sexta-feira, maio 30, 2008

António Arnaut: "Há quem espere receber o cadáver do SNS, mas este vai sobreviver"


30.05.2008 - 15h46 Lusa
O antigo ministro socialista e "pai" do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, manifestou-se hoje convicto de que o SNS sobreviverá apesar de "haver muita gente à espera de receber o seu cadáver".Falando num encontro da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o antigo ministro dos Assuntos Sociais, que criou o Serviço Nacional de Saúde (SNS), manifestou-se preocupado "com os ataques" de que é alvo o sistema público de saúde, mas esperançado de que os cidadãos não abrirão mão de um direito adquirido e essencial para o exercício de uma cidadania plena. "Se os grandes grupos económicos estão a investir na saúde é porque sabem que dentro de pouco tempo está tudo desmantelado, e o Serviço Nacional de Saúde ficará para os coitadinhos. Estou muito preocupado com o avanço do neoliberalismo e com a capacidade de intervenção das grandes companhias majestáticas, como nunca antes", observou. António Arnaut recordou que "há 20 anos o SNS cobria 90 por cento da população, e o resto era a ADSE e pouco mais", acrescentando que hoje "há cerca de dois milhões de apólices de seguros, porque as empresas obrigam os seus trabalhadores a fazê-las". "Há uma fuga dos recursos humanos do SNS para o sector privado", referiu, acusando o antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, da "destruição das carreiras médicas", possibilitando os contratos individuais. Na sua perspectiva, tem havido "medidas que visam destruir o SNS para o deixar de forma residual para os coitadinhos". "O Serviço Nacional de Saúde é uma conquista de Abril, um serviço universal, geral e gratuito" ou tendencialmente gratuito, recordou. Para António Arnaut, este princípio, além da força ética que comporta, tem uma força jurídico-constitucional muito grande, pois será necessária uma concertação de dois terços dos deputados da Assembleia para o retirar da Constituição da República Portuguesa pela revisão do artigo 64º. "No dia em que o PS o faça eu saio do Partido Socialista, do qual sou um dos fundadores", prometeu, embora tenha a esperança de que isso não irá acontecer porque o SNS sobreviverá. Essa esperança radica, quer na reacção do primeiro-ministro ao substituir Correia de Campos como ministro da Saúde porque os cidadãos "tinham perdido a confiança no SNS", quer pela "sublevação popular", que constituíram as reacções às medidas que estavam a ser introduzidas. "Há hoje uma consciência cívica que pode impedir o Governo de restringir os direitos conquistados. Por isso estou optimista. É difícil que um direito conquistado seja retirado", sublinhou, frisando que numa sociedade em que a pobreza aumenta só o Estado poderá garantir a igualdade de acesso à saúde, um direito que radica na ideia de dignidade da pessoa humana. A intervenção de António Arnaut enquadrou-se num encontro realizado durante o dia de hoje pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, intitulado "Gerir em Tempos de Mudança".



Só quem é Pai, tem tanta esperança por um filho que tomou outros rumos, que não os preconizados por quem o ama!


António Arnaut, nem podia ter outra postura e acredito no seu sofrimento, ao ver o que se tem passado nestes últimos tempos.


Mais!


Por mais ameaças que possa fazer no sentido de abandonar o partido que ajudou a fundar, o "neoliberalismo" não pára, tem paciência e acabará por absorver o SNS, para mal de todos nós.


É só uma questão de tempo!

Acto médico no SNS e na Privada...

A propósito do meu post relativo às reclamações dos utentes e ao relatório da IGAS, alguem escreveu muito pertinentemente...

Anónimo disse...
Também há outro aspecto curioso em relação às queixas de demora no atendimento.. é que se demorarem a atender no SNS, cai o Céu e a Trindade - os médicos andam é a passear, não prestam, ninguém liga nenhuma, isto funciona mal, etc.. se a demora for a mesma ou até superior no privado... "este senhor doutor trabalha mesmo muito, temos que esperar 3 horas e tudo! é porque é muito bom!" ou seja, qdo as pessoas vão ao SNS entram já com um preconceito, com todas as pedras na mão e tornam-se muito mais intolerantes a qualquer coisa que corra menos bem. Já qdo entram no privado vão tão (mal) convencidas que tudo corre ás mil maravilhas, que mesmo as faltas mais graves são desculpadas!
Quinta-feira, Maio 29, 2008

Pois...mas há mais: no SNS a consulta é gratuita e tem de ser para já, enquanto que na Privada é bem paga e é por especial favor que é atendido... No SNS quer-se - e muito bem - cultivar ( mas apenas nos CS, que não nos Hospitais) a consulta com hora marcada...na Privada é o que se sabe...

Não é anedota aquela do médico que mandava a sua assistente de consultório marcar as consultas para uma hora em que era impossível estar no consultório...é que assim se fazia a fama de ser muito atarefado e estava com o consultório sempre à pinha

Enfim...posturas perante a profissão e a ética...

quinta-feira, maio 29, 2008

INEM reforça socorro pré-hospitalar com mais seis ambulâncias na região centro


29.05.2008 - 17h43 Romana Borja-Santos, Público
A região centro conta, a partir de amanhã, com seis novas ambulâncias do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica). O reforço dos meios de emergência levou à contratação de 45 novos colaboradores, com o objectivo de profissionalizar o socorro pré-hospitalar, que tem já 75 ambulâncias inteiramente utilizadas por profissionais do instituto.Pombal e Tondela passam a dispor de duas viaturas de Suporte Imediato de Vida e Estarreja, Figueiró dos Vinhos, Mortágua e Tábua de uma ambulância de Suporte Básico de Vida. Nas três primeiras localidades a ambulância funcionará 24 horas por dia, mas nas restantes só estará disponível durante o período nocturno (das 20h00 às 08h00 do dia seguinte).



O INEM a pouco e pouco vai cobrindo o país.


Mas como?


Devemos perguntar, já que, potencialmente todos somos possíveis futuros utilizadores.


"As viaturas de Suporte Imediato de Vida têm um enfermeiro e um técnico de ambulância de emergência e estão equipadas com mais medicamentos e com um monitor-desfibrilhador, o que permite a transmissão dos electrocardiogramas e dos sinais vitais."


Estar equipada com mais medicamentos é suficiente? Transmitir o ECG, chega? Isto dá segurança ao povo? Para onde leva os doentes?


"As ambulâncias de Suporte Básico de Vida contam apenas com dois técnicos de emergência. No entanto, levam equipamento de avaliação e estabilização do doente para situações de trauma ou de doença súbita, podendo ainda utilizar um desfibrilhador automático externo, em caso de necessidade."


Continuamos com as dúvidas que temos, por enquanto.


"Pombal e Tondela passam a dispor de duas viaturas de Suporte Imediato de Vida e Estarreja, Figueiró dos Vinhos, Mortágua e Tábua de uma ambulância de Suporte Básico de Vida. Nas três primeiras localidades a ambulância funcionará 24 horas por dia, mas nas restantes só estará disponível durante o período nocturno (das 20h00 às 08h00 do dia seguinte)."


E agora deixamos de ter dúvidas, nem preciso comentar! Portugal no seu melhor!

Governo anunciou conclusão da reforma legislativa da administração pública

29.05.2008 - 15h20 Lusa
O ministro das Finanças afirmou que o Governo concluiu hoje a reforma legislativa da administração pública, com a aprovação de quatro diplomas relativos a contratos de trabalho, protecção social, carreiras e tabelas remuneratórias.“Estamos perante a reforma mais ambiciosa e mais profunda adoptada em muitas décadas de administração pública. A partir de agora, a tarefa do Governo será a de concretizar o novo quadro legislativo”, declarou Teixeira dos Santos no final do Conselho de Ministros.


Esperando de facto que assim suceda, aguardamos os próximos capítulos da reforma da administração pública.

Espera-se uma verdadeira reforma para benefício dos cidadãos que necessitam da administração pública, assim como para os seus funcionários, não uns meros alinhavos, para apresentação de "trabalho feito" e para cumprir calendário.

Autonomia sem responsabilização às vezes dá asneira...

Maternidades dão orientações erradas para deitar os bebés
CARLA AGUIAR PAULO SPRANGER
DN
As maternidades portuguesas adoptam e recomendam práticas erradas no acompanhamento dos recém-nascidos, acusa o pediatra Mário Cordeiro.
"É intrigante e perturbador constatar que 18 anos depois de existir uma orientação técnica da Direcção--Geral da Saúde a dizer que as crianças não se devem deitar de lado, porque isso aumenta para o dobro a probabilidade de morte súbita, mas de costas, profissionais de saúde continuem a recomendar essa prática", disse o médico ao DN.

Um estudo concluído no final do ano passado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, baseado em inquérito às mães, a seguir à alta médica, constatou que "em 90% dos casos foi-lhes recomendado pelas enfermeiras que deitassem os bebés de lado".

Esta situação leva aquele pediatra a considerar que é preciso "questionar e responsabilizar os directores de serviço dos hospitais que não fazem um acompanhamento do modo como os profissionais estão a seguir as orientações técnicas e as evidências científicas".
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quarta-feira, maio 28, 2008

Cortar as pernas à charlatanice

Polícia interroga professor Bambo
Vidente foi levado pela PSP, no Porto, e constituído arguido
Nuno Miguel Maia e Nuno Silva



O "Professor Bambo", conhecido vidente e astrólogo senegalês, foi ontem constituído arguido, no âmbito de um processo em que está a ser investigado por alegadas burlas e extorsões.

Dois dos seus consultórios, no Porto e em Lisboa, foram alguns dos alvos das buscas realizadas por elementos da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP, numa investigação que tem decorrido sob a direcção do DIAP do Ministério Público do Porto.

Ao que apurou o JN, estão em causa várias queixas, algumas recebidas ainda durante o dia de ontem, por parte de pessoas que se sentiram enganadas nas "consultas", em que a troco de dinheiro lhes eram prometidas soluções para problemas de vária ordem, sobretudo no campo sentimental.
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A actividade do Professor Bambo, de 52 anos, é publicitada, sobretudo, através de anúncios. Mas o vidente tem aparecido igualmente em programas de televisão e rádio. No sítio na Internet, diz ter "gabinetes" em Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal, e apresenta-se como "o mais reconhecido médium vidente em Portugal".


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Respeitem-se crenças, respeitem-se diferenças...até pode haver muita coisa dificilmente explicavel pela ciência clássica e mesmo na área médica...

Mas crendice e charlatanice propagandeada alto e bom som até na televisão pública....não será demais? Até quando a impunidade?


terça-feira, maio 27, 2008

Os ratos que a montanha pare...

É o que apetece dizer ... muito se ouve falar do descontentamento dos portugueses relativamente ao SNS, mas quando se vai analisar o relatório da Inspecção Geral Actividades de Saúde relativo às reclamações chegadas aos Gabinetes do Utente em 2007, verifica-se que elas correspondem a 1,38 reclamações por cada mil actos assistenciais dos Hospitais e a 0,35 nos Centros de Saúde, actos assistenciais estes que são vários milhões por ano...

Os detractores do sistema virão dizer já a correr que os portugueses estão pouco habituados a reclamar e a usar os seus direitos... também...mas será que aquelas permilagens subiriam muito, mesmo assim?

Doente acompanhado nas urgências - projecto lei do BE

BE quer doente acompanhado nas urgências



Francisco Louçã apresentou ontem, no final de uma visita ao Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, um diploma que permite "a qualquer cidadão admitido num serviço de urgência do SNS, o direito de ser acompanhado por um familiar ou amigo"."
Seis milhões de pessoas estiveram em 2007 nas urgências, muitas delas submetidas a dificuldades, estão no corredor, demoram a ser atendidas, estão desesperadas, têm medo. O atendimento e a humanização do serviço passam por medidas simples", afirmou.
O projecto de lei impõe que os serviços de urgência se preparem "no prazo de 180 dias" para "permitir que os doentes possam usufruir do direito de acompanhamento".

E ressalva não ser "permitido acompanhar ou assistir a intervenções e outros exames ou tratamentos" que possam ser prejudicados pelo acompanhante.




Combate à Obesidade - Orientação correcta

Hospitais públicos vão mandar obesos para unidades privadas
alfredo cunha - JN
Obesidade afecta cerca de 1,7 milhões de portugueses e 200 mil são-no ao nível de doença crónica


O Ministério da Saúde (MS) vai comparticipar na totalidade a realização de cirurgias de banda gástrica em hospitais privados, mas apenas em doentes obesos que sejam avaliados pelo Serviço Nacional de Saúde.


Ontem, dia em que se comemorava o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, o director-geral de Saúde, Francisco George, anunciou que a medida deverá começar a ser aplicada este Verão, não revelando quanto irá custar ao MS."O serviço de hospital público é a resposta natural ao doente, mas no caso dos centros hospitalares de referência não conseguirem dar resposta, o privado será um recurso de complemento", explicou Francisco George.

Assim, os hospitais privados que têm capacidade para realizar cirurgias bariátricas (de redução de estômago) vão poder tratar doentes obesos, mas apenas serão comparticipadas as operações dos que forem encaminhados pelas unidades hospitalares públicas.

Segundo a Direcção-Geral de Saúde, em 2007 o Serviço Nacional de Saúde realizou 963 cirurgias para colocação de banda gástrica, mais do triplo do que em 2006, todas elas cem por cento comparticipadas, sem custos para o doente além das taxas moderadoras de internamento

Na próxima quarta-feira, a Direcção-Geral de Saúde irá apreciar e votar um documento normativo, que está a ser elaborado há vários meses, que estipula os critérios de admissão dos hospitais privados nessa futura plataforma.O documento exige que as denominadas Unidades de Tratamento de Obesidade dessa plataforma, em hospitais públicos ou privados, tenham obrigatoriamente que dispor de uma equipa médica multidisciplinar, que inclua cirurgião, endocrinologista, nutricionista e um psicólogo ou psiquiatra. O hospital que se propuser a integrar aquela futura plataforma terá de dar uma garantia de, pelo menos, 125 cirurgias por ano e um cirurgião com uma experiência acumulada de 80 circurgias bariátricas.

domingo, maio 25, 2008

Um blogue para "intelectuais"


A Semana Médica, encontrou-nos e fez um pequeno artigo a nosso respeito.


Uma das passagens diz assim"... No entanto, ao analisarmos mais atentamente o blogue, percebemos que o autor, ao clarificar, com opinião fundamentada as notícias da área da Saúde veiculadas pelos diversos média, mais não está que a fazer uma crítica muito forte, mas com um sentido construtivo imenso, à actual política de Saúde do Governo - porventura, os verdadeiros intelectuais a que se refere o nome do blogue - e a chamar a atenção para as "barbaridades" que se passam por este País fora. ...".


Muito obrigado Semana Médica, pelo apreço e consequente divulgação do blogue.


Podem ficar cientes, que tudo faremos para continuar da forma como sempre estivemos, contra os dislates!

sábado, maio 24, 2008

Como O "Público" é burro!

Foi no dia 11 de Maio de 2008 que o ex-jornal de referência com o nome de Público anunciou isto:

"Ministério Público investiga morte em Alijóclip_image001

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) participou ao Ministério Público o caso da morte do homem de Alijó, Vila Real, que em Janeiro esteve na origem da divulgação de telefonemas entre os bombeiros locais e o INEM, noticiou o Sol on-line.
Este inquérito-crime é um dos resultados da investigação feita ao caso pela IGAS, ordenada pelo ex-ministro da tutela Correia de Campos e cujas conclusões foram agora entregues à ministra Ana Jorge.
António Moreira faleceu na sua casa em Castedo do Douro, Alijó, depois de uma queda em que terá batido com a cabeça. A casa da vítima fica a cerca de 60 quilómetros do hospital de Vila Real e a nove quilómetros da sede do concelho, cujo serviço nocturno do SAP foi encerrado em Dezembro.
A família sustenta que a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) só chegou à aldeia "duas horas depois do pedido de ajuda", versão que é refutada pelo INEM."

