A Notícia Mais Patética do Ano!
Mas será que o JN não tinha mais nada para dar aos leitores?
"Lojistas em vez do INEM no socorro a diabéticaindignação Instituto é acusado de não ter prestado assistência devido à proximidade do hospital, mas garante que doente não quis ser transportada"
Fernando Oliveira - o jornalista inventor.
"Adelaide Vicente, uma das lojistas que assistiram vítima, estava revoltada com actuação do INEMUma mulher de 50 anos que sofreu, ontem de manhã, uma crise de hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue) à entrada do centro comercial Cristal Park, na Rua de D. Manuel II, no Porto, teve de ser socorrida pelos lojistas daquele espaço, porque, segundo estes, o INEM entendeu não enviar meios de assistência para o local, sob o argumento de o Hospital de Santo António situar-se a poucos metros.
O Instituto de Emergência Médica contrapõe, assegurando que nos dois contactos telefónicos efectuados para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) foi dito que "a vítima não queria ser transportada ao hospital". Por outro lado, sublinha que se tratou de uma situação sem gravidade e que a doente poderia encaminhar-se para o hospital "de modo próprio".
Certo é que o caso gerou indingação entre os lojistas. "Chamámos o INEM e responderam-nos que não vinham buscar a senhora porque estávamos a dois passos do hospital e podíamos ser nós a levá-la", protestou Adelaide Vicente, uma das comerciantes que auxiliou a vítima.
A mesma lojista garante, contudo, que a doente não estava em condições de ser levada por populares para a unidade hospitalar, situada a cerca de 200 metros.
A vítima, Maria Lima, que sofre de diabetes, explicou, ao JN, que sentiu-se mal pouco depois de ter ido a uma consulta nas instalações do antigo CICAP, onde teria de voltar para deixar uma amostra de urina. "Quem me valeu foram as pessoas do shopping, que me deram água com açúcar e pão", salientou.
ERA ISTO QUE O INEM IA FAZER???? ATÉ O SENHOR JORNALISTA PODERIA TER DADO UM COPITO DE ÁGUA À DOENTINHA.
Alguns comerciantes lamentam que não tenha havido sequer "instruções por parte do INEM" para o tipo de assistência a prestar.
O Instituto reitera, contudo, que os contactos telefónicos com os seus profissionais decorreram de forma "assertiva", "tendo a médica de serviço no CODU inclusive garantido a colaboração do segundo contactante para acompanhar a senhora nessa hipotética deslocação (ao hospital), o que não veio a acontecer pela senhora em questão ter entendido não ser necessário".
"Vítima sem sinais ou sintomas de gravidade""
A situação em questão dizia respeito a uma senhora consciente, sem sinais ou sintomas de gravidade, apresentando apenas ligeiras tonturas", sublinha o Gabinete de Comunicação e Imagem do INEM, justificando, dessa forma, o facto de o caso não ter sido rotulado com carácter de urgência.
No mesmo esclarecimento, enviada ao JN, o Instituto insiste que a vítima tinha "fácil acesso" ao serviço de Urgência do Hospital de Santo António. "Não pode nem deve o INEM a desviar meios de assistência pré-hospitalares imprescindíveis a outro tipo de ocorrências de maior gravidade para situações que não revistam um carácter de emergência", acrescenta o mesmo esclarecimento, realçando que se trata de um "procedimento habitual", pelo que não configura qualquer tipo de actuação menos correcta".
da-se...
