência e mais casos, já após a morte do seu filho."

domingo, outubro 25, 2009

“Uma freira aldrabona”

Com a devida vénia transcrevo um post do blogue A INQUIETUDE PERMANENTE.

São textos onde o rigor científico está omnipresente.

A Internet tem sido bombardeada com milhares de afirmações das mais variadas origens, umas mais científicas que outras, sobre uma teoria da conspiração em relação com a vacina contra o vírus pandémico Influenza A (H1N1)2009.

Tão bombardeada que, mesmo os mais alertados contra o lixo que circula na Internet, ficam com dúvidas sobre o que se lê!

E duvida-se porquê?

Em meu entender as instituições estão descredibilizadas. Os interesses das grandes companhias multinacionais conseguiram penetrar nas instituições. Os escândalos vão aparecendo…

A crise financeira deitou por terra a pouca credibilidade que ainda restava em instituições sólidas como era a banca e os seguros.

Mas, voltemos à freira:

“A gripe (XXXVIII)

Uma freira aldrabona

Tenho muito que fazer e vou deixando para trás coisas até importantes, como, nesta situação de gripe, desmontar a incrível campanha de desinformação que por aí anda. Uma das peças a que se tem dado mais credibilidade é a entrevista com a freira Teresa Forcades (TF), depois da fácil denúncia de fraude de um tal "Dr" Horowitz, da óbvia paranóia da jornalista Jane Bürgermeister que invoca uma pretensa qualidade de jornalista da Nature, do caso triste de sequelas mentais de um acidente sofrido por uma "ministra da saúde" finlandesa que nunca o foi e que sabe de gripe o que lhe dizem os seus contactos extra-terrestres.

A freira é mais perigosa. Invocando um doutoramento em saúde pública, falando calmamente num cenário religioso, descrevendo casos aparentemente convincentes, elaborando um longo discurso articulado, pode parecer credível. Começo pela duração do vídeo. Duvido de que a grande maioria dos que andam a divulgá-lo tenham visto quase uma hora de filme. Por isto, também eu só agora escrevo sobre isto. No entanto, isto não impede que dezenas de milhar de pessoas o andem a difundir, com um “sound bite” este sim eficaz: "agora não é qualquer aldrabão, é uma freira doutorada em saúde pública. Vejam!" Claro que ninguém vai ver, mas passa-se a mensagem.

Comecemos por esse doutoramento. Pesquisei ao máximo e não o encontro. TF é médica e foi interna de medicina geral em Nova Iorque. A partir daí, a sua intervenção é quase exclusivamente religiosa, embora se encontrem dela declarações médico-religiosas, principalmente sobre o aborto, com o cariz que se imagina.

Uma doutorada tem obrigatoriamente publicações científicas. Fui pesquisar, coisa muito simples (Medline). Tem uma, numa revista obscura, sobre… homeopatia! Numa lista de teses de medicina, vejo que a sua é sobre o impacto das medicinas alternativas nos estudantes de medicina. Doutorada em saúde pública?!

Mas admito que os simples factos curriculares, justificativos de descredibilização pessoal, não são suficientes para levar à certeza de que as posições e afirmações são falsas. Ao fim de penosa visão do vídeo, recolhi tão extensa lista de coisas já ditas e reditas no quadro da teoria da conspiração sobre a gripe que já cansa: a célebre vacina contaminada com a gripe aviária H5N1, coisa de que não há a mínima prova (Goebbels sabia bem que uma mentira dita muitas vezes é uma verdade); os crimes das grandes companhias farmacêuticas com Rumsfeld a pontificar; a insinuação clara de que falhou o plano tenebroso (trilateral?) de criar um vírus que mataria dois terços da humanidade e agora há que fazer o mesmo com uma vacina; o risco do sindroma de Guillain-Barré, sobre o qual já aqui escrevi; e não podia faltar o que até muitos médicos portugueses estão a agitar, o perigo do adjuvante baseado no esqualeno. Os adjuvantes são usados desde há muito tempo em vacinas sem que alguém conheça efeitos secundários demonstrados, para além de pequenas reacções inflamatórias locais, e todos os estudos feitos até agora sobre o esqualeno parecem demonstrar a sua inocuidade.

