Excesso de Antibióticos: A Culpa é de Todos, Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Laboratórios, Doentes, Comunicação Social e Estado!
Pois é!
Ninguém quer assumir a culpa, mas a culpe existe e é de todos.
Um facto: eles vendende-se em abundância. Há milhares de exemplos de que a culpa é de todos. Ninguém pode fugir, nem sacudir a água do seu capote.
Este autor confessa que prescreve presentemente muitos menos antibióticos do que o que prescrevia há anos. Pratico a chamada "prescrição desfasada": a mãezinha leva duas receitas, a do antibiótico será para aviar meia duzia de dias depois se não melhorar
Até o Estado tem culpa. Não regula, abstém-se e tolera que se encontrem a vender em ambulatório antibióticos que só deveriam ser usados em ambiente hospitalar.
Todos são culpados e todos sofreremos por este excesso...
21 comentários:
A culpa é também dos enfermeiros? Como MEMAI?
Oh minha cara amiga, não conhece enfermeiros que "prescrevem"? Eu conheço muitos.
Um caso concreto, para não dizer que invento: uma enfermeira de uma clínica prescreve a todas as pessoas que lá vão fazer pensos o floxapen. E a farmácia ao lado, vende, o que ainda é pior...
Caro MEMAI, aqui dou o braço a torcer no caso dos farmacêuticos (mais dos "ajudantes técnicos ou técnicos", mas o responsável é sp o DT, ou seja, o farmacêutico). Infelizmente sei q há muitos colegas de f. comunitária que dispensam/permitem que sejam dispensados atbs sem a receita médica. E o escândalo que as pessoas fazem quando lhes são recusados os atb's. Passa-se o mesmo nas consultas médicas? E era tão fácil isto acabar... O chamado "cliente mistério". Ia o inspector do Infarmed à farmácia, pedia um ATB. Se fosse vendido sem prescrição: processo a quem vendeu e a quem é responsável pela farmácia. Idem para as consultas médicas para qd houvesse prescrição sem haver indicação para tal. Enfºs a prescrever, processo também. Cumprimentos, NA.
Eu acho que a culpa é da ciência mesmo... ao fim de tantos anos de investigação ainda não é possível afirmar com certeza e na hora se uma infecção banal é vírica ou bacteriana... os doentes ignorantes nem percebem a diferença e pedem logo antibiotico; os médicos cautelosos tb não podem dar 100% de certezas que não vai precisar mais tarde de atb e à cautela já fazem "prescrições desfasadas"; os enfermeiros a quererem exercer uma medicina de imitação sugerem logo, só que para todos os casos... e os farmacêuticos são o elo mais fraco da cadeia e obviamente não vão recusar uma prescrição que pode melhorar o estado de saude do doente aflito que têm ao balcao? Não acham que a culpa é mesmo da Medicina?
Ana
Cara Ana, só em casos excepcionais - comigo aconteceu uma vez apenas - há a recusa da dispensa de um medicamento prescrito em f. comunitária (em f. hospitalar o caso muda muito de figura). Por isso, é compreensível q os farmacêuticos dispensem o que vem prescrito nas receitas médicas. O que não é compreensível é que dispensem ATBs sem a obrigatória receita médica. Isso não compreendo, acho que é a busca do puro lucro e sou o 1º a condenar os colegas q o fazem. Mas a verdade é que há muita pressão das pessoas, tanto no balcão da farmácia, como no consultório médico e muitas vezes nem uns nem têm a vontade nem a paciência para resistir a uma pressão ridícula. O que, verdade seja dita, n desculpa médicos nem farmacêuticos. Não me parece pois que a culpa seja da Medicina. A culpa é de todos: dos doentes que pressionam os médicos, dos médicos que prescrevem sem indicação, dos farmacêuticos que vendem sem receita e dos enfºs que pensam ser médicos. Porque a Medicina e as ciências básicas existem para nos ajudar. Se não as sabemos utilizar, culpemo-nos a nós próprios. Cumprimentos, NA.
actualmente não tenho a culpa. em tempos trabalhei numa prisão, não estou a falar de um hospital numa prisão, em que prescrevia antibióticos (sou enfermeiro).
a culpa é dos médicos, não tenho dúvidas. esta história do excesso de antibióticos é coisa dos hospitais.
afinal também tenho alguma culpa: quando não abro a boca, quando o médico altera a prescrição do antibiótico diariamente
Caro NA
Engraçado quando diz que os enfermeiros que sugerem ("prescrevem") antibióticos querem ser médicos, já os farmacêuticos não...
continue assim...