 

Quem lê a notícia é induzido a pensar que o Ministério Público vai investigar mais um caso de negligência médica. Mas não! O que o MP vaio investigar é a razão pela qual uma pessoa teve uma morte violenta - uma queda, da qual resultou a sua morte. Queda natural? Homicidio? Suicidio?

Ai Público, Público

Mas Que Gira!

 

O Correio da Manhã proporcionou-lhe a visibilidade pela mão de Bruno Colaço o (bom) fotógrafo e Sofia Rato, a aprendiz de jornalista.

Pois, se este senhor em vez de ser levado pela sua gira filha gira aos desumanizados bancos dos hospitais onde sempre se deslocou por sintomas subjectivos, tivesse sido levado ao Centro de Saúde da sua área de residência, de certeza que o médico que o seguisse em continuidade temporal faria o diagnóstico.

Vão aos bancos dos hospitais das periferias das grandes cidades com sintomas como falta de apetite, confusão, etc. e depois queixam-se de ser mal observados.

A senhora jornalista Sofia Rato, deu voz a esta frase da senhora Mariana Gira Martins:

"O meu pai morreu à fome porque não conseguia engolir. Se o tivessem observado como um ser humano teria uma morte digna', afirmou a filha."

Eu afirmo com segurança:

- Este senhor morreu por negligência familiar. Se em vez de o empurrarem para os bancos dos hospitais onde foi assistido por médicos estranhos, tarefeiros, porventura de língua estrangeira, o paciente sofreu com a desumanização, a frustação, a incomodidade, a despersonalização, a angústia, o sofrimento que a família, talvez por desconhecimento, lhe ofereceu durante estes seis meses.

Quanto à senhora jornalista, cumpriu o seu papel. Que saudades do Torcato Sepúlveda...

 

 

 

  clip_image001Mariana Martins diz que viu o pai morrer à fome e à sede porque estava debilitado e não conseguia comer

23 Maio 2008 - 00h30

Almada - Homem de 83 anos tinha doença em fase terminal

Hospital falha diagnóstico

Joaquim Andrade Martins, de 83 anos, deu entrada pela primeira vez nas Urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, em Março de 2006, com dificuldades em engolir, urinar e com falta de ar. Voltou ao hospital mais seis vezes nos seis meses seguintes e chegou a estar internado. As altas foram sendo passadas sucessivamente. Viria a morrer em Dezembro com um cancro no esófago que não lhe foi diagnosticado no Garcia de Orta.

'Os médicos diziam que ele estava a fazer uma birra por causa da idade. Como não comia davam-lhe vitaminas', disse ao CM a filha Mariana.

Alarmada com o peso e estado de saúde do idoso, a família decidiu levá-lo ao Hospital do Barreiro, onde passou a ser seguido. 'Fizeram-lhe uma endoscopia, algo que no Garcia de Orta nunca fizeram apesar dos nossos pedidos. O meu pai tinha cancro no esófago em fase terminal por isso não engolia. Passava dias inteiros só com água, daí ter emagrecido 18 kg', recorda a filha.

Contactado pelo Correio da Manhã, o director clínico do Garcia de Orta, Luís Antunes, diz que as várias idas do paciente às Urgências tinham como causa 'dispneia, confusão, recusa alimentar, prostração, retenção e infecção urinária e vómitos, sem referência a dificuldades de deglutição, não sendo necessária por isso a realização de uma endoscopia'.

'O meu pai morreu à fome porque não conseguia engolir. Se o tivessem observado como um ser humano teria uma morte digna', afirmou a filha.

DOIS ANOS PARA TER CONSULTA

No dia 21 de Agosto de 2006, Joaquim Andrade Martins teve alta da Urgência do Garcia de Orta, onde passou a noite, algaliado e com um cateter no braço. No dia seguinte regressou à Urgência: 'Feriram-no com a algália e ele teve uma hemorragia. O cateter foi retirado por mim', conta, entre lágrimas, a filha Mariana, que apresentou queixa no hospital e junto de várias entidades. Em Setembro de 2006 o hospital marcou uma consulta de Urologia para o paciente, que seria apenas este ano, em 2008.

No dia 21 de Agosto de 2006, Joaquim Andrade Martins teve alta da Urgência do Garcia de Orta, onde passou a noite, algaliado e com um cateter no braço. No dia seguinte regressou à Urgência: 'Feriram-no com a algália e ele teve uma hemorragia. O cateter foi retirado por mim', conta, entre lágrimas, a filha Mariana, que apresentou queixa no hospital e junto de várias entidades. Em Setembro de 2006 o hospital marcou uma consulta de Urologia para o paciente, que seria apenas este ano, em 2008.

'Recebemos uma carta a dizer para o meu pai estar no dia 5 de Maio na consulta', comenta a filha. 'Um doente de 83 anos com retenção urinária que determinou necessidade de algaliação tem indicação para consulta de urologia, mas não urgente', afirma Luís Antunes, do Garcia de Orta, sem explicar por que razão o idoso teria de esperar exactamente 21 meses para ser visto por um especialista em urologia.

Sofia Rato

Torcato Sepúlveda: Um Jornalista Que Soube Ser Jornalista.

Do pouco que privei com ele, ficou-me a ideia de um Homem bom e culto.

Jornalista atento.

Um exemplo para muitos que aqui critiquei e criticarei!

Morreu o jornalista Torcato Sepúlveda.

21.05.2008 - 20h19 PÚBLICO

O jornalista Torcato Sepúlveda morreu hoje, aos 57 anos. Tinha sido internado dois dias antes.
Marcou a crítica literária e mudou a forma de fazer jornalismo cultural em Portugal — foi o primeiro editor da secção de Cultura do PÚBLICO, jornal de que foi um dos fundadores. Nascido em Braga, era filho de professores primários.
Frequentou o curso de Filologia Românica na Universidade de Coimbra e, entre 1971 e 1974, viveu exilado em Bruxelas, onde foi operário. No regresso a Portugal, trabalhou no serviço de fronteiras em Vila Real de Santo António, tendo passado daí para o jornal “Expresso” como copydesk. Neste semanário começou a fazer crítica literária, assinando João Macedo — João Torcato Sepúlveda de Macedo era o seu nome completo. Fez traduções sob pseudónimos: Silva de Viseu, Buíça, D. Luís da Cunha.
Do “Expresso” saiu para o PÚBLICO, onde editou também a secção de Sociedade antes de partir para integrar a equipa que refundou o “Semanário”. Passou pela “Capital”, por “O Independente” e era actualmente jornalista do “Diário de Notícias” (escrevia para o suplemento de sábado “NS”).