Do que mais gostei foi do rabo de fora do gato escondido. A certa altura, diz a “doutora” que tudo isto é uma fraude, porque “uma pandemia tem de ter uma grande mortalidade e esta não tem”. Nenhum meu aluno de virologia diz tal asneira sem chumbar, muito menos uma doutorada em saúde pública. Pandemia só tem a ver com disseminação da doença por todo o globo, não tem nada a ver com gravidade clínica ou mortalidade. Vão por mim, leitores de outras profissões. Isto não é betão, porque só vejo cimento à superfície e não vejo ferro. Inventei um motor que não precisa de fornecimento de energia. A Ursa maior é plana, com estrelas todas à mesma distância da Terra. Está provado que a papisa Joana existiu e não há dúvidas de que Colombo era primo de D. João II, filho do infante D. Fernando e de uma filha de Zarco. Foi Marlowe que escreveu toda a obra de um imaginário Shakespeare. Não estão habituados a tudo isto? Peço que acreditem que a tal afirmação da freira tem equivalente rigor científico.

Também fiquei curioso acerca da criação deste vídeo, por qualquer pessoa ou organização chamada Alish. Vendo melhor, é, mais uma vez, já cansa, uma “jornalista independente” espanhola, que publica num “site” chamado “Time for truth”. Vejam, se não tiverem nada mais importante para fazer. Há o que já se espera: textos sobre hipatias (alguém ainda vai nesta?) e, obviamente, a sua certeza em relação aos extra-terrestres. Lá me lembrei outra vez da “ministra” finlandesa e do seu conhecimento revelado por outros galácticos. Não há nada de novo sob o sol!

Acho que já chega de cera gasta com tão ruim defunto.

P. S. - À margem. Porquê o sucesso de tantas teorias da conspiração? Não é só a gripe. Na medicina, e em coisa com que lidei bastante, há alguns anos, também as fantasias mirabolantes sobre a doença das vacas loucas. As campanhas contra a vacinação também não são só quanto à gripe, há todo um movimento, principalmente americano, contra qualquer vacina, como as Testemunhas de Jeová a recusarem as transfusões de sangue. E o assassínio de JFK, a fraude da ida à Lua dos americanos, a destruição das torres de Nova Iorque programada pela CIA ou não sei bem quem, a falsificação da nacionalidade americana de Obama, etc. O que é que se passa nas nossas sociedades, na nossa cultura, na nossa comunicação social (em sentido amplo, incluindo a net e a blogosfera) que permite tão facilmente este tipo de coisas, mitos assumidos tão convictamente como a religião de seitas? Merece reflexão.

7.10.2009”

terça-feira, outubro 20, 2009

Finalmente


Faltas de alunos devido a gripe A podem ser justificadas pelos pais




Os alunos que apresentem sintomas de gripe A (H1N1) devem ficar afastados da escola durante sete dias e as faltas podem ser justificadas na caderneta, de acordo com uma circular enviada aos estabelecimentos de ensino.

Sempre que o aluno apresente febre, acompanhada de alguns dos sintomas de gripe A - tosse, dores de cabeça, de garganta ou musculares, congestão nasal e, por vezes, vómitos ou diarreia -, “o período de afastamento escolar será de sete dias a contar do primeiro dia de aparecimento da febre, independentemente da data do diagnóstico”, lê-se no documento da Direcção-Geral da Inovação e do Desenvolvimento Curricular, organismo do Ministério da Educação que trata estas questões em parceria com a Direcção-Geral da Saúde.

O período de afastamento deve ser respeitado “mesmo que se registe melhoria dos sintomas” e, caso estes persistam, “o período de afastamento deve ser alargado até alta clínica”, refere-se no texto enviado às escolas.

Informa-se ainda que não há necessidade de declaração médica para justificar o regresso à escola, desde que seja cumprido o período de sete dias.

O encarregado de educação deve justificar as faltas do aluno na caderneta escolar, impresso próprio em uso ou caderno diário.

Se o aluno melhorar e quiser regressar à escola antes de decorridos os sete dias de afastamento determinados “deve apresentar declaração médica”, estabelece a circular.


Uma medida ( o Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário já prevê que a justificação médica apenas seja exigida para ausencia superior a cinco dias úteis)) que se saúda pela divulgação pública , mas que urge que se torne extensiva a Creches e Infantários, onde mal a canalha espirra se chama os pais para a levar ao médico, não sendo aceite de novo sem uma 1ª declaração a dizer que está doente e uma 2ª declaração a dizer que já não o está...


