segunda-feira, janeiro 26, 2004

Miklós Fehér (1979-2004)

O meu respeito por um homem que nos deixou.
Milhares deixaram-nos hoje, agora, neste minuto. Este jogava futebol. Teve assistência imediata. Segundo ouvi até um desfibrilhador no campo estava, embora com a contra-indicação da humidade.

Morreu depois de sorrir. Porque sorriria, segundos antes de morrer?

Quantos morreram sozinhos, sem imagens em directo, sem assistência médica. Basta entrar um pouco na província. O INEM não existe. Morre-se sozinho, sem imagem, sem louvor, sem televisão.

Mas os nossos jornalistas, ainda o pobre do jogador estava a ser reanimado e já tentavam encontrar bodes expiatórios. Como sempre, para os jornalistas não há morte natural...

A autópsia andará à volta de 'autopsia branca', enfarte, miocardiopatia hipertrófica sub-aórtica, qualquer arritmia ventricular, qualquer aneurisma de grandes dimensões.

Adeus!

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