sexta-feira, junho 30, 2006

Ah! Ah! Ah! É Demais A Falta De Rigor Dos Media

Eu queria que este post fosse uma elegia à Inspeção-Geral de Saúde, que com imparcialidade cumpriu a sua obrigação analisando rápida, mas eficientemente o processo do "falecido feto vs encerramento de blocos de partos".

Sabendo nós que os inspectores e inspectoras da IGS, são (também) funcionários públicos com as suas qualidades e defeitos, mas principalmente sofrendo com os defeitos e exigências de todos os serviços da Administração Central: trabalho, trabalho, trabalho, trabalho, sem reconhecimento, sem reconhecimento, sem reconhecimento e, acima de tudo, sem retribuição compatível.
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Mas a LUSA, descobriu que as grávidas podem ter "perdas hepáticas" pela vagina.

Coitadas, não lhes chega ter o seu fígado lá encurraldo no abdómen, ainda o vão perdendo pela vagina.
E já repararam se os inspectores da IGS tivesses que investigar também as "perdas hepáticas" daquela grávida, para além da perda do feto?

Eis a notícia veiculada pela LUSA:

"Maternidade/Elvas:Atendimento e transporte sem responsabilidade morte de feto-MS


Lisboa, 29 Jun (Lusa) - O ministro da Saúde afirmou hoje que as averiguações à morte de um feto no hospital de Portalegre, após a transferência da maternidade de Elvas, não atribuem responsabilidades ao atendimento na primeira unidade, nem ao transporte da grávida.

Em declarações aos jornalistas, após uma interpelação do CDS- PP no parlamento, António Correia de Campos asseverou não ser possível estabelecer "um nexo de causalidade" entre o desfecho desta gravidez e o atendimento da grávida e indicou que a morte do feto iria ocorrer independentemente das condições de atendimento.

A morte do feto ocorreu na madrugada de 13 de Junho, no hospital de Portalegre, no dia em que encerrou o bloco de partos da maternidade de Elvas (às 24:00 de 12 de Junho).

A mãe foi primeiramente atendida nesta instituição sendo depois transferida para Portalegre.

O Conselho de Administração do Hospital de Elvas explicou, na altura, que jovem, de 21 anos, tinha sido admitida nas urgências, apresentando "dores moderadas" na região abdominal, sem "perdas hepáticas" (de sangue), e que foi transferida para o Hospital Dr.José Maria Grande, de Portalegre, que faz serviço de apoio à população de Elvas para "situações não emergentes".

A rapariga deu entrada nas urgências de Portalegre, de acordo com Hospital de Elvas, com o diagnóstico de "gravidez de 24 semanas em período expulsivo, ficando internada no serviço de obstetrícia".

O hospital acrescentou que no final desse dia "verificou-se rotura prematura de membranas, tendo ocorrido a expulsão do feto".

HM.

Lusa/Fim.
"

segunda-feira, junho 26, 2006

Portugal Popular, Não É Um Portugal Violento!

A Voz Dos Leitores: Ainda Rui Frade.

"Eu sou Delegado de Propaganda Médica há 26 anos. Actualmente chamam-nos Delegados de Informação Médica. Até 1997 trabalhei medicamentos para todas as especialidades entre as quais estariam a Psiquiatria. Lembro-me do Dr. Rui Frade como médico Interno de Especialidade e lembro-me dele com um conceituado consultório no Porto. Sei que terá tido alguns casos que lhe correram mal, mas em 26 anos de profissão, não conheci nenhum médico que não tenha tido o seu fracasso, assim como não conheço nenhum profissional, seja de que área for, que não tenha de tempos a tempos algo que lhe corra mal, incluindo eu.
Saudações amigas,
Larousse

"A Ignorância é a mãe do Preconceito e este é o pai maldito de todas as tragédias sociais"
Larousse
"

quinta-feira, junho 15, 2006

A Feira, O Circo, A Banha-da-Cobra

Há de tudo.

Diagnosticar, prescrever, produzir e vender.

Tudo em família.

Seriedade? Será que a "banha-da-cobra" também não dá resposta a isto: "Aqui, entre muitos outros, podem ser resolvidos problemas de tiróide, próstata, problemas mamários, pólipos, alzheimer, asma e bronquite, refere Dulce Santos."

Ah, faltam as hemorroidas e as varizes.


"MEDICINA NATURAL - Clínica Rituais abriu na Figueira da Foz

A Clínica Rituais foi recentemente inaugurada na Figueira da Foz. Uma aposta no bem-estar dos clientes, promovendo um acompanhamento personalizado, cuidado e natural.