Há já médicos de familia que, assoberbados por essa burocracia, estão a usar esta Circular por extensão, e numa interpretação livre mas aceitável, para os estabelecimentos da Pré-primária...Conviria que a DGS viesse a público apoiando tal atitude

domingo, outubro 18, 2009

OOOPS....LIGAÇÕES PERIGOSAS



Com a devida vénia ao autor do post...


Recorde-se que este tal Sr. Enfermeiro, já aposentado, sempre fez gala do seu cartão laranja...o último poleiro conhecido foi no Hospital S. João no Porto...


A sua fobia aos médicos, destilando peçonha no portal do sindicato de que é presidente, é bem conhecida...e muito pouco dignificante para uma classe merecedora de todo o respeito


Aqui parece que prova do seu veneno...



O Sanatório de Francelos, por detrás das persianas



Inaugurado em 1917, o Sanatório Marítimo do Norte, em Francelos, Gaia, acolheu mais de três mil doentes até á morte do seu fundador, Joaquim Gomes Ferreira, 61 anos depois. O espaço foi então doado ao Estado, sendo vontade do benemérito que continuasse a ter utilidade social (JN).
Propriedade do Ministério da Saúde, foi cedido, em 1988, pela Ministra Leonor Beleza à Associação S. João de Deus para ali instalar a Casa do Enfermeiro. A cedência foi polémica pois, de facto, tratou-se de colocar uma Associação Sindical ligado ao Partido Popular Democrático a gerir um espaço de elevado interesse cultural, extraordinariamente bem situado na primeira linha marítima. Para além disso, rumores consistentes davam como certa aquela cedência como troca de garantia política de nunca os enfermeiros alinharem com os médicos em acções, de qualquer tipo, contra o Ministério da Saúde.
A verdade é que ali se instalou a Casa do Enfermeiro... Azevedo e que a praia mesmo em frente ganhou designação oficial de praia do Sindicato.
Em 2005, com o regresso dos Socialistas ao Governo, foram feitas pressões e tomadas providências inteligentes para não deixar que a figura de usucapião transformasse a Casa do Enfermeiro... Azevedo, na casa do Azevedo.
Foi assim que a Câmara de Gaia solicitou ao IPPAR a classificação dos dois imóveis como de interesse municipal, garantindo a salvaguarda de propriedade e de manutenção arquitectónica daquele magnífico espaço.
E, para culminar em glória o processo, numa decisão de louvar, a ARS Norte decide escolher o antigo Sanatório de Francelos para acolher o Centro de Reabilitação do Norte (Jornal Porto XXI), destinado a reabilitar doentes portadores de deficiências e incapacidades.
Talvez com estes pequenos episódios se perceba melhor o ódio doentio que o Enfermeiro Azevedo tem a quase tudo e a quase todos, principalmente se forem médicos.
É a vida.

sábado, outubro 10, 2009

Médicos cubanos





Comentario a um post anterior sobre o Batalhão Che - Fidel da Venezuela questionava se era conhecida dos MEMAI a noticia sobre os médicos que estavam a trabalhar em centros de saúde alentejanos em condições menos dignas...

Penso que o comentador se estaria a referir a isto que é referido no Jornal Virtual do Sindicato Independente dos Médicos e que nos remete para uma noticia da pagina 6 do jornal Metro do dia 01 de Outubro ( também legível na versão portuguesa de http://www.readmetro.com/), citada aliás nos dias imediatos pelo jornal Público.

A ser verdade o que aí é referido, aguarda-se que a Inspecção do Trabalho e a IGAS cumpram as funções que lhes são cometidas...

Nota- a proposito da exportação de médicos cubanos veja-se este blog cujo link nos foi amavelmente enviado





sexta-feira, outubro 09, 2009

Mil novos médicos cubanos atenderão venezuelanos de bairros pobres



09 de Outubro de 2009, 02:58, Caracas, (Lusa)

O Presidente da Venezuela recebeu na quinta-feira um novo contingente de mil médicos cubanos para o programa social "Misión Barrio Adentro" (Missão Dentro do Bairro) criado para atender gratuitamente venezuelanos pobres.

Os médicos cubanos foram recebidos por Hugo Chávez durante um acto celebrado na Sala Rio Reyna do Teatro Teresa Carreño de Caracas, destinado a celebrar o Dia do Médico Integral Comunitário e para assinar o 42.º aniversário do assassínio de Ernesto Che Guevara (1928-1967) médico argentino e um dos ideólogos da Revolução Cubana."Chegou o batalhão, uma boa tropa, lhes damos as boas-vindas a vocês" disse o Presidente Hugo Chávez que baptizou o novo contingente de médicos cubanos com o nome de "Batalhão Che e Fidel, batalhão fidelista, guevarista e revolucionário".

quarta-feira, outubro 07, 2009

Um novo blog ...e que promete

Chamaram-me a atenção para um novo blog, intitulado Desabafosdumsindicalista...pela amostra do seu post mais recente, isto promete...ai promete, promete!
E os politicos deste país, e os aprendizes de feiticeiros, e os cataventos...que se cuidem

terça-feira, setembro 29, 2009

Máfias farmacêuticas

 




Le Monde Diplomatique de 27-Set-2009:

"Pouquíssimos meios de comunicação comentaram. A opinião pública não foi alertada. E, entretanto, as preocupantes conclusões do Informe final1 publicado pela Comissão Europeia, no dia 8 de Julho, sobre os abusos em matéria de competição no sector farmacêutico, merecem ser conhecidas pelos cidadãos e amplamente divulgadas.

Por Ignacio Ramonet

O que diz esse Informe? Em síntese? Que, no comércio de medicamentos, a competição não está a funcionar, e que os grandes grupos farmacêuticos recorrem a todo tipo de jogo sujo para impedir a chegada ao mercado de medicamentos mais eficazes e, sobretudo, para desqualificar os genéricos, muito mais baratos. Consequência: o atraso no acesso do consumidor aos genéricos traduz-se em importantes perdas financeiras, não apenas para os próprios pacientes, mas para a Segurança Social a cargo do Estado (ou seja, os contribuintes). Isto também oferece argumentos aos defensores da privatização dos Sistemas Públicos de Saúde, acusados de serem fossos de défices no orçamento dos Estados.

Os genéricos são medicamentos idênticos - quanto aos princípios activos, dosagem, fórmula farmacêutica, segurança e eficácia - aos medicamentos originais produzidos com exclusividade pelos grandes monopólios. O período de exclusividade e protecção da patente do remédio original vence após uma dezena de anos, quando então outros fabricantes têm direito de produzir os genéricos, que custam cerca de 40% mais barato. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maioria dos governos recomendam o uso de genéricos porque, por seu menor custo, favorecem o acesso equitativo à saúde das populações expostas a doenças evitáveis2.

O objectivo dos grandes laboratórios consiste, por conseguinte, em retardar, por todos os meios possíveis, a data de vencimento do período de protecção da patente. O mercado mundial de medicamentos representa cerca de 700.000 milhões de euros3; e uma dezena de empresas gigantescas, entre elas as chamadas "Big Pharma" - Bayer, GlaxoSmithKline (GSK), Merk, Novartis, Pfizer, Roche, Sanofi-Aventis -, controlam metade desse mercado. Os seus lucros são superiores aos obtidos pelos poderosos grupos do complexo militar-industrial. Para cada euro investido na fabricação de um medicamento de marca, os monopólios ganham mil no mercado4. Além disso, três dessas companhias (GSK, Novartis e Sanofi) pretendem ganhar milhares de milhões a mais de euros nos próximos meses graças à venda maciça da vacina contra o vírus A (H1N1) da nova gripe5.

Essas gigantescas massas de dinheiro dão às Big Pharma uma potência financeira absolutamente colossal, que usam particularmente para arruinar, mediante múltiplos julgamentos milionários perante os tribunais, modestos fabricantes de genéricos. Os seus inumeráveis lóbis também fustigam permanentemente o Escritório Europeu de Patentes (OEP), cuja sede fica em Munique, para retardar a concessão de autorizações de entrada de genéricos no mercado. Além disso, realizam campanhas enganosas sobre esses remédios bioequivalentes e assustam os pacientes.

