domingo, novembro 27, 2005

Vai Ser Lindo...

Particular atenção ao negrito.


"Nurses to prescribe drugs in the UK


UK’s Secretary of State for Health Patricia Hewitt announced .../..., nurses and pharmacists will acquire broad drug prescribing rights. Nurses and pharmacists will be able to attend an extra training course giving them permission to prescribe almost every licensed medicine for any medical condition - with the exception of controlled drugs. Nurses will become eligible to go through training three years after qualifying, and a recommendation from their employer will be required in order to take this course.

Patricia Hewitt said: "By expanding traditional prescribing roles, patients can more easily access the medicines they need from an increased number of highly trained health professionals.” And she continued "This is another step towards a truly patient-led NHS, giving patients the power to choose where and by whom they are treated."


This announcement raised concern within the British Medical Association. Dr James Johnson, Chairman of the BMA, said: “We need to meet urgently with the Secretary of State to clarify the conditions under which other professions can prescribe. It is difficult to see how healthcare professionals who are not trained to diagnose disease can safely prescribe appropriate treatment. The BMA will be seeking assurances from the government that patient safety will not be compromised by these changes.”"

51 comentários:

Anónimo disse...

Vai ser lindo...
Interessante perspectiva, de quem tem medo de perder o seu "quintal"... Para sua informação, no Reino Unido uma experiência-piloto com um grupo de enfermeiros prescritores, não demonstrou qualquer diferença entre médicos e enfermeiros, pois foram administrada reciclagens formativas. Agora, o projecto vai ser alargado a nível nacional. Existe também um estudo disponível no meu blogue (em inglês) que demonstra que nas UCI, a prestação de cuidados de médicos e enfermeiros é semelhante... leia melhor. Existe outro estudo ainda, norte-americano, em que é demonstrado que os enfermeiros-anestesitas e os médicos-anastesistas, desempenham funções idênticas, quer nas actuações, quer mesmo no tipo de escolha de fármacos. Aliás na américa do norte, são os enfermeiros que anesetesiam toda a cirurgia, estando o anestesista apenas de chamada. Experiência que já começa a ser seguida noutros países.
Além doa mais, todos sabem que so enfermeiros sempre prescreveram de modo informal, pois tanto nos SU como nos internamentos, muitos dos fármacos são admistrados segundo a autoria de cada enfermeiro. Todos os que já tiveram um familiar internado, sabem que quando houve dores, má-disposição, náuseas, vómitos, hemorragias, diarreias, prião de ventre, tosse, febre, dispneias, etc, etc, etc, o enfermeiro medicava sem a presença do médico.
Portanto, não venha com argumentos do tipo "vai ser lindo", a situação que existe há anos! Só que uma forma informal e claro, não legislada. Basta ir a um SU, para ver enfermeiros intubar, suturar, reanimar, medicar, realizar ECG's, enfim... tudo! Quem vai a um SU sabe que 85% do trabalho é feito por enfermeiros!
Fica-lhe mal, discutir esse assunto aqui, faz lembrar os partidos políticos...
enfim, talvez denostrativo da pequena mentalidade...
P.s. Se ler bem no site da BBC, vai ficar pelos vistos surpreso, com a experiência-piloto de enfermeiros a realizar pequenas e médias cirurgias!! Com as mesmas taxas de sucesso do que os médicos!

Anónimo disse...

Sou estudante de Medicina, estou no 3º ano e estou precisamente a preparar-me para o meu exame de Farmacologia.. e acho que isto é impressionante!?!?! Mas como é que é possível!?!?! Tenho colegas que estão a estudar enfermagem, que de fármacos sabem alguns nomes, e às vezes nem isso. Nunca tiveram que estudar mecanismos de acção, quanto mais interacções... Considero esta situação um verdadeiro atentado à saúde pública: pessoas sem formação não podem desempenhar essa função!
Faz lembrar aquela história de sempre: os enfermeiros querem ser Médicos, da mesma maneira que os auxiliares querem ser enfermeiros. Daqui por uns tempos até os auxiliares podem prescrever! Isso é que era uma boa política.
Passo eu todos estes meses fechado em casa a estudar fármacos, mecanismos, interacções, contra-indicações e afins para quê? Mais valia apresentar-me como voluntário no hospital (no futuro, ate eles poderão prescrever!) Isto até parece uma descrição do fim do mundo da parte de Nostradamus!!!

Médico Explica disse...

Caro Doutor Enfermeiro: a sua resposta já demonstra como "vai ser lindo". Os enfermeiros portugueses não se podem comparar aos britânicos, escândinavos ou de outros países desenvolvidos. A cultura do enfermeiro português é uma cultura enquistada por anos e anos em que os enfermeiros eram fundamentalmente práticos e cresciam "à sombra do médico". Agora não é assim e ainda bem, são licenciados, de cultura superior, mas possuem ainda o estigma de dezenas de anos e só pensam em se equiparar aos médicos. Em relação ao receituário, porque não poderão os enfermeiros prescrever? Porque não? Como o senhor DOUTORENFERMEIRO sabe, também há fármacos que são prescritos pelos próprios doentes, a automedicação e os autocuidados são necessários. Os enfermeiros também já prescrevem muita coisa no âmbito da sua profissão. Quanto aos fármacos, depende dos fármacos, nem eu estou à vontade para prescrever 100% dos fármacos existentes, mas uma coisa sei, é orientar um diagnóstico e propor uma terapêutica, apenas porque estudei para isso. Não quero médicos de primeira, os licenciados em Medicina e médicos de segunda, os licenciados em Enfermagem...

Anónimo disse...

Que aflição que o N Azevedo está!!
Informo que a expeiência-piloto da prescrição no Reino Unido, já dura há algum tempo, e só foi generalizada porque não houveram diferenças entre os médicos/enfermeiros/farmacêuticos!!
O Azevedo, não deve saber que os enfermeiros estudam farmacologia também. Informo-vos que o tempo do enfermeiros "à sombra do médico" já lá vai há mutio tempo... Que retrógrados que voçês são...!!
Posso referir que serviço onde exerço, os médicos e os enfermeiros partilham de grande cumplicidade, de tal forma que so enfermeiros têm o à vontade de administrar por autoria própria mais de 90% dos fármacos, sendo a rúbrica médica feita depois do enfermeiro ter informado o que foi administrado! Aliás, os enfermeiros são sempre procurados para conselhos acerca de fármacos, doses, etc...
Recordo-me de uma situação há bem pouco tempo, de uma médica me perguntar se a metoclopramida era o primperam...
Enfim, os meus amigos parece que não leram os estudos que vos recomendei...
Quantas vezes um médico não consegue intubar, e o enfermeiro consegue... ou quantas suturas ficam "mais perfeitas" com enfermeiros...
Deve ser ressentimentos acerca daqueles enfermeiros que chumbaram mais de 30 médicos num curso da VMER em coimbra há uns anitos atrás!!... ainda vieram há praça pública dizer que os enfermeiros não podem chumbar teoricamente os médicos, blá, blá, blá... enfim, e depois lembraram-se que mesmo assim continuaram com o "chumbo" e um curso de vmer não finalizado! Será um síndrome de "perda do quintal" ou de "os doutores-é-que-sabem"?
Talvez o Azevedo queira dar uma palavra de pesar aos enfermeiros que cumbaram os 30 médicos!!
A sério, necessitam de mudança mental, quanto antes, e relembro: os estudo no reino unido foi semelhante em realçaõ aos médicos/enfermeiros/farmacêuticos e só por isso foi generalizado, ok?
Abraço aos velhos do restelo (esse é que dizia que ia ser lindo... mas não foi!!)

Anónimo disse...

doutorenfermeiro, será um dos frustrados que não conseguiu entrar em medicina? E por isso ve com olhos invejosos a classe médica?
Sabe, em caso de erro, o crucificado na praça pública é o médico e não o enfermeiro...
Transportando a sua lógica para o meu campo(o da electrónica) um electricista(com todo o respeito a estes técnicos) poderia assinar projectos, assim como o engenheiro?
Para quê o tempo de faculdade?
Cada um deve por-se no seu lugar.E desempenhar as funções previamente atribuídas.

Anónimo disse...

Se enfermagem e medicina fossem a mesma coisa, não havia dois cursos diferentes com duas organizações de carreiras diferentes!!! E ao doutorenfermeiro (já que gosta tanto do reino unido, escusava de pôr doutor antes: as unicas pessoas que lá são chamadas de doutores são os médicos e os doutorados), gostaria de lhe dizer que lá por se fazer lá fora, não significa que seja boa ideia. E basear uma decisão desta magnitude numa só experiência piloto parece-me de doidos.
Sou estudante de medicina e duvido mto que, quando fôr médica, se um enfermeiro cometer um erro de prescrição não seja eu a ser responsabilizada pelos eventuais problemas causados por uma má administração.
Conheço minimamente bem os cursos de enfermagem para saber que a formação teórica recebida pelos médicos é completamente diferente.
E já agora, que ninguém venha com aquelas histórias que a classe médica só se quer autoproteger e blá-blá-blá. Acho que esta medida ataca, primeiro que tudo, os utentes do serviço de saúde.

Peliteiro disse...

Em Coimbra, na década de 80, os estudantes de enfermagem estudavam farmacologia pelo índice terapêutico; os médicos tinham uma cadeira de farmacologia razoavelmente exigente. Os bons médicos têm um conhecimento bastante aprofundado sobre as drogas que frequentemente usam, um conhecimento muito prático, bom.

Tem que se ver a realidade de cada sistema de saúde, ponderar bem os custos e os benefícios.

Em Portugal não me parece razoável que enfermeiros prescrevam.

No caso dos farmacêuticos, que ninguém falou ainda aqui, a classe que entre as três mais preparada sai da Faculdade no que respeita a medicamentos e medicações, haveria interesse em avaliar bem a situação, especialmente em terapias com monitorização baseada em parâmetros objectivos, como PA, INR, Hb-Glic...

Peliteiro disse...

De qualquer das maneiras todos temos que nos adaptar aos novos tempos, aos novos desafios, o mundo roda cada vez mais rápido e nem sempre para o lado mais sensato.

Eu, Boticário, estou preparado para, se for preciso, ir vender pastilhas para o Modelo ou para o Pingo-Doce...

Eles é que sabem, é a vida :-)

J.G. disse...

Pois é - o que interessa é a competência.
Mas... ao aumento de liberdade corresponde (ou deve) o aumento da responsabilidade ... e quando fôr a doer...

O-ren Ishii disse...

concordo com o jocapoga o que interessa é a competencia... já vi enfermeiros extremamente competetens e medicos que parece k andam ali pk s enganaram a preencher os papeis da universidade...
o contrario tambem se aplica, porque ha enfermeiros que mais valia trabalharem nas obras e medicos que fazem juz à classe (cm kualker outra profissao).
Se há estudos que compravam medicos/enfermeiros/farmaceuticos é igual, ou pelo menos o é, lá no pais deles...deixem-nos tentar...afinal de contas é lá fora ( e nem tudo o k é la fora é bom) mas até sao um país de quem temos que tirar muitas liçoes!!
Claro que os enfermeiros portugueses nao se podem comparar a nenhuns outros, mas ouvi dizer recentemente que apesar das condiçoes adversas sao dos melhorzinhos que ai andam... O que fazia bem a toda a gente era acabarem com os preconceitos e conviverem cm colegas de trabalham que vao ser/são...

enfim!!

Médico Explica disse...

Gostei de ler os comentários ponderados do boticário Sá Peliteiro. Demonstra bom senso num assunto de crucial importância para os doentes que são as terapêuticas farmacológicas. Qualquer dose a mais ou a menos pode fazer a diferença. Isto apesar de hoje em dia os fármacos serem cada vez mais seguros. E depois há as interacções, os efeitos adversos, a polimedicação, etc. Volto a repetir que nem todos os médicos estão aptos no domínio de toda a medicação. Se nós não estamos, estarão os enfermeiros? Em Portugal, para alguns enfermeiros passou-se do 8 para o 80, de total subserviência ao médico todo poderoso do século passado, passou-se para o enfermeiro arrogante que pretende mimar o médico. Ser licenciado em enfermagem, tem as suas competências. E trabalho com óptimos enfermeiros licenciados que não vêm a medicina ou a sua como quintais. Presumo que esse DOUTORENFERMEIRO por cá já passou com outras roupagens, pelo menos os erros ortográficos são os mesmos.

Anónimo disse...

O Mário de Sá Peliteiro, abordou uma boa questão... então o que é que os médicos acham em relação aos farmacêuticos? Podem prescrever? Eu não sou um enfermeiro frstrado, pois no tempo em que foi para enfermagem, era só chegar às faculdades e fazer um examezito, e entrar no curso pretendido...
Mas é curioso...

1. Há países com números excessivo de médicos (Espanha, por ex.), onde os médicos não são uma profissão tão "digna" como aqui em Portugal... Aliás em espanha, os alunos que vão para medicina são vulgarmente mediocres, no entanto no país deles presrevem, e se vierem para aqui - Portugal - prescrevem também... muitas vezes recebem boas lições de farmacologia dos enfermeiros... No brasil qualquer um é médico (há muito mais médicos do que nefremeiros), saem das faculdades com conheciemntos miseráveis e presecrevem na mesma...

2. Alguém disse aqui, que se houver um erro de prescrição, o crucificado é o médico... Isto demonstra um profundo desconhecimento da lei, pois o responsável é sempre quem administra, que é invariávelmente o enfermeiro....

3. Parece que niguém leu o que escrevi: no Reuno Unido, esta proposta foi alargada a todos os profissionais não-médicos, porque receberam formação e além disso aopós um longo tempo de experiência verificaram que não havia diferenças entre médicos/enfermeiros/farmacêuticos!!(Não repito mais isto..)
Aliás, quem quiser ler uns estudos interessantes, pode ir ao doutorenfermeiro.blogspot.com

No Brasil, tem estado a contecer uma situação curiosa, mpois os enfermeiros brasileiros diagonsticam e prescrevem (numa actuação semelhante ao nosso clínico geral), apesar das investidas judiciais dos médicos, não há diferenças significativas entre a qualidade presecritiva de médicos e enfermeiros!!

4. A todos os que conhecem minimamente a mecânica hospitalar, sabem que muitas prescrições saem dos enfermeiros.... mentira?

5. Conheço vários enfermeiros que tiraram o curso de medicina (alguns deles continuam a exercer enfermagem) e dizem que o curso médico aborda um pouco mais o mecanismo anatomo-fisiológico e biológico, e têm umas abordagens mais profundas que não têm grande interesse a nível prático hospitalar... que os enfermeiros não saibam!