A Clínica Rituais funciona no número 3 da Travessa do Morim, junto ao Centro de Emprego. Vocacionada para todo o tipo de tratamentos de medicina natural, os seus utentes podem usufruir de todo o tipo de tratamentos com produtos naturais e à base de água, “fiáveis, rigorosos e seguros”, o que lhes confere a “certeza de bons resultados”.

Segunda Dulce Santos, a proprietária do espaço, “a Clínica Rituais” está bem preparada e tem nos seus colaboradores bons profissionais, além de estar equipada com as tecnologias mais avançadas para todo o tipo de patologias.

A técnica referiu que na clínica serão administrados “tratamentos únicos, rigorosos e sérios”, contribuindo para tal, a tecnologia única e exclusiva, existente, ao serviço do bem-estar dos clientes. Aqui, entre muitos outros, podem ser resolvidos problemas de tiróide, próstata, problemas mamários, pólipos, alzheimer, asma e bronquite, refere Dulce Santos.

Os utentes tem ao seu dispor, das 09H00 às 20H00, sem interrupções para almoço e, de segunda a sexta-feira, consultas de Naturopatia, Reflexologia, Iridologia, Hipnoterapia, Homeopatia e Shiatsu.

Dulce Santos trabalha em parceria com Clara Esteves (profissional com experiência de 15 anos em internamento e IPO), sendo que ambas estagiaram com Fernando Figueiredo (conhecido, de entre outros, do programa televisivo “Hora Viva”).

António Barreiro é o responsável pelo shiatsu e pelo reiki e José Amsellem Santos pela Hipnoterapia. Os utentes encontram no espaço muitos dos produtos prescritos, sendo os mesmos, na sua maioria, exclusivos na zona centro e produzidos segundo receita de Fernando Figueiredo."

Uma notícia (??!!) no jornal As Beiras.

A Compressa, O Médico E O Advogado Negligente.

A compressa lá ficou, infelizmente.

O médico acabou o seu trabalho e a enfermeira-instrumentista contou, mas contou mal as compressas utilizadas e recuperadas.

O advogado, na ânsia de atacar e condenar "os médicos", esqueceu-se de acusar a enfermeira-instrumentista. Isto é, foi negligente com o seu cliente.

Obviamente, o tribunal confirmou que uma compressa ficou onde não devia, mas absolveu o médico, afirmando na sentença que a responsabilidade da contagem das compressas pertence à enfermeira-instrumentista e que o advogado esqueceu-se de a incluir no rol dos putativos culpados.

Mas o que choca, é que, apesar da sentença ser tão explícita, o pasquim Diário de Notícias, escolheu este título: "Absolvido médico que se esqueceu de uma compressa".

Mas isto são jornalistas? Ou serão pategos da comunicação?

E Esta Pérola Do Nosso Jornalismo!

No JN de hoje:

"A jovem deverá ter tido alta ao fim do dia de ontem e a perda do seu feto, às 24 semanas, horas depois de ter sido internada nos serviços de Obstetrícia do Hospital de Portalegre, veio dar força aos que têm contestado o fecho do bloco de partos no Hospital de Elvas."

Mas se a expulsão (aborto) tivesse acontecido no Hospital de Elvas, a notícia seria assim:

"A jovem deverá ter tido alta ao fim do dia de ontem e a perda do seu feto, às 24 semanas, horas depois de ter sido internada nos serviços de Obstetrícia do Hospital de Elvas, veio dar força aos que têm contestado o não-fecho do bloco de partos no Hospital de Elvas."

quarta-feira, junho 14, 2006

Assim Se Vê A Força Da Manipulação!

Da Sic on-line (o conteúdo da notícia não tem nada que ver com o que o seu título subliminarmente quer transparecer!)

"Grávida de Elvas perde bebé em Portalegre

Mulher ainda deu entrada nas urgências de Elvas

Uma jovem de 21 anos grávida de 24 semanas perdeu o feto hoje de madrugada, no Hospital de Portalegre, horas depois de ser transferida a partir das urgências de Elvas, informou a unidade hospitalar.

O Conselho de Administração do Hospital de Santa Luzia de Elvas, cuja sala de partos foi encerrada ontem, explica em comunicado divulgado ao final da tarde, que, "às 17h47, a jovem foi admitida nas urgências, apresentando "dores moderadas" na região abdominal, sem "perdas hemáticas" (de sangue).

"Às 18h00 foi transferida para o Hospital Dr. José Maria Grande de Portalegre que, na rede nacional, de acordo com a requalificação dos serviços de Urgência peri-natal, constitui o serviço de apoio à população de Elvas, para as situações não emergentes", refere o hospital.

A jovem deu entrada nas urgências de Portalegre às 19h07, de acordo com o hospital de Elvas, com o diagnóstico de "gravidez de
24 semanas em período expulsivo, ficando internada no serviço de Obstetrícia. (...) Às 20h15 verificou-se rotura prematura de membranas, tendo ocorrido a expulsão do feto às 00h20 de hoje", ou seja cerca de cinco horas depois de ter dado entrada na unidade de Portalegre, acrescenta a administração hospitalar de Elvas.

