terça-feira, julho 08, 2008

Decisão sobre aquisição de helicópteros de emergência terá em conta compromissos já assumidos


08.07.2008 - 16h36 Lusa
O Ministério da Saúde terá "em conta os compromissos já assumidos" na decisão final a tomar sobre a necessidade de novos helicópteros de emergência, segundo fonte oficial do gabinete de Ana Jorge.


Em entrevista à Antena 1, o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) admitiu que podem ser desnecessários helicópteros de emergência que estavam previstos para o Alentejo, Trás-os-Montes a Beira Alta devido à decisão de manter abertas algumas urgências médico-cirúrgicas.


Numa reacção à Lusa sobre estas declarações, uma porta-voz do ministério informou que o INEM entregou na semana passada à tutela um estudo de "natureza técnica sobre a necessidade/utilidade de entrada em funcionamento dos novos helicópteros de socorro".


"Esse estudo está a ser analisado no Ministério da Saúde, sendo certo que a decisão final terá em conta os compromissos já assumidos", afirmou a mesma fonte.


Quanto ao financiamento do INEM, o ministério lembrou que até agora o funcionamento da instituição tem sido sempre garantida com "receitas próprias, a maior parte das quais provenientes de seguros automóveis".


Abílio Gomes havia afirmado à rádio que o "crescimento do INEM muito grande num curto espaço de tempo" levou a direcção a encomendar um estudo para apresentar um plano de sustentabilidade financeira para o organismo.


O responsável avisou que dentro de três anos a revisão do orçamento do INEM terá de acompanhar a nova dimensão de respostas.


À Lusa, fonte da tutela referiu que o crescimento de meios de emergência pré-hospitalar "implica obviamente o aumento da despesa num cenário de médio prazo e isso obrigará a redefinir o molde de financiamento do INEM, cujas condições de operacionalidade são uma prioridade para o Ministério da Saúde".



É um facto!


Quando se tem dinheiro não existem barreiras, compra-se tudo.


Depois, contam-se os tostões e verifica-se que não há sustentabilidade do que se iniciou.


Será a morte anunciada do INEM?


Não será esta atitude já tomada como uma maneira de estar, no planeamento quotidiano político português?

2 comentários:

Anónimo disse...

No site do Sindicato Independente dos Médicos:

OS ORIGAMIS DO CAMPOS

Técnica tradicional chinesa, com ela se constrói quase tudo. Até helicópteros do INEM, os tais que constavam dos protocolos que Correia de Campos mandou as ARS's assinarem com os autarcas das regiões onde, em nome da qualidade, se encerraram os malfazejos SAP’s.
Só que os meses passam e helicópteros é vê-los por um canudo. E não é que agora o actual presidente do INEM declara que não existem sequer estudos técnicos que demonstrem a sua necessidade e mais valia?
E esta? Como vão reagir os autarcas de Aguiar da Beira, Macedo de Cavaleiros e Ourique, a quem com papas e bolos pretenderam fazer de tolos? O que vão dizer os responsáveis locais e regionais da Saúde que deram o seu ámen ao patrão? O que vai ser feito das adaptações já realizadas para se receberem os fluorescentes helis/origamis, por exemplo em Macedo de Cavaleiros?
E já que se fala em Trás-os-Montes, não haverá um resquício de respeito pelos seus Médicos de Família que, em nome das populações, aceitaram prestar-lhes assistência num pseudo e ilegal regime de prevenção, previsto até Dezembro de 2007, e assim vão minorando os danos?
Isto quando a carência de recursos é tão manifesta que até para a prevista mas ainda adiada SUB de Mogadouro se diz estarem a ser recrutados médicos já aposentados e a recorrer-se ao mecanismo legal de empresas de prestação de serviços unipessoal para se contornar impedimentos legais…

naoseiquenome usar disse...

Não estando cumpridos os pressupostos, dificilmente«te se chegará a uma "conclusão"