terça-feira, abril 07, 2009

Empresa participada da ANF já tem autorização para comercializar 23 genéricos

Mais de 20 medicamentos genéricos da marca Almus, controlada pela Alliance Healthcare que é detida a 49 por cento pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), já têm autorização de comercialização, segundo dados na página do Infarmed na Internet.
Os 23 medicamentos genéricos da Almus receberam a autorização de introdução no mercado por parte do Infarmed e fazem parte da lista de novos medicamentos comparticipados com início de comercialização a 1 de Fevereiro de 2009.

A introdução de medicamentos genéricos por parte da ANF tem sido contestada, nomeadamente, pela Apifarma - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, que recentemente apresentou uma queixa à Autoridade da Concorrência (AdC) por distorção da concorrência.
Em causa está a compra por parte da Alliance Healhtcare de uma marca própria de genéricos - a Almus - que segundo a Apifarma poderá colocar os concorrentes em situação de desvantagem.
A ANF avançou também recentemente com a iniciativa de substituir medicamentos pelo genérico mais barato, mesmo com a oposição do médico, uma atitude que já foi considerada ilegal pelo Ministério da Saúde.
Os concorrentes temem que as farmácias, associadas da ANF, passem a recomendar aos doentes a compra dos genéricos Almus, segundo algumas fontes do sector.
A concorrência teme por isso a verticalização do sector, ou seja, que a ANF passe a controlar não só a venda aos doentes, mas também a distribuição e a comercialização de uma marca própria.
A marca Almus pertence à Alliance Healthcare, que em Portugal é detida em 49 por cento pela ANF e em dois por cento pela José de Mello Participações, estando o restante capital nas mãos da Alliance Boots, o maior distribuidor farmacêutico europeu.
Com um volume de facturação de 650 milhões de euros, a Alliance Healthcare é uma das maiores empresas portuguesas do sector, com 450 colaboradores, distribuindo todo o tipo de medicamentos autorizados no ambulatório, num total de 18 mil referências, segundo a página da ANF na Internet.
A ANF congrega 97 por cento das cerca de 5.800 farmácias portuguesas.

Lusa / SOL


Como vêm e se pode comprovar, somos nós médicos que nos moemos com isto?

Em todas as profissões existem bons e maus, nos médicos, nos enfermeiros, nos farmacêuticos, nos empresários, etc., mas convém que cada um se saiba por no seu lugar, que cumpra a legislação do seu país e pratique a sua profissão com o máximo de ética.

Desde o princípio que o MEMAI, postou alertas e deixou pistas para esta situação, continuará a postar avisos à navegação, quando achar que o deve, no interesse da saúde das gentes deste país, contra este tipo de armadilhas, venham elas de onde vierem.

Esperando que a justiça se faça, já que estamos num estado de direito por enquanto.

10 comentários:

um utente analfabeto disse...

E quando começa o Min. Publico, a perseguir criminalmente, todos os médicos, que encaminha os pacientes que observam em banco, para as suas consultas de centenas de euros nos seus consultórios privados, em vez de os encaminharem para um consulta da especialidade no SNS? Não são esses os verdadeiros proxenetas, que depois de chularem o paciente, chulam o estado quando recebem 2000€ para fazer um banco de 12 horas, e depois ainda vão chular viagens às farmacêuticas?

Quantas vezes não fui, eu mal atendido no SNS? Quantas vezes não fui negligenciado por médicos com pouca vontade de trabalhar? Quantas vezes me receitaram seretaides quando poderiam ter receitado o asmatil?
Quantas vezes me tentaram encaminhar para os seus consultórios privados, depois de me recitarem 200€ em medicamentos de "marca" (quando havia genéricos disponíveis), e depois ainda tinham a lata de dizer que não havia consulta da especialidade no SNS!
Quantas vezes não cometeram erros, nas receitas? Quantas vezes não deixaram de me explicar o que tinha e o que iria ser o medicamento, e teve de ser o farmacêutico a explicar tudo?

Por essas e por outras, deixei há muito de recorrer a médicos, quando tenho algum problema vou à farmácia e explico, se o farmacêutico me recomendar um determinado medicamento, tomo-o, e só vou ao médico se este me recomendar nesse sentido. Até hoje, depois de adoptar este sistema, melhorei bastante dos problemas de saúde, e poupei imenso dinheiro em médicos sem qualquer ética.