O comunicado refere, por último, que a jovem continua internada no serviço de Obstetrícia do Hospital de Portalegre, devendo ter alta "nas próximas horas". Contactada pelos jornalistas, a administração hospitalar de Elvas recusou, alem do teor da nota informativa, prestar quaisquer esclarecimentos adicionais.

Este caso foi hoje utilizado pelo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, João Carpinteiro, para pôr em causa o transporte de grávidas após o encerramento do bloco de partos da Maternidade de Elvas, que ocorreu segunda-feira.

Carpinteiro também é membro do movimento cívico Pró- Maternidade de Elvas e dos "Amigos da Fundação Mariana Martins", instituição proprietária da maternidade.

"Perto das 18h00 de segunda-feira os bombeiros receberam um alerta do hospital de Elvas para transportar uma grávida para Portalegre. O bombeiro que se deslocou ao local, ainda perguntou se não era necessário o transporte ser acompanhado por algum profissional de enfermagem ou médico, mas disseram que não", argumentou.

João Carpinteiro considerou ainda que, "com o fecho da sala de partos está tudo a ser tratado em cima do joelho. Enviámos a nossa ambulância mais moderna, medicalizada e com os aparelhos necessários a bordo, e, além de não ter indicado um profissional para acompanhar o motorista, o hospital também não nos solicitou um maqueiro para apoiar", acrescentou.

Contactado pela Lusa, o comandante da corporação dos bombeiros de Elvas, José Santos, recusou pronunciar-se pormenorizadamente sobre este caso, mas frisou: "O hospital e a maternidade de Elvas não se entendem, mas os bombeiros não podem entrar nestes conflitos".

O comandante dos bombeiros explicou à Lusa que, no caso de situações de risco no hospital de Elvas, mesmo antes do fecho da sala de partos, "sempre foram encaminhadas para os hospitais de Portalegre ou Évora".

Esta polémica local surge após o encerramento a sala de partos da cidade por determinação do ministro da Saúde, Correia de Campos, uma decisão contestada pela Fundação proprietária da maternidade e por um movimento cívico constituído para o efeito, entidades que já interpuseram duas providências cautelares em tribunal, das quais se aguarda decisão."

segunda-feira, junho 12, 2006

Parabéns Scolari! Fizeste O Impossível!

O sr Scolari conseguiu que uma parte significativa da população, concretamente muitos adeptos do FCP, não vibrassem com a selecção.

Com as suas guerrilhas patetas (como a dos intelectuais!) retirou-me a alegria de gritar pela minha selecção, que se transformou na seleção do Scolari.

Nunca estive tão indiferente aos êxitos da selecção do meu país, como hoje! Nem no Euro estive tão amorfo...

domingo, junho 11, 2006

"Médicos defendem notificação de erros em saúde."

No Público de 02/06/06, por Catarina Gomes.

"Receber tratamentos em hospitais ou outras unidades é mais perigoso do que andar de avião, defendeu clínico."

Em Portugal, deveria ser criada uma lei para fazer com que a notificação de incidentes médicos às autoridades seja uma rotina, defenderam ontem três responsáveis médicos no II Congresso da seguradora Médis, que decorreu em Lisboa.

Receber cuidados numa unidade de saúde põe tanto em risco a vida como escalar montanhas e é mais perigoso do que andar de avião, afirmou Nicolás Garcia, médico da Clínica Universitária de Navarra, em Espanha, com base num estudo científico.

* Tratamentos médicos desadequados,
* infecções hospitalares ou
* erros

são alguns dos possíveis perigos que um doente enfrenta numa unidade de saúde, juntou.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirmou que a cultura de culpabilização de profissionais de saúde esconde, muitas vezes, as causas dos "acidentes médicos", designação que diz ser mais fiel à realidade do que "erro médico".

E a designação "nada tem de corporativo", reiterou. Ao usar o termo "acidente médico", está-se a incluir casos de negligência médica, de "erro involuntário", de problemas de equipamentos ou até de problemas de rotulagem de fármacos que podem induzir em erro e levar à administração errada, referiu.

"Tudo o que corre mal devia ser reportado", disse o bastonário. Mas são muito poucos os hospitais portugueses que dão conta de "acidentes" ocorridos com os seus doentes, defendeu o responsável. Cinquenta por cento dos erros são evitáveis.

Na cultura ocidental, "o erro está associado à culpa", mas falta haver "aprendizagem com o erro", defendeu, por seu turno, José Fragata, cirurgião do Hospital de Santa Marta e professor da Faculdade de Medicina de Lisboa.