 

de um comtário no público:

Morreu o "Desvairadão", ínclito bracarense, anarco-surreal-situacionista, de cuja prosa elegante e truculenta todos beneficiamos. Companheiro de todas as fronteiras, aristocrata das ideias, o Torcato vai fazer muita falta. Sejamos sérios, anda por aí muita canalha que vai desatar a insinuar que ele foi um grande jornalista... mas... tinha o defeito de odiar certos reflexos do poder económico no texto jornalístico de alguma fauna de futuros administradores. Com Torcato vai-se a prosa mais cáustica e terna da nossa depauperada imprensa cultural. Sossega camarada, vamos vingar-te!

sexta-feira, maio 23, 2008

João Rodrigues regressa à Missão de Cuidados Primários

23.05.2008, Margarida Gomes
O médico João Rodrigues, que se demitiu da equipa nacional da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP) em ruptura com o seu coordenador, Luís Pisco, vai integrar o Conselho Consultivo para a Reforma dos Cuidados Primários, presidido pelo ex-director-geral da Saúde Constantino Sakellarides, soube o PÚBLICO. A decisão de criar um conselho consultivo para acompanhar a reforma dos cuidados primários foi tomada pela ministra Ana Jorge, numa tentativa de estancar a polémica que se instalou na Missão e que levou à demissão de praticamente toda a equipa e, ao mesmo tempo, salvar a própria reforma para os cuidados primários, uma das bandeiras do programa do Governo para a área da saúde.O ex-director-geral da Saúde deverá apresentar ainda esta semana à ministra da Saúde a equipa que escolheu para trabalhar consigo. Para a próxima semana, está prevista uma reunião entre Ana Jorge e Sakellarides para fechar definitivamente este dossier. E, caso a ministra aprove quer a equipa, quer a proposta de trabalho, o CCRCP deverá entrar imediatamente em funções.O Conselho Consultivo para a Reforma dos Cuidados Primários (CCRCP) será um órgão de consulta de natureza científica e técnica da ministra. que se pronunciará sobre os diferentes aspectos da reforma. Paralelamente, o Conselho Consultivo será responsável pela elaboração periódica de um relatório público sobre as decisões da MCSP. A responsabilidade de Constantino Sakellarides é por isso grande, até porque a reforma dos cuidados de saúde primários está a ser feita no terreno. E vai implicar a criação de 74 agrupamentos dos centros de saúde, um novo sistema remuneratório e a reconfiguração dos centros de saúde. E é já a pensar nessa complexidade que o futuro presidente do CCRCP está a fazer pontes entre a equipa que se demitiu e aquela que foi agora nomeada. Há questões na reforma que são tecnicamente difíceis de concretizar, razão pela qual o Ministério da Saúde quer acautelar desde já para que eventuais tensões que se venham a surgir não criem excessivo ruído.Da anterior equipa da Missão apenas Luís Pisco (coordenador nacional) e José Fragoeiro (jurista) se mantêm. Todos os outros saíram. À excepção de Armando Brito de Sá (que foi forçado a demitir-se por integrar a MCSP e ser ao mesmo tempo consultor da Alert Life Sciences Computing, SA na área dos cuidados primários), todos os outros médicos apresentaram a sua demissão por divergências profundas com a falta de liderança de Luís Pisco no cumprimento das tarefas que estão atribuídas à estrutura de Missão. Mas reafirmaram sempre o seu completo apoio à reforma em curso, ao programa do Governo e à resolução do Conselho de Ministros que criou a MCSP e determinou as suas orientações.


É interessante ver estes equilíbrios no arame, pergunto-me é se há rede, ou estão bem presos?

Ainda me lembro de Luís Pisco afirmar que o Conselho Consultivo da MCSP, era um desejo dele e que era para ter sido executado aquando da primeira Missão tendo ficado por implementar, quando Constantino Sakellarides deixou "escapar" a notícia do convite para ocupar este cargo e que estava a pensar ainda, se o aceitaria, divulgado no Público se bem se recordam.

Agora e de acordo com esta notícia, também publicada no mesmo jornal e transcrita na integra, o que verificamos? Parece que a verdade de ontem não é a verdade de hoje.

Afinal a Ministra Ana Jorge é que teve a ideia de criar o dito Conselho Consultivo, "numa tentativa de estancar a polémica que se instalou na Missão e que levou à demissão de praticamente toda a equipa e, ao mesmo tempo, salvar a própria reforma para os cuidados primários, uma das bandeiras do programa do Governo para a área da saúde".

O que se aprende a ler os jornais!

De tal maneira é verdade, que de acordo com o texto da notícia, podemos ficar a saber que, "o ex-director-geral da Saúde deverá apresentar ainda esta semana à ministra da Saúde a equipa que escolheu para trabalhar consigo. Para a próxima semana, está prevista uma reunião entre Ana Jorge e Sakellarides para fechar definitivamente este dossier. E, caso a ministra aprove quer a equipa, quer a proposta de trabalho, o CCRCP deverá entrar imediatamente em funções."

Ainda podemos ler, "o Conselho Consultivo para a Reforma dos Cuidados Primários (CCRCP) será um órgão de consulta de natureza científica e técnica da ministra, que se pronunciará sobre os diferentes aspectos da reforma. Paralelamente, o Conselho Consultivo será responsável pela elaboração periódica de um relatório público sobre as decisões da MCSP", parece mais um Conselho Consultivo, também com funções fiscalizadoras e com dependência hierárquica absoluta da Ministra.

Continuamos a ler, "a responsabilidade de Constantino Sakellarides é por isso grande, até porque a reforma dos cuidados de saúde primários está a ser feita no terreno. E vai implicar a criação de 74 agrupamentos dos centros de saúde, um novo sistema remuneratório e a reconfiguração dos centros de saúde", mas que responsabilidade? O modelo B está implementado, a legislação dos ACES está feita de acordo com as notícias do sítio da MCSP, não entendo.

Mais, "é já a pensar nessa complexidade que o futuro presidente do CCRCP está a fazer pontes entre a equipa que se demitiu e aquela que foi agora nomeada. Há questões na reforma que são tecnicamente difíceis de concretizar, razão pela qual o Ministério da Saúde quer acautelar desde já para que eventuais tensões que se venham a surgir não criem excessivo ruído", levar pessoas que já fizeram parte da estrutura e se demitiram, provocando o alarido que provocaram, isso não é provocar ruído interno é uma medida de cautela, conforme disse aprende-se muito lendo jornais!

quinta-feira, maio 22, 2008

ASAE diz que cantina de centro de acolhimento do Seixal foi fechada por solicitação do Ministério Público

22.05.2008 - 09h04 Lusa
O director da Autoridade de Segurança Económica e Alimentar, Pedro Picciochi, afirmou ontem que a ASAE encerrou temporariamente no final de 2007 uma cantina de um centro de acolhimento temporário de crianças no Seixal por solicitação do Ministério Público.Pedro Picciochi, director de Serviços de Planeamento e Controlo Operacional da ASAE, fez esta afirmação durante uma audição, na Assembleia da República, do Grupo de Trabalho Pequenos Produtores/Produtos Tradicionais, onde esta questão foi suscitada. O PÚBLICO noticiou no sábado que as instituições de solidariedade têm sido obrigadas a deitar comida fora por causa de regras de higiene impostas pela ASAE durante as suas inspecções.





Ele há coisas do diabo, ninguém quer fazer passar-se por mau! Seja quem for!

E a culpa é sempre de outro!

Mas, já alguém se preocupou em saber, se qualquer deles cumpriu o seu trabalho eficientemente?

De acordo com a nossa Constituição no seu Artigo 9.º (Tarefas fundamentais do Estado)
São algumas tarefas fundamentais do Estado:
...
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território;
...

Correcto!

Parece-me que as leis estão feitas, que existem entidades fiscalizadoras suficientes, mas as leis têm de ser aplicadas de acordo com o seu teor e não de acordo com as circunstâncias.

Parece-me adequado, ensinar o Artigo 9 da Constituição Portuguesa a quem legisla, assim como ensinar que o património cultural do povo português também passa pela alimentação e culinária, de forma às entidades fiscalizadoras promoverem o bem estar e a qualidade de vidas do povo, tendo em conta o património cultural diversificado, das nossas gentes.

terça-feira, maio 20, 2008

Tempo de espera para cirurgia das cataratas é de 54 dias em Évora

Hospital de Évora garante que pacientes do distrito não precisam de ir a Cuba
20.05.2008, Maria Antónia Zacarias
Publico
Unidade hospitalar alentejana tem lista de espera para cirurgias de Oftalmologia com prazos inferiores a dois meses e responsável clínico não percebe o recurso a operações tão longe

O director do Serviço de Oftalmologia do Hospital do Espírito Santo, em Évora, Augusto Candeias, garante que não existem razões para os doentes do distrito não serem operados nesta unidade, tendo em conta que o tempo de espera para cirurgia "é de 54 dias, não chegando a dois meses, estando, assim, bem abaixo do prazo clínico aceitável, que são seis meses".