Os enfermeiros que tripulam barcos, por ex., fazem raios-x, análises, medicam, fazem pequenas cirurgias e ainda não houve reclamações...

Nas VMER'S, por exemplo, não há uma linha bem definida que separe o médico do enfermeiro, aliás, nas situações multi-vítimas o médico vai para um lado, o enfermeiro para o outro e cada um é autónomo...

Realço, uma vez mais, que antes dos enfermeiros/farmacêuticos do RU poderem prescrever, tiveram formação.

Anónimo disse...

O Engenheiro, comparou engenheiros e electricistas... mas não é possível extrapolar a comparação para médico e enfermeiros, pois são duas profissões com grau de licenciatura, cada uma com a sua esfera de conhecimentos...
Demostra bem a mentalidade dos "tugas", neste típico engenheiro parolo, bem como o desconhecimento da enfermagem...
Neste momento existem mais de 310 cursos de engenharia em portugal e todos são engenheiros, apesar de uns terem entrado para a faculdade com notas que metem medo ao susto... são engenheiros na mesma... depois a dita ordem dos engenhocas, faz um exame aos finalistas dos cursos não acreditados... onde habitalmente quem não passa à primeira passa à segunda... ou seja todos acabam por pertencer à ordem... no entanto os engenheiros da função pública (câmaras, por ex.) nem à ordem precisam de pertencer... enfim...
diria que os engenheiros são os típicos "portugas", que deviam pensar neles antes de falar nos outros!! É típico, quem não consegue outro curso vai para engenharia... e depois vêm estes laparotos opinar!

Anónimo disse...

Na revista científica "The Lancet", foi publicado um estudo intitulado "Nurses as good as doctors". Podem ler uma notícia alusiva ao facto no seguinte link:

http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2005/03/revista-lancet-releva-estudo.html

Anónimo disse...

Esta pessoa que assina doutorenfermidade, sobe tanto acima da chinela que corre risco de lhe acontecr o mesmo que ao sapo que se queria equipar ao boi e ... rebentou.
Quando se perde a noção do ridiculo é deprimente.

Sauridio

Anónimo disse...

Valera a pena argumentar com pessoas deste quilate?
Decididamente não

Sauridio

Anónimo disse...

Caro doutor enfermeiro, para sua informação, no ano que eu entrei para a faculdade,o curso com média mais alta depois de medicina foi o meu(eng. electrotecnica) no Técnico. E foi a minha primeira opção, se quisesse, tinha ido para medicina. Eram outros tempos,sabe?
Em relação ao seu comentário patético, apenas uma coisa. Revela a sua frustração por não ter entrado para medicina, dai que se auto-proclama "doutor enfermeiro".
Caso não saiba, quem faz, projecta e implementa a maquinaria hospitalar, sabe quem é? As maquinas de ECG,de monotorização de sinais vitais, sabe quem é?De TAC´s RX e as restantes? Foram ENGENHEIROS/FÍSICOS. Quem constroi carros e pontes? Edificios e computadores? Satélites?
Meu caro, todos são necessários. Mas se não fosse a engenharia a medicina, a construção civil, informatica, redes de sistemas estariam na pré-história.

Depois, achei curioso essa sua comparação que qualquer um entra para engenharia. É verdade, entrar é é facil,e acabar o curso? E não se esqueça que as especificas são Matemática e fisica.

E enfermagem? É dificil entrar hoje em dia para esse curso? Sabe a quanto tempo é considerada licenciatura?E quantas escolas já existem?

Deve ser uns daqueles que pensa que tem um curso de saúde e pensa que é um Deus.

Anónimo disse...

Nota: Estou com pouco tempo, por isso que os erros de escrita sejam perdoados! "Herrar é umano"

Médico Explica disse...

É verdade, os grandes avanços da Medicina como ciência não podem ser desligados dos avanços da engenharia global, da física e da química. As técnicas da imagem em constante evolução pertencem por direito à engenharia. Os avanços terapêuticos não aconteceriam sem as ciências farmacêuticas e a química. E por aí fora. As ciências avançam a par e interligam-se cada vez mais. Mas também é verdade que todos querem ser engenheiros sem o curso de engenharia, farmacêuticos sem o curso de farmácia e the last but not the least todos querem ser médicos sem o curso de medicina!

Anónimo disse...

Bem dito caro MEMAI. Todos são necessários. Mas com respeito, seja pelo administrador até ao varredor de lixo. Continue o bom trabalho!

Anónimo disse...

Aquilo que define o grau civilizacional e evolutivo de uma sociedade é a estruturação e hierarquização do papel dos seus cidadãos dentro dessa mesma sociedade.

Vejamos, por exemplo, porque é que a Grécia evoluiu tanto após a invenção da democracia?
Porque é que os romanos tiveram o maior império baseado num dos melhores exércitos de toda a história?´

Porque eram organizados, todos tinham um papel estipulado, e cada um desempenhava o seu papel o melhor que sabia... Foi a partir destas bases que se evoluiu tanto em tão pouco tempo...

Bem, até podemos dar um exemplo mais biológico...A célula!! O expoente máximo da organização que permitiu à vida evoluir até aos dias de hoje...

Portanto, na sociedade é-nos atribuído um papel (que pode ser dado ou reclamado por cada um de nós), e o bom desempenho da nossa sociedade depende do cumprimento escrupuloso e exponenciado do nosso papel...

E com isto quero dizer o seguinte:

1- Médicos são médicos, e enfermeiros são enfermeiros.

2-Cada um tem o seu papel específico no desempenho de funções na saúde.

3-A formação dos médicos é mais abrangente e teórica nos seus primeiros 6 anos de formação, sendo completada posteriorente pela prática.

Os enfermeiros têm uma formação teórico-prática bastante intensiva durante 4 anos no bacharel e 5anos na licenciatura.

4- Os enfermeiros, com igual tempo de formação que um médico podem ter adquirido conhecimentos básicos rotineiros através da prática e actividades diárias relativamente aos médicos, sendo superiores a nível de conhecimentos durante um curto período de tempo.

5- A formação base dos médicos é mais alargada e a sua especialização atribui competências maiores e mais específicas nas áreas que vai desempenhar : investigação, diagnóstico, terapêutica e seguimento.

6- Os enfermeiros não têm competências no regime actual para realizar investigação e diagnóstico, sobrepondo-se aos médicos (nalgumas ocasiões) na terapûtica, seguimento e contacto com os doentes.

Ora bem, então aqui chegamos a um ponto que é a sobreposição de qualificações na aplicação de terapêutica, vulgo prescrição farmacológica.

Anónimo disse...

Os enfermeiros, pela prática e contacto diário com os doentes, podem facilmente reconhecer alguns sintomas e síndromes, sabendo adequar os tratamentos disponíveis ao doente em causa, sem necessidade de chamar o médico para que lhes diga uma coisa que eles já sabem! (a prática é essencial, mas a prática não traz conhecimentos de fundo!!Atentem nisto!! É preciso estudar e estar actualizado, esse é o papel do médico!)

Isto é óptimo porque pode optimizar os tempos de trabalho dos médicos e diminuir o implacável sofrimento dos doentes na tão ansiosa e maledicente espera de atendimento, que as vezes implica remédios tão simples, que se torna angustiante para todos. Por um lado até é bom que a equipe funcione bem e que os enfermeiros "suplantem" algumas vezes o médico...Como por exemplo na administração de analgésicos, anti-eméticos, etc... Mas cuidado...Estas situações são pontuais...Depende do grau e nível de preparação de todos os profissionais!!)

