quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Lucy In The Sky Ou The Day After

Apresento-me: sou agnóstico.
Justifico: aguardei o dia seguinte ao dia do funeral, para postar.
Respeito portanto os sentimentos religiosos dos outros, mas considero que as religiões são profissões de fé individual e do foro íntimo de cada um.
Não concordo que a Irmã Lúcia tenha vivido enclausurada toda a sua vida, presumo que desde a adolescência e portanto não lhe foi permitido comunicar com o mundo exterior em total liberdade. Portanto também não sei se era ou não apoiante de Salazar, mas que a Igreja disso fez publicidade, não restam dúvidas.
Eu não fui e não sou apoiante de Salazar. E mais não digo sobre a participação política, que não cívica, da Irmã Lúcia.


Mas se a Irmã Lúcia, os Pastorinhos e outros santos e beatos portugueses existem, porquem deixaram uma velhinha cair da janela de um hospital? E uma jovem puérpera morrer no CHAM, deixando um filho órfão ao cuidado da zelosa cunhada? E porque deixaram morrer três doentes seguidos no Hospital de Lagos?
A resposta é simples: os médicos, essas abstrusas (para a comunicação social, claro!) figuras de bata branca, estão vendidos ao diabo (com letra pequena para não me chamarem seguidor de satã), são impiedosos, e têm um poder superior ao dos Santos e Beatos portugueses.
E se a Irmã Lúcia viveu até aos noventa, aos médicos o deve, principalmente à sua médica de família. Sim a Irmã Lúcia acreditava nas potencialidades de ter um médico de família (segundo os jornais à data da vinda do Papa a Portugal.)


Mas quando iniciei a escrita era para falar da TSF. Sim da TSF que me martirizou ontem com a transmissão de uma missa.
Por momentos convenci-me que estava na Rádio Renascença

Sem comentários: