domingo, setembro 14, 2008

A SUB DE TODOS OS MILAGRES


Quem não tem cão caça com gato... se correr mal logo se verá...


Coitada da directora do CS que nem sabia de nada e lê sempre o Livro Amarelo, coitado do coordenador da SRS de Beja a quem os espanhóis deixaram ficar mal...


Ficam bem as palavras de circunstância de Pedro Nunes, bastonário da OM, ainda auto - embevecido pelas referências ao Iraque, e feito Pilatos quando de multiplos locais e instâncias lhe chegam os alertas para a existência de estas e outras situações do género...


E o Suporte Avançado Vida está na moda jornalistica, nem é já o ser médico dentista , militar e aposentado, é ter ou não o curso de SAV...




Um médico militar dentista e reformado prestou serviço durante alguns dias no único Serviço de Urgência Básica (SUB) do distrito de Beja, sem ter qualquer formação em suporte avançado de vida.


O clínico exerceu funções naquele serviço ao abrigo de um contrato celebrado com a sub-região de Beja da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.


Alda João, directora do Centro de Saúde de Odemira, confirmou que naquele serviço “não há ninguém com formação” específica para tratar de situações que exijam conhecimentos em suporte avançado de vida e adiantou que “apenas podem contar nas urgências com clínicos gerais”.
No entanto, a médica garantiu que nunca recebeu queixas dos utentes atendidos pelo colega militar e que no livro de reclamações apenas existem protestos contra os tempos de espera.


O presidente da sub-região de Beja da ARS, João Pina Manique, explicou que a falta de clínicos se agravou com a recente saída de médicos espanhóis. “No final de Julho quase todas as unidades de saúde da região correram o risco de encerrar por falta de médicos”, afirmou. A solução passou então por contratar clínicos fornecidos por empresas e, como referiu, “nem sempre aparecem os profissionais qualificados”.


Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, “o Ministério da Saúde deve promover e priorizar os cursos de formação em suporte avançado de vida para todos os médicos que venham a exercer a sua actividade nos serviços de urgência”.

6 comentários:

Anónimo disse...

Pergunto ao MEMAI, um médico estomatologista a fazer urgência geral e nem uma palavra do Bastonário sobre o assunto?
É um facto que todos os médicos devem estar preparados para efectuar suporte avançado de vida. Até a um estomatologista pode acontecer, um utente ter uma paragem. Mas a urgência geral não são só paragens nem abcessos! Estou a ver qualquer dia um dermatologista a substituir um anestesista, ou quem sabe outra coisa qualquer.
No fundo a formação de base é a mesma mas a formação pós-graduada é bem diferente.
Parece que anda tudo louco e principalmente quem tem responsabilidades sobre este facto!
Será que quando precisarmos de uma SUB, teremos confiança em quem nos irá atender?
Nunca se sabe qual é a especialidade que nos poderá sair na "rifa", não na desgraça!

Sahaisis disse...

Dá-me vontade de coçar a cabeça e pôr um ar aparvalhado:
Ora vamos lá ver:
-No sítio de onde venho, e tendo alguns amigos a frequentar medicina dentária sei de antemão que eles não têm formação em SBV logo em SAV... pode ser diferente com os médicos dentistas militares... mas esta parece-me uma história fantástica, porque tanto quanto sei o dentista ao ficar imediatamente especializado no seu curso só pode exercer no seu domínio de saber. Estarei certa?
Ou estou errada e um dentista pode desempenhar funções noutras àreas que não a medicina dentária?
Ou o estomatologista é um especialista diferente e isto é questão de nomenclatura?
Enfim, estou confusa e curiosa também...Esta notícia é verdadeira? (para lá da brincadeira)

Anónimo disse...

Não não, é a Ministra que o diz no Publico online:

"Tanto quanto eu tenho informação, o médico dentista é um estomatologista, que portanto tem especialidade em estomatologia, mas antes de ser estomatologista é médico e está inscrito na Ordem dos Médicos", reagiu Ana Jorge, face ao caso do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Odemira, hoje avançado pelo PÚBLICO

E descarta de imediato responsabilidades:Ana Jorge lembrou ainda que "qualquer médico que está no exercício da sua função tem a sua responsabilidade, cumprir e exercer funções para as quais se sente com competência".

Nuno Gil disse...

Felizmente não era um Dentista!

Em Portugal existem vários profissionais de saúde que lidam com problemas da Cavidade Oral, entre os quais os Estomatologistas e os Médicos-Dentistas.
Os primeiros são profissionais licenciados em medicina que fizeram o internato médico e são portanto MÉDICOS. Entretanto diferenciaram-se, tornando-se especialistas em Estomatologia, uma das várias especialidades médicas reconhecidas pela Ordem dos Médicos Portugueses. Ab initio, estes profissionais são tão capazes de prestar cuidados generalistas em regime de urgência como qualquer outro MÉDICO, independentemente da sua especialidade.
Os segundos, são profissionais licenciados em MEDICINA DENTÁRIA, nunca fizeram o curso de MEDICINA e muito menos o internato médico (apenas acessível a licenciados em MEDICINA). Os licenciados em MEDICINA DENTÁRIA (Médicos-Dentistas), vulgarmente conhecidos como Dentistas, em situação alguma têm competência para prestar cuidados generalistas em regime de urgência.
Esta confusão reinante na sociedade portuguesa, deriva provavelmente da designação imprópria de Médico-Dentista, pelo que pode colocar-se a questão: «Porquê Médico-Dentista se não é Médico?»
De facto parece-me uma excelente oportunidade para a Sra. Ministra da Saúde, curiosamente licenciada em medicina, que realizou internato médico e se especializou em Pediatria, dar um contributo para a clarificação desta situação, esclarecendo os Portugueses que não se trata de um Dentista mas de um Médico, que por coincidência é Estomatologista! Mais, parece-me que para evitar futuros equívocos seria útil substituir a designação Médico-Dentista por Dentista, afinal estes profissionais não são Médicos.
Não posso deixar de manifestar a minha solidariedade para com o PUBLICO que acabou por publicar uma notícia incorrecta, vítima da dita «confusão reinante» e para com os Médicos-Dentistas que se vêm envolvidos, enquanto classe, num problema ao qual são manifestamente alheios.
A notícia, no meu entender, é sim o facto de um Médico sem formação em suporte avançado de vida estar a prestar cuidados generalistas em regime de urgência. Isso sim é grave. Mas mais grave é não ser o único.

Anónimo disse...

Só gostava de saber quanto é que este médco ganhou à hora!! De certeza o dobro ou o triplo de qualquer especialista no topo de carreria que dá o litro nas urgencias pelo país fora e vê os médicos indiferenciados, estrangeiros, etc ganharem muito mais que eles e com 1/10 da responsabilidade... É o Portugal justo que temos

Anónimo disse...

Se o problema de Odemira fossem só os estomatologistas estávamos nós muito bem...