Pais Negligentes? Ou Pouco Informados? Ou Jornalistas Maldosos?
Mais uma pérola do Correio da Manhã e dos seus jornalistas, desta vez
Pedro Sales Dias
A criança, de quatro anos, chegou à Urgência pediátrica do Hospital de S. João pelas 19h50. [Não refere o jornalista, aqui, na entrada da notícia, que o pai o trouxe de Vila Verde cerca de 70 km do Porto, na sua viatura, passou por inúmeros hospitais – Braga, Barcelos, e Centros de Saúde e não sentiu necessidade de bater á porta das urgências…] Segundo o pai, só foi visto por um médico quatro horas depois
A vermelho as mentiras da notícia:
28 Março 2009 - 00h30
Porto: Pais revoltados com atendimento do Hospital de S. João
Criança esperou horas na Urgência
"Passei o dia mais difícil da minha vida ao ver o meu filho em agonia sem que nenhum médico lhe fizesse alguma coisa". Manuel Reis mostra-se assim indignado com a situação que teve de enfrentar no passado sábado. O filho, de quatro anos, foi atropelado em Vila Verde e transportado de carro para o Hospital de S. João, no Porto. "Só pensei em pegar no meu filho e levá-lo rápido, nem pensei em bombeiros ou INEM", explica.
No entanto, a pressa do pai pouco adiantou. Segundo a família, o menino teve de esperar quatro horas para ser observado pelos médicos. "Entrámos na Urgência pelas 19h50. Colocaram o meu filho numa maca. Passadas três horas e com muito sofrimento, o meu filho continuava na maca sem ter sido observado pelo médico", disse o pai, docente de profissão. Foi então que Manuel Reis se descolou à triagem da Urgência pediátrica para protestar pelo que estava a acontecer.
"Disseram-me que havia mais casos graves e que só havia dois médicos de serviço na pequena cirurgia. E adiantaram que no futuro ainda iriam ser menos", disse.
Contactado pelo CM, o gabinete de comunicação do hospital preferiu não fazer declarações sobre o caso. Segundo o professor, o filho só foi visto quatro horas após ter chegado ao hospital. Depois disso, a "saga continuou", tal como explica o pai: "Foi observado por um médico que só mandou fazer raio-X à cabeça e ao pé. Teve de andar de um lado para o outro até que, finalmente, mandaram fazer raio-X à perna. Descobriram que tinha o perónio fracturado".
Dada a violência do choque, Manuel Reis diz que foi uma sorte o seu filho não ter tido hemorragias internas.
E se as houvesse os pais seriam a única entidade negligente. Sem dúvida. Perente esta notícia, a Procuradoria deveria levantar um inquérito, por “não assistência atempada por parte dos pais”.
Ver no no GoogleMaps a distância entre Vila Verde e o Porto. Fico incrédulo, como pai e como médico.
Portanto, se foi como o pai descreve, há negligência grave, se não foi assim, foi o senhor Pedro Sales Dias que inventou ou fomentou ou pagou a noitícia.
3 comentários:
oh diabo parece-me longe para burro...mas não sei porquê alguma coisa que me parece ainda mais burra...na génese do problema logo no inicio...se a criança foi atropelada o pai, se fosse homem sensato não a deveria ter deixado quieta no sítio onde ela estava, tentando que ela se mexesse o menos possivel, para evitar por exemplo o agravamento de uma lesão vertebromedular, para não falar de outras coisas, menos do dominio do senso comum...quer dizer...eu não percebo nada disto...não sei :P
Boa noite sr doutor
E ainda se admira!? Bem, já devia estar avisado e preparado para a ignorância de alguns doentes e familiares bem como para a leviandade de alguns jornalistas. Aos primeiros ainda os desculpamos pelo medo, pela emotividade envolvida. Mas, aos segundos... haja paciência! Comportam-se como vampiros: alimentam-se do medo dos doentes e familiares e da vulnerabilidade dos profissionais de saude que na maior parte das vezes são julgados na praça pública sem direito a defesa!
E parece que está outra vez na moda falar do mundo da Saúde... lá vamos voltar á exploração das lágrimas e dos sentimentos...
Mantenha a clarividência! E tenha a certeza de que não está sozinho! Somos muitos que todos os dias aturamos estas maravilhas criativas!!
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Falta ainda acrescentar o Hospital de Famalicão, perto do qual o pai terá passado.
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