No entanto tudo depende da preparação dos enfermeiros, nas suas capacidades, na confiança dos médicos nos profissionais que com ele trabalham e no tipo de patologias envolvidas.

Quando um diagnóstico está feito, o enfermeiro até pode saber muito mais sobre o tratamento a instituir que os médicos, mas... estes nunca poderão agir como médicos...Pois não está nas suas competências diagnosticar...

Os profissionais altamente especializados numa determinada área, como os emergencistas da VMER, não podem ser comparados aos enfermeiros a nível nacional..Eles até podem ser melhor que os médicos na instituição dos protocolos de emergÊncia!

Mas, porque é que isto acontece? Porque os enfermeiros acumulam muitas mais horas de prática nestas situações que alguns médicos...Não se pode dizer que os enfermeiros suplantam os médicos...E dou-lhes já uma situação exemplificativa:

- Um enfermeiro (maioria) saberá distinguir uma cefaleia hemiplégica familiar de um AVC ou uma hemorragia subaracnóideia? Sintomatologia muito semelhante, prognósticos e requisitos de actuação muito diferentes...

Só istyo ja demonstra as competências diferentes de cada um, e as responsabilidades que podem ser imputadas são à partida diferentes...

podia alargar a exposição, mas creio que estes pequenos exemplos permitem afirmar que a classe "enfermeiros" na generalidade, excluindo formação e preparação, não deve prescrever sem o consentimento médico (por motivos óbvios, e também lá porque uma dúzia de enfermeiros estude e saiba umas coisas, não quer dizer que todos sabem...), e que é importante que haja uma grande empatia entre trabalhadores de uma equipa, cada qual sabendo o lugar que ocupa e ocupando-o o melhor possível...

A cultura portuguesa leva a que muitos tenham a necessidade de se sentir superiores (vê-se mesmo nos médicos quando, mesmo sabendo que está tudo bem, mudam prescrições e alteram terapêuticas para fazer sentir que eles é que sabem), prejudicando o desenvolvimento da nossa sociedade...

Se "cada macaco ocupasse o seu galho", todos podiamos ganhar mais e fazer melhor, catapultando-nos para o pelotão da frente da nossa civilização!

Querer ser grande desfazendo e tirando o do vizinho, não tem mérito!! Há que construir por nós próprios, não indo roubar ao outro (neste caso o papel) e dizer que é nosso e que nós é que o fazemos bem (isso não tem valor absolutamente nenhum, e nós todos sabemos isso)!

Anónimo disse...

Quem me conhece certamente que já conhece a minha opinião sobre o tema "prescrição farmacológica". No entanto parece-me importante reforçar o aspecto da responsabilidade legal face à administração de fármacos, pois esta, é invariavelmente atribuída ao enfermeiro.
Mais uma vez afirmo que, A MEU VER, o futuro da Enfermagem (assim como a possiblidade de uma maior valorização social) não passa pelo desempenho de funções ditas "médicas", mas antes pela excelência na prestação das funções exclusivas do enfermeiro e pelo desenvolvimento da ciência de Enfermagem através da investigação, que diga-se, segue por bons caminhos no nosso país.
Isto,em conjunto com a formação de nível superior dada desde há alguns anos para cá certamente fará com que os enfermeiros deixem cada vez mais de ser os "sinhores da suopa e du surinhu".
Será que não concordam comigo quando digo que um doente que fala de um enfermeiro após a sua alta hospitalar nunca dirá "aquele sr. enfº prescreve muito bem"...? Mas será que, pelo contrário, um doente elogia as capacidades de comunicação e de ensino para a alta de um enfermeiro? Certamente que sim.
Um abraço.

Anónimo disse...

Uma discussão apetitosa! Ora quem me conhece minimamente sabe que eu tenho uma consideração especial pelos enfermeiros. Tenho amigos que são enfermeiros e óptimos profissionais. Mas um dos meus principais interesses para com os enfermeiros, é do ponto de vista da pedagogia (Para quem não sabe sou professor!).

Expondo então do meu ponto de vista pedagógico, penso que:

Quer queiramos quer não, a enfermagem nos últimos 30 anos foi indubitavelmente a área (neste momento é uma ciência) que mais progrediu na sociedade. E os enfermeiros souberam fazê-lo de uma forma espectacular, sem paralelo no ensino superior. Pois num curtíssimo espaço de tempo fizeram conquistas que noutros tempos eram impensáveis.

Neste momento, a enfermagem, segundo um grande senhor e pensador da nossa sociedade – Paulo Kuteev-Moreira - é uma das cinco profissões mais prestigiadas (estão a ver porque é que eu disse que a ascensão dos enfermeiros foi espectacular?) da sociedade. Está referido num recente e interessante artigo no jornal “Diário Económico”, na sua coluna habitual, que confesso sou leitor e apoiante.

São detentores de uma licenciatura, e cabe-lhes um leque de funções que vai variando ao longo dos tempos. Diria mesmo, e citando o Paulo Kuteev-Moreira, os enfermeiros são os pilares dos sistemas da saúde. Curioso que os enfermeiros sempre que conquistaram novas funções, causaram sempre alguma polémica, mas foram sempre bem sucedidos. Eu sabia que os enfermeiros prescreviam em alguns países, nomeadamente nos EUA, país no qual tive algum tempo. Não me admiro de forma alguma que conquistem o poder de prescrição de alguns fármacos, pois concordo com o “doutorenfermeiro”, será uma mais valia para o desempenho profissional dos enfermeiros.

Mas penso também que antes de todo o mais, estão interessados em desempenhar as suas funções o melhor possível, em função do utente (isto faz parte de uma velha discussão que já tivemos aqui no blog)…

Para aguçar um pouco mais, diria mesmo que enquanto os enfermeiros estão preocupados em procurar melhor qualidade de cuidados, os médicos estão, na grande maioria, com medo de perder uma das suas propriedades que confere mais rendimentos, leia-se dinheiro – a prescrição.

Outra coisa que li, e concordo é que os médicos estão tão preocupados em demonstrar que só o curso médico confere a capacidade de prescrever, que se esquecem que o de enfermagem pode ser modificado nesse sentido, ou que há países com uma formação médica paupérrima, e os médicos também prescrevem. Além disso temos nosso país médicos espanhóis, que têm uma formação em farmácia mais fraca, penso eu. Pelo que me parece que o interesse é só o de centralizar a prescrição para os médicos. Senão, pergunto eu, e os farmacêuticos, que SÃO DE LONGE, mais bem preparados que os médicos em termos de farmacologia?? PEÇO MAIS UMA VEZ AO LUÍS OU AO MEMI QUE ME EXPLIQUEM… (Deixo em letras gordas para não se esquecerem…)

Li o estudo (na diagonal…) que o sr. enfermeiro apontou e achei deveras interessante!!

