E Os Lobies, Senhor?
E refiro-me ao lobie autárquico. Esse é o mais importante.
E continuo a perguntar: e para quando uma rede organizada de Emergência Pré-Hospitalar?
E para quando o encerramento de urgências hospitalares que distem escassos quilómetros?
"Serviços com baixa afluência vão fechar
Saúde reduz urgências
Os serviços de urgência dos centros de saúde que tenham uma afluência média inferior a dez utentes por noite, 25 no caso dos hospitais, vão são ser encerrados. Esta é uma das medidas de reformulação do sistema que o Ministério da Saúde vai implementar a partir de Janeiro. Por outro lado está previsto que qualquer utente, em qualquer ponto do país, passe a ter assegurado uma urgência a menos de 60 minutos de distância.
As medidas são anunciadas hoje pelo Diário de Notícias, onde se pode ler também que a nova rede passará a contar com três níveis de serviços diferenciados: urgências polivalentes (para os casos mais graves e complexos), médico-cirurgicas (de nível médio) e urgências básicas.
A distribuição dos doentes por estes três níveis de urgências deverá ser efectuada através do novo serviço telefónico de aconselhamento e encaminhamento, um novo «call center» que irá substituir a actual Linha de Saúde Pública e a de pediatria Trim Trim Dói Sói.
Para familiarizar os utentes de todas estas alterações será lançada em Janeiro uma campanha de divulgação denominada «Tempo e Competência são vida»."
15 comentários:
Anteontem já era tarde
Certo dia (aliás noite) tive que recorrer a uma Urgência de um certo Hospital Distrital com um familiar que apresentava uma sintomatologia, que dado o histórial clinico, poderia configurar uma situação potencialmente grave. O Serviço era assegurado por um médico e um enfermeiro, que tinham que atender idosos e crianças, vitimas de acidentes e vitimas de excessos etílicos....algumas situações graves e muitas outras nem tanto....pacientes e impacientes.
Agradeço a actuação calma e segura da jovem e escassa, mas eficiente, equipa. Sinceramente, ou já estavam muito tarimbados naquelas lides ou já estavam por tudo....e há muito que tinham "ligado à terra"...porque trabalhar um "circo" daqueles... não há nervos que resistam !!
Desta vez a situação foi controlada atempadamente. Mas se a coisa se complicasse, que tipo de actuação poderia ter uma equipa com recursos tão limitados !?
Quem é o (ir)responsável pela
organização de um Serviço de Urgência nestas condições...?! É uma clara falta de respeito quer por quem lá trabalha quer por quem necessita de assistência.
Já agora uma palavra para o INEM, que mais uma vez não respondeu quando era necessário....ORGANIZEM-SE !
O INEM não respondeu?? Depende... se calhar o seu problema era uma unha do pé encravada... pudera, o INEM tem mais quem atender!!!
Os recursos necessários... paga voçê???
Só espero que não olhem apenas aos números (que também são importantes...)!
Não, não se tratava de uma unha encravada mas sim de um EAM. Do 112 nem resposta... surdo e mudo! Já agora, obrigado aos Bombeiros Voluntários que apesar de não estarem preparados para este tipo de situações fizeram o melhor que puderam.
Quanto ao anónimo bitaiteiro espero que, se um dia também tiver uma "unha encravada" chame um taxi...está a vêr...para poupar recursos !
Parece-me de facto muito difícil que o INEM tenha ignorado um EAM. Das duas, uma: Ou a situação foi mal explicada, ou não havia meios disponíveis. Mas, parece-me um cenário um pouco estranho...
Faça uma exposição! Todas as chamadas são gravadas no CODU, pelo que o seu diálogo com o OPCEM/Médico devem estar registadas...
Ou então explique melhor a sua versão. Colaboro desde há muitos anos com o INEM, e não me parece que a situação esteja bem explicada. Em relação à organização, o INEM é uma das instituições de socorro pré-hospitalar mais bem organizadas, e uma das únicas no mundo a levar um médico e um enfermeiro, totalmente equipados ao local da ocorrência!
Obviamente, nestas ocorrências, "problemas ungueais" não estão contemplados!
Certamente que as equipas do INEM funcionam bem! Desde que consigam chegar ao local em tempo útil...porque exemplos de dificuldade de comunicação e descoordenação são mais que muitos!
A coordenação, gestão e logística de um serviço de emergência de nível nacional é uma tarefa complexíssima não isenta de falas, claro. Cabe a todos nós, dar o nosso contributo para que tudo melhore (ex. evitar chamadas falsas, evitar chamadas sem caracter urgente, fornecer dados objcetivos e claros, colaborar com o operador telefónico e seguir EXACTAMENTE as suas intruções)... Uma palavra de desagrado para com a nossa rede viária que não é "amiga" dos veículos prioritários, nem facilita o seu desempenho!!!
A propósito de lobies: é verdade que um professor em dedicação exclusiva é obrigado a apresentar a declaração de IRS, enquanto que um médico em tempo completo prolongado nunca a apresenta? Vis isto num blog: http://polosul.blogs.sapo.pt/
Isso é redundamente falso. Os médicos em dedicação esclusiva com ou sem tempo completo prolongado apresentam a sua declaração anual de IRS.
Dedicação eXclusiva.
A vida está é para os médicos: fazem pouco e ganham bem... talvez se o fisco se lembrasse de "fiscalizar os médicos" ia ter uma surpresa desagradável... olhe, começava logo pelos médicos em dedicação exclusiva que trabalham em todos os cantos.......
Queria dizer ROTUNDAMENTE falso e não REDUNDAMENTE falso.
As minhas desculpas aos leitores. Quanto ao último comentário:
não quero voltar ao mesmo. Mas por favor denunciem esses casos. Até os podem denunciar para aqui, anonimamente, que os faço chegar à Inspecção-Geral de Saúde. Isso são casos de polícia que têm que ser denunciados, mas sem nomes não adianta falar! Eu comprometo-me a fazer chegar à IGS o nome de todos os casos de médicos que estão em dedicação exclusiva e trabalham na privada.
Atenção que a dedicação exclusiva - seja qual for a profissão - não tem a ver com horas de trabalho (cada um é livre de trabalhar as horas que quiser e, claro, quem trabalha mais deve ganhar mais) mas com incompatibilidades de exercício (se um indíviduo trabalhar para a optimus de manhã, com certeza que não deve trabalhar para a TMN de tarde; se um indíviduo trabalhar na cirurgia de um hospital não deverá trabalhar na clínica cirúrgica concorrente, etc, etc)
Lembro-me de um professor amigo que dizia: "se um contabilista de uma empresa faz umas escritas em casa à noite, é um esforçado pai de família; se for professor e tiver dois empregos, é um tubarão!"
A questão não é onde trabalha: trabalha bem, ou não?
O que acontece é que os politiqueiros dos partidos (os que têm emprego assegurado nas coisas públicas esemi-públicas) não podem ser confrontados com os seus disparates e a sua falta de qualidade. Logo, há que apontar o dedo a alguém antes que lho apontem a ele...
Se quiserem mudar alguma coisa, corrijam os erros, em vez de anadar à procura de culpados.
Enviar um comentário