sexta-feira, julho 24, 2009

Como não podia deixar de ser...

Quando o vírus se alastrar e houver muitos doentes com H1N1, estes passarão a ser atendidos em serviços específicos para a gripe, que funcionarão nos centros de saúde.


Os que não precisarem de internamento, mais de 90% estimam as autoridades, serão acompanhados em casa por telefone. O Ministério da Saúde estuda ainda a criação de equipas domiciliárias


A maioria dos portugueses com gripe A vai ser vigiada em casa pelo telefone, pois não precisarão de ficar internados.

Na fase mais alargada da circulação do vírus, prevista para o Outono, os doentes vão ser observados em serviços de atendimento à gripe (SAG), nos centros de saúde. Os que não precisarem de ser internados - mais de 90%, estimam as autoridades - serão tratados em casa. O Ministério vai ainda criar equipas domiciliárias para actuarem em situações ainda a definir.


Neste momento, as Administrações Regionais de Saúde estão a ultimar a actuação dos SAG, que funcionarão em alas próprias dos centros de saúde e segundo orientações nacionais.

Em zonas mais populosas, poderá haver mesmo centros de saúde - ou extensões - destinados exclusivamente a atender doentes com gripe, de forma a evitar contactos entre infectados com H1N1 e outros doentes.


A sua localização só deverá ser divulgada numa fase posterior, para não criar confusão na população.

Agora, sublinha o Ministério da Saúde, as pessoas deverão seguir as recomendações do momento: ligar para a Linha de Saúde 24 (808242424) que, em caso de suspeita, as encaminhará para os hospitais de referência.


A Direcção-Geral de Saúde explicou ao DN que o plano de contingência prevê que nos SAG seja feito o diagnóstico dos doentes e, nos casos em que seja necessário, é receitado o antiviral: Tamiflu. Como a maioria dos doentes se tratarão em casa, nos SAG haverá centros de atendimento telefónico que acompanhará estes casos A sua missão será, essencialmente, assegurar a vigilância dos doentes relativamente aos quais se considere haver critérios para seguimento, após a ida à consulta e o diagnóstico.

O Ministério da Saúde adiantou ainda ao DN que está a ser estudada a criação de equipas domiciliárias, para apoiar doentes em casa. Contudo, recusou-se ainda a avançar pormenores sobre a sua localização e constituição e as situações em que irão actuar.


Actualmente, as pessoas com H1N1 são internadas nos hospitais de referência ou encaminhados para se tratarem em casa. O seu estado clínico é acompanhado regularmente por técnicos do hospital onde foram referenciados, de quem os doentes têm os contactos. Em casos pontuais, como o da creche de Benfica, onde havia cinco infectados, são os enfermeiros da Linha Saúde 24 a ligar para avaliar a recuperação.


Nesta fase da doença, e quando ainda se tenta conter a sua propagação, está a ser feito também tratamento de prevenção às pessoas que lidaram de perto com os infectados. Uma tarefa dos delegados de saúde, a quem compete ligar para os potenciais doentes, avaliar o seu estado de saúde e, se o desejarem, administrar-lhes o Tamiflu.


Os internados recebem uma nota de internamento como justificação das faltas ao trabalho. Se ficarem em casa, o médico do hospital faz seguir a indicação da baixa para o centro de saúde.

8 comentários:

Anónimo disse...

http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2009/07/chicos-espertos.html

Anónimo disse...

Claro que essas equipas multidisciplinares têm que incluir farmacêuticos, para prestação de "cuidados Farmacêuticos"...

Não é por nada, mas se depois corre algo mau com o tamiflu,e lá vêm eles, a correr, dizer que não estavam lá para darem conselhos aos médicos....

Anónimo disse...

Honestamente, como cidadão comum, alguém me é capaz de explicar qual a diferença (!) entre esta gripe "A" e a comum gripe sazonal??

Placebo disse...

A sazonal é previsível. Passível de imunização atempada dos grupos de risco (os mais "frágeis"), com vacinas.

Quanto ao resto, são questões filogenéticas do vírus que estão em causa (a sua "origem").

Clinicamente, até agora, é tal e qual a sazonal.

Mediaticamente, faz vender papel e tempo de antena, por isso ouve-se falar muito dela. Graças aos filmes sobre terríveis pragas que assolam a humanidade ameaçando-a de extermínio, o que cada vez mais acaba por pesar no subconsciente das pessoas.

Uma gripe banal, associada a uma histeria muito especial, e o resto é conversa, caro anónimo.

Taciana disse...

Ato médico será votado em agosto

A proposta aguarda a inserção na pauta da próxima reunião da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), é preciso mobilizar e conversar com cada deputado para pedir apoio ao projeto.

Veja a matéria completa e a lista dos deputados no portal FENAM: http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/386093

Anónimo disse...

Grato pela explicação. Tal como pensava, uma fábula.

LIKAS disse...

Até acho chique esta gripe!!! Até já estou a ver as tiazonas de cascais a receberem os delegados de saúde com um cházinho!!!

Anónimo disse...

Mas nem a sazonal é totalmente previsivel porque o virus sofre mutações todos os anos... por isso e que a vacina é diferente todos os anos e só cobre os virus mais comuns do ano anterior. As pessoas mesmo vacinadas podem apanhar gripe se a estirpe desse ano for diferente.
Esta estirpe do H1N1 tb é diferente... felizmente em termos clinicos provoca uma gripe igual às outras, ou seja BANAL!! Este histerismo é fruto da desinformação e ignorancia dos meios de comunicação aliado à cultura sui generis portuguesa e à incapacidade das nossas autoridades de saude (e tb a nivel mundial) para lidarem com o assunto. O proprio site da OMS é alarmista, sem razão!
Na verdade a Medicina ainda é muito artesanal... sempre que surge algo novo ficamos a ver o que acontece até definirmos como se deve lidar com o assunto. E depois chamamos-lhe Medicina Baseada na Evidencia!