Em relação aos comentários:

O Luís tem razão. Há enfermeiros espectaculares que suplantam o médicos, embora também tem razão quando diz que cada um na sua função. Há enfermeiros do INEM, das urgências, etc, que dão boas lições de cultura aos médicos. Mas fez um comentário interessante, que passo a citar:

“Um enfermeiro (maioria) saberá distinguir uma cefaleia hemiplégica familiar de um AVC ou uma hemorragia subaracnóideia? Sintomatologia muito semelhante, prognósticos e requisitos de actuação muito diferentes...”
Ó Luís, também se um médico não fizer uma TAC ou uma RMN, fica a saber o mesmo, com uma agravante. É que se não vier o precioso relatório do radiologista, o médico fica a olhar para as películas como um burro para um hieróglifo. Dou-lhe um exemplo fenomenal: sempre tive muitas dores no pé direito, pelo que um dia a fisiatra pediu uma TAC, que veio ainda sem relatório, pois informaram que este chegaria depois por fax. Ele pegou nas películas, virou, revirou, pensou, olhou, levantou-se e foi vê-las à janela. Quando lhe perguntei qual era o problema, disse que o problema foi não ter vindo o relatório, pois não percebia “patavina” (termo exacto que a dita usou) daquilo. Não vá por aí Luís….

O “engenheiro” foi o que fez os comentários mais caricatos (talvez porque sou físico, antes de professor, achei piada.), pois não se esqueça… a mente sobre a matéria, ou seja, o homem sobre a máquina… e para já os “aparelhinhos” que referiu existem porque existem físicos e não engenheiros… Achei curiosa a seguinte afirmação:
“Quem constroi carros e pontes? Edificios e computadores?”
Eu respondo, os carros e computadores existem porque os físicos existem (que os monta pouco interessa…) e as pontes (engenheiros para cálculos de estrutura) e edifícios existem porque existem arquitectos… e os srs. engenheiros teimam em aventurar-se em arquitectos… (após uma manifestação dos arquitectos, pelo direito à arquitectura), esses mesmo arquitectos conseguiram agora que todos os projectos precisem da assinatura de um arquitecto e não de um engenheiro civil “meio habilidoso”…
Melhor sorte para uma argumentação mais inteligente para a próxima (talvez tenha percebido que não gosto de engenheiros, pelos menos não da forma como está estruturado e massificado o seu ensino….)

Por fim… enfermeiros a prescrever, porque não? Farmacêuticos a prescrever… porque não?

Anónimo disse...

No entanto, e porque tudo não é mau, mando um abraço so sr. Fernado Santo, o bastonário da ordem dos engenheiros, porque é um senhor responsável, atento aos problemas do ensino e que eu sei que já percebeu, qual o problema dos engenheiros em portugal. Para quem não está "dentro da situação", se calhar não têm aquilo que os enfermeiros souberam ter... e mais não digo.

J.G. disse...

Repito - tudo depende das competências.
Um enfermeiro VMER, pode ser muito bom a reanimar, mas será bom a tratar outras patologias? Quantos problemas saberá resolver nos cuidados intensivos?
Será que um curso de uma semana (curso avançado) dá mais competências do que 6 anos de curso e 4 ou 5 de especialidade?
Se assim é, deixemos de gastar dinheiro em cursos e formemos profissionais de saúde numa semana!

Anónimo disse...

Simplesmente o seguinte:

"Para prescrever é preciso saber qual é a doença em causa!"

As situações aqui referidas relacionam-se com a actividade de Hospital, onde há protocolos de actuação base e orientação de diagnóstico. Exemplifico:

- febre : antipiretico
- dor: analgesico
- vómitos: anti-emetico
- convulsões: relaxante muscular
- etc...

Mas pra ir mais além é preciso o Diagnóstico (saber qual é a doença)!

Por este mesmo motivo é que os farmecêuticos não receitam à partida! Poderiam depois indicar, da classe da qual prescrevemos qual o mais adequado! Isso era óptimo!

E a propósito dos exames auxiliares, na questão que levantou, digo-lhe o seguinte:

Um médico radiologista sabe muito melhor avaliar pequenas alterações do que um médico que poucos exames vê por dia, mas é o médico que fala com o doente, faz o exame físico e analisa os dados. Escolhe o melhor exame a fazer...

O médico avança hipóteses, lança um diagnóstico e prescreve! Responsabilidade pelo diagnóstico feito, esteja certo ou não. Aqui é que está a arte médica, a integração do conhecimento na sua globalidade. O médico, é isto!! E é certo que um médico devia ser radilogistas, famacêutico, enfermeiro, psicólogo, etc...Agora se cada um destes pode ser um médico? Eu digo que não, porque se for médico, terá o título de médico e não outro qualquer...

As coisas devem ter uma ordem e uma organização que não se pode subverter sob o risco de se criar o CAOS...

Médico Explica disse...

O raciocínio do médico baseia-se no método científico hipotético-dedutivo (ver este artigo explicativo: http://www.psy.med.br/textos/racionalidade/raciocinio_clinico.pdf).
A prescrição é apenas uma etapa deste método. O Luís mais uma vez brilhantemente explicou o que se passa. Posso afirmar sem dúvida alguma, que se tiver um acidente na estrada prefiro ser socorrido por um técnico paramédico americano do que pelo dr Queiróz e Mello ou pelo dr Manuel Antunes. Mas prefiro ter na mesa de operações um deles quando tiver um enfarte. Li a lista de situações clínicas elencadas no documento inglês através do blog do DOUTORENFERMEIRO (mau nome para blog!) e concordo na generalidade pois na maioria dos casos já é prática corrente a automedicação ou medicação por enfermeiros e/ou farmacêuticos em muitas daquelas situações. São situações do dia a dia ou actos preventivos. Até acho exagerado que tenham que ter cursos para isso. Mas isso não é prescrição farmacológica e terapêutica, mas sim a aplicação de alguns fármacos para algumas situações clínicas, que a investigação médica e farmacológica já "decidiram" que assim deve ser. No fundo como disse o Luís é aplicar determinados protocolos a situações de ambulatório.

Anónimo disse...

Sr. Boldão, sabe agora deixou-me a pensar se será mesmo um professor. É que patética foi a sua argumentação.
Oiça lá, um arquitecto limita-se a fazer o projecto( o desenho) e o ENGENHEIRO depois em conjunto com ele, faz os cálculos e DECIDEM EM CONJUNTO se é possivel realizar o projecto ou não. A licenciatura em arquitectura não dá todos os conhecimentos físicos e matemáticos para o arquitecto ser auto-suficiente.(Tirando a do técnico em que se tem uma carga fisica e matemática tal e qual uma engenharia, dai os protestos à alguns anos por parte de alunos.)

Sabe, tudo isso são obras de Engenheiros,obras da Engenharia. Sim, porque a engenharia no seu todo é uma ciência que se socorre de FERRAMENTAS-BASE que são a FÍSICA e a MATEMÁTICA.
Você lembra-me aqueles teóricos do futebol, como o Gabriel Alves,"muita parra pouca uva".

A Engenharia, custuma-se dizer, é a aplicação prática dos modelos teóricos que a Física aliada à Matemática desenvolveu. Eu, já tenho o meu curso à alguns anos,e NUNCA VI em nenhuma construção que participei, NENHUM projecto de sistemas, de informática, de redes,a ser supervisionado por um FÍSICO PURO.

A Empresa que eu trabalho é líder mundial de telecomunicações e sistemas. E temos um pólo em Portugal de investigação e desenvolvimento de nova tecnologia de comunicações. E sabe, não existe NENHUM FÍSICO PURO na equipa apenas engenheiros.

Cada um tem o seu papel, o matemático, o fisico, o quimico o engenheiro o médico e o enfermeiro.

Agora, concordo consigo num ponto. O ensino da engenharia está doente. São já muitas as faculdades e a qualidade dos licenciados em alguns casos é preocupante. Mas isso está a ser resolvido com notas de especificas num patamar minimo de 9.5 valores,e regras de prescrição nas universidades. Mas é como tudo,se um engenheiro não é bom, dificilmente arranja trabalho,se tirarmos o factor C.
Mas esse factor existe em todo o lado.