Em relação ao tema em causa,creio que os principais responsáveis serão os médicos, porque a eles cabe a prescrição, as restantes situações serão apenas residuais (contudo esta opinião carece de fundamento cientifico)
Para mim a culpa principal é da falta de formação da maioria das pessoas deste país. Falta formação nas escolas, no trabalho, na televisão, nos jornais... há muita falta de educação para a saúde. Pede-se assim aos médicos, enfermeiros e farmacêuticos - que sejam uma parte mais activa da solução, educando as pessoas –eu sei que leva tempo, mas resulta. A maioria das pessoas pensa que uma gripe ou uma constipação de trata com antibióticos.
Os enfermeiros a "receitarem" antibióticos (parece-me mais raro) já a sua dispensa na farmácia sem receita ...e com o farmacêutico a fazer de médico!
Quantos antibióticos querem? É só ir à farmácia.
Penso eu de que:
Deveria existir um maior controlo na dispensa de alguns fármacos, nomeadamente os antibióticos;
Muitos medicamentos sem necessidade de receita médica deveriam carecer de indicação/prescrição obrigatória por um profissional de saúde (médico, farmacêutico ou enfermeiro), existindo um registo obrigatório de quem indicou determinado fármaco - mesmo sem a tal receita médica.
Deveriam existir auditorias periódicas às prescrições dos médicos e às indicações de farmacêuticos e enfermeiros;
Deveria existir um registo informático dos medicamentos que cada doente toma, disponível para consulta dos profissionais de saúde. O tal CHIP, não é? Poderia lá estar os medicamentos que determinado doente não pode fazer.
E sobretudo, muita educação para a saúde.
PS: Muitas, mas muitas pessoas tomam medicamentos por conselho do vizinho, do amigo, do primo. Têm varizes esofágicas e tomam AINE (às vezes o mesmo e de várias marcas e cores) e também um AAS para a febre que fez bem ao ti Manel . E por aí …
Mas... desde quando é que os enfermeiros podem indicar ou prescrever? Acho piada... Os enfºs são sp os santos e os coitadinhos. nc fazem nd de mal. agora os únicos malvados são os estupores dos médicos e os sacanas dos farmacêuticos! Jamais se poderá tocar na integridade (ou falta dela) dos srs. enfºs! NA
Estamos a falar no caso concreto da prescrição de antibióticos!
É muito fácil chegar aos números reais de medicação prescrita e da medicação que foi fornecida na farmácia, a que foi prescrita será da responsabilidade do médico, a que foi fornecida sem receita será do farmacêutico (ainda que possam ter sido os técnicos)agora diga-me onde está o enfermeiro no barulho.
Realmente, quando é para apurar responsabilidades...
Se os antibióticos estão na farmácia e se são os farmacêuticos a dispensá-los e se para adquirir um antibiótico é necessário receita médica: ora a culpa deve ser do enfermeiro!
NA - parece anedota!
TODOS os antibióticos que são vendidos na farmácia sem receita médica são da inteira responsabilidade de quem os vende, ou irresponsabilidade...
NA - Não percebeu nada de um post anterior, mas também não vou perder tempo a explicar. Deixe-se de corporativismos e de preconceitos fúteis e pense nas pessoas e nos doentes.
Já de esqueceram do testemunho do perito Medico-Legal, Professor Pinto da Costa, no julgamento do médico acusado de ter contribuído para a morte de uma criança com gastroenterite? Que "talvez" se o médico tivesse receitado um antibiótico mais "forte" (foi essa a expressão usada, não foi?)? ... Pois é, querem o utente no "centro" do sistema, desde que os médicos assumam sempre o papel de maus. Maus se não prescrevem, maus se prescrevem.
De acordo com o regime jurídico das farmácias de oficina as farmácias estão autorizadas a dispensar MSRM em casos de "força maior".
Nega-se portanto que haja enfºs q "prescrevem" ou aconselham, melhor dizendo? Não existem é? O MEMAI inventou? Quem concorda com ele está a inventar? Se calhar são perfeitos... Ainda bem que os enfºs me vieram avisar q ao transcrever a medicação (por acaso um atb) que um familiar meu tinha de fz qd foi transferido entre 2 hospitais eu me tinha enganado e por isso ele falhou duas tomas... Ah! Calma! Afinal foi ao contrário. Os perfeitos enfºs é q meteram água e eu é q tive de ver o erro. Mas pronto... Os enfºs são perfeitos. Só faltavam criarem coragem para culparem outros q não os farmacêuticos... Mas dos médicos têm medo, pois é. Eu, quando for grande, quero q a OF tenha um 1/100 da força da OM. Isto de ser sp o elo mais fraco tb é chato... Os médicos estão optimamente organizados, os enfºs são mais q as mães e os farmacêuticos apanham por tabela. Enfim... é ir vendo e rindo... Aqui http://www.peliteiro.com/2008/11/cabra-cega_24.html por exemplo.
Os enfermeiros são educados (ou será mais do estilo - domesticados?), logo desde o 1º dia, e depois durante toda a sua "exímia" e "exigente" formação politécnica (apenas com uma cadeirita de farmacologia a valer uns anedóticos 2 ECTS e outra, mais conhecida por anatomo-fisio-bio-histo-imuno-patolgia, que de tanta "logia" junta não é nada) a respeitar aqueles que serão os seus futuros "senhores" e a quem devem reverência (sabem bem de quem estou a falar). É natural que não os ataquem publicamente (apesar de o fazerem entre si, como qualquer bom empregado desdenha do seu patrão).
Engraçado porque nunca me tinha apercebido deste desdém farmacêutico acerca dos enfermeiros.
Será porque, até agora, todos beneficiavam de um sistema em que éramos poucos ? Um "nacional porreirismo" de prescrição, aconselhamento e dispensa de fármacos com lucros corporativos para todos, excepto para o utente ? Ou porque subitamente, o excesso de profissionais em todas as áreas de Saúde (exepto a médica obviamente) conduz a uma mais feroz rivalidade inter-classes ?
É que no meu tempo (e não me considero velho...) existia um pouco mais de respeito pelos valores, funções e fronteiras de cada profissão. Quando acabei o meu curso base, lembro-me perfeitamente da minha saudosa Drª Alice, farmacêutica resposável pela farmácia da minha localidade, me pedir alguns cartões profissionais, no sentido de fornecer aos seus clientes que necessitassem de cuidados de enfermagem. Da mesma forma, sempre que caso algumas associações me suscitassem dúvida (sim, sou enfermeiro e não sou perfeito, caro NA) respondia sempre aos meus doentes : "quando for comprar à farmácia pergunte à Drª Alice. Eu sinceramente tenho dúvidas !". Claro que parece que estes tempos já vão longe e nem a Drª Alice existe mais (para grande pesar meu), nem eu tenho já pachorra para recém licenciados imberbes tipo NA e outros anónimos que vêm com esta filosofia da Licenciatura de 1ª e de 2ª. A esses senhores, convido-os a passarem algum tempo nas UCI´s e Blocos do meu hospital, para discutirem mano-a-mano a tal cadeirazita de farmacologia, com os enfermeiros que lá trabalham, a ver se conseguem ter algo mais a acrescentar. No que respeita a aconselhamento sobre fármacos, era o que mais faltava que não o pudesse fazer! Talvez deixasse essa tarefa para os "praticantes de farmácia" que vemos atrás dos balcões do Continente e afins, ou de certas farmácias cujo responsável técnico dirige a mesma a partir de um chalé em Bora-Bora, provavelmente oferecido por um qualquer laboratório.
Culpas nos atb´s ? Obviamente de todos ! Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, governo, etc.
Mas agora pergunto: quantos de nós aguentam os 5 dias de febre dos nossos pequenitos sem poderar antibióticos? Ou quantos enfermeiros tratam a úlcera com contaminação/infecção sem aconselhar ao utente antibiótico ? Ou quantos farmacêuticos recusam à sua melhor cliente a embalagem do "Bactrim Forte" perante as queixas da sua 15ª infecção urinária? Ou quantos médicos não se defendem das queixas respiratórias do seu doente de 80 anos com a prescrição de antibiótico? E que dentista extrai o dente sem o antibiótico preventivo?
Sejamos intelectualmente honestos!
E de uma vez, parem com esta treta dos enfermeiros isto e aquilo ! Isso chama-se preconceito ! Bons e maus profissionais existem em todas as profissões. E então nos farmacêuticos temos desde os investigadores de intelecto profícuo até aos imbecis balconeiros. Tal como existem médicos exímios e incompetentes. Tal como coexistem enfermeiros esclarecidos e néscios. Onde está a novidade ? Na forma como cada classe consegue camuflar isso ? Não é preciso. Os utentes cada vez mais sabem julgar por si.
Por isso, caro NA e afins, se o seu ego lho permitir, aceite este modesto conselho: ninguém sabe tudo sobre tudo! Não é pelo facto de alguém lhe conferir um papel dizendo que é Licenciado, que isso faz de si um iluminado sobre determinada matéria. Apenas que abriu com mais ou menos mérito uma porta para um determinado percurso. E pelos vistos o seu está muito no início... e na direcção errada se me permite.
Saudações.
Caro navarra, a forma é bonita, mas o conteúdo é fraquinho. NA
TODOS erram, meu caro NA. Só que há erros que se pagam muito caros...
Acredite que num hospital, o profissional mais sujeito ao erro é o enfermeiro, dada a enorme responsabilidade dos seus actos. A responsabilidade da prescrição é do médico, a dispensa do farmacêutico, mas a administração é do enfermeiro - e muitas vezes não é tão simples como isso - o que fazia se visse estas prescrições:
- Diazepam 10mg IV SOS
- Digoxina 1 ampola IV 1X dia
- Aminofilina 240mg IV 12/12 h
- Anfotericina B 400 mg IV 1 x Dia
Pegava nas ampolas e injectava no doente, não considera importante "saber" mais alguma coisa? A preparação e administração de fármacos não é uma tarefa menor ...pelo contrário.
Quem tem mais responsabilidade: quem fornece ou quem administra?
O farmacêutico lê a receita do médico , pega numa caixa de comprimidos e dá ao doente na farmácia, fazendo o troco, claro ...e o cartão dos pontos. É um ser muito autónomo, até parece que foi ele que prescreveu o medicamento. Os enfermeiros confirmam a prescrição, requisitam os medicamentos, fazem a sua preparação e administração (por vezes em doentes completamente instáveis, por vezes seguindo protocolos terapêuticos, por vezes num doente monitorizado, ventilado, com múltiplas linhas venosas e arteriais, etc) … são uns ignorantes e incapazes.
Lembro-lhe só mais uma vez que quer os médicos, enfermeiros, farmacêuticos ou pedreiros, são acima de tudo seres humanos – todos eles (em grupo) uns melhores que outros e todos, TODOS com a possibilidade de falhar, de errar, percebe ...fica mal julgarmo-nos superiores aos outros ...e eu que julgava alguns médicos pouco humildes, perdoem-me!!
Será difícil admitir que no caso da dispensa de medicamentos (nomeadamente) os antibióticos – são os farmacêuticos os principais responsáveis?
Passe bem e seja feliz!
Eu vou-me escusar aqui a comentar o senhor de cima porque não estou para fomentar nem manter discussões imbecis, ocas e desprovidas de interesse, típicas de alcoviteiras - e certas classes [profissionais]. De qualquer modo, fica a ressalva: muita urticária provocam os "trocos" e o "cartão dos pontos" ao pessoal da enfermaria. Bem-haja!
O sr. de cima tem mais argumentos que o senhor de baixo, esse é o seu problema, meu caro.
Alguém se deu ao trabalho de ler o q eu escrevi?! A sério? Alguém?! Nomeadamente os srs enfºs?! já nem me lembro qual, mas algum imbecil começou aqui a dizer que eu achava q os farmacêuticos não eram culpados de nd, bla bla bla. qd a 1ª coisa q eu disse é q os farmacêuticos q dispensavam atbs sem prescrição médica deveriam ser condenados. Bem como os médicos q prescrevem sem indicação ou os enfºs q os "recomendam". mas pronto. tb n vou comentar imbecilidades sobre cartões de pontos e etc, da mesma pessoa q diz q o farmacêutico "lê" a receita e o enfº "confirma". Se há alguém q tem falta de humildade são os enfºs q aqui falam, pq ainda nenhum foi capaz de admitir q os enfºs tb fazem asneiras. dizem só q "todos erram". e claro q é fácil "atiçar" as pessoas a pedir um atb na farmácia e dp dizer q os culpados são os farmacêuticos. q palhaçada... e houve aí uma alma qq q disse q um médico n resiste a dar um atb a uma velhota de 80 anos, ou um progenitor a uma criança com febre há 5 dias ou o farmacêutico a dar um atb à melhor cliente. Q falta de honestidade intelectual! então compara-se uma criança com febre ou um idoso com uma infec. resp. a uma "melhor cliente"?! e qual é o prob de dar um atb a uma febre q n cede ou a uma infec respiratória, já agora? eles n fora inventados para isso? é pena q meia dúzia de imbecis armados aos cucos façam transparecer q a classe dos enfºs é ignorante, básica e orgulhosa (no mau sentido), qd tal é completamente mentira e na realidade tratam-se de profissionais indispensáveis a qualquer sistema de saúde. Cumprimentos, NA
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