Critérios de selecção para novo curso no Algarve são "preocupantes" - Ordem dos Médicos
04 de Fevereiro de 2009, 17:48
Lisboa, 04 Fev (Lusa) - "A Ordem dos Médicos considerou hoje que existe o risco de aparecerem clínicos "com nível de conhecimento e qualidade de formação inferior ao desejável" por causa das condições de acesso ao curso de medicina da Universidade do Algarve (UAlg).
O curso de medicina da UAlg tem a duração de quatro anos e o ensino clínico começa logo no primeiro ano em centros de saúde e na experiência da Medicina Geral e Familiar, seguindo-se o ensino hospitalar a partir do terceiro ano.
Os candidatos devem ser possuidores de, pelo menos, um diploma de licenciatura ou equivalente legal e a classificação mínima tem de ser 14 valores.
A primeira etapa da selecção dos candidatos compreende a avaliação de aptidões cognitivas e uma prova de língua inglesa; a segunda fase consiste num conjunto de dez entrevistas.
Em comunicado divulgado hoje, a Ordem dos Médicos considera que "os critérios de selecção, a preparação de base exigida aos candidatos a este curso, a importação de um método de ensino de países com uma cultura distinta da portuguesa e as dificuldades de selecção do corpo docente são indicadores profundamente preocupantes que poderão levar ao aparecimento de médicos com nível de conhecimento e qualidade de formação inferior ao desejável".
Sobre a selecção por entrevista, a Ordem refere que esta "corre o sério risco de ser permeável a influências externas que distorçam completa e inaceitavelmente a transparência do método de selecção e a igualdade de oportunidades".
A Ordem alerta para "os riscos futuros da criação deste novo e desnecessário curso de medicina, particularmente numa época em que os constrangimentos financeiros impostos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) comprometem a sua qualidade e sobrevivência".
Para a Ordem, é por isso "incompreensível que a criação de um novo curso de medicina não cumpra na íntegra as exigências de qualidade de formação pré-graduada em vigor nos cursos já existentes".
"Só assim se pode evitar a formação de médicos de primeira e de segunda categoria", alerta este organismo.
No mesmo texto, a Ordem dos Médicos reitera que "não há qualquer necessidade de criar novos cursos de medicina em Portugal" e considera, por isso, "falsa a justificação para a criação do curso de Medicina da Universidade do Algarve".
"O actual numerus clausus dos sete cursos de medicina que existem em Portugal ultrapassa já as necessidades futuras do país", lê-se no documento."
SMM/CCM.
Lisboa, 04 Fev (Lusa) - "A Ordem dos Médicos considerou hoje que existe o risco de aparecerem clínicos "com nível de conhecimento e qualidade de formação inferior ao desejável" por causa das condições de acesso ao curso de medicina da Universidade do Algarve (UAlg).
O curso de medicina da UAlg tem a duração de quatro anos e o ensino clínico começa logo no primeiro ano em centros de saúde e na experiência da Medicina Geral e Familiar, seguindo-se o ensino hospitalar a partir do terceiro ano.
Os candidatos devem ser possuidores de, pelo menos, um diploma de licenciatura ou equivalente legal e a classificação mínima tem de ser 14 valores.
A primeira etapa da selecção dos candidatos compreende a avaliação de aptidões cognitivas e uma prova de língua inglesa; a segunda fase consiste num conjunto de dez entrevistas.
Em comunicado divulgado hoje, a Ordem dos Médicos considera que "os critérios de selecção, a preparação de base exigida aos candidatos a este curso, a importação de um método de ensino de países com uma cultura distinta da portuguesa e as dificuldades de selecção do corpo docente são indicadores profundamente preocupantes que poderão levar ao aparecimento de médicos com nível de conhecimento e qualidade de formação inferior ao desejável".
Sobre a selecção por entrevista, a Ordem refere que esta "corre o sério risco de ser permeável a influências externas que distorçam completa e inaceitavelmente a transparência do método de selecção e a igualdade de oportunidades".
A Ordem alerta para "os riscos futuros da criação deste novo e desnecessário curso de medicina, particularmente numa época em que os constrangimentos financeiros impostos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) comprometem a sua qualidade e sobrevivência".
Para a Ordem, é por isso "incompreensível que a criação de um novo curso de medicina não cumpra na íntegra as exigências de qualidade de formação pré-graduada em vigor nos cursos já existentes".
