sábado, novembro 25, 2006

Será Que É Solução?

No Expresso de hoje, por Ana Sofia Santos:

"Laboratórios cortam emprego

As principais empresas farmacêuticas já iniciaram a vaga de dispensas prevista dos delegados de informação médica
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Os delegados de informação médica (DIM) vivem dias difíceis, acossados pelo fantasma do desemprego. Fala-se na existência de uma estratégia concertada entre os principais laboratórios farmacêuticos, que actuam no mercado português, para aliviar os quadros de pessoal.

Os nomes ventilados são: Pfizer, Glaxo Farmacêutica, Sanofi Aventis, Solvay Farma, Wyeth Lederle, Merck Sharp & Dohme, Bristol-Myers Squibb e Serono. Serão à volta de centena e meia os delegados que já aceitaram rescindir o contrato de trabalho e aqueles que foram contactados para negociar a sua saída. Numa altura em que a especulação se espalha como um rastilho de pólvora, consta mesmo que na calha está a eliminação de mil postos de trabalho, nos próximos meses.

Aliás, corre que existe um acordo informal entre o Governo e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), para reduzir em 23% o total de DIM que existem actualmente (7887, segundo o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento), até 2008. O objectivo é refrear as vendas de medicamentos e o consequente aumento da despesa pública com comparticipações.

Fonte oficial do Ministério da Saúde afirma desconhecer qualquer acordo que estabeleça uma meta deste tipo. E a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) nega peremptoriamente a existência de um compromisso oficioso. A porta-voz da associação confirma a onda de despedimentos no sector e remete a culpa dessa situação para o Executivo. “É o resultado das sucessivas baixas nos preços dos medicamentos impostas pelo Governo”, atira, acrescentando que a indústria farmacêutica em Portugal atravessa um período de “recessão”, que a está a obrigar a proceder a reestruturações nos quadros de pessoal. O aumento da concorrência dos medicamentos genéricos é outro factor de pressão.

A Glaxo não comenta o assunto, mas o Expresso apurou que o laboratório rescindiu com 21 trabalhadores, aos quais foram oferecidas condições acima da lei. Houve casos de delegados que ficaram com o carro e o telemóvel de serviço e que continuam a usufruir do seguro de saúde, ainda durante algum tempo. O mesmo terá acontecido com 20 colaboradores da Wyeth, que contactada pelo Expresso respondeu: “as recentes mudanças na nossa organização fazem parte da nossa estratégia de liderança, que por ser confidencial não pode ser comentada em detalhe”.

Na Pfizer deverão ser dispensadas 25 pessoas. Grassa um sentimento de insegurança entre os delegados deste laboratório, face aos rumores de despedimento colectivo. “No quadro de condicionantes imposto pelo Estado é natural que tenham lugar processos de reestruturação. A Pfizer também está confrontada com a necessidade de lidar com este tipo de situação, o que fará, como é seu hábito, avaliando e procurando minimizar o seu impacto social”, garante a farmacêutica.
Quanto à Solvay Farma, o seu director-geral, Álvaro Rosa, afirma que o laboratório “não faz despedimentos”. Embora admita que a empresa está em reestruturação (comprou recentemente a Fournier Farmacêutica), nega a existência de qualquer saída de pessoal. No entanto, ao Expresso chegou a informação que houve rescisões amigáveis na Solvay (6 a 8) e que há contratos da Fournier que não serão renovados (12).

A Merck e a Sanofi (a reestruturação da segunda implica 70 baixas) também não comentam e, até ao fecho desta edição, não houve respostas por parte da Bristol-Myers e da Serono.
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2 comentários:

naoseiquenome usar disse...

Desculpe-me a opinião:
Por mim, podiam ser erradicados de vez. Deixariam de estar submetidos a uma poderosíssima engrenagem de marketing de imagem burlesca.E de através dos destinatários passar a mensagem de que está tudo "feito". Transparência é precisa.

Mas como não gosto de ver ninguém mal, deixo uma idéia para os "despedidos": Fazer e bem, através de um "contrato de agência" e apenas dependente do seu esforço pessoal o que tão bem conhecem!

Anónimo disse...

Pois,nem sabe que nome usar...nem o mereçe! a não ser um nome daqueles que se dão aos flhos da ...como tu!
delegados são pessoas normal que trabalha para sobreviver...talvez sejas um daqueles que nada faz e passas o tempo a escrever estas merdas...vê se morres devagar e com bastante sofrimento...