"O negócio da solidariedade"
Com a devida vénia, transcrevo este bilhete do Mata-Mouros de 2004/01/26:
"Sempre me intrigou o termo IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social). Isto porque pouco têm de particular Instituições cujo financiamento é garantido em 60% ou mais pelo Estado. Em Portugal assumiu-se que a solidariedade é algo de conta quase exclusiva do Estado, o que é óptimo para nos desresponsabilizar e aliviar a consciência. Assim sendo, o Estado é obrigado a apoiar toda a actividade dita privada que, supostamente, se dedica àquela causa.
Mas há aqui um efeito perverso. As organizações deixarão tendencialmente de se focar no seu objecto, naquilo que é a sua missão e tenderão a investir recursos na maximização da “avença” do Estado. A filantropia transforma-se facilmente num negócio; e, desgraçadamente, negócio que envolva o Estado há-de redundar sempre em corrupção."
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