Mourinho - um case study
O blog Blasfémias publicou uma blasfémia pelo teclado do CAA que indiscutivelmente não é uma blasfémia (blasfémia - substantivo feminino, 1. toda a palavra ou atitude injuriosa contra uma divindade ou religião; 2. atribuição de defeitos a Deus ou negação de qualquer dos Seus atributos; 3. dito insultuoso; ofensa; 4. calúnia; difamação; 5. praga; (Do gr. blasphemía, «palavra de mau agoiro», pelo lat. blasphemìa-, «palavra ultrajante»)).
Mais se assemelha a um parágrafo de uma tese sociológica sobre a psicopatologia do povo português. Brilhante!
O noso Povo é assim: 99% dos doentes das minhas segundas consultas, hoje, estavam piores. Invariavelmente à pergunta: então como é que está? As respostas eram: na mesma, pior, nem melhor, nem pior. O único que afirmou que estava melhor, foi directo para o internamento. E foi difícil convencê-lo.
À medida que Mourinho subia vertiginosamente na cotação internacional, o povo português (de onde brotaram os nossos jornalistas e os adversários do FCP) através dos media nacionais ridicularizava-o e consequentemente descredibilizava-o na opinião pública.
Isso Mourinho nunca desculpará e eu estou com ele.
Como disse um adepto do FCP, ao Mourinho, tudo se desculpa. Acredito que a sequência infinita de vitórias e de títulos do FCP evitou a ingestão de muitos prozaques, metamidois, xanaxes, valiuns, efexores e outras drogas para a "boa disposição".
Mourinho foi para os adeptos do FCP, durante 2 anos um bom antidepressivo, um óptimo ansiolítico. Um adorável hipnótico.
Muitos lorenines foram evitados nos dias das vitórias do Mourinho.
Ainda há dois anos, Mourinho procurava emprego: foi despedido do Benfica, rejeitado pelo Sporting, escondido no União de Leiria e redescoberto pelo FCP.
Hoje tem o mundo a seus pés. Hoje pode e deve ser arrogante.
Aliás a única qualidade que os media desportivos e não só, lhe reconheceram em Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário