SPOG
Na mesma semana em que o presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Ginecologia (SPOG) afirmava do alto da sua cátedra que as grávidas não eram convenientemente assistidas a nível dos cuidados de saúde primários (venham ao meu consultório, venham, deveria estar ele a pensar...) a Inspecção-Geral da Saúde e o Ministério Público deduziam acusação contra três colegas obstetras do sr presidente, por negligência médica grave, da qual resultou a morte de dois lactentes.
Acusar os médicos que trabalham nos mais de trezentos centros de saúde espalhados por Portugal é uma acusação injusta e infundada.
A opção da grávida é lei, e se uma grávida optar por ser assistida no Hospital CUF-Descobertas, em Lisboa, outra optará por ser seguida pelo seu médico de família em Unhais da Serra, para onde nenhum obstetra se decidiu mudar de armas e bagagens.
O sr presidente da SPOG que se preocupe em melhorar a qualidade da assistência hospitalar às grávidas, porque numa semana três obstetras condenados num país tão pequenino, é obra e deixe os médicos de família em paz, estes sim, distribuídos pelo Portugal profundo.
Estou plenamente de acordo com o encerramento de maternidades que apