A retirada do VIOXX do mercado é um escândalo!
Qual a razão porque uma empresa como a Merck retira só agora um fármaco do qual se suspeitava há muito que não era tão inócuo como se afirmava e nem era mais eficaz que os anteriores AINES.
Apenas uma diferença em relação aos AINES tradicionais: menos agressivo para o estômago, em linguagem de leigo para que se compreenda.
Mas porquê retirar só agora e de repente, sem ninguém publicamente se ter queixado previamente, sem nenhum advogado, mesmo norte-americano se ter queixado, sem a TVI ter feito qualquer reportagem com um elemento do povo referindo que morreu depois de ter ingerido o VIOXX. Porquê?
O VIOXX foi muito bem promovido. Foi um êxito de mercado. A Merck ganhou milhões e mais milhões iria ganhar. Foram mais de 2,5 biliões de dólares.
Será um dos maiores escândalos da história do medicamento a nível mundial, da história das multinacionais e da sua seriedade perante a classe médica e os doentes. Porquê só agora?
E porquê o silêncio dos media e dos jornalistas, tão lestos a denunciar médicos e instituições públicas por dá cá aquela palha, por dez reis de mel coado, por reportagens que nem valem um caracol, e agora que poderiam desafiar uma multinacional, fazer investigações sérias. Nada.
Eu que ainda sou independente (talvez por isso me mantenha anónimo), que não sofro pressões, nem tenho negócios com o Estado, proponho aos senhores jornalistas que investiguem. Poderão ganhar um prémio Pulitzer!
O maior embuste do Mundo da Saúde, passa por vocês, jornalistas e nada dizem?
Como se silenciou a nível mundial rapidamente este problema. Até parece que os media fizeram um favor à multinacional Merck avisando a população mundial, mesmo antes dos médicos, da retirada do mercado.
Porque não foram utilizadas as vias científicas para o fazer? Porque não deixaram apenas de produzir e esgotar o stock? Porquê esta rapidez?
Outros laboratórios com medicamentos da mesma classe estão apreensivos. A própria Merck já tem um outro coxib comercializado e que mais tarde ou mais cedo também será retirado.
Um conselho: não utilizem coxibes, pelo menos para já!
Leiam jornais científicos como o New England Journal of Medicine (e as acusações que faz!) ou a revista Prescribe. Jornais à partida não dependentes dos anúncios dos laboratórios.
Algumas dicas para os senhores jornalistas:
Há quanto tempo se suspeitava dos riscos cardiovasculares?
Quantas pessoas faleceram devido ao Vioxx?
Quem se calou?
Quem conluiou?
Qual o papel do INFARMED?
Quem nos defende das poderosas multinacionais?
Há laboratórios éticos?
Os profissionais médicos podem confiar nas multinacionais do medicamento?
Se as autoridades reguladoras que já sabiam e sabem dos riscos do grupo dos coxibes, porque não actuaram?
É verdade que a "democracia" nos EUA é melhor que a nossa e já está a pedir intervenção dos políticos?
Não perceberam (vocês jornalistas!) que os vossos patrões se calaram no dia seguinte?
Eu não prescreverei mais coxibes.
Prontooooooooosssssss.
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