"São estas as famílias portuguesas, bonitas por fora e feias por dentro..."
Um leitor escreve-me:
"Que exagero!
Não sei em que ambiente é que vive, mas eu conheço bem imensas famílias bonitas por fora e bonitas por dentro!
Também conheço das outras, claro."
O ambiente em que eu vivo é o compatível com a minha vida de médico. E os médicos na sua maioria vivem razoavelmente bem. Não vivem muito bem. Nem todos são "barões da medicina" e nem todos cobram 20 ou 30 contos por consulta. Mas até compreendo que alguns o façam pois são consultas de consultadoria.
Por exemplo: quanto custou o parecer do dr Freitas do Amaral sobre a CGD?
Mas se vivemos num ambiente de famílias normais, embora muitas também sejam só bonitas por fora, (mesmo nos médicos!), temos a particularidade de trabalhar com as outras famílias, nas consultas, nos SAPS, nas urgências, nos hospitais e estamos, inconscientemente, alerta para pequenos sintomas de disfunção familiar que por vezes só nós, médicos, conseguimos suspeitar.
Usei uma hipérbole, isto é, exagero propositado com um objectivo expresso.
E o objectivo expresso é este: são muitas as famílias disfuncionais mas compensadas. São muitas mais do pensamos.
Esta família, por exemplo, para a sociedade que a rodeia é funcionalíssima, mas nas quatro paredes do consultório, num período desfavorável, os sentimentos afloram...
"Que exagero!
Não sei em que ambiente é que vive, mas eu conheço bem imensas famílias bonitas por fora e bonitas por dentro!
Também conheço das outras, claro."
O ambiente em que eu vivo é o compatível com a minha vida de médico. E os médicos na sua maioria vivem razoavelmente bem. Não vivem muito bem. Nem todos são "barões da medicina" e nem todos cobram 20 ou 30 contos por consulta. Mas até compreendo que alguns o façam pois são consultas de consultadoria.
Por exemplo: quanto custou o parecer do dr Freitas do Amaral sobre a CGD?
Mas se vivemos num ambiente de famílias normais, embora muitas também sejam só bonitas por fora, (mesmo nos médicos!), temos a particularidade de trabalhar com as outras famílias, nas consultas, nos SAPS, nas urgências, nos hospitais e estamos, inconscientemente, alerta para pequenos sintomas de disfunção familiar que por vezes só nós, médicos, conseguimos suspeitar.
Usei uma hipérbole, isto é, exagero propositado com um objectivo expresso.
E o objectivo expresso é este: são muitas as famílias disfuncionais mas compensadas. São muitas mais do pensamos.
Esta família, por exemplo, para a sociedade que a rodeia é funcionalíssima, mas nas quatro paredes do consultório, num período desfavorável, os sentimentos afloram...
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