quinta-feira, abril 02, 2009

Porque Não, Farmácias Nos Centros de Saúde?

Avancemos para a distribuição de medicamentos nos Centros de Saúde.

O Estado adquire genéricos por grosso para distribuição pelas USF e ACES.

Assim sim.
Poupar-se-iam milhões de euros, empregar-se-iam milhares de farmacêuticos e os preços poderiam reduzir-se ainda mais, muito mais!

De um comentário: "é claro que o colega farmacêutico NA está num hospital e não se apercebe do que se passa nas mihares de farmácias do país. Mas é muito engraçado que não vejo os farmacêuticos referirem-se à possibilidade dos medicamentos serem distriuidos nos hospitais e centros de saúde, ficando as farmácias comunitárias para a medicina liberal e seguros de saúde. Acabavam-se as guerras: o Estado comprava para o país inteiro através de concursos públicos, Aí sim, o Estado poupava milhõies de euros."

14 comentários:

Alguém disse...

Ó homem, e se for meter o bedelho na sua casa e deixar a casa alheia?

Os farmacêuticos estão empregados e bem empregados, não se preocupe com o emprego dos mesmos.

Porventura algum farmacêutico se preocupa com a empregabilidade dos médicos?

Vá lá ver se eu estou ali...

Utente pobre disse...

Seria na verdade uma boa ideia... Só farmácias nos centros de saúde e hospitais e médicos igual, nada de consultórios privados. Pagavam-lhes um salário justo, que não diferisse tanto da média nacional e o utente era quem ficava a ganhar.

NA disse...

MEMAI, não sei onde foi buscar esse comentário, nem quem o fez foi desencantar que sou farmacêutico hospitalar. Não sou. É que para além, de comunitária e hospitalar, um farmacêutico tem habilitações para fazer mais 1001 coisas. E, mais uma vez, repito: porque é que um médico vem falar de distribuição de medicamentos?! No que isto está!! NA

Catsone disse...

Utopias...

Poolman disse...

Não porque o da minha terra deve estar para fechar.
E depois nem farmácia, nem centro de saúde e olhem... nem pessoas.

Pedro D. disse...

E pq não um centro de distribuição de comida adquirida por concurso a nível central?

E pq não apenas um modelo de automóvel escolhido pelo governo e distribuido a preço mais baixo?

E pq não....?

Pq n é este o nosso mundo.

Agora importante importante é perceber quais são os interesses legitimos dos médicos no preço ou na marca ou na bonificação dos medicamentos?

Esta questão só surge pq mtos médicos já se esqueceram do que são. As Farmácias prestam um excelente serviço e investem na sua maioria mto bem a curta margem que têm no seu bom volume de negócio. É negócio e ng se esconde em falsos argumentos.

Já os médicos... q n são todos! Conheço mtos q já há mto tempo prescrevem sempre por DCI e qdo com fundamento querem determinado medicamento fazem-no saber e são por isso respeitados. Mas os q não se dão ao respeito pq ando tetrados da cabeça...

O_utente disse...

Os estudos de eficácia das diferentes marcas do mesmo medicamento são do conhecimento de médicos e farmacêuticos, daí qualquer um dos dois poder aconselhar o utente/cliente, mas a decisão final, só a si caberá, sendo que é o comprador. Só assim poderia ser sendo racionais, mas a realidade não se presta muito a racionalidades. Já ninguém desconhece a relação entre a indústria farmacêutica e os médicos e farmácias. O que muita gente pode desconhecer é que os Delegados de informação médica (DIM) também lucram com isto. Para quem ainda não sabe, eu explico o esquema que se anda a praticar (e que ninguém quer ver): o médico prescreve ao DIM o medicamento que este estiver a promover em troca de um bónus. Sendo um medicamento gratuito com a receita médica, o delegado vai comprar á farmácia (que ganha quando o vende) e depois deita fora. O médico ganha o bónus, o DIM ganha a comissão por aumentar as vendas em determinada farmácia e a farmácia ganha sempre que vende algo. Quem perde no meio disto tudo? Os contribuintes que pagam o medicamento que vai para o lixo.

Pedro D. disse...

Ainda em relação à distribuição...

Qtos CS há? Qtos Hospitais há? Qual a distância média a esses centros?

Qtas Farmácias há? Qual a distância média?

rmp disse...

Eu já ficava satisfeito com a liberalização do negócio das farmácias.

Para quem se preocupa tanto com os doentes, os Srs. Farmacêuticos parecem estar um pouco esquecidos deste pormenor.

Anónimo disse...

Caro rmp,

Sabe do que fala? Já estudou os relatórios relativos aos países em que foi feita essa alteração?

Eu como farmacêutico e proprietário ficaria bem melhor com a total liberalização do que com a regulação que hj existe. Mas estou certo que tanto o estado como os utentes sairam bem pior...

NA disse...

Caro rmp, era capaz de ser mais importante autorizarem-se mais faculdades de medicina. É que eu não vejo ninguém queixar-se de falta de acessibilidade às farmácias. Quanto aos médicos não se pode dizer o mesmo. NA

rmp disse...

Eu vejo as pessoas queixarem-se de falta de acesso a farmácias, obviamente quando fora dos grandes centros urbanos.

Ainda que não visse, não vejo qual o problema de haver um número maior, desde que uma regulamentação rigorosa, como é óbvio.

Mas se me explicarem porque é pior para o utente não tenho qualquer problema em mudar de opinião.

Anónimo disse...

Não preciso explicar. Basta pegar no exemplo Sueco em que há pessoas a dezenas para não dizer centenas de uma Farmácia.

Qdo houve a alteração da legislação as Farmácias foram adquiridas por grandes grupos internacionais do sector. Qdo estes grupos pegam começam por seleccionar as que têm maior potencial e actuam numa base de economias de escala. Com isto as mais pequenas deixam de ter acesso às mesmas condições comerciais e acabam por se extinguir ficando o acesso concentrado nas cidades. Isto é um facto não é uma opinião.

Neste momento em Portugal observa-se uma constante passagem de Farmácias de aldeia para cidade. Nas aldeias eram até agora rentáveis mas com as novas exigências de horário e número de Farmacêuticos deixaram de o ser e são obrigadas a tentar nova sorte nos centros urbanos dos conselhos. Infelizmente este é o resultado de uma leia feita por um governo que defendia uma maior acessibilidade às Farmácias... Com a liberalização total este movimento seria ainda mais dramático. E lembre-se que a Farmácia numa aldeia é mto mas mto mais que simplesmente a Farmácia. Pq médicos... esses já só lá chegam 1 ou 2 vezes por mês. Qdo chegam!

Uma liberalização pura e dura levaria a uma aumento do número de Farmácias no curto-médio prazo mas a uma diminuição no longo prazo. São factos! Já aconteceu noutros países. Com a diminuição do número de farmácias diminui o acesso mas também diminui a concorrência e as necessidades de constanta inovação e melhoria.

Se com isto os utentes e o estado ficam melhor servidos. Então vamos para a liberalização total! Cá estarei, contra a minha vontade, para vender a muito bom preço a minha cota de mercado (carteira de clientes).

Anónimo disse...

Novo Mestrado em gestão de campos de golfe em:

http://enfmario.blogspot.com/2009/04/portugal-no-seu-melhor-mestre-em-gestao.htm

Portugal no seu melhor