O resultado é que, segundo o recente Informe divulgado pela Comissão Europeia, os cidadãos têm de esperar, em média, sete meses mais do que o normal para ter acesso aos genéricos, o que se traduziu, nos últimos cinco anos, em um gasto extra desnecessário de aproximadamente 3.000 milhões de euros para os consumidores e em 20% de aumento para os Sistemas Públicos de Saúde.

A ofensiva dos monopólios farmacêutico-industriais não tem fronteiras. Também estariam implicados no recente golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya em Honduras, país que importa todos os seus medicamentos, produzidos fundamentalmente pelas "Big Parma". Desde que Honduras entrou para a Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), em Agosto de 2008, Zelaya negociava um acordo comercial com Havana para importar genéricos cubanos, com a intenção de reduzir os gastos de funcionamento dos hospitais públicos de seu país. E, na Cimeira do dia 24 de Junho, os presidentes da Alba se comprometeram a "rever a doutrina sobre a propriedade industrial", ou seja, a qualidade de intocável das patentes em matéria de medicamentos. Estes dois projectos, que ameaçavam directamente os seus interesses, levaram os grupos farmacêuticos transnacionais a apoiar fortemente movimentos golpistas que derrubaram Zelaya em 28 de Junho daquele mês6.

Além disso, Barack Obama, desejoso de reformar o sistema de saúde dos Estados Unidos, que deixa sem cobertura médica 47 milhões de cidadãos, enfrenta a ira do complexo farmacêutico-industrial. Aqui, as quantias em jogo são gigantescas (os gastos com saúde representam o equivalente a 18% do PIB) e controladas por um vigoroso lóbi de interesses privados que reúne, além das Big Pharma, as grandes companhias de seguro e todo o sector de clínicas e hospitais privados. Nenhum desses actores quer perder os seus opulentos privilégios. Por isso, apoiando-se nos grandes meios de comunicação mais conservadores e no Partido Republicano, estão a gastar dezenas de milhões de dólares em campanhas de desinformação e de calúnias contra a necessária reforma do sistema de saúde.

É uma batalha crucial. E seria dramático ver as máfias farmacêuticas ganharem. Porque então redobrariam os esforços para atacar, na Europa e no resto do mundo, o avanço dos medicamentos genéricos e a esperança de alguns sistemas de saúde menos caros e mais solidários.

Ignácio Ramonet é diretor do Le Monde Diplomatique

Artigo traduzido do espanhol e publicado por IPS/Envolverde

1
http://ec.europa.eu/competition/sectors/pharmaceuticals/inquiry/index.html.

2 Recordemos que 90% dos gastos da grande indústria farmacêutica para o desenvolvimento de novos medicamentos estão destinados a "doenças de ricos", que atingem apenas 10% da população mundial.

3 Intercontinental Marketing Services (IMS) Health, 19 de Março de 2000.

4 Carlos Machado, "A máfia farmacêutica. Pior o remédio do que a doença", 5 de Março de 2007 (http://www.ecoportal.net/content/view/full/67184).

5 Leia-se, Ignacio Ramonet, "Os culpados da gripe suína", Le Monde Diplomatique em espanhol, Junho de 2009.

6 Observatório Social Centro-Americano, 29 de Junho de 2009."

Aprender Com A Imprensa Regional e Local!

Foi no Díário de Coímbre, escrito por Ana Margalho.

Lê-se a notícia, descrevem-se os factos de uma forma independente. Gostei!

 

 

Tribunal julga médica acusada
de homicídio por negligência

Cardiologista dos HUC mantém convicção de que doente não apresentava
um quadro clínico que indicasse um enfarte agudo do miocárdio