Perante este facto, o responsável não entende por que é que os utentes estão a recorrer a Cuba, através das autarquias, recordando que o cenário das listas de espera para cirurgia se alterou muito desde há cerca de quatro anos. "Nessa altura, as listas de espera eram verdadeiramente grandes, mas agora a situação está completamente ultrapassada". "A não ser que haja algum segredo envolvido, não me parece que haja alguma vantagem especial", afirma o médico, do ponto de vista clínico, chamando a atenção para o tipo de acompanhamento que esses doentes têm até lhes ser dada alta, bem como para a qualidade e o tipo de lentes que lhes são aplicadas, no caso das cataratas, a cirurgia mais procurada.

O responsável gostaria de ver explicado "o critério que é utilizado na selecção dos doentes", isto é, "quem é que faz a escolha e quem é que passa a informação a quem para contactar doentes para os convidar a ir a Cuba". Isto porque a informação clínica não pode ser dada a terceiros, por fazer parte do sigilo médico. "Há pouco tempo, uma doente minha contou-me que recebeu um telefonema em casa a perguntar-lhe se queria ir a Cuba tratar-se", conta, considerando "inadmissível" que os doentes estejam a ser convidados para "uma solução mais ou menos milagrosa em pouco tempo".

Mais duas mil consultas
Embora o director do Serviço de Oftalmologia de Évora admita que as despesas de saúde, em Cuba, sejam provavelmente menos dispendiosas do que em Portugal, "no conjunto, e tendo em conta as despesas da viagem e da estadia, não parece que com o mesmo valor não fosse possível contratualizar esses serviços em Portugal ou em Espanha, nomeadamente em Badajoz, que está apenas a 80 quilómetros e que faz uns preços concorrenciais muito fortes".

De acordo com o oftalmologista, o distrito de Évora tem uma população que sofre de uma série de carências, "nomeadamente de carácter cultural": "Há muito analfabetismo e as pessoas estão muito mal informadas. Daí que procurem, normalmente, os cuidados de saúde em fases muito adiantadas das doenças. Sobretudo os idosos chegam-nos aqui ao hospital quando já vêem muito pouco ou quando estão praticamente cegos". Augusto Candeias acrescenta estar convicto de que nos grandes centros urbanos do país este tipo de situações já não existe, enquanto na região alentejana os oftalmologistas são confrontados com pacientes com "determinadas patologias, nomeadamente a catarata, que não se encontra em mais nenhum país da Europa".

Questionado sobre se as conhecidas dificuldades de acesso às consultas também contribuem para as pessoas procurarem soluções alternativas, o mesmo responsável reconhece "que pode ter algum peso". Por isso, segundo adianta o responsável hospitalar, encontra-se em negociação um acordo entre a Administração do Hospital do Espírito Santo e a Sub-Região de Saúde de Évora, "para que os médicos existentes façam horas extralaborais para observar um maior número de doentes", o que poderia fazer com que se realizassem "mais duas mil consultas por ano".

Ou seja: apesar de tudo o que tem sido dito e da lastimável falta de resposta às necessidades das populações, há partes da história que estão mal contadas e mal explicadas

Espera-se que a denúncia publica da situação pelos media e com o anúncio do correcto Plano de Choque para Oftalmologia, as autarquias alentejanas (e mesmo as suas vizinhas algarvias) recorram aos serviços por exº do Hospital de Évora e, porque não, à disponibilidade ( que sempre existiu) de Badajoz, em vez de mandarem os seus municipes para as Caraíbas

Cirurgia de Ambulatório: medidas a incrementar e credoras de aplauso

Hospitais que operam em ambulatório devem dar contacto telefónico directo aos doentes
20.05.2008, Alexandra Campos
Publico

Os hospitais que fazem cirurgia de ambulatório devem disponibilizar sempre aos doentes ou aos seus familiares um contacto telefónico para o caso de surgir alguma complicação ou dúvida durante a recuperação em casa e, no dia seguinte à operação, devem ligar para se inteirar da evolução da situação clínica.
É ainda de aconselhar que permitam às pessoas que vão ser operadas uma visita prévia às instalações.

Depois de ter encomendado um inquérito - cujas conclusões demonstram que são frequentes os casos em que estas condições não são observadas pelos hospitais -, a comissão que estudou a situação e os constrangimentos que têm condicionado um desenvolvimento mais célere da cirurgia de ambulatório em Portugal vai propor que estes critérios sejam cumpridos por norma.
O objectivo é "aumentar não só a quantidade mas também a qualidade da cirurgia de ambulatório", justifica Fernando Araújo, presidente deste grupo de trabalho que percorreu o país de Norte a Sul para fazer um levantamento da situação.

Por definição, a cirurgia de ambulatório não implica internamento hospitalar (normalmente a alta é dada até às 12 horas, ainda que a permanência no hospital possa prolongar-se até às 24 horas).

segunda-feira, maio 19, 2008

Embriões humano-animal legalizados no Reino Unido

19.05.2008 - 21h11 Ana Gerschenfeld - Público
Numa decisão histórica e após um aceso mas civilizado debate de várias horas, os deputados britânicos decidiram, hoje ao fim da tarde, por 336 votos contra 176, aprovar a geração de embriões mistos de humano e animal, o primeiro ponto crucial da futura nova lei sobre fertilização humana e embriologia.Os embriões híbridos podem ser de diversos tipos: “cíbridos”, obtidos introduzindo o núcleo de uma célula humana adulta (com todo o seu ADN) num ovócito de animal (de vaca) esvaziado do seu próprio núcleo; os embriões humanos transgénicos, obtidos inserindo genes animais em embriões humanos; as “quimeras”, obtidas introduzindo células animais num embrião humano – e os híbridos verdadeiros, cruzamentos de gâmetas (espermatozóides ou ovócitos) humanos e animais. Aliás, a derradeira prova da abertura de espírito dos deputados foi o facto de terem também votado, por 286 votos contra 223, contra uma proposta de proibir a geração destes híbridos verdadeiros. Claro que os embriões só poderão ser fabricados se se provar previamente que a investigação para a qual vão contribuir é necessária e útil. E, seja qual for o tipo de embrião híbrido gerado, apenas será permitido desenvolverem-se durante 14 dias e nunca serão implantados no útero de uma mulher ou de um animal.





Conforme publicamos na última semana, sempre se concretizou a legalização dos embriões mistos humano/animal.



Como referi na altura, um grande avanço científico, mas continuo a perguntar se estamos preparados para o facto.



Bem que gostava de saber qual a opinião do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, acerca do assunto.

Síndrome tabagista

Convirá referir, a quem não saiba, que o Sr. Primeiro Ministro nunca poderá ter um sindrome gripal pela auto-proclamada e publicitada abstinência tabágica há 5 dias...
Quanto a Síndrome tabagista, como o autor da introdução deste video no You Tube o apelidou, MEMAI desconhece a sua existência

domingo, maio 18, 2008

Haja moralidade! Ou comem todos (antibiótico) ou não come nenhum!

Num Domingo que não é hoje para mim dia de descanso semanal, o locutor da TSF informa no Jornal das 8 que o Sr. Primeiro Ministro teve que recorrer ontem ao serviço de urgência no Hospital de Santo António no Porto por estar com febre... E não acredito no que ouvi!

Metem no ar as declarações do visado e neste caso doente, que na sua voz e estilo inconfundíveis diz ao povo português que "tudo não passou de um síndrome gripal, deram-me um antibiótico, e já me sinto muito melhor !"