"Setenta por cento dos erros não têm consequências, cinco por cento são muito graves e podem implicar a morte. Cinquenta por cento dos erros são evitáveis", conclui, baseando-se em estatísticas internacionais.

De 20 ocorrências, só uma não é ocultada, nota.
O médico afirma que a procura da culpa faz esquecer a origem do problema, que tem, na maiorias das vezes, razões no sistema.

Fragata descreveu o erro médico muitas vezes como "erro honesto", algo diferente da "negligência". "Falhas organizacionais são a maior causa de acidente." O relato destas situações, voluntário ou compulsivo, é uma das hipóteses que se deviam colocar, notou.

O presidente da Associação dos Médicos Gestores de Unidades de Saúde, João Gamelas, disse que deveria haver "uma política nacional do erro". "O relatório de ocorrências de erro ou de situações anómalas devia ser obrigatório por lei."

quinta-feira, junho 08, 2006

"É O Fim Da Minha Vida!"

Afirma peremptória a doente de 65 anos, indiferenciada, percepcionando aquilo que o médico estava a pensar.

Transmissão de pensamento?

Conhecimentos científicos?

Reflexos mais profundos da sobrevivência?

Ou só a revolta do médico perante as injustiças divinas e as incapacidades da Medicina em "tratar tudo", como muita boa gente pensa.

Em Honra A Júlio Machado Vaz.

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sexta-feira, junho 02, 2006

Resposta à "mar"

A amiga "mar" (todos os meus comentadores são meus amigos!) faz grande e interessada reflexão e coloca algumas questões pertinentes, vou tentar responder:

O doente era um doente regular? Sim!

Preocupado? Sim por causa da dor!

Era informado e esclarecido? Doente sexagenário, analfabeto, mas, informado ou esclarecido … sobre que assunto: o presente ou em termos generalistas?

Leu o relatório do radiologista? Desconheço, mas facilitei-lhe a sua leitura, pois propositadamente abri o envelope, li, coloquei-o aberto dentro do TC e mandei-o regressar no dia seguinte.

Se sim, qual foi a sua reacção? Não reagiu, pois voltou no dia seguinte.

Se não, porquê? Talvez por ser analfabeto.

A informação não deve ser transmitida ao doente? Sim senhora, toda a informação, toda a estratégia de diagnóstico e terapêutica, deve ser transmitida ao doente, mas de forma a que o seu conhecimento não vá provocar males maiores se for brusca(ansiedade, depressão, suicídio) e só deve ser transmitida quando se souber o diagnóstico exacto (análise histológica da peça) sob pena de lhe ter mentido sobre uma doença inexistente. Os exames imagiológicos podem falhar!

O exame não é dele? Aí não sei se haverá consenso. A informação contida no exame é indubitavelmente dele, o objecto “exame”, pago pelo Serviço Nacional de Saúde, não sei, embora por questões práticas os faculte ao doente.

Teve uma atitude paternalista porque a pessoa do doente assim o impunha? Talvez. Não. Os médicos não devem ser paternalistas. Devem procurar informar o doente, sem omitir a gravidade, mas de acordo com o que afirmei anteriormente. A sua família devê-lo-á ser imediatamente, dentro da ética do sigilo médico e utilizando estratégias bem definidas, sem revelar o diagnóstico e desde que o doente não se oponha.
Por exemplo, haverá necessidade de verbalizar a palavra “cancro” a um doente com 95 anos com cancro da próstata diagnosticado, sabendo que essa doença provavelmente não irá afectar nem a qualidade, nem a sua esperança de vida?

Mas definitivamente não é esclarecedor. Concordo. A medicina é assim, falível, o que hoje é verdade, amanhã pode não o ser e por vezes é tão subjectiva como a psicologia , que a amiga “Mar” referencia.

Mas confesso que
1) respeito as medicinas tradicionais, sejam portuguesas, chinesas ou africanas, desde que praticadas e inseridas nos seus respectivos meios culturais.

2) Não respeito e sou agressivamente contra todas as outras medicinas ditas alternativas, invenções mais ou menos recentes, com fins mais ou menos ocultos. Sou contra a sua legalização, como por exemplo, a homeopatia, reflexologia, e outras.

3) Respeitos algumas técnicas manipulativas, como a osteopatia, quiropráxia, diversas técnicas de massagens, vistas, apenas, como técnicas terapêuticas (muitas inseridas na medicina física e de reabilitação, vulgo fisioterapia) e não técnicas diagnósticas ou médicas.

4) Dentro do princípio da liberdade individual, cada um pode dirigir-se onde quiser por sua inteira responsabilidade. Deverão as entidades inspectoras actuar perante possíveis erros, atrasos de diagnóstico, negligências e usurpações de funções à luz da legislação actual.