terça-feira, abril 01, 2008

Novo: A Ingerência On-line dos Media no Funcionamento das Instituições da Saúde!

Pela primeira vez, um jornal digital coloca uma notícia (ou não-notícia!) no seu site reportando situações que ainda se estão a desenvolver num banco de urgência.

Esta ingerência vai colocar os médicos e restante pessoal da saúde perante a intensa pressão dos media on-line.

No Diário Digital de hoje.

"V. F. Xira: Cardíaca por atender na Urgência há oito horas

Uma idosa com problemas cardíacos entrou há mais de oito horas na Urgência do Hospital de Vila Franca de Xira, onde a falta de médicos impede hoje a assistência atempada de doentes, indicaram um familiar e uma médica.

Em declarações à Agência Lusa, David Pereira contou que a sua sogra, de 77 anos, deu entrada na urgência hospitalar às 16:30 de segunda-feira, com problemas cardíacos, depois de ter passado pelo Serviço de Atendimento Permanente de Benavente.

“Já preenchemos quatro impressos a pedir informações e não sabemos de nada. Não sabemos se fez análises, exames, se está melhor ou pior”, relatou David Pereira, acrescentando logo de seguida, citando informações posteriores de uma administrativa, que a sogra “está a ser medicada e avaliada”.

Segundo David Pereira, algumas pessoas que aguardavam notícias dos seus familiares formavam “fila” para apresentar queixa no livro de reclamações.

A chefe da equipa médica da Urgência, Alice Frazão, justificou à agência Lusa a demora no atendimento aos doentes com a falta de clínicos.

“Temos três médicos desde as 08:30 [de segunda-feira] ao serviço quando deveriam estar sete”, frisou, acrescentando que às segundas-feiras é habitual haver “muitos doentes e poucos médicos”.

A 03 de Março, precisamente numa segunda-feira, a Lusa foi confrontada com a grande afluência de utentes na Urgência, que levou doentes a esperarem durante várias horas assistência em macas por falta de camas nas enfermarias.

Nesse dia, de acordo com David Pereira, a sogra teve alta depois de estar 36 horas deitada numa maca.

“Deram-lhe alta porque não tinham sítio onde a meter”, reclamou.

Diário Digital / Lusa"

2 comentários:

Anónimo disse...

Na equipa de médicos do Serviço de Urgência predominam "tarefeiros"?
Pelo exposto, parece...

Anónimo disse...

Resta saber se era o Hospital que "não tinha sítio onde a meter" ou se eram os familiares que "não tinham sítio onde a meter" em casa...