Abençoado(a) médico(a), tarefeiro, Interno ou Especialista ( ou teria sido o proprio chefe de equipa ?), que para tratar uma doença vírica do PM lhe pespegou um antibiotico! Os resultados estão à vista, é o próprio doente que diz que se sente muito melhor ( algo a que o facto de ter deixado de fumar também não será estranho...) .



A partir de agora, todo e qualquer doente estará no direito de se queixar do médico que não lhe receitar no serviço de urgência um antibiótico quando estiver engripado ou com uma virose aparentada... Então se o PM tem direito a um porque é que ele também não há-de ter?
É com exemplos destes que se educa para a saúde a nossa população...

quinta-feira, maio 15, 2008

Denúncias sobre a ULS de Matosinhos


médicaquetambémexplica disse...
acresce a esta vergonha, o facto de serviços como o de Oftalmologia do H Pedro Hispano, Matosinhos, que não dão resposta aos pedidos de consulta dos médicos de família da área de referência (só permitindo, por exemplo, o acesso à lista de espera para consulta a doentes com relatório de Oftalmologista privado indicando diagnóstico de patologia cirúrgica), serviços como este ainda têm a brilhante ideia de ir aos Centros de Saúde de Matosinhos fazer "rastreios", com cartazes e folhetos coloridos anunciando factores de risco para cegueira, alarmando os doentes, sem oferecerem depois nem capacidade de rastrear todos os que alarmaram, nem resposta aceitável para os rastreados.não sei como é que isto é suportado por utentes, por nós médicos de família e pelos directores dos CS!
Domingo, Maio 11, 2008


médicaquetambémexplica disse...
a experiência na ULS Matosinhos corre bastante mal. por exemplo, uma TAC osteo-articular neste momento, já não tem marcações até ao fim do ano. TAC realizadas cerca de um mês depois de solictadas, demoram 2 meses a ter um relatório disponível. TAC com alterações grosseiras e severas (um tumor renal, um fígado metastizado, pelo menos essas 2 ocorreram no meu CS) não são relatadas prioritariamente nem geram um alerta imediato ao médico que as pediu, como acontecia em qualquer entidade privada convencionada.com é que todos nós (utentes, profissionais e chefias) continuamos a permitir isto?
Domingo, Maio 11, 2008



Esta médica, em comentários a posts anteriores do MEMAI, faz denúncias a ter em conta e a merecer adequada averiguação e intervenção de quem de direito...


Pela parte que me toca, o contributo da MEDICAQUETAMBÉMEXPLICA será sempre bem vindo.


Estas denúncias na blogosfera, muitas vezes sob o anonimato, necessitam contudo de confirmação e/ou desmentido dos implicados e dos responsáveis.


O MEMAI está igualmente aberto à divulgação dessas informações

Como acabar com as listas de espera de Oftalmo (sem ir a Cuba ou a Badajoz)

15 Mai 2008, 08:39h O MIRANTE

Centenas de utentes de Tomar esquecidos para consultas de oftalmologia


Há dois anos a médica de família de Ilda Santos passou uma credencial com a indicação de urgente para uma consulta de oftalmologia no Hospital de Tomar. Há 15 dias a utente telefonou para o serviço hospitalar para saber quando teria a tal consulta e foi informada de que nunca ali tinha chegado o pedido.


O Centro de Saúde de Tomar, unidade onde está inscrita, esqueceu-se de enviar o seu processo para o hospital. O seu e o de mais algumas centenas de utentes que, como Ilda, aguardavam pela chamada. A situação já levou a uma intervenção da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).


Nos serviços administrativos do Centro de Saúde da Nabância, em Tomar, há um caixote de papelão cheio de credenciais de utentes para marcação de consultas oftalmológicas no hospital de Tomar. Cartas passadas pelos médicos de família que não seguiram os trâmites normais por “esquecimento”. Esta é a palavra utilizada pelo presidente da ARSLVT para definir uma situação que diz não entender mas ter de ser rapidamente resolvida. Sem prejuízo dos utentes.


A situação das credenciais “esquecidas” foi desencadeada no final do ano passado, quando o sistema informático da saúde, denominado Alert, entrou em funcionamento no Centro Hospitalar do Médio Tejo – que engloba as unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas. Nessa altura o serviço de oftalmologia informou os centros de saúde que não receberia mais pedidos de marcação de consultas por carta mas sim por via informática, devolvendo à procedência as credenciais que tinham sido passadas desde Outubro de 2007 até meados de Fevereiro deste ano. E só aí se verificou que havia milhares de utentes – de vários centros de saúde da região - que estavam em lista de espera para marcação de consultas devido ao facto de aquele serviço hospitalar trabalhar por quotas.

E o que vai acontecer aquelas que estão a mais e/ou ilegais?

De acordo com regime jurídico do sector
Infarmed diz que há 159 farmácias a mais no concelho de Lisboa

15.05.2008 - 13h11 Lusa

Segundo o Infarmed, no concelho de Lisboa há 159 farmácias a mais das que deveriam existir à luz do regime jurídico do sector, que estabelece uma população mínima por cada estabelecimento e distâncias entre farmácias e entre estas e unidades de saúde. No total do país, são 224 as farmácias que poderão pedir a transferência de localização por causa das novas regras do regime jurídico das farmácias.

Em aviso publicado hoje em Diário da República, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) abre a possibilidade de transferência de farmácias com capitação inferior à prevista legalmente (3500 habitantes por farmácia) para concelhos limítrofes. Trata-se do preenchimento das primeiras vagas abertas no âmbito das novas regras de licenciamento de farmácias, que posteriormente levarão à abertura de outras vagas a nível nacional para novas farmácias segundo o modelo de liberalização da propriedade.

Segundo a portaria de Novembro de 2007, que fixa os procedimentos de licenciamento e atribuição de alvará a novas farmácias e da transferência de localização, a capitação mínima é de 3500 habitantes por farmácia aberta no município, excepto quando o estabelecimento é instalado a pelo menos dois quilómetros de outro mais próximo. São ainda estabelecidas distâncias mínimas de 350 metros entre farmácias e de 100 metros entre farmácias e extensões de saúde, centros de saúde e hospitais. A excepção a esta última regra apenas acontece em localidades com menos de quatro mil habitantes.

À luz destas regras e segundo o aviso hoje publicado há 159 farmácias a mais no concelho de Lisboa, 49 no concelho do Porto, oito no distrito de Santarém, cinco no distrito de Vila Real, duas no concelho de Tavira (Faro) e uma em Murtosa (Aveiro). Para possibilitar a transferência aos proprietários que assim o desejarem, foram abertas 78 vagas na área metropolitana de Lisboa e 68 no distrito do Porto. Há ainda quatro vagas no distrito de Aveiro, oito no distrito de Faro, três para o distrito de Santarém e duas para receber as farmácias identificadas a mais em concelhos de Vila Real. Os proprietários das farmácias têm agora três meses para requerer a transferência.

Investir na Prevenção é o caminho correcto

Saúde: Raparigas de 13 anos são o primeiro grupo etário a ser imunizado
Vacinas custam 23,3 milhões

Correio da Manhã

O Ministério da Saúde vai gastar este ano 23,3 milhões de euros para o fornecimento de tuberculinas e vacinas. Este ano o Estado investe mais, porque a despesa inclui 15 milhões de euros necessários à aquisição da nova vacina contra o vírus do papiloma humano (VPH), um vírus que provoca o cancro do colo do útero.

