sexta-feira, setembro 30, 2005

Rupatadina: um escândalo político? Um caso de polícia? Um caso de "laxismo"?

A rupatadina é a substância química de um fármaco à venda em Portugal.
A investigação é para os jornalistas...

17 comentários:

Anónimo disse...

Vá lá.. estamos todos a implorar! Só mais uma pista.. (faz-me lembrar um conto do Conan Doyle!)
Olhe que a menina Ivone está a ficar chateada...

p.s. estou a ser tão "traquinas" que não tarda nada aparece o senhor "T." e a sua censura!

Anónimo disse...

http://www.infarmed.pt/prontuario/mostra.php?origem=ono&flag_palavra_exacta=1&id=1904&palavra=Rupatadina&flag=1http://www.infarmed.pt/prontuario/mostra.php?origem=ono&flag_palavra_exacta=1&id=1904&palavra=Rupatadina&flag=1

é experimentar ver o site da Infarmed

Anónimo disse...

Eu não sou intelectual nem jornalista, só venho aqui para ler os comentários.

Anónimo disse...

E agora... conte novidades! Qual é o escândalo económico-político-social?
Agora é altura do dr. desvendar - pois a Ivone (ao que a felicito fez os TPC's) não andou a investigar para "aquecer"- o "cerne de questão"!

Anónimo disse...

Empresa farmacêutica que põe o medicamento no mercado: Bial (portuguesa);
Medicamento sem benefício relativamente aos demais anti-H1 de 2ª geração;
Preço superior a qualquer outro;
Comparticipação igual.

Anónimo disse...

Há tantos fármacos na mesma situação. Qual é o espanto?

Anónimo disse...

Infelizmente, Sr. Raúl Boldão, nenhum espanto, nenhuma surpresa. Eu também sei que há muitos na mesma situação.

Mas pode ser que alguns não saibam, se espantem, se surpreendam, e questionem.

Por isso é importante o memi. Para o bem do inconformismo.

Anónimo disse...

A pergunta e' mesmo essa: qual o motivo pelo qual o Estado autoriza e comparticipa (dos nossos impostos) um farmaco desnecessario.
memai

SDF disse...

para responder à pergunta óbvia, tenho duas teorias (venha o diabo e escolha!):

1) Corrupção

2) Incompetência (ignorancia, preguiça, falta de método, ausência de cruzamento de informação, etc, etc, etc...)

SDF disse...

e uma que não tem nada a ver com o post, mas com o blog em si e com as justas indignações do seu autor:

"Complications - A Surgeon's Notes on an Imperfect Science" de Atul Gawande (Edições Picador, ISBN 0-312-42170-2)

Creio que se a população Portuguesa (jornalistas principalmente!) lesse este livro, talvez mordesse a língua antes de desatar a disparatar sobre uma classe que tendem a apelidar de arrogante, mas se esquecem de lhes reconhecer a nobreza da dedicação que a profissão que escolheram lhes exige, bem como a coragem dessa mesma escolha. Sim, porque os médicos são tão humanos como quaisquer outros profissionais. E o erro humano profissional é impossível de eliminar. A grande diferença entre um jornalista e um médico é que o primeiro se deixar sair uma notícia com gralhas, diz "Oh, que chatisse!" e vai dormir descansado, mas o médico se cometer um erro...

Sempre gostava de saber quantos jornalistas deste país aguentariam dedicar uma vida ao jornalismo se por cada gralha que lhes escapa nos seus textos pudessem lesar um ser humano, ter de viver com isso e ainda ter de levar com uma cambada de pseudo-iluminados a cruxificá-los na praça pública!

Provavelmente, teríamos um deserto editorial, não era?...

Anónimo disse...

Ok. Um jornalista é uma má comparação. Um piloto de avião, por exemplo, comete um erro... tem duzentas ou trezentos coisas más em que pensar, não é?
Já pensou? Quando estou "no ar" penso muito nisso! Porque se cometer um erro, também não irei mais pensar nisso, certo?

SDF disse...