Anónimo disse...

Repito:, a Física e a matemática são os dois pilares da engenharia, sendo que a engenharia não existe sem elas as duas. É EXTREMAMENTE importante o papel dos fisicos e matemáticos na investigação de novos fenómenos que futuramente possam ser aplicados ao serviço de todos nós.

Anónimo disse...

o exemplo não foi escolhido ao acaso:


“Um enfermeiro (maioria) saberá distinguir uma cefaleia hemiplégica familiar de um AVC ou uma hemorragia subaracnóideia? Sintomatologia muito semelhante, prognósticos e requisitos de actuação muito diferentes...”

Anónimo disse...

Estudo Medicina no 4.ºano e tenho um grande amigo meu em Enfermagem. O ano passado estudámos juntos para as nossas cadeiras de Farmacologia e há factos indesmentíveis que constatei:
- A Farmacologia do curso de Medicina é anual e não semestral, como em Enfermagem.
- Os conhecimentos que são necessários para passar na cadeira em Medicina são INCOMPARAVELMENTE maiores do que em Enfermagem.
- Além de Farmacologia, o curso de Medicina possuí ainda outra cadeira anual ligada à prescrissão: "Terapêutica".

Ao longo do sexto ano, do ano de internato geral e internato de especialidade, somos ainda formados na díficil missão da correcta prescrissão, de uma forma mais prática.
É preferível prescrissões baseadas no conhecimento dos médicos ou na prática do enfermeiro(que no fundo acaba por ser obtida através do contacto durante muitos anos com os medicamentos que os MÉDICOS receitam)?

Médico Explica disse...

Exactamente como em qualquer profissão, seja médico, seja enfermeiro ou engenheiro.

Anónimo disse...

Permitam-me que discorde com a afirmação do Luís "E é certo que um médico devia ser radilogistas, famacêutico, enfermeiro, psicólogo, etc."
Caro Luís, o médico deve ser médico. Eu enquanto enfermeiro sei que médico não sou certamente. Mas também sei que quando o Luís fôr médico, não será enfermeiro, nem terá competências para desempenhar a maioria das funções de enfermagem.
Ciências diferentes, corpos de conhecimento diferentes...
Espero que o Luís não se torne num médico que pensa que a enfermagem é a posse de uma percentagem de conhecimentos bio-médicos.
Um abraço.

Anónimo disse...

Antes de mais, digo-lhe sr. “engenheiro”, que está a tocar no assunto da minha paixão – a física. E também gosto de dar opiniões “patetas”, para citar o meu amigo, o engenheiro. Não sei quem o meu amigo é (tal como você não sabe quem sou eu…).

Ora, vejamos, vou citar o sr. engenheiro:

“Eu respondo, os carros e computadores existem porque os físicos existem (que os monta pouco interessa…) e as pontes (engenheiros para cálculos de estrutura) e edifícios existem porque existem arquitectos… e os srs. engenheiros teimam em aventurar-se em arquitectos…”

Ora, o sr. engenheiro que me acusa de não saber as funções dos engenheiros e dos arquitectos, sabe ler mal, ou melhor não sabe ler bem. Caso, só repare agora, eu abri parêntesis para referir que cálculos das estruturas (e leia-se estruturas no seu sentido lato) são da autoria dos engenheiros, MAS, o que eu referi foi que havia habilidosos de engenharia a fazer projectos de arquitectura, certo? Agora, os arquitectos estão a impor-se e bem. É uma caso estranhamente paradigmática, tanto mais que o amigo engenheiro defende que cada macaco no seu galho, ou seja cada um tem as suas funções.

Aliás, uma das coisas a que eu me refiro quando digo que algo vai mal no ensino, é que por exemplo, os futuros engenheiros quando chegam à universidade, nem LER sabem, quanto mais pensar.

Quanto ao meu amigo pertencer a uma multinacional, fico feliz, pois elas gostam bem dos “portugueses-escravos”… e tal como eu costumo dizer na brincadeira, “espertos, máquinas de calcular e multinacionais, como eu todos os dias ao pequeno-almoço”…eh pá! Se calhar, não devia escrever isto, mas o meu espírito desafiador e insolente é mesmo assim. Já devia ter idade para ter juízo, mas… enfim…
Já foi consultor de multinacionais há muito tempo atrás e bem sei o que digo…

Agora, os físicos. Realmente aqui o engenheiro retorquiu:

“Eu, já tenho o meu curso à alguns anos, e NUNCA VI em nenhuma construção que participei, NENHUM projecto de sistemas, de informática, de redes, a ser supervisionado por um FÍSICO PURO.”

Realmente em Portugal, a realidade não é bem essa, ao contrário de outros países onde uma equipa sem físicos não é equipa. (Quem não se lembra aqui há uns anos, o brilhantíssimo Richard Feynman, a explicar em directo na TV, o que é que aconteceu ao vaivém Challenger que explodiu em andamento, e demonstrou as falhas das borrachas vedantes – usando um copo de água!! - no foguete de impulsão do dito vaivém, que diga-se teve muitas mãos de engenharia…)
MAS, o que eu dizia não era isso. Dizia que, qualquer princípio usado na engenharia teve como base, os físicos, que cruzaram matemática com o ramo físico. Ou seja, tudo o que você possa pensar na engenharia existe porque existem físicos e matemáticos… ou então explique-me lá (sou sempre receptivo…) porque mesmo após todos estes anos de aulas, posso ainda não ter compreendido a essência da questão…! Quem sabe? Um dia pode ser até que me explique as teorias da física…

“se um engenheiro não é bom, dificilmente arranja trabalho”

DEVERIA ser assim, mas não é.

“Física e a matemática são os dois pilares da engenharia, sendo que a engenharia não existe sem elas as duas. É EXTREMAMENTE importante o papel dos fisicos e matemáticos na investigação de novos fenómenos que futuramente possam ser aplicados ao serviço de todos nós.”

Concordo a 90%. Vou modificar a sua frase, para concordar totalmente:

Física, matemática e massa cinzenta (mais do que a que existe agora em alguns engenheiros), são os três suportes da engenharia, sendo que a engenharia não existe sem os três. É CRUCIAL o papel dos físicos e matemáticos na investigação dos actuais e novos fenómenos que presentemente possam ser disponibilizados a todos nós.

Médico Explica disse...

O Sr Raúl Boldão, defensor da pureza das ciências, só em relação aos enfermeiros condescende e até acha muito bem que eles possam invadir o terreno dos médicos, isto é, de uma ciência talvez mais antiga que a própria física, vista como ciência e não como fenómeno.

Anónimo disse...

Caro Rui,

A medicina é um case-study da evolução dos ramos das ciências. Iniciou-se com a prática de mezinhas, rezas e conjuros pelos mágicos, passou pelos curandeiros, foi através de filósofos, "físicos" (não, não tem a ver com os físicos a que o Sr. Raul e o engenheiro se referem), abades, freiras e eruditos, até ao corpo clínico mais semelhante aos dias de hoje! E por aqui não pára, pois assistimos a uma verdadeira superespecialização da medicina (fruto da enorme quantidade de saber acumulado que não consegue ser totalmente adquirido e gerido por um só indivíduo)!

O corpo clínico é composto por uma grande quantidade de especialistas em determinadas áreas, sendo que os mais generalistas (ou não, pois agora temos as super-especialidades) são os médicos e os enfermeiros.