Em declarações ao CM, Graça Freitas, subdirectora-geral da aúde, afirmou que os 15 milhões de euros para a aquisição da nova vacina contra o VPH, que entra no Plano Nacional de Vacinação, destinam-se apenas a um único grupo etário. Neste ano, começam a ser vacinadas, a partir de Setembro, as raparigas com 13 anos.

quarta-feira, maio 14, 2008

Constitucionalistas dizem que José Sócrates violou Lei do Tabaco



14.05.2008 - 08h42 Joana Ferreira da Costa, Luciano Alvarez, Romana Borja-Santos, Público



Os constitucionalistas Jorge Miranda e Vital Moreira não têm dúvidas: o primeiro-ministro, José Sócrates, violou a Lei do Tabaco, ao fumar no avião fretado à TAP que o transportou de Lisboa para Caracas. Representantes de todos os partidos da oposição condenaram, também, a atitude de Sócrates.Mas a situação não é inédita, pois nas viagens com o Presidente da República, Cavaco Silva, as pessoas que o acompanham também costumam fumar. A TAP considerou, contudo, todos estes casos "normais" em serviços especiais fretados.



Onde estão os princípios, a moral, a ética?

Com exemplos destes e de outros parecidos, como esperam que os levemos a sério!

Ainda têm muita sorte em ter "gente" que lhes entrega os votos!

terça-feira, maio 13, 2008

Lei britânica sobre embriões aprovada na generalidade

13.05.2008 - 17h48 Ana Gerschenfeld, Público
Não foi um voto apertado: ontem, no Parlamento britânico, 340 deputados contra 78 aprovaram, na generalidade, o novo projecto de lei sobre fertilização humana e embriologia. O texto deverá ser debatido na especialidade já para a semana, regressando à câmara dos Comuns para aprovação final antes de transitar para a câmara dos Lordes e ser aprovado como lei pela rainha.



O projecto de lei tem gerado muita controvérsia na Grã-Bretanha, principalmente devido à posição da Igreja Católica – a tal ponto que, há semanas, o primeiro-ministro Gordon Brown se viu obrigado a dar liberdade de voto aos deputados trabalhistas.



Não é de admirar que assim tenha acontecido, uma vez que os principais pontos do texto em debate são realmente pioneiros.



Trata-se de legalizar a criação de embriões híbridos de animal e humano para fins de investigação médica (de doenças incuráveis como o Parkinson ou o Alzheimer); de autorizar os pais com um filho gravemente doente a recorrer à fertilização in vitro (FIV) para escolher, graças ao diagnóstico pré-implantatório, um irmão ou irmã geneticamente compatível que possa doar tecidos para o tratar; e de eliminar a necessidade de um pai para recorrer à FIV, sendo esta figura substituída pela de “figura parental”. Em particular, esta última disposição permitirá que os casais de lésbicas recorram à FIV.





Um grande passo para a ciência e investigação, sem dúvida. No entanto pergunto-me, se do ponto de vista, ético, moral e filosófico a humanidade está preparada para este facto.

FOTO DO DIA - Esclarecimento aos leitores

A designação de Foto do Dia não significa que ela mude todos os dias...

Mais, pode até acontecer que aquilo que nela é retratado seja de tal modo actual e de tal modo persistente que a mesma foto se mantenha por vários dias...

É o caso presente, como já terão reparado...

Então o Sr. Director Geral da Saúde fica sem piar ?

Apesar da total restrição nos voos comerciais
TAP garante que nos voos fretados se pode fumar a pedido do cliente

13.05.2008 - 16h07 Romana Borja-Santos
Publico

Pedir para fumar num voo fretado é tão “normal” como solicitar uma “refeição especial” ou a distribuição de determinados jornais a bordo, garante a TAP (Transportadora Aérea Portuguesa). A companhia não compreende, por isso, a notícia avançada pelo PÚBLICO que dá conta que o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo fumaram a bordo do Airbus A330, fretado à transportadora portuguesa para uma viagem, realizada ontem, entre Lisboa e Caracas.
.........................................................................................................................................
Contactado pelo PÚBLICO, o director-geral da Saúde, Francisco George, recusou-se a responder a quaisquer perguntas sobre a situação, nomeadamente sobre se os tripulantes dos voos fretados têm os direitos consignados na lei portuguesa.

Não me comprometam, não me comprometam...se fossem outros eu ainda defendia a minha dama e os princípios em que acredito...mas valha-me Deus Nosso Senhor a a Virgem de Fátima...é que é o Sr. Primeiro Ministro...

quinta-feira, maio 08, 2008

VOZES DISSONANTES...E DESTEMIDAS!

SIM - Sindicato Independente dos Médicos
Jornal Virtual do SIM

AS LISTAS DE ESPERA DE OFTALMOLOGIA
Simédicos tem observado em silêncio mas com atenção, e com inquietação crescente, esta polémica das listas de espera para consultas e cirurgias de Oftalmologia e dos protocolos das autarquias com os serviços médicos cubanos, e a imagem que as reportagens televisivas parecem estar a passar para a população de que se os doentes não são atendidos para que os médicos oftalmologistas possam ganhar muito dinheiro na sua privada. É lamentável que portugueses tenham de recorrer a técnicas cirúrgicas antiquadas e depois de longos voos transatlânticos.

É lamentável que 51 serviços hospitalares de Oftalmologia não saibam ou não consigam dar resposta atempada às necessidades de saúde dos portugueses. Os médicos oftalmologistas portugueses deveriam sentir-se envergonhados por serem todos metidos no mesmo cesto... ou então devem denunciar objectivamente que são as instituições do SNS que não os deixam trabalhar ou que não lhes dão as condições para o fazerem. Quais são, onde, como e quando. Só assim se poderá compreender porque é que por ex.º no CH Vila Nova de Gaia a lista de espera é praticamente inexistente e no H. S. João é de 3 ou 4 meses. Será que é porque nestas duas instituições se opera aos sábados todo o dia no âmbito do SIGIC?

A Ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou ontem no Parlamento, que na área da oftalmologia está identificada uma elevada lista de espera para cirurgias, nomeadamente às cataratas, mas que serão primeiro esgotadas as capacidades do sector público e só depois se avançará para a contratualização com os sectores privado e social. O Sindicato Independente dos Médicos está plenamente de acordo com esta postura da Sr.ª Ministra.

O Sindicato Independente dos Médicos receia até que esta questão seja apenas a ponta do icebergue, pois que há muitas outras doenças para além das cataratas e porque é sabido que os Médicos de Família, cientes da falta de resposta hospitalar nesta área da Oftalmologia, já não estão a referenciar patologias minor mas importantes a médio e longo prazo.
8 de Maio de 2008 o0/n1954/t1/D.G.L.J

quarta-feira, maio 07, 2008

Hospitais públicos na concorrência às convenções

Proposta quer aumentar concorrência
Os hospitais públicos vão passar a poder concorrer às convenções para fornecer exames e análises ao Serviço Nacional de Saúde.

Rádio Renascença
Esta é uma das propostas do novo diploma que entra hoje em discussão pública e que pretende rentabilizar meios e concorrer em pé de igualdade com os prestadores privados.As convenções com os hospitais públicos foram fechadas há dez anos. Agora, a tutela quer aumentar a oferta e obrigar à concorrência dos preços.

Na base da criação deste diploma foram tidas em conta as recomendações da Entidade Reguladora que denunciou a discriminação de que eram vítimas os utentes do Serviço Nacional de Saúde sempre que necessitavam de fazer exames complementares no privado.

Muitas mas muitas dúvidas que os hospitais consigam aumentar a sua produtividade de modo a darem resposta em tempo útil... quando ouvimos muitas vezes dizer que nos Centros de Saúde os doentes chegam com pedidos de transcrição de exames pelos médicos hospitalares porque lá estão muito atrasados...e isto é verdade em muitos locais...
Porquê? Falta de recursos humanos ? Falta de equipamentos ? Falta de gestão e profissionalismo ? Contenção nos custos associados ao funcionamento com materiais de diagnóstico e manutenção de equipamentos?
Repete-se: muitas dúvidas ...

A que acresce um outro aspecto muito importante: isso é cómodo para os doentes?
Se tiverem um local perto da sua residência, onde são mais rapidamente atendidos, quer na marcação do exame quer no tempo que demora à sua execução no dia aprazado, não será astigar os doentes?

