terça-feira, julho 20, 2004

Já Passou Um Ano? Tirem-me Daquiiiii!

Passou um ano.
Mas que faço eu aqui? 

Lembraram-me os amigos e os inimigos, os conhecidos e os desconhecidos, por e-mail ou por referências. Eu não me lembrei de ninguém, penitencio-me por tal facto.
 
Mas também não posso deixar de agradecer a muitos outros que me têm credibilizado.
 
Não é falsa modéstia, mas não mereço.

Várias tentativas foram feitas para sair. Em vão. O vício da escrita arrasta-me para aqui.
Mais o da escrita que o da leitura. Gostava, mas não sou leitor assíduo dos outros blogues e por isso me considero um bloguer acidental e marginal não merecendo as mais de 200 referências que o Technorati me atribui, porque raramente as faço aos outros. 
 
Continuo anónimo e responsável.
 
Há quem presuma que sou A ou B, mas sou C, de cidadão atento.
Há quem me veja a residir em D ou em E, mas enganam-se.
Há quem me procure no hospital F ou no centro de saúde G, mas eu lá estou se me encontrarem.
Há quem me julgue da especialidade H, I ou J, mas sou especialista pela Ordem dos Médicos.
Há quem me critique por dizer K, L ou M.
Há quem me aplauda por dizer N ou O.
Há quem me envie mensagens sugerindo o assunto P ou Q.
Há quem proteste pelo tema R ou S.
Há quem me confidencie que sofre da doença T ou U.
Há quem me peça ajuda para o problema V ou X.
 
E  o Y não gosta de mim e a Z apaixonou-se! 

Que posso eu fazer?
 
Vou ouvindo o JPP na SIC-N afirmar quanto lhe é difícil alimentar diariamente o monstro, referindo-se ao seu blogue. Faço minhas as suas palavras, só que o dele vai engordando e o meu definhando por falta de alimentação.
 
Apesar de avisar que “Este blog não é um consultório on-line." já fui médico virtual de alguns, já fui a segunda opinião de outros.

Mas, o que preciso mesmo é seguir o exemplo do anterior secretário de estado da saúde: transitar directamente para o Turismo!!???

E porquê?
 
Porque estou farto de assistir a isto: lucro desenfreado, lucro cego.

Hoje recebi um telefonema de um emigrante para que consultasse um seu familiar num lar de idosos, particular, muito particular até, quinhentos contos mensais. O idoso, muito idoso, acamado, inconsciente, num cubículo sem luz, sem ventilação, jazia.
 
Acredito que mesmo assim façam um favor ao nosso emigrante!
 
Não posso deixar de pensar no meu futuro, não sei se não será melhor seguir os passos do SF!


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