O Tribunal de Coimbra começou ontem a julgar uma médica, assistente graduada em Cardiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), acusada pelo Ministério Público (MP) de homicídio por negligência pela morte de um homem de 72 anos vítima de enfarte agudo do miocárdio.
O caso remonta a 22 de Março de 2004. João Santos deu entrada nas Urgências dos HUC, transferido do Hospital de Seia, com um diagnóstico de enfarte de miocárdio e foi recebido pela arguida que não confirmou o prognóstico. Observado por especialistas de Medicina Interna e de Gastroenterologia, o doente acabou por ser novamente transferido, por decisão da arguida, para Seia. O seu estado agravou-se naquele hospital, o que obrigou a nova transferência para o Hospital da Guarda e, posteriormente, novamente para os HUC, onde João Santos acabou por morrer, dois dias depois, de enfarte agudo do miocárdio, revelou a autópsia.
Confrontada com os factos, a arguida explicou que «para existir um diagnóstico de enfarte o doente tem de responder a pelo menos dois de três critérios, o clínico, o electrónico e o analítico». Ora, segundo G.C., os sintomas apresentados por João Santos (critério clínico) não tinham qualquer conexão com um enfarte, assim como os dois electrocardiogramas realizados nos HUC (critério electrónico) que se apresentavam sem alterações. Apenas as análises ao sangue (critério analítico) apresentavam valores fora do normal no que respeita às enzimas cardíacas. Mas, adiantou a arguida, «o mesmo pode acontecer quando, por exemplo, um doente tem uma insuficiência renal».
Apesar de não colocar de lado essa hipótese «em absoluto», G.C. considerou «que, perante estes critérios, não podia fazer diagnóstico de certeza de enfarte», justificando, por isso, o pedido de parecer aos colegas de Medicina Interna e, posteriormente, de Gastroentrologia, para avaliarem os diferentes sintomas, nomeadamente as dores abdominais e os vómitos que, segundo a arguida, «nunca estiveram associados a um enfarte agudo de miocárdio, pelo menos com aquelas características».

Medicina Interna
não quis o doente

Depois de passar por um internista e por um gastroentrologista, o doente voltou para os cuidados da Medicina Interna, nomeadamente do médico J.P.M., que à data dos factos era chefe da equipa de urgência e chefe da equipa de medicina. A arguida confirma ter “discutido” o caso com aquele médico e que não conseguiram concertar as opiniões divergentes que tinham sobre o caso: um apontava para enfarte agudo do miocárdio (J.P.M.) e outro (G.C.) para pneumonia e infecção generalizada.
Como estava «convicta de que o quadro cardíaco não era o prevalecente» e como J.P.M, que não colocou de parte a possibilidade de pneumonia, a informou de que, para aquela doença, João Santos poderia ser acompanhado no Hospital de Seia, não necessitando dos cuidados de um hospital central, concordaram em transferi-lo novamente para o Hospital de Seia.
Confrontada pela juíza, C.G. afirmou repetidamente que, na perspectiva cardiológica, o doente «estava em condições de ser transferido», apesar do seu estado grave, adiantando que terá solicitado que o doente ficasse aos cuidados da Medicina Interna. «Isso foi-me recusado, disseram-me que essa decisão não era da minha responsabilidade», adiantou.
«O colega não quis assumir o doente na Medicina Interna», acusou G.C., adiantando que terá sido J.P.M. quem lhe pediu «expressamente para assinar o documento para Seia, porque seria melhor aceite um cardiologista, uma vez que o doente tinha sido enviado com um diagnóstico de enfarte do miocárdio». A arguida acedeu porque confiou «na opinião do colega», mas solicitou a J.P.M. para que assinassem em conjunto o boletim de transferência, o que aconteceu.

Causa da morte
questionada pela arguida

De qualquer modo, e confrontada ontem pelo procurador do Ministério Público, a arguida afiançou que se não tivesse havido o pedido de transferência daquele médico, naquela altura seu chefe nas Urgências, «não daria ordem de transferência, embora continue a achar que o doente estava estável do ponto de vista cardíaco».
A actuação de G.C. junto de João Santos terminaria aqui se o doente, depois de transferido para Seia não tivesse agravado o quadro clínico, obrigando a uma nova transferência para o Hospital da Guarda e posteriormente novamente para as Urgências dos HUC, onde o doente acabou por morrer, às 11h00 do dia 24 de Março de 2004 - exactamente quatro dias depois de ter dado entrada nas Urgências do Hospital de Seia pela primeira vez – segundo o resultado da autópsia vítima de enfarte agudo do miocárdio.
Questionada pela juíza sobre os resultados da autópsia, a arguida diz-se «firmemente convencida que não foi o enfarte que causou a morte do doente» e, por isso, não concorda com os resultados da perita do Instituto de Medicina Legal. «Continuo a achar que o doente apresentava, na altura em que o observei, um quadro de pneumonia muito grave», afirmou G.C., acrescentando que «a ter havido enfarte, não seria de molde a causar a morte» de João Santos.
Interrogada ontem pelo tribunal, a arguida – especialista em Cardiologia há 18 anos - garantiu que hoje, mais de cinco anos depois dos factos, e depois de já ter falado sobre o assunto com várias pessoas, cardiologistas e médicos de outras especialidades, continua «convicta» de que fez a «opção correcta, com os dados que tinha nesse momento». «No momento em que vi o doente não era possível fazer um diagnóstico de enfarte», afiançou.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Gripe A: médicos [espanhóis] acusam interesses económicos de criar "doença fantasma".

