segunda-feira, setembro 07, 2009

Gripe A: médicos [espanhóis] acusam interesses económicos de criar "doença fantasma".

Do jornal i, on-line por Sandra Pereira, publicado em 02 de Setembro de 2009.

Ministra da Saúde do país admite alarmismo exagerado

Trinidad Jiménez, ministra da Saúde espanhola, reconhece que gripe A não tem piores consequências do que gripe sazonal

O presidente da Ordem dos Médicos de Espanha, Juan José Rodríguez Sendín, denunciou hoje que existem interesses económicos por detrás da criação de "uma epidemia de medo" causada por uma "doença fantasma", noticiou o diário espanhol "El País".

Já ontem, o conselho-geral da Ordem dos Médicos de Espanha tinha advertido, num comunicado de imprensa, que se está a criar "um alarme e uma angústia exagerada à volta da gripe A". Mas esta manhã Rodríguez Sendín foi mais duro nas críticas que proferiu durante uma conferência de imprensa. "Existem interesses económicos, que são evidentes, e inclusive políticos", acusou o responsável.


"Com os dados à frente" confirma-se que o vírus da gripe A regista taxas de mortalidade e complicações "bastante mais leves e toleráveis" do que as que a gripe sazonal manifesta todos os anos, acrescentou Rodríguez Sendín. Assim, "95% dos pacientes irá passar pela doença sem problemas" e "não há razão para serem mais vacinados" do que já são para resistir a uma gripe normal, tranquilizou o responsável.


Após ouvir as críticas dos médicos, a ministra espanhola da Saúde,Trinidad Jimenez, teve de admitir um alarmismo exagerado e desproporcionado à volta do vírus H1N1. "Talvez estejamos a exagerar um pouco à volta de uma doença que, segundo as informações que dispomos, não tem efeitos muito maiores do que a gripe sazonal", reconheceu a responsável. Jimenez até elogiou os médicos que tomaram a iniciativa de transmitir "uma mensagem de tranquilidade" "muito razoável".



8 comentários:

Catsone disse...

Eureka!

Anónimo disse...

Sensatisimo experto en la "gipre espanhola II": el dr. Jaime Nina

mia disse...

Sr. Dr.:

Só estou aqui de passagem para ao contrário das minhas vindas anteriores vir elogiar a sua classe profissional em especial, os Srs. Drs. do Hospital Dona Estefânia. Bem hajam.

Há pois é. A vida dá voltas ;)

McCap disse...

Que há alarmismo a mais, há... Que a resposta à crise está a ser exagerada, está...
Mas, embora a % de doentes com complicações seja menor que na gripe sazonal, do ponto de vista bruto (que interessa para a utilização de camas de cuidados intensivos) teremos mais complicações que na sazonal, devido ao número absoluto de doentes muito mais alto (a incidência será muito maior na gripe A).

Diogo disse...

Excelente texto. Ainda virei surripiá-lo.

McCap disse...

Temos saudades suas...

Anónimo disse...

Sistema de saúde português é dos piores

O sistema de saúde português está entre os piores da Europa. Tempos de espera elevados e falta de acesso rápido ao médico de família atiram Portugal para o 25.º lugar entre 33 países europeus. O melhor exemplo é a Holanda.
O mais recente índice europeu do consumidor e dos cuidados de saúde elaborado pelo "Health Consumer Powerhouse", com o apoio da Comissão Europeia, mostra que Portugal não foi além dos 574 pontos em mil possíveis, o que o coloca na 25.ª posição, atrás de países como a Macedónia, a Croácia ou a Espanha.
O estudo foi feito a partir de 38 indicadores de qualidade, nos quais os países podem obter bom, médio ou insuficiente, distribuídos por seis categorias: os direitos dos pacientes e a informação, e-Saúde, o tempo de espera por tratamento, os resultados do tratamento, a variedade e alcance dos serviços prestados e o acesso à medicação.
No que se refere aos tempos de espera, Portugal é o único país que não cumpre a meta europeia de menos de sete dias para aceder ao especialista de um determinado tratamento, necessitando em média de até duas semanas para o concretizar. Portugal tem ainda má nota no acesso ao médico de família no próprio dia e nas cirurgias programadas que demoram mais de três meses, bem como no acesso a novos medicamentos para as doenças oncológicas. A nota é média no que respeita à comparticipação do Estado no valor dos medicamentos.
Portugal colhe boa classificação no que respeita a redução da taxa de mortalidade infantil e o número de transplantes de rins por milhão de habitantes. Noutro indicador, Portugal aparece bem classificado pelo facto de "quatro milhões de pessoas na região de Lisboa" poderem marcar consultas via Internet.
De resto, "há um contínuo declínio" no sistema de saúde português, bem como no espanhol e no grego, nota a organização que elaborou o estudo.
No topo da tabela aparece a Holanda, seguida da Dinamarca e da Islândia. Os três países colhem as melhores classificações, e no caso dos dois primeiros são lugares que repetem, já que no ano passado tinham obtido a mesma apreciação. A Holanda só está menos bem no que respeita aos tempos de espera por algumas consultas, terapias e cirurgias, mas não chegando a obter má nota em qualquer dos critérios. No extremo oposto estão a Bulgária, a Roménia e a Letónia.
O estudo divulgado ontem em Bruxelas abrangeu 33 países: 27 da União Europeia, a Suíça, a Islândia, a Noruega, a Croácia, a Macedónia e a Albânia.

Fonte:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1375288

Anónimo disse...

Trinidad Jiménez ha venido a decir que la vacuna (para la gripe A) no es para ella.....