A Fraude Continua!
Comunicado de Imprensa - MÉDICOS PELA ESCOLHA
HONESTIDADE CIENTÍFICA: UNS TÊM, OUTROS NÃO!
O movimento MÉDICOS PELA ESCOLHA vem por esta via reagir peremptoriamente às declarações - ontem proferidas no programa da RTP Prós e Contras e hoje publicadas em alguns jornais - de Jerónima Teixeira, investigadora portuguesa na Inglaterra, sugerindo que um feto
sentiria dor antes das dez semanas de gestação.
Qualquer credibilidade científica que pudesse ser reconhecida a esta investigadora é obviamente maculada pela forma manipulatória como Jerónima Teixeira apresentou a sua argumentação, ao reconhecer ela mesma que "a sensação de dor no feto só está provada a partir das 22 semanas".
A primeira condição para se ser cientista é estar pronto a admitir o erro, que normalmente se apura através da avaliação dos pares: *no caso, é fácil verificar que não há consenso nenhum na comunidade científica de que um feto nas primeiras dez semanas sinta dor.
Todas as considerações feitas por Jerónima Teixeira sugerindo que o mesmo fenómeno poderá ser estabelecido antes das 10 semanas de gestação conformam mera especulação politicamente orientada e naturalmente incompatível e descredibilizadora de qualquer discurso científico sobre a matéria.
O que Jerónima Teixeira esconde, na realidade, ao dizer que às 10 semanas de gestação um feto tem já em desenvolvimento os "receptores de dor" é que *nesta fase, apesar do feto ter os referidos receptores, ESTABELECIDAMENTE NÃO TEM OS MECANISMOS que lhe permitam a PERCEPÇÃO DE QUALQUER DOR, nomeadamente as ligações cerebrais necessárias para tal
sensibilidade , como foi aliás bastante comprovado, sem qualquer contestação, no recente congresso da Ordem dos Médicos sobre o início da vida.
O movimento Médicos Pela Escolha lamenta, portanto, esta manipulação grosseira de dados científicos* que na verdade constituem uma completa fraude destinada a confundir a opinião pública e descentrar o debate da verdadeira questão colocada no referendo: a despenalização para o fim do sofrimento causado pelo aborto clandestino.
OU NÃO SENTIRÃO DOR AS MULHERES FALECIDAS POR ABORTO CLANDESTINO OU OS MILHARES DAQUELAS QUE SOFREM TODAS AS COMPLICAÇÕES DE SAÚDE QUE SE
CONHECEM DERIVADAS DO ABORTO CLANDESTINO?
Movimento Médicos pela Escolha
3 comentários:
Jeronima Teixeira, Roberto Fogliani, Fetal haemodynamic stress response to invasive procedures, 347 Lancet 624 (1996).
As mulheres falecidas na sequência de aborto, escusavam de sentir dor se o não tivessem provocado e com ele a morte do ser humano que geraram quantas vezes por pura irresponsabilidade.
Gostaria de acrescentar ao comentário anterior (que me parece incompleto)... geraram por pura irresponsabilidade por obra e graça de Nosso Senhor. Daí que a factura seja só delas...
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