Do jornal i, on-line por Sandra Pereira, publicado em 02 de Setembro de 2009.

Ministra da Saúde do país admite alarmismo exagerado

Trinidad Jiménez, ministra da Saúde espanhola, reconhece que gripe A não tem piores consequências do que gripe sazonal

O presidente da Ordem dos Médicos de Espanha, Juan José Rodríguez Sendín, denunciou hoje que existem interesses económicos por detrás da criação de "uma epidemia de medo" causada por uma "doença fantasma", noticiou o diário espanhol "El País".

Já ontem, o conselho-geral da Ordem dos Médicos de Espanha tinha advertido, num comunicado de imprensa, que se está a criar "um alarme e uma angústia exagerada à volta da gripe A". Mas esta manhã Rodríguez Sendín foi mais duro nas críticas que proferiu durante uma conferência de imprensa. "Existem interesses económicos, que são evidentes, e inclusive políticos", acusou o responsável.


"Com os dados à frente" confirma-se que o vírus da gripe A regista taxas de mortalidade e complicações "bastante mais leves e toleráveis" do que as que a gripe sazonal manifesta todos os anos, acrescentou Rodríguez Sendín. Assim, "95% dos pacientes irá passar pela doença sem problemas" e "não há razão para serem mais vacinados" do que já são para resistir a uma gripe normal, tranquilizou o responsável.


Após ouvir as críticas dos médicos, a ministra espanhola da Saúde,Trinidad Jimenez, teve de admitir um alarmismo exagerado e desproporcionado à volta do vírus H1N1. "Talvez estejamos a exagerar um pouco à volta de uma doença que, segundo as informações que dispomos, não tem efeitos muito maiores do que a gripe sazonal", reconheceu a responsável. Jimenez até elogiou os médicos que tomaram a iniciativa de transmitir "uma mensagem de tranquilidade" "muito razoável".



sexta-feira, setembro 04, 2009

Gripe Ah! Ou Gripe Há?

Do Jornal Tempo Medicina:


 

"PONTO DE VISTA

Pôr o medo a render

Como santos da casa não fazem milagres, fui ver o que pensa o presidente do Consejo General de Colégios de Médicos, de Espanha, o equivalente da portuguesa OM, sobre o alvoroço em torno da gripe A.
Numa conferência de Imprensa noticiada pelo El Mundo do passado dia 2, Juan José Rodríguez Sendín afirmou o que muitos pensam, mas não dizem, pelo menos publicamente: que «estamos perante uma epidemia de medo que suscita respostas exageradas», e que «o estatuto» que se está dando a uma entidade «tão comum» como a gripe não deriva de «interesses sanitários». Na abordagem da pandemia, existem, assegurou o médico, «interesses de todos os tipos, desde os económicos, que são os mais evidentes, até outros, que podem ser políticos». Parece um incêndio em que, enquanto uns tentam apagá-lo, «há sempre gente empenhada em deitar-lhe gasolina», disse Rodríguez Sendín.
O presidente dos Colégios de Médicos não hesita mesmo em afirmar que com o que se sabe do comportamento do vírus em Espanha e nos países do hemisfério sul, a gripe A «será bastante mais ligeira do que a gripe sazonal a que estamos habituados; a gripe de outros anos foi muitíssimo mais grave e mortífera».
Entre nós, o período eleitoral convida a idênticos exageros, dos quais não estão ausentes sugestões de «medo» e «asfixia democrática», como se nos não lembrássemos dos sufocos que, em outros anos recentes, se não mataram, moeram.

João Paulo de Oliveira

joao.oliveira@tempomedicina.com

TEMPO MEDICINA 1.º CADERNO de 2009.09.07"