Alguém já fez um inquérito de satisfação aos utentes dos Centros de Saúde da ULS de Matosinhos (ou pediu os resultados de um eventual inquérito feito) que têm de se deslocar agora, ao que nos contaram, ao Hospital Pedro Hispano ( quando a medida se iniciou a colheira era feita no próprio CS, algo perfeitamente aceitável diga-se...)?

terça-feira, maio 06, 2008

Urgências: Comissão Técnica pede extinção e critica forma como reforma foi implementada


Lisboa, 06 Mai (Lusa) - A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências (CTAPRU) pediu hoje à ministra da Saúde a sua extinção, por considerar que cumpriu os seus objectivos, apontando "problemas" na forma como esta reforma foi implementada.
"Houve problemas de comunicação na forma como a reforma foi explicada ao público e problemas na forma como foi implementada. Poderia ter havido algum cuidado ao nível da abertura de serviços de urgência antes do encerramento de outros. Isso era responsabilidade política e acabámos por sofrer com isso", afirmou Luís Campos, membro da CTAPRU, em declarações à agência Lusa.


A CTAPRU, chegou ao fim! Pum! Basta!

Acha que fez tudo o que tinha a fazer.

Os problemas que surgiram, foi na forma da implementação!

O resto que não fez, não foi por ter que fazer. Foi por falta de comunicação!

Sai de mansinho, depois da grande confusão!

Requalificação das urgências, mas que grande atrapalhação.

É um facto, que tudo foi por convicção.

Cuidado, vem aí um trovão! Pim!

Denúncia da União das Misericórdias Portuguesas

Misericórdias alertam para o facto da comparticipação estatal por idoso estar completamente "desadequada" da realidade
06.05.2008 - 15h23 Lusa
O montante com que o Estado comparticipa as Misericórdias por cada idoso integrado num lar das instituições constitui, segundo o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, "um óptimo exemplo" da "completa desadequação" das comparticipações estatais."O montante de comparticipação que as Misericórdias recebem do Estado por cada idoso que acolhemos nos nossos lares, ao abrigo do acordo existente, é de 330,24 euros" por mês, disse Manuel Lemos, sublinhando tratar-se de um montante "perfeitamente desadequado" e "subavaliado" em relação ao custo de cada idoso por lar.


Esta notícia deixa-me um pouco perplexo e sem perceber nada, não sei se é da forma como está escrita, ou da forma como possívelmente se misturam alhos com bogalhos.

Afinal a União das Misericórdias recebe do Estado só 330,24 euros, por cada idoso e por mês, não é verdade? Mais a percentagem da reforma de cada um. Certo?

Pois bem a minha dúvida é a seguinte, as Misericórdias não contratualizaram camas para os Cuidados Continuados Integrados?

Não são estas pagas em função do estado e do grau de dependência do idoso, assim como em função da sua recuperação? Então e não está correcto este modo de pagamento, se o idoso precisa de mais cuidados paga mais se não paga menos.

Então porque não se refere isto na notícia?

domingo, maio 04, 2008

As cirurgias estéticas: limites e indicações

As lipoaspirações são a cirurgia plástica estética mais realizada em Portugal, seguidas das intervenções para aumentar os seios. Os homens recorrem sobretudo à rinoplastia para modificar o nariz.
EXPRESSO

Mesmo sem a existência de dados concretos sobre a realidade da cirurgia estética portuguesa, o especialista Vítor Santos Fernandes explicou à agência Lusa numa entrevista recente que a lipoaspiração é, "de longe", a intervenção mais feita em Portugal.
"Isso corresponde à tendência para as coxas largas e barriga grande das mulheres portuguesas", comentou.
Ainda que as mulheres representem cerca de 80 por cento dos casos de plásticas, os homens já começam também a preocupar-se com a imagem e recorrem sobretudo a operações para modificar o nariz.

"As rinoplastias são as mais feitas nos homens. Existe uma carga importante do nariz do homem, talvez tenha a ver com aspectos relacionados com a masculinidade e virilidade", referiu Vítor Santos Fernandes, que é presidente do Colégio de Cirurgia Plástica da Ordem dos Médicos.

O cirurgião considera que os portugueses que recorrem à cirurgia plástica são, de uma forma geral, sensatos e costumam ouvir o conselho do médico.
No entanto, este médico recusa anualmente operar alguns doentes, porque concluiu que a intervenção não trará qualquer benefício ou porque a pessoa se encontra desequilibrada.
"Há aborrecimentos que dinheiro no mundo paga e quando uma pessoa me pergunta o que eu acho que ela deveria mudar ou do que é que precisa eu recuso a operação. Quando uma pessoa não está equilibrada não devemos avançar para a intervenção", explicou.

No entanto, não há grandes limites para a realização de cirurgias estéticas, nem quanto à idade dos pacientes nem em relação à quantidade de intervenções.
Santos Fernandes reconhece que "não é muito simpático fazer cirurgia estética a pessoas muito jovens", uma vez que ainda não foi atingido um grau de maturidade suficiente.
"Para operar uma adolescente tenho de estar intimamente convencido de que é adequado", sustentou.

Relativamente a idade apenas existe doutrina em relação às próteses mamárias, estando definido que não se deve operar antes dos 18 anos. Mas mesmo nestes casos há excepções.
"Uma rapariga de apenas 15 anos pode ter uma situação complicada psicologicamente, estar muito sofrida e necessitar de próteses mamárias. Há situações muito óbvias em que percebemos o sofrimento psicológico de quem está à nossa frente", justificou.

O especialista esclareceu ainda que também não há qualquer limite definido para o número de cirurgias estéticas a que uma pessoa pode submeter-se.
"Clinicamente não há um limite. Apenas depende do estado de saúde de cada pessoas, mas antes de cirurgiões somos médicos e avaliamos essa questão. Convém é que as pessoas tenham bom-senso e sentido estético", defendeu.

Quanto aos perigos das intervenções estéticas, Vítor Santos Fernandes lembrou que no ramo da cirurgia há sempre um grau de risco, acrescentando que são operações complexas, embora com procedimentos muito testados e feitas habitualmente em pessoas saudáveis.

A maioria dos casos de complicações graves em Portugal surge, segundo o médico, em clínicas de bairro ou consultórios que "não têm as condições mínimas para funcionar".
"Há muitos a funcionar sem licenciamento, mas a inspecção não actua", declarou, vincando que são muitas vezes locais que fazem intervenções para as quais não estão preparados ou por profissionais sem habilitações.

"Alguém que é licenciado em medicina e em cirurgia pode fazer o que quiser, mas ética e deontologicamente não deve fazer estética. Eu também não opero estômagos, porque não o sei fazer. Há médicos que não são cirurgiões plásticos", alertou Santos Fernandes.
Por isso, aconselha as pessoas a "não procurarem aquilo de que ouvem falar e o que vêem na televisão".
"Na nossa realidade social não é vulgar procurar uma clínica, as pessoas procuram normalmente um médico, o que é bom. O melhor continua a ser não procurar marcas, mas sim médicos, pessoas", avisou.

Entrevista e declarações a reter a vários níveis e da qual se sublinhou a azul, a nosso ver, as mais importantes e a ter em conta.

Ainda mais agora que se aproxima a época balnear e a altura do ano em que as roupas leves e arejadas merecem corpos mais esbeltos. E em que revistas e pasquins vomitam anúncios e promessas, e em que a publicidade paga na rádio e na TV prometem o céu e a terra para a beleza do corpo, á custa muitas vezes de danos irreversíveis

quinta-feira, maio 01, 2008

1º de Maio de 2008

Já é tempo de reflectir, o que significa no século XXI, o 1º de Maio.
Já foi tempo de jornadas de luta quando nada se tinha. Mas o que deverá ser, quando o futuro se torna incerto!