Pensei sim senhor e curiosamente até chegou a fazer parte do comentário anterior, mas no fim o texto estava tão longo que achei sensato cortar umas partes.

Mas na minha opinião, o caso dos pilotos de aviação, tal como o dos controladores aéreos, mecanicos aeronauticos e meia dúzia de outras profissões que envolvem directamente o risco da perda humana cabe no mesmo saco do caso dos médicos. Depois, há aí pelo meio um saco intermédio, onde eu enfio profissões que acarretam cargos de responsabilidade nos destinos dos povos (políticos, governantes, opinion makers, etc.). No outro extremo, está o saco ao qual eu tenho a sorte de pertencer, e que é aquele das profissões cujos erros cometidos não só não têm consequências graves, como na maioria dos casos são passíveis de correcção posterior.

Se eu cometer um erro técnico durante uma auditoria, tirando o facto de deixar o cliente mal disposto, atrasar um processo burocrático e sentir uma bofetada no meu ego, nada mais acontece. E posso sempre pedir humildemente desculpas, corrigir o relatório, reemitir a documentação inerente e de alguma forma tentar recompensar o cliente pela chatisse que lhe provoquei.

Como sou perfeccionista, fico chateada quando isso me acontece, claro que fico chateada. Mas até nessas alturas normalmente tenho sempre alguém próximo que numa atitude de solidariedade me vem dar uma palmadinha nas costas e relembrar-me que o erro é humano, que é uma coisa natural e que toda a gente os comete de vez em quando.

É por isso que me irrita tanto que no caso dos profissionais que eu encaixo no saco do outro extremo, os quais obviamente já sofrem interiormente muito mais do que eu com as consequências dos seus erros, não só não lhes dêem palmadinhas nas costas, como ainda os venham cruxificar na praça pública.

Esta intolerancia de muitas pessoas, originada pelas suas vistas curtas, que raramente conseguem observar mais longe que o seu próprio umbigo, é das coisas que mais me entristece na humanidade...

Anónimo disse...

Estamos de acordo então amiga Sandra Feliciano. Só voltei a escrever outro post, porque me parece que não incliu algumas profissões cujos erros acarretam graves consequências, e que penso serem dignas de referência, tais como condutor de ligeiros de passageiros, enfermeiros, comandantes de vários ramos (profissionais de risco directo e imediato) e outros como engenheiros (pontes mal desenhadas e calculadas, por ex., etc... são profissionais cujos riscos podem ser também muitos grave, mas de uma forma mais indirecta).
É calro que quando comentei da primeira vez, "puxei a brasa à minha sardinha", sem no entanto dizer mentira alguma, não é?

SDF disse...

Inteiramente de acordo. mas eu não quis, com os poucos exemplos que dei, esgotar cada um dos sacos, mas apenas exemplificar o tipo de profissões que na minha óptica, se encaixam em cada um. Não era possível listar exaustivamente todas as profissões que encaixam em cada "saco" que categorizei. Mas acho que pelos exemplos que ambos demos, a malta tira o sentido à coisa e consegue deduzir as restantes e ate criar outros sacos, outras categorias.

Mas achei imensa graça ao seu primeiro comentário, precisamente porque tinha realmente escrito o exemplo dos pilotos, embora tendo-o apagado depois por uma questão de economia de texto! ;-)

Anónimo disse...

Embora seja mais caro e tão eficaz como outros medicamentos pre-existentes, há dois aspectos positivos no Rinialer: funciona e é fabricado em Portugal. Se todos os medicamentos comparticipados tivessem pelo menos a primeira destas vantagens...

Anónimo disse...

Diria que a Ivone Marques, das duas uma, ou é empregada da Bial, ou prescritora de Rinialer. No caso de ser a ultima situação que referi, lamento profundamente a escolha, concerteza que para uso pessoal a escolha não seria a mesma...

Anónimo disse...

Além disso, o Rinialer NÃO está aprovado pela EMEA(Agência Europeia do Medicamento) nem pela FDA(Agência Americana de Comida e Medicamento). No que respeita à origem do fármaco, essa é Espanhola e o fabrico tb...