"Só assim se pode evitar a formação de médicos de primeira e de segunda categoria", alerta este organismo.
No mesmo texto, a Ordem dos Médicos reitera que "não há qualquer necessidade de criar novos cursos de medicina em Portugal" e considera, por isso, "falsa a justificação para a criação do curso de Medicina da Universidade do Algarve".
"O actual numerus clausus dos sete cursos de medicina que existem em Portugal ultrapassa já as necessidades futuras do país", lê-se no documento."
SMM/CCM.
Estes médicos serão ou ficarão a ser, como aqueles a que Mao-Tse-Tung " O Glorioso Lider" se referia como "médicos de pé descalço"?
12 comentários:
E o que fazer perante isto, alguém que gostaria de concorrer,que sonhava com isso e gostava que os critérios fossem outros e as competências tb????
É sabido que quanto piores os cursos, quanto mais fáceis, mais farinha amparo melhores as médias. Há por aí centenas de tipos com médias de 16 e que não sabem nada das ciências nucleares, que não têm bases teóricas nenhumas.
Pode-se contestar muito a metodologia de selecção para o curso de medicina mas é certo que os médicos saíam bem preparados (excepto aqueles do período de 75). Isso agora tende a acabar. Infelizmente.
Pois é, quer-me parecer q este curso de medicina à pressão é uma bela asneirada. E concordo com o Boticário, são médicos q vão sair mal preparados, não vão ter preparação de base... Agora também n venha a OM dizer q não é preciso mais médicos, etc., é o discurso habitual, pq me parece claro q é preciso haver mais cursos de medicina e mais vagas nas especialidades,mas em faculdades decentes. Não seria preferível, já que o Estado não parece querer fazê-lo por si, deixar as privadas abrirem cursos de Medicina? NA
Portanto, o que o Sr. Pedro Nunes e restante máfia sugere é que se continue a hipotecar a saúde dos portugueses em prol da manutenção dos privilégios estapafúrdios que uma classe profissional entende ter e manter - porque sim! Aliás, estes senhores só não dizem mais porque ainda mantêm um pequeno rastilho de pudor (vá lá!). Isto porque se não fosse por demais escandaloso defenderiam, sem problema, na praça pública, o sistema que perdurou durante duas décadas (anos 80 e 90) nas quais as vagas para o curso de Medicina foram mantidas muito abaixo das necessidades reais do país. E isto com a colaboração vergonhosa de governos sucessivos facilmente manipuláveis. Também acho tristemente engraçado que esta lamentável criatura ainda tenha o desplante de se dignar a insinuar que os futuros médicos formados na UALG terão um "nível de conhecimento e qualidade de formação inferior ao desejável". E quem garante que os médicos formados noutras faculdades têm o nível de conhecimento que esta personagem considera desejável? Ora, que eu saiba, para concluir qualquer curso superior, basta que se o termine com média de 10. Terá este um nível de conhecimento superior ao que terminou o curso na UALG com média de 16? Seja como for, quem é esta criatura ou até a Ordem dos Médicos para fazer tais avaliações sem que tenha, previamente, qualquer estudo de base científica sólida que o demonstre? Enquanto neste país existirem verdadeiras máfias corporativas que se organizam como Estados dentro do Estado, como estas ditas Ordens profissionais, este país continuará refém dos interesses de pequenas "oligarquias" cujo único objectivo é defenderem o seu feudo em prejuízo da sociedade civil. Seja como for, o curso vai abrir, e as vagas vão continuar a aumentar! E não creio que os portugueses façam questão que os médicos portgueses sejam amostras de genialidade - o que os portugueses querem é mesmo que lhes tratem da saúde a tempo e horas! Temos pena, meus caros médicos, mas o vosso poleiro está mesmo para acabar...
E ainda acrescento que nunca vi a OM bradar tanto quando somos invadidos por médicos de PALOP, médicos de países de Leste, Espanhois e outros demais, que muitas vezes nem a língua sabem falar. Mas claro, como esses fazem aquilo que os nacionais recusam, como as idas para o Interior, as tarefas em Centros Hospitalares e outras consideradas pelas elites médicas nacionais como "chatas e mal pagas", servem para "tapar os buracos". E ainda por cima reivindicam pouco...
Tenham vergonha !