O que eu quis dizer com um médico dever ser um psicólogo, radiologista, farmacêutico, enfermeiro, etc... Quis dizer o seguinte:

1- O médico deve obrigatoriamente possuir o conhecimento mais abrangente possível da medicina (isto está em transformação por via da super-especialização) por necessidade inerente de, no estudo de um doente, conhecer o seu TODO! Não se pode avaliar um rim de uma pessoa sem avaliar a pessoa e demais outras situações...Não se podem interpretar correctamente os actos, gestos e palavras sem compreender a psique humana e as suas inerências. Não se pode receitar sem saber se o medicmaneto prescrito irá perturbar o normal funcionamento do doente colocando o seu bem-estar em perigo...

2- E agora, quando digo que um médico deve ser "enfermeiro", não quero dizer que os médicos devem substituir os enfermeiros, nem pouco mais ou menos!! Isso vai contra as minhas crenças no sucesso duma boa organização e hierarquiazação do exercício de qualquer actividade.

O que eu quero dizer é que o médico deve conhecer, estar familiarizado e preparado para a execução de qualquer prática de enfermagem (ou outra! Qualquer prática ou actividade efectuada junto de um doente provoca alterações no seu equilíbrio homeopático, e o médico deve conhecê-las, de modo a saber adequar os tratamentos certos para cada doente, ou mesmo perceber o que é que determinado acto influencia na normal actividade do doente.

Acho que ficou claro que um médico, na minha perspectiva, não é um enfermeiro, mas deve conhecer todas as práticas dos enfermeiros!

E agora, diga-me se não acha que um médico deve saber colocar acessos, vacinar, algaliar, posicionar, dar apoio, etc, etc..?

Anónimo disse...

Caro MEMI, não só em relação aos enfermeiros, mas existe um conjunto de profissões cujo rol de funções deveria ser modificado, até para imprimir na sociedade um ritmo evolutivo maior. Falei nos enfermeiros, poque foi o caso que se falou. Existe uma (entre outras) profissão que por exemplo, sou muito a favor da sua evolução a bem de todos nós: higienista oral/ psicólogo pode prescrever?/arquitectos/ professores porque não?/ enfim... um sem número de profissões que penso que deveriam ver revistas as suas funções... Não quero de forma alguma que fique a pensar que recebo alguma comissão, por falar aqui dos enfermeiros...

Anónimo disse...

PSICÓLOGO?!!! COMO?!!! :|

Anónimo disse...

Gostei de vêr esta disputa acesa para ver quem tem a maior....competência, quer no ramo da Saúde quer no ramo da Engenharia/Fisica. Não compreendo é tanta apetência pela prescrição de medicamentos. Será uma maneira de algumas pessoas se sobrevalorizarem socialmente, uma mais-valia profissional, uma fonte extra de rendimentos....!?
Eu cá por mim preferia nunca ter de prescrever nada. Estudei bastante Farmacologia,também Bioquimica, Fisiologia, Semiologia e Patologia, além de outras disciplinas relevantes para fazer uma boa prescrição, mas considero que o que aprendi não faz de mim própiamente um "expert", tantos são os factores a ter em conta quando se prescreve um fármaco, por mais inócuo que pareça ser. Conheço melhor uns medicamentos que outros, mas não os conheço todos nem todos os seus efeitos secundários, reacções adversas e interacções. Por isso recomendo a todos os prescritores ou candidatos a prescritores, uma maior humildade na abordagem do problema. Quem assumir esse papel deverá perguntar a si próprio se tem competência técnica e cientifica para o executar (estou certo que muitos reconhecerão que não), uma vez que estar apenas legalmente habilitado não é condição suficiente, como se pode ver na prática diária, em que profissionais experientes cometem erros de palmatória só porque não consideraram todas as variáveis ou simplesmente não quiseram reconhecer os seus limites e foram «incapazes de dizer "não sei"!
Não se esqueçam que do outro lado estão pessoas que podem sofrer com as vossas decisões e que certamente, e cada vez mais, lhes irão exigir que assumam as vossas responsabilidades.
Estão prontos para isso!? Então prescrevam e sejam muito felizes....médicos, farmacêuticos ou enfermeiros e porque não, veterinários !!

Mister Magoo

Anónimo disse...

Luís,
"Temia" que me desse essa resposta. Concordo plenamente consigo quando diz que o médico deve saber colocar acessos, algaliar (...). Os médicos fazem-no, como bem sabe.
Mas pensa que os enfermeiros frequentam um curso de licenciatura só para executar esses procedimentos? Garanto-lhe que em 100 horas qualquer aluno ficaria mais do que apto a realizá-las.
Para quê então as quase 5000 horas de curso? E, afinal, o que é que os enfermeiros fazem que mais ninguém faz? Um exemplo: um doente tem alta clínica após um AVC hemorrágico e tem como consequência uma hemiplegia. Concerteza que sabe que existe o alto risco da diminuição da mobilidade articular do lado afectado. O médico concerteza que tem atitudes terapêuticas face a este problema certo? Ora, delas, melhor do que eu falará um médico. Mas o enfermeiro, também as tem e tão importantes como as anteriores. A execução de mobilizações articulares ao doente, o posicionamento terapêutico anti-espástico, o ensino à família para executar medidas preventivas em casa, etc, etc.. são intervenções de enfermagem. Agora diga-me Luís, acha que que de facto o médico tem competência científica para a realização destas atitudes? E garanto-lhe que este exemplo é dos mais aproximados aos diagnósticos médicos vs. diagnósticos de enfermagem.
Espero que não entenda isto como um ataque pessoal, ou até mesmo contra a classe da qual fará parte, pois não é esse o meu espírito de intervenção.
E claro que não ponho em causa a sua crença na organização de qualquer actividade ou muito menos a valorização que dá à classe da qual faço parte. Apenas procuro discussões educativas, das quais todos saímos a ganhar.
Um abraço.

Anónimo disse...

É realmente comovente verificar que o que se pensava poder ser uma discussão sobre um tema acabe nestes comentários (quase todos) de trólóló, tipicos do povão.Não se chega a lado nenhum.
Isto é tipico do 3ºmundo.Talvez muitos de vós se fossem fazer uma "Comissão" de alguns bons anos para paises com P vos ajuda-se para mudar a vossa mentalidade.Discussão futil sem resultados,tipico dos Tugas atrasados,habituados a conversa futebolistica.
Os resultados estão nos relatórios estão na OCDE,sobre a educação e o nosso ensino.

Anónimo disse...

O otolas, antes de criticar tudo e todos e de se colocar no já gasto pedestal da crítica fácil a Portugal, talvez devesse aprender a escrever correctamente primeiro.
Escreve-se AJUDASSE, e não AJUDA-SE no Conjuntivo, que se aplica à frase que escreveu.
Leia homem, torne-se minimamente culto e depois mande os seus "bitaitezitos" à vontade. Até lá, envergonhe-se.

Anónimo disse...

Caro Rui
Percebeu tudo,certo?
Isto não vai lé com Edites estrelas "home".
Um abraço e tire a cabeça debaixo da areia,seja feliz.

Anónimo disse...

