domingo, dezembro 21, 2008

Alguém Me Pode Explicar Esta Notícia?

Leio o título: “Seis médicos investigados pela Ordem.

Leio o sub-título: “Receitas tramam clínicos.”

Mas parece que no corpo da notícia se fala em farmacêuticos e administrativos…

Não esclarecem os leitores sobre o que se passou, mas o que interessa é pôr “médicos” no título. Têm uma cotação superior à dos farmacêuticos.

É como a marca Benfica. Vende sempre, perca 0-1 ou se proponha ganhar 8-0.

Pobres jornalistas…

 

Leiria: Seis médicos investigados pela Ordem

Receitas tramam clínicos

Seis médicos da zona Centro estão a ser investigados pela Ordem por suspeita de terem passado receitas a utentes que não conheciam nem consultaram. As prescrições foram utilizadas numa burla que envolve três farmácias do concelho de Leiria e lesou o Estado em 277 mil euros.

Na investigação feita pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, concluiu-se que os clínicos emitiram várias receitas em nome de pessoas que desconheciam.

Como não foi reunida matéria suficiente para os constituir arguidos, num processo que começa a ser julgado em Janeiro no Tribunal de Leiria, o Ministério Público mandou extrair certidão para remeter à Ordem dos Médicos (OM). No documento é referida a "conduta censurável" dos profissionais de saúde.

A denúncia seguiu para a Secção Regional do Centro da OM, que abriu um inquérito à actuação dos médicos. O CM tentou saber se as averiguações já estão concluídas mas não obteve resposta até ao fecho da edição.

Muitas das receitas emitidas pelos médicos em causa serviram para dar corpo a uma burla que durou dois anos.

O esquema, segundo a Acusação, envolveu uma funcionária da Sub-Região de Saúde de Leiria, um professor e três farmácias.

A funcionária retirava as receitas dos arquivos da Sub-Região de Saúde e entregava-as ao docente. Este canalizava-as para três farmácias do concelho de Leiria – Boavista, Castela e David – para serem processadas e apresentadas para nova comparticipação.

Os dados reunidos pelos investigadores da PJ de Leiria, sob supervisão do DIAP, referem que a funcionária retirou 4833 receitas dos arquivos, entre 2000 e 2002.

Deste lote, 1581 foram reapresentadas para segunda comparticipação do Estado. As restantes serviram para retirar as etiquetas dos medicamentos e colá-las em novas receitas.”

1 comentário:

Anónimo disse...

De facto a noticia é pouco clara... afinal os médicos assinaram as receitas ou não?