domingo, julho 30, 2006

E Os Outros Passarões, Passarão?

No Jornal de Notícias, de ontem, por Manuel Correia.

É uma notícia muito gira, por causa de 200 euros.

É muito giro investigar que os doentes psiquiátricos também vão ao futebol.

É muito giro investigar que o Hospital pagou a um "velhote" uma viagem a Olhão.

É tudo muito giro, mas será que os nossos inspectores perdem tempo com isto? Trabalham para agradar ao Senhor Ministro da Saúde?

E os milhões de euros gastos em automóveis de luxo?

E as condições de vida em muitos hospícios psiquiátricos?

E as viagens por esse mumdo fora de muitos administradores hospitalares?

Para isso já não há inspectores da IGS disponíveis...





"Verba da saúde usada no apoio à Académica

Pereira Coelho, director do Sobral Cid, foi repreendido pelo ministro

O administrador do Hospital Psiquiátrico Sobral Cid, José Alberto Pereira Coelho, é acusado, no âmbito de uma investigação da Inspecção-Geral da Saúde, de ter usado indevidamente verbas públicas para apoiar um clube de futebol (Académica), noticiou, ontem, o jornal "Expresso".

Segundo o relatório a que o "Expresso" teve acesso, José Alberto Pereira Coelho (ex-candidato a líder do PSD) e Wander de Carvalho (vogal do Conselho de Administração), "adquiriram por 230 euros, suportados pelo hospital, uma faixa onde se lia 'o Hospital Sobral Cid apoia a Académica', que era exibida nos dias de jogo".

Em causa, de acordo com aquele jornal, está também o transporte, para Olhão, de um antigo jogador do clube, "com veículo e motorista da instituição pública, para participar nas comemorações do 60º aniversário do Sobral Cid".

De acordo com a mesma notícia, a investigação, desencadeada por ordem do próprio ministro da Saúde, Correia de Campos, na sequência de uma denúncia anónima, conclui ainda que os doentes se ausentam do hospital para assistir a jogos da Académica.

No relatório é criticado o apoio de um hospital público a uma actividade desportiva profissional, tendo os dois responsáveis sido repreendidos, por escrito, por Correia de Campos. O JN tentou ouvir José Alberto Pereira Coelho, tendo um familiar afirmado que se encontrava "incontactável" no estrangeiro."

13 comentários:

Anónimo disse...

M.E.R.D.A.H (movimento de esquerda revolucionária dos Administradores hospitalares)

:(((((

"eu"

Anónimo disse...

passará passará mas algum ficará se não for o da frente há-de ser o lá de trás...onde é que eu já ouvi isto? e a IGS a fechar os olhos a tantas coisas???
Credo!

Anónimo disse...

passará passará mas algum ficará se não for o da frente há-de ser o lá de trás...onde é que eu já ouvi isto? e a IGS a fechar os olhos a tantas coisas???
Credo!

Anónimo disse...

Já agora gostava que postasse sobre um artigo do,"antónio pinho vargas", entre aspas, para não ser vip(acrónimo nojento), no jornal Público, de 31 de junho. Devo-lhe dizer que me emocionou, por ter vivido situação similar. E já agora , "fiz" uma angioplastia percutãnea, com cateterismo, que parece que custa ao estado, qualquer coisa entre 10,000 e 15,000 euros. Num hospital central do Porto. Nada a dizer sobre os profissionais...mas tambem foi de cunha.

Anónimo disse...

Automóveis? Viagens?
Nahhhhhh

Anónimo disse...

A Inspecção - Geral da Saúde quer é mostrar números. Situações que deviam ser levadas às últimas consequências são deixadas cair, sabe - se lá porquê. Outras, de lana caprina, são esmiuçadas, deturpadas, " investigadas " para forçarem um fim previamente definido.
Sei do que falo...

Médico Explica disse...

Para Abel G

Caro Amigo, não digas disparates. Para essas operações, de tão banais,corriqueiras e frequentes não há lista de espera. Qualquer dia são como as apendicites: são para os internos. O Prof. Manuel Antunes é um exemplo. E refiro-me como é óbvio a angioplastias programadas. Se lhe disseram que era uma cunha enganaram-no. Hoje em dia há muita gente que se gaba de meter uma cunha: qualquer trabalhador de um hospital pode dizer que vai meter uma cunha, mas é falso...

Médico Explica disse...

É uma pouca vergonha. Ninguém imagina como é o parque automóvel dos hospitais e centros de saúde (quando há, obviamnete...) para servir os funcionários, as enfermeiras, os utentes, os doentes, etc

Anónimo disse...

Todos, neste tempo, querem números. Pode ser "também" querem, mas sempre querem.

A IGS, futura IGAS, tem um corpo de inspectores diminuto.
Andam, em serviço, com os seus carros particulares."Perseguem" gente que ganha, sempre, pelo menos mais do dobro, frequentemente o quádruplo ou quíntuplo.
Não têm delegações e saem de Lisboa para Bragança ou Faro sempre que necessário, mal saia a "ordem de serviço".

São as políticas do MS, meus senhores.

Culpem então os políticos s.f.f..

Que de resto são quem nomeiam as Administrações e a direcção da própria IGS :) , futura IGAS - e, se, por um lado lhes permitem trocar de carro de alta gama amiúde, por outro querem poupar na medicação, chegando-se ao ponto de se ter de justificar exaustivamente a administração de fármacos recentes, se (e são-no quase sempre) mais caros que os já existentes!

Por outro lado há nichos de excelência que andam a pé, ou quase. Permito-me destacar um serviço de ortopedia de um determinado Hospital distrital. A suas sucessivas Administrações não têm alterado a qualidade do referido serviço. E também não têm conseguido, sequer, um carro digno para qualquer deslocação a efectuar, andando nos seus automóveis particulares sistemáticamente, pois se pegarem no (sim, no)existente, sabem que não chegam ao destino.

Os políticos que temos, saíram de eleições em que todos votámos.
Os políticos que temos são alguns de nós.
Os políticos que temos tiveram a educação que lhes proporcionámos...

Curiosamente e apesar de muitas tropelias, temos poucos médicos na política.
Valha-nos isso como sinal de alguma esperança.

MAR

Anónimo disse...

concordo que o problema não estará nos inspectores, mas em quem neles manda!

Anónimo disse...

Fala-se em milhoes para aqui e para ali e os famosos MILHOES para o re-famoso TURISMO CIENTIFICO ??? Dispensas/atrasos de serviço devido a esse mesmo turismo.Alguem vai investivar ?

Médico Explica disse...

o turismo científico é uma realidade. Os congressos turísticos também são uma realidade. O problema está nas formas de financiamento.

naoseiquenome usar disse...

o problema está na consciencialização individual da necessidade e mais valia da questão científica.