segunda-feira, março 10, 2008

Povo Que (Ainda) Lavas no Rio e Não Pensas!

Não é anedota. Juro.

Mas uma respeitada doente diz-me que não comprou o seu anti-hipertensor porque comprou um antibiótico para o cão. Aguardou então pela sua reforma, para um mês depois comprar o medicamento que lhe salvará a vida controlando a sua hipertensão.

Mas é este Povo que quer um banquinho ao pé de si...

3 comentários:

naoseiquenome usar disse...

:)
E ainda há quem se queixe da vida de cão...

Anónimo disse...

Não é anedota nem brincadeira. Aliás, é muito sério. Uma atitude que só pode ser compreendida por outra pessoa na mesma situação.
Conheço uma senhora, muito idosa, com uma magra reforma, que se alimenta praticamente só de café com leite e pão, e estes alimentos são sempre divididos com o seu cão. Porquê? Porque é o único amigo dedicado e incondicional que lhe resta.
Por isso não se admire com a atitude da sua doente...

Cris Miranda
Seixal

Clint disse...

Passaram umas boas três décadas… recordo que o assunto foi abordado numa aula prática de semiologia médica… o caso de uma senhora (de certa idade, bem vestida e educada, a encobrir dificuldades financeiras), que aparecia regularmente com o seu cachorro na consulta externa do hospital de veterinária, na então Escola Superior de Medicina Veterinária em Lisboa, …
A bota não dava com a perdigota…as queixas que dava do animal nunca se reflectiam nos sintomas observados… aliás o bicho mostrava-se sempre alegre e brincalhão, ainda que de forma contida… sinais de estar doente é que não…
Dada a regularidade das visitas rapidamente se percebeu que as queixas que a senhora reportava como sendo do cachorro eram realmente suas…
A solidão pode de facto fazer das suas…