É Por Isto Que O Meu Voto É Pelo Sim
Apenas por isto. Com o SIM salvo vidas.
Sem mais comentários.
No Diário de Notícias de 25 de Novembro.
"Complicações por aborto afectam cinco milhões
Os números fazem lembrar os de uma epidemia. Mas, ao contrário das epidemias que são provocadas por vírus, esta tem causas muito humanas. De acordo com um estudo publicado na revista científica Lancet, cinco milhões de mulheres de países em desenvolvimento têm que ser anualmente hospitalizadas por complicações de saúde, na sequência de abortos realizados em condições de segurança ou de higiene deficientes. E, destas, 68 mil acabam mesmo por morrer. A Organização Mundial de Saúde calcula que todos os anos são feitos 19 milhões de abortos no mundo.
Em comparação, "nos países desenvolvidos, as complicações de saúde por abortos são raras", escreve a autora, Susheela Singh, do Instituto Guttmacher, em Nova Iorque, sublinhando a diferença de padrões de vida.
Segundo esta médica e investigadora, os números mostram que as consequências destes abortos feitos em condições deficientes geram um enorme problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, com impacto nas famílias e na própria economia.
"A melhor maneira de eliminar esta causa altamente evitável de doença e de morte das mulheres, seria tornar seguro e legal o acesso a serviços para interrupção voluntária da gravidez", afirma Singh, sublinhando que um outro objectivo imediato para evitar gravidezes indesejáveis seria "implementar o uso de métodos contraceptivos". Estes objectivos, diz Susheela Singh, são prioritários e críticos nestes países.
A investigadora analisou dos dados de 13 países em desenvolvimento (do Egipto ao Brasil, Chile ou Uganda), relativos às admissões hospitalares de mulheres com idades entre os 15 e os 44 anos, em consequência deste problema."
4 comentários:
(Muito bem, oportuno, um tema que terá grande "auditório")
Mamie?!
Can i live?
A personal question for another life. My life, mamie!
Do you can here me?
Thanks.
Tanks for lasting me.
Eu não voto. É uma questão de consciência. Em consciência individual teria de votar NÃO. Se pensado em termos colectivos, deveria talvez, de acordo com a corrente, votar SIM, o que colidiria profundamente com a minha consciência e vivência (em nada, ou muito pouco, afortunada). Por isso não voto.
De resto isto é tudo uma completa hipocrisia. O referendo é uma pura manobra de diversão do governo, para desciar a atenção de problemas pungentes. As alterações necessárias para o "sim", poderiam, sem mais agitações de bandeiras ser feitas pelo Parlamento, que não o fazendo por sua iniciativa e numa atituide referendária inédita dizer que ascrta o resultado mesmo que menos de 50% dos eleitores votem (isto não está escrito na CRP!) acaba por se demitir das suas funções.
O aborto clandestino é por definição, clandestino. Nunca ninguém saberá ao certo que números lhe correspondem.
Por outro lado esta pergunta idiota do referendo o que pretende é uma liberalização do aborto até às 10 semanas e não a sus despenalização. Até porque, pasme-se: continuará tudo na mesma: despenalização não é igual a descriminalização! Como, em termos jurídicos, entender crime sem pena???? ...
E depois, quem está à porta do MS cheio de pressa são as clínicas abortivas. As mulheres que sentem imperiosa necessidade de abortar não se pavoneiam, não exibem a barriga, não dizem que o corpo é delas. Até porque nada disto é verdade. O corpo é delas sim, delas e do embrião desde a fecundação. O embrião é delassim, delas e do respectivo pai, o qual ora faz chantagem para a extracção do feto, ora nem chega a saber da concepção. E agora imaginem uma grávida de 10 semanas (mais dia menos dia? mais grávida ou menos grávida? muito ou pouco grávida?) a passar à frente de uma cirurgia de urgência, porque os 10 dias se estão a esgotar...
Nos dias de hoje, com toda a informação disponibilizada, só abortará abertamente, de forma paga por todos nós, quem fizer do aborto um método contraceptivo!
E o aborto clandestino nem por isso diminuirá.
Isto é uma aleivosia.
Fiquem em casa. Quietos. Decidam-se na vida em consciência. E obriguem o Parlamento a exercer a função social que lhes cabe.
E não, não me ponham rótulos de direita ou de esquerda.
Depois deste comentário, defender o sim ou o não, já não sei o que vale. Há nesta análise simples quealquer coisa de uma lucidez pouco comum. Eu ia, vou, votar sim, porque conheço casos desesperados onde a informação não chega, onde as mulheres quase cometem o suicídio.
Pensando melhor, estão a usar o meu sim, para não fazerem o que devem. Uma das coisas é apoiar económiocamente as famílias mais desfavorecidas que queiram ter os seus filhos.
Concordo que o aborto clandestino se manterá.
Sinceramente acho esta argumentação um pouco falaciosa.
O que é que em eventual "problema de saúde" a nível mundial - em especial nos paises em desnvolvimento - tem a ver com a despenalização da IVG em Portugal?
Por este ordem de ideias deveriamos distribuir comida gratuita em Portugal pq morrem milhões de fome no mundo!
Ou, mais especificamente, quantas vidas se salvarão em Portugal se o SIM ganhar?
Os números dizem-nos que em 2/3 dos países desenvolvidos a prática do aborto, quando solicitado pela mulher, é legal e possível. Pelo contrário, apenas 1 em 7 dos chamados países em desenvolvimento permite a prática do aborto quando solicitada pela mulher.
E nós? Onde que nos QUEREMOS colocar no mapa?
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