Classe médica deste pais, tenham vergonha, do que são, percam essa vossa arrogância nojenta, e aprendam com os farmacêuticos. Que podem muito bem ser comerciantes realistas de medicamentos, mas vocês não passam de prestadores de maus serviços, como qual Portugal Telecom, sempre à espreita de uma distracção do cliente para lhe chular, mais uns trocos.

Já agora, toda a gente com 2 dedos de testa, sabe que farmácia é o curso mais difícil, e mais completo na área da saúde. Portanto os senhores médicos, podem largar toda essa prepotência académica, e deixar de insinuar sobre as qualificações dos outros, e começarem a pensar se estão, vocês próprios, habilitados a fazer, o que defendem que os outros não estão! Eu como utente, confio, não em quem usa o canudo a dizer que é médico, ou farmacêutico. Confio antes, em quem me dá provas da sua competência, seja a recomendando-me o melhor medicamento para a situação, seja ao explicar-me (porque não sou médico nem farmacêutico) do que estou a falar e o que é um antihistaminico e o que é que ele faz. Seja quem me dá, um atendimento decente, e não me trata, como um ignorante. Por estas e muitas outras razões confio, nos farmacêuticos.

abeiradoabismo disse...

Todos brigam que tristeza, ja me fz lembrar um ditado bem Portugues são muitos caes só para um osso. E o mais triste disto tudo é quem se lixa é sempre o mexilhão

Anónimo disse...

Mais um utente analfarmaceutibeto irado.
Espero que nunca tenha uma doença mesmo grave tipo um cancro ou então que arranje um farmaceutico com um bisturi (coisa que não se vê muito)

Anónimo disse...

Eu ainda sou do tempo em que o único médico da terra até dava medicamentos a quem não os podia pagar e recebia uma galinha ou uns ovos em paga dos seus serviços.
Assisti c/ muita alegria à criação do SNS e da melhoria das condições de trabalho e atendimento nos hospitais públicos.Mas... nem tudo são rosas e os espinhos dilaceram de forma irreversível muitas vezes.
Más condições de trabalho e cortes nos orçamentos são coisas que não está na nossa mão resolver. Caridade e humanidade estão ao alcance de qualquer mortal e
por vezes,ajudam muito mais do que um antibiótico da última geração ou a mas sofisticada técnica cirurgica.

um utente analfabeto disse...

"Mais um utente analfarmaceutibeto irado.
Espero que nunca tenha uma doença mesmo grave tipo um cancro ou então que arranje um farmaceutico com um bisturi (coisa que não se vê muito)"

Caro médico filho da puta, quando vir um familiar seu a asfixiar e morrer à sua frente com um ataque de asma, pode vir dizer o que é ou deixa de ser uma doença cronica a sério, até lá prezo muito que se foda, e enfie o bisturi no rabinho.

Anónimo disse...

Utente analfabeto.
Lamento desponta-lo mas não sou médico e tão pouco estou ligado à àrea da saúde. Apenas posso falar da minha experiência pessoal e felizmente posso dizer que vi um familiar meu muito querido, nomeadamente o meu filho, ser salvo por uma equipe de cirurgiões após muitas tentativas de curar uma cólica abdominal com medicamentos "prrescritos" por farmacêuticos.
Com isto só quero reafirmar que não consigo prever qual seja a prática clínica de um farmacêutico que lhe permita indiscriminadamente "receitar" medicamentos às pessoas que se vão queixar às farmácias. Se o seu farmacêutico o faz, ainda vem salientar mais o aspecto mercantil da questão. Também não compreendo qual será ao certo a sua capacidade de avaliar a dificuldade de um curso de farmácia vs medicina. Já demonstrou aqui neste blog ter muita pouca capacidade de racionalização e de pensamento coerente. Sugiro que mantenha a calma e que raciocine sobre os assuntos

Anónimo disse...

Anónimo, não ligues, trata-se de alguém analfabeto...

NA disse...

Mas... Deus nos livre que os farmacêuticos prescrevam. Não o sabemos fazer. Tal como não sabemos diagnosticar. Creio que disso ninguém discorda, nem é o que está em causa. Estamos a falar de uma questão monetária. Acho que ninguém põe em causa se a s.a. prescrita pelo médico é ou não a adequada. Há erros médicos (como há farmacêuticos, de construção civil e afins), mas isso é outra história. A questão aqui não é essa. Tenham juízo! NA

Anónimo disse...

Finalmente aqui alguém com bom senso. Espero que agora o nosso ilustre ignorante possa descansar em paz.

Um_utente disse...

A legitimidade do farmacêutico prescrever é tanta como a do médico decidir pelo doente a marca dos medicamentos que vai ter de comprar e tomar.