Segundo o Correio da Manhã, somos imortais.
A morte foi erradicada por vontade dos jornalistas do Correio da Manhã!
Ou como se exploram (ou vendem) os sentimentos!
Ou como se faz jornalismo em Portugal!
Pontos fortes: 84 anos, enfarte miocárdio, caquexia, Alzheimer, informação errada ao IMEM, “deram-lhe alta para vir morrer a casa”.
Os meus sentimentos ao filho.
Eu quando morrer quero que isso aconteça em casa e rodeado pela família, sem jornais e fotos!
“José da Silva diz que a mãe, Rita Silva, ainda podia estar viva se tivesse sido assistida com maior rapidez
11 Julho 2009 - 00h30
Faro: Esperou uma hora pela chegada do médico, que já só certificou o óbito
“Mãe morreu por demora do INEM”
A demora na chegada do INEM foi fundamental para que a minha mãe morresse", acusa José Idalécio da Silva, filho de Rita Filipa da Silva, 84 anos, que faleceu no passado dia 2 na sua residência, em Faro, no Algarve.
José da Silva explica que a mãe, que tinha tido, na véspera da morte, alta do Hospital de Faro – onde terá contraído uma pneumonia – começou a gemer com dores, febre, e a desfalecer cerca das 14h00. "Liguei para o INEM, expliquei a situação, e mandaram--me chamar uma ambulância dos bombeiros", garante o filho da falecida. "Quando fui novamente ver a minha mãe, assustei-me, pois já respirava com dificuldade. Tive então que pedir a um amigo que activasse de imediato o INEM, o que, a custo, conseguiu."
Com o tempo a passar e o estado de saúde da mãe a agravar-se, José da Silva viveu momentos de grande angústia. "Só às 15h00 chegou uma viatura do INEM, mas a minha mãe já não respirava. Fizeram-lhe manobras de ressuscitação, durante vários minutos, com um desfibrilhador, mas já nada puderam fazer", afirma José da Silva, revoltado com a demora de uma hora no socorro. "Se tivessem vindo logo e não empurrado para os bombeiros a minha mãe ainda poderia estar viva", acusa.
O INEM justifica o atraso com a falta de dados sobre a gravidade dos sintomas da vítima na primeira chamada. José da Silva também não aceita a alta dada no Hospital de Faro. "Contraiu uma pneumonia na Medicina II e deram-lhe alta para vir morrer a casa, sem qualquer tipo de assistência", reclama.
INEM E HOSPITAL EXPLICAM
O Gabinete de Comunicação e Imagem do INEM explicou que "a chamada, efectuada às 14h15, informava que a senhora estava consciente, só gemia, e que tinha Alzheimer, pneumonia e que saíra do hospital ". Mediante este quadro, "não estavam preenchidos os critérios de emergência, devendo ser transportada numa ambulância dos bombeiros, tendo sido facultado o número de telefone. Posterior chamada, às 14h35, informa, pela primeira vez, que a vítima tem falta de ar e febre", diz a responsável do INEM, que garante ter sido "imediatamente accionada uma ambulância e uma VMER com um médico, que constatou o óbito".
O porta-voz do Hospital de Faro disse que a utente teve alta "clinicamente melhorada" e que "os serviços não registaram qualquer reclamação dos familiares da vítima".
SAIBA MAIS
AUTÓPSIA
Autópsia a Rita da Silva, de 84 anos, apurou um enfarte de miocárdio como causa da morte. Pneumonia bilateral e caquexia foram outras causas.
11h15 foi a hora que o médico do INEM certificou como a da morte. O clínico chegou a casa da falecida pouco depois das 15h00, garante a família.
25 dias esteve Rita da Silva inter-nada no Serviço de Medicina II do Hospital de Faro. Segundo o filho, terá contraído ali uma pneumonia que a debilitou ainda mais.
ALTA
A falecida queixava-se de fraqueza e dores no corpo, pelo que a família recorreu ao hospital. Teve alta no dia 1 de Julho e faleceu no dia seguinte.
Teixeira Marques”