Aconselha-se o sr. Pedro Nunes a consultar a informação divulgada pela Universidade do Algarve no seu portal e a deixar-se de dizer e fazer asneirada que apenas a ele e a uns poucos comprometem e não á classe médica no seu todo!
http://www.ualg.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=25466&Itemid=1562&lang=pt
Na verdade, o curso não tem assim tanta importância... o que conta é o internato de especialidade que se segue e se este for igual aos outros pouco importa como foi o curso. Mas apesar disso, não deixa de ser uma tremenda injustiça que uns tenham de gramar 6 anos de curso e outros se fiquem pelos 4 anos, e com critérios de admissão muito pouco claros... já sabemos que este vai ser um curso para os filhinhos de papás médicos, políticos, etc, que não conseguiram entrar em Medicina e que vão poder disfrutar de facilidades, ao pé da praia e tudo, para lhes ser dado de bandeja um título que a outros custa tanto a conseguir e completar... mas este tipo de facilidades tem sido o mote do nosso ensino, qualquer dia estamos a pagar aos alunos para lhes darmos o curso.
o Jose Socrates, panasca de serviço nestes comentários pertence ao grupo de acessores que subiu a levar no olho do cu e ganham um porradão de ordenados minimos. Meu caro Máfia corporativa são, passo a enumerar:
A classe politica que nos governa, os autarcas,as universidades sem nivel e gajos como voçê, Jose Socrates, que nem sabe bem o que escreve nem porque escreve. Pertençe ao grupo da esquerda que quer salvar o pais e promove o sexo anal como a medida mais urgente. O seu discurso de bota abaixo digno de um qualquer pasquim já deu uvas, a si falta-lhe ter tirado um curso a serio é por isso que não passa de escriba de serviço. Suba a Castilho, converta-se a Jeová e inscreva-se na ILGA ainda chega a secretário de estado..mas por favor afaste-se de crianças.........PANASCA
Caros MEMAI, já vos vi condenar mais por mt mt menos... NA
Meu caro Sócrates, estiveste lindamente. No fundo só disseste a VERDADE VERDADINHA, o que não deixa de provocar alguma azia...só resta é saber o porquê e a quem.
É como escreve, os que os portugueses precisam é QUE LHE TRATEM DA DOENÇA e não da saúde. Para isso já existe o seu homozigótico e comparsas. Com a SAÚDE não nos preocupemos pois já temos quem no trate dela...
Pois, pois, os critérios de entrada neste curso são "duvidosos"; NADA QUE TENHA A VER COM OS ACTUAIS CRITÉRIOS em universidades de "renome" cósmico. É tudo muito sério, transparente quais "numerus clausus", contingentes especiais, atletas de competição e afins... De tal forma que ao olhar para os tais critérios actuais de entrada no curso vejo como específicas: - matemática. MATEMÁTICA?????!!!!! E de preferência com 19 valores (???!!!! - mas que génios que eles são, de tal forma que em todos eles vejo um potencial candidato ao prémio do rebenta tectos). Está tudo mais ou menos "doido". Querem fazer da medicina aquilo que por natureza ela NUNCA SERÁ: UMA CIÊNCIA, MUITO MENOS EXACTA.
Venha de lá mais um ou vários cursos de medicina, carpintaria ou carjacking...
Até quinta.
jose socrates e hr: azia?!? vocês têm é muita, mas muita dor de cotovelo! não são, nem nunca serão médicos como nós. (ponto!)
Ain't life a bitch? :)
A formação base, é o mais importante nos cursos médicos. Alguém que só aprende a pratica sem bases teóricas alem de não compreender muito bem o que esta a fazer, porque apenas faz, o que o livro diz para fazer na condição X, sem saber porque o está a fazer. Até pode fazer bem nas comuns gripes e aspegics, mas quando se deparar com um caso mais complicado, alguém com bases têm mais possibilidades de raciocinar que alguém que se sempre se limitou a seguir um manual.
Onde está a anatomia (mais complicada em medicina que em qualquer outro curso). Será a fisiologia de um dentista tão minuciosa quanto a de um dentista/enfermeiro? tive no meu tempo de estudante 4 fisiologias, hoje vejo que um dentista tem 2...
Será a fisiologia assim tão facultativa? Ou será o seeley, que se usa em tão abundantemente em med dentaria, suficiente para estudar fisiologia? No meu tempo Guyton era senhor...
Enfim...
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