domingo, julho 20, 2008

Tanto Defenderam Gestores Não-Médicos Que O Resultado Está À Vista: Estes Gestores Pensaram Que Estavam No BCP! (Últimas linhas sobre cancro. LEIAM!)

Ministério diz que situação actual é "muito diferente"

"Inspecção-Geral da Saúde detectou irregularidades no valor de 1,2 milhões de euros entre 2003 e 2004", na Última Hora do Público, mas que de última hora nada tem pois esta notícia tem meses...

"A Inspecção-Geral da Saúde detectou, entre 2003 e 2004, irregularidades no valor de 1,2 milhões de euros. Esse valor foi pago em remunerações indevidas e regalias excessivas às direcções dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, mas o Ministério da Saúde garantiu hoje à Lusa que a situação actual é "muito diferente".

De acordo com o "Jornal de Notícias" (JN) de hoje, "os dois relatórios da IGS à gestão dos hospitais públicos são categóricos na acusação: a mudança do regime de gestão hospitalar iniciada em 2002 foi marcada por inúmeras irregularidades e centenas de privilégios indevidos".
O primeiro relatório foi encomendado pelo então ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, que quis saber tudo sobre as remunerações e regalias sociais dos dirigentes dos estabelecimentos e serviços do SNS, mas quando as conclusões chegaram já ele tinha sido substituído por Correia de Campos.
A investigação indica que "o SNS tinha gasto indevidamente com os órgãos gestores dos hospitais públicos quase um milhão e 200 mil euros", sendo que, destes, "486 mil diziam respeito aos hospitais SA e 709 mil aos do Sistema Público Administrativo (SPA)", refere o jornal.
Mais de 90 por centro do valor total já foi devolvido ao Estado
Fonte do gabinete da ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu hoje à Lusa que "mais de 90 por cento deste valor já foi devolvido ao Estado".
Entre as irregularidades, foram detectados casos de "um director clínico, para além do seu normal vencimento, recebia também uma remuneração por ser assessor da sua própria direcção; subsídios de representação eram atribuídos, indevidamente, nos meses de férias e Natal e com efeitos retroactivos; Conselhos de Administração autopromoviam-se para o escalão máximo de remuneração", segundo o JN.
Além disso, adianta o jornal, "foram dadas ordens de aquisição de viaturas até 40 mil euros (valor superior ao permitido) e alugadas viaturas por períodos de 60 dias sem a respectiva autorização", sendo que "uma das respostas aos inquéritos dizia até que uma viatura era usada para uso pessoal 'mas com moderação'".
Também nas despesas do telemóvel se atribuía, muitas vezes, "um valor superior ao legal", sendo a lista "infindável".
Na sequência das irregularidades detectadas, "alguns processos disciplinares foram instaurados", explicou à Lusa a fonte do Ministério da Saúde, adiantando que "algumas acções estão concluídas e outras encontram-se em fase de conclusão".
Segundo também a fonte do Ministério da Saúde, "a realidade actual nos hospitais do SNS é muito diferente da que é relatada no relatório da IGS, na sequência de posterior legislação e acatamento das recomendações" então formuladas."

É giro como para vender mais papel, o único caso personalizado é de um director-clínico, portanto médico.

Rio-me sozinho quando vejo estas notícias. O filão da Saúde estará a acabar porque tudo nos media é efémero.

Agora até o cancro vende.

Cancro num órgão nobre.

Pois continuarão a existir cancros que nunca verão a luz do dia ou melhor nunca terão os seus quinze minutos de fama (a menos que se descubra uma vacina, por mais questionável que seja!): coitados dos cancros do testículo, da vulva, da vagina, do escroto, do pénis, do epidídimo, do ânus, da língua, e por aí fora...

2 comentários:

Anónimo disse...

É preciso manter certa honestidade intelectual quando se aborda certos assuntos. A eficacia da gestão em geral é melhor quando feita por profissionais com treino na area. Para fazer este tipo de afirmação é conveniente demonstrar diferenças (para pior) gestores médicos vs não médicos.

Médico Explica disse...

De acordo caro gestor. A gestão para os gestores. Só que a notícia isso omite. E foi a isso que eu me referi, indirectamente e ironicamente. Mas concordo consigo: quem deve dirigir um hospital será alguém com a especialização de administração hospitalar e se também fôr médico, ainda melhor dirige.