Ao melhor estilo sensacionalista ! Mas a realidade existe...
Saiu da Urgência para salvar o filho com ataque de asma
Após sete horas de espera em vão, valeu-lhe ter recorrido ao Centro de Saúde de Amora
00h30m
SANDRA BRAZINHA
Desesperada pelas mais de sete horas que estava à espera para que o filho fosse atendido nas urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, uma mãe do Seixal viu-se ontem "obrigada" a abandonar o serviço com o agravar da crise asmática do jovem.
"Saí do hospital sem o João ser atendido, sem ter alta, e fui para o Centro de Saúde da Amora. Chegámos ao hospital eram 00.50 horas e saímos de lá às 08.24 horas", conta Ângela Silva, de 40 anos, mostrando-se angustiada com o facto de o filho asmático ter passado a noite inteira numa espera em vão.
Foi por essa razão que a última coisa que fez antes de sair do Hospital Garcia de Orta (HGO) foi apresentar uma queixa no livro de reclamações. "Fiquei indignada, porque não viram um menino de 15 anos. E se foi de ambulância é porque a situação era grave. Ele já nasceu asmático e é seguido no Garcia de Orta. Daí a minha revolta ser maior", reforça, mencionando que anteviu o pior quando soube que à frente do filho, que não tinha uma crise de asma há dois anos, estavam entre 15 a 16 pessoas.
Ele tinha lá ficado...
"Se não tivesse abandonado a urgência ele tinha lá ficado. Provavelmente agora não terá problemas, porque foi bem atendido, mas poderia ter sido pior se eu tivesse lá continuado", afirma, dizendo que a situação foi-se agravando com o passar das horas.
Para Ângela Silva, o problema não é a má qualidade do serviço, mas sim a falta de atendimento. "Esta é uma chamada de atenção para que o se passou não volte a acontecer", nota.
Pouco depois das 9.00 horas, João deu entrada no serviço de atendimento permanente (SAP) de Amora, Seixal, onde foi tratado de imediato. Com uma crise asmática no contexto de uma infecção respiratória, o jovem fez compensação da crise com broncodilatores e foi-lhe receitado um antibiótico para tratar a infecção respiratória, tendo regressado a casa pelas 10 horas.
Sobre este caso, o HGO esclarece que a triagem atribuiu ao João a pulseira amarela, que significa uma situação urgente, o que nem sempre implica atendimento imediato. "A criança tem falta de ar, é-lhe atribuída uma prioridade, mas temos de ver que falta de ar tem", explicou ao JN fonte hospitalar, considerando difícil que tenha sido feito um diagnóstico incorrecto. "O sistema praticamente não tem falhas", assegura.
Admitindo que as longas horas de espera são habituais, a unidade estima que, se permanecesse no serviço, o jovem não teria esperado muito mais tempo, dado que pelas 11 horas foi passada alta por abandono. "Em situações de pulseira amarela a espera é neste momento de seis horas", frisa, garantindo que ontem "não houve uma sobrecarga".
Fonte do SAP da Amora confirmou ao JN já ter recebido outros doentes que se cansaram de esperar nas urgências do HGO, nomeadamente um idoso com falta de ar que chegou à unidade "aflito" após ter estado quatro horas a aguardar nas urgência hospitalar.
8 comentários:
Problemas com espera não é só um problema em Portugal, aqui no Brasil as filas de espera são imensas. Apesar de terem criado a classificação de riscos utilizando cores e determinando quem deve ser atendido antes, avaliando cada caso. Quem faz esta avaliação é o enfermeiro. Gostei do texto e da critica!
Visite meu blog: enfermagem-acao.blogspot.com
Obrigada!!! Fabiana
ora evidentemente ao SAP era onde a senhora devia ter ido logo...francamente !
A margem sul tem a saúde e as pessoas que merece...
Quando se for para a Urgência do Garcia da Horta o melhor é levar um saco-cama
Muita sorte teve este menino ao ir à SAP da Amora e encontrar um bom médico. Aquilo é do pior que pode haver. Está atulhado de médicos de outras nacionalidades e não é isso que me aborrece o que me aborrece é a maneira como nos tratam. Então um tal de Dr. Mamadi..que me tratou abaixo de cão e com a mania que tinha o rei na barriga..ainda dizem que somos racistas mas não é bem assim. E quando eu contei à minha médica de familia o sucedido ela disse me que os piores médicos estão centrados na SAP da Amora, e a minha médica de familia é directora do centro de saúde da minha área, é uma senhora que já tem muita engrenagem. Ela disse me que evitasse de lá ir... até podia duvidar mas já lá fui 3 vezes e sempre muito mal servida, não era comigo mas sim com os meus filhos e eu como uma mãe cuidadosa tenho sempre algumas questões a colocar ao que esse Dr Mamadi não me respondeu a nehuma e quando saiu da sala de enfermagem e as enfermeiras me viram preplexa com a atitude desse senhor, só me disseram que não ligasse ao temperamento dele porque ele era uma grande besta, e acreditem que estou a falar a verdade, e passado algum tempo, vira-se uma para a outra: Achas que a besta ainda quer ver o menino?...Sem palavras mesmo..por mim nunca mais lá volto...
Gostei do blog. Vou seguir :)
Não conheço as urgências desse hospital, mas não acho nada normal essa espera tão longa com uma crise de falta de ar, pelo menos em Santa Maria, e anteriormente na Estefânia, a minha filha nunca teve de esperar, ela tem crises de falta de ar desde os 2 anos de idade, e sempre que tive que ir com ela para o hospital, quer fosse de ambulância quer não, foi sempre atendida de imediato, acho que o máximo que esperei foi recentemente e não mais que meia hora, e a crise não era muito grande por isso nem reclamei.
Pelo menos em relação a este aspecto parece que não me posso queixar do atendimento do Santa Maria (so neste, porque em outras situações já la passei horas)
o serviço de urgencias desse hospital é tão mau,tão mau que nem criticas merece,encerra-lo para abrir com nova gerencia seria a melhor opção.
Enviar um comentário