Ainda bem que há "otolas" neste mundo... pois ele realmente na tentativa de se demarcar da nossa cultura, mostrou ainda mais acentuadamente que é o típico "Zé Povinho"...
Bastava que os comentários dos "otolas" tivessesm 1/10 da qualidade dos do Rui, que eu já ficava satisfeito...
Mais, o "otolas" (e eu não sou psicólgo), deve ser o típico frustrado que pensa que é "um-intelectual-brilhante-mas-que-o-mundo-não-o-compreende-e-todos-os-outros-são-estúpidos"...
E para cúmulo põe-se a ler relatórios da OCDE.. ó homem não leia o que não compreende... é o mesmo que por os doentinhos leigos-na-matéria a ler as bulas dos fármacos... diga lá se não é assim MEMI?

Anónimo disse...

Caro Rui,

Aos poucos vamos consolidando a ideia de que a ordem existe, cada qual tem o seu lugar a ocupar, e esse tem a sua "vastidao" e os seus "limites"!

Algumas vezes a gente repara que nao e um ataque a classe, e que realmente estamos a discutir ideias e principios.

E vejam que os principios (aqueles pilares solidos de certezas sobre os quais as nossas actuacoes e bem-estar assentam) sao os orientam o nosso presente e futuro!!

Agora, mais do que clarificado "prescrever" um farmaco e um poder, um grande poder!! Que pode dar ou tirar a vida... E poucos sao os que estao habilitados na sua plenitude a assumir as responsabilidades deste poder!

Se alguem ou mecanismos nao houvesse que impedissem a obtencao deste poder pelo povo (maioria da gente nao preparada com os conhecimentos minimos necessarios), muitos acidentes sucederiam. POrtanto, isto e claramente um lobby de defesa de um principio que garante (dentro dos parametros estipuldos, e que podem falhar) e que visa diminuir numero de acidentes relacionados com o erro...

Nao e perfeito nem nunca sera, mas e o melhor que arranjamos...E se pontualmente as pessoas se organizam e alguem delega em alguem esse poder, porque demonstra competencias, axiste um up-grade natural do sistema, sem necessidade de "legislar" para toda a gente...

E devemos evoluir, no sentido sempre de fazer o menos mal possivel...

E se alguem acha que estas conversas sao desprovidas de sumo, eu recomendo e que arranje outro paladar, ou que se resigne, porque há assuntos que nao sao para todos...Por limitacoes do proprio, obviamente

Anónimo disse...

Caro Luís,
Obviamente que este tema da "prescrição" não pode ter decisões a ele relativas tomadas de ânimo leve. Mais uma vez reafirmo que a meu ver os enfermeiros não devem prescrever, mas a razão que mais me faz defender a minha posição nem tem a ver com competência ou não dos enfermeiros. Para mim a Enfermagem vale pelo seu corpo de conhecimento científico próprio e, se todos os enfermeiros fossem "experts" no domínio da sua ciência e tivessem consciência do seu potencial terapêutico (sem os fármacos claro!) então certamente que nem quereriam prescrever.
Um abraço.

Anónimo disse...

Sou enfermeiro e quero deixar claro que afirmações deixadas aqui pelo intulado "Doutorenfermeiro" não são partilhadas por todos os elementos da classe.
É notório um complexo de inferioridade que é expresso pelo "doutorenfermeiro" em relação à classe médica. Se se acha tão bom enfermeiro devia estar preocupado em melhorar as suas práticas para dar aos seus utentes aquilo que eles realmente esperam de si: Cuidados de Enfermagem!
Reflicta sobra as suas afirmações e verá que não passa de um inconsequente!

Anónimo disse...

Este "doutor" enfermeiro é para esquecer, não diz uma de jeito! Comparar capacidade prescritora entre classes? Sabia que há mais fármacos para além do Imodium, Primperan, Ben-U-Ron (e afins - porque deve ser a estes que pensa poder manipular (...) Então a tendência até é nalguns sectores de restringir fármacos a determinadas especialidades tal a especificidade, preço (...) é sobretudo TRATAR doente - vamos ter os enfermeiros a manipular a ciclofosfamida, as terapêuticas biológicas, a IGIV - por acaso sabe o que são, o que fazem? A maior parte dos médicos, nem tem que saber! Quanto a serem os enfermeiros a prescreverem a maior parte dos fármacos a nível hospitalar É DE RIR: nos vários hospitais que conheço os enfermeiros nem um traque dão sem estar prescrito pelos médicos! E SABE que é falso que as consequências de uma medicação administrada - estando prescrita - é do médico e não de que a administra. ÓBVIO. De realçar a constante referência onde de facto o trabalho em campo é semelhante e onde ambos assumem as funções - a VMER - catéteres, entubar e administrar fármacos o enfermeiro faz até melhor PUDERA agora tudo se resume aos diagnósticos meu caro (deve estar mal habituado pela maior parte das situações serem lineares - bêbedos, traumatizados,... daí achar que domina e está ao mesmo nível)
Quanto ao sr. Boldão essa conversa do AVC nem lembra ao menino Jesus (...)
Para terminar, dizer que gostei do enfermeiro que comentou o "doutor" e francamente do engenheiro!

Anónimo disse...

TANTA CONFUsÃO

Será que a prescrição é assim um problema tão grande!! Se calhar é, trabalho numa Urgência, sou Enfermeiro! (Quanto à conversa de Doutor, caros colegas, só são Doutores, quem tira um Douturamento!!)No meu local de trabalho, todos os dias, há precrições adiantadas, ou seja por se ter conhecimento, por haver confiança entre os profissionais, executa-se sem problemas, porque se TRABALHA EM EQUIPA!!!

Mais ainda muitas das vezes fazem perguntas sobre o que prescrever, ora, sendo assim prescrevo a pedido!! Mas não quero entrar nestas intrigas!! Hoje em dia existem programas informáticos em que a medicação domiciliaria do Utente, como os seus antecedentes se encontra disponíveis a Enfermeiros e Médicos ( o Alert, por exemplo). Será que Licenciados, perdão Especialista, como é o meu caso em Saúde Comunitaria, não poderemos melhorar o atendimento de utentes e rever o seu historial e medicar, prescrever determinado tipo de fármacos! Quantas das vezes como profissional vi e fiz medicação durante a noite e o Dr. Que dormia de manha é que o prescreve ! Até um Paracetamol que as pessoas no domicilio auto-medicam, no meio Hospitalar POR LEI É PUNIVEL!!! ORA POR favor, haja um limite. Não se poderia melhorar o atendimento nos Centros de Saúde, desta forma com os Enfermeiros de Família, a prescrever a medicação crónica! Note-se que a maioria das consultas Médicas, servem SÓ ESTE PROPOSITO!!!Quando se fala em alocação de Recursos, que melhor Forma de o fazer que o de rentabilizar estes recursos de Enfermagem! Eu , recem- especialista, não quero executar gestão, só, note-se...

Não vejo o porquê de tanto escandalo, veja-se o exemplo do Canada, França! Por alguma razão PORTUGAL, neste momento EXPORTA Enfermeiros, quer paar Inglaterra, USA...

Caros Colelas , em Portugal, nada se muda, note-se na história, de Grande Impertio, estamos reduzidos ao que somos, pequenos, arrisque-se mude-se. O imobilismo é morrer, num País de Doutores onde até os Deputados Infelizmente dão o mau exemplo de trabalho. "Deixem-nos trabalhar"

De Enfermeiro Sérgio Sousa

Life_passenger@hotmail.com

Anónimo disse...

O meu avô costumava dizer: deus nosso senhor é pai de tanto BURRO.
Tanta asneira que eu vi escrita sobretudopor estudantes de medicina, enfermeiros e outros. À portuguesa. CP