10 comentários:
100 % solidário com o INEM
QUE palhaça, então num centro comercial não havia ninguem que soubesse que estas crises se trata com um pacote de açucar? nem a senhora? tss tsss tss
Uma das características mais interessantes dos doentes é o egoismo que demonstram... qdo alguém se sente mal por menor que seja a gravidadade, logo exige que todos os recursos e meios sejam direccionados para a sua assistência. Não importa se há doentes graves ali ao lado, se há pessoas a morrer noutros sítios, se há acidentes a uns metros. Naquele momento tudo tem que parar para assistir à sua pessoa. Se ela chegou ao hospital antes do doente ao lado que está a ter um enfarte, não importa... ela tem que ser vista em primeiro lugar porque a sua água com açúcar não pode esperar, mas o enfarte pode! É óbvio que toda a gente deveria ser assistida de imediato e tem direito a isso, mas quem gere recursos escassos tem de saber escolher prioridades. Se aquela senhora estivesse a ter algo mais grave, não acharia piada nenhuma que o INEM recusasse o seu pedido porque estava ocupado a dar um copo de água com açúcar a alguém que está a metros de um hospital e que nem sequer estava inconsciente. É claro que não é esta a forma ideal de prestar assistência médica mas as pessoas têm de compreender que não há, nunca houve nem nunca vai haver em parte alguma do mundo um médico só para si, um enfermeiro só para si, um hospital só para si e já agora ao lado de casa, o INEM só para si. As pessoas têm de ser solidárias e aprender a partilhar recursos. Isso começa por aprender a recorrer a eles apenas qdo é de facto necessário.
E não são só os doentes que são egoistas... todas as pessoas que os rodeiam, inclusivamente as suas famílias tb o são e não assumem como sua a responsabilidade de cuidar dos outros. Quem transportava aquela senhora ao hospital? Naquele centro comercial ninguém se sentiu na obrigação disso, mas todos sentiram que era obrigação do INEM. As famílias abandonam os seus idosos nos hospitais porque assumem que não têm obrigação de cuidar dos familiares em sua casa, quer seja o pai, a mãe, os avós... mas o hospital tem obrigaão, é o governo que deve assumir, a assistência social que deve pagar, os hospitais que devem cuidar... mas as pessoas... essas não têm obrigação de nada em relação aos outros. Apenas de exigir tudo em relação a si.
Pode não ser tão patética assim.
Pode não ser egoísmo.
Se lá estivesse o MEMAI, ou eu, ou, até, um maqueiro, um administrativo ou até, se calhar, a mulher a dias de um centro de saúde, seria isso tudo. Gente habituada a lidar com a doença e os doentes.
Não se esqueçam que há pessoas que não sabem nada de nada, iliteracia profunda, muito menos sabendo distinguir uma hipoglicemia de um enfarte. Cuidado, não é bem assim como aqui dizem. De qualquer das maneiras, mesmo para os doutos julgadores da mulherzinha e companheiros de infortúnio, lembrem-se, mais vale cuidados em excesso do que em defeito. Nós só temos uma vida...
Exactamente, caro Mário Sá Peliteiro, mas por isso mesmo é que existe INEM e o CODU para fazerem uma triagem. O patético é o caso ser uma notícia. Isso é que é patético. Basta esterem em causa instituições da saúde e médicos que se faz uma notícia. Patética, mas notícia. Teve um bom Natal? Coitado do Custódio Sá!
Tem razão, a notícia é patética.
Tive, obrigado, e o Memai? Não apareceu por cá? Olhe que as rabanadas aqui são melhores...
Enfim, é a vida.
Sim. As rabanadas do Romero e as francesinhas do Guarda-Sol, de há muitos e muitos anos. Por caso vou à Póvoa por estes dias, em serviço profissional. Mas continuo anónimo. É a minha forma de estar na vida.
A questão aqui não é as pessoas em volta saberem ou não prestar cuidados à doente - é a própria doente. Pois se sabe que é diabética, está farta de ter hipoglicémias e sabe como resolver a situação. Se estivese inconsciente, não havia nada a fazer. A própria sabia que não precisava de ir ao Hospital, pois que se recusou a tal. Sabia que bastava um copinho de agua com açucar para se sentir melhor.
Estes jornalista foi inventar uma notícia à custa dos lojistaas que não resistem a falar à comunicação social.
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