Haja Bom Jornalismo. Bem Haja!
Dois bons exemplos de óptimo jornalismo sobre saúde:
- o programa "Haja Saúde" na 2: produzido pela Companhia de Ideias, com a apresentação responsável e crítica, mas sempre esclarecedora e pedagógica, de Marina Caldas, jornalista e ex-pivot da TV Medicina.
- um pequeno artigo em As Beiras no dia 09/10/04 pela jornalista Dora Loureiro, sobre o seguimento do doente cardíaco no pós-enfarte e resumindo algumas intervenções numas jornadas organizadas pelo Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC). intituladas “Doença Coronária Estável” destinadas a médicos de família, a médicos do internato geral e complementar e a outros especialistas.
O título alerta para uma realidade, ainda pouco compreendida pelo público em geral: "O médico de família na doença cardíaca"
Alguns extractos:
"Os médicos do ambulatório têm uma função decisiva na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença coronária estável, afirmou Armando Gonsalves. Realçar e formar o papel dos médicos de família na prevenção, diagnóstico e tratamento dos pacientes com doença coronária foi um dos objectivos das jornadas que se iniciaram ontem e prosseguem hoje (...) “Prevenir, diagnosticar e tratar a doença coronária estável, de modo a evitar recaídas e a morte súbita, depende essencialmente dos médicos de ambulatório”, afirmou ontem Armando Gonsalves, director do Serviço de Cardiologia do CHC, na sessão de abertura das jornadas."
"Hoje as novas terapêuticas, como os trombolíticos e a angioplastia coronária, determinaram que a mortalidade intra–hospitalar em casos de doença coronária aguda, que há alguns anos era superior a 20 por cento, diminuísse para 11 por cento em 2001 e para 9 por cento em 2003. Um número que nos hospitais que dispõem de angioplastia desce para os 7 ou 7,5, realçou Armando Gonsalves."
"E é neste circuito - na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento dos doentes com doença coronária - que é fundamental o papel dos médicos de família.“Os doentes que sofrem uma doença aguda quando saem do hospital devem manter para toda a vida a medicação estabelecida e a vigilância dos factores de risco”, notou Armando Gonsalves. “E isto depende muito do médico de família, porque foi detectado, em vários países, que os doentes abandonam estas terapêuticas ao fim de alguns meses”.
"Mesmo na doença coronária estável há por vezes sinais de instabilidade que advertem que o doente pode ter de repente uma morte súbita ou um enfarte do miocárdio. “E estes sinais devem ser muito bem conhecidos, de modo a que os médicos de família orientem rapidamente os doentes para as unidades especializadas”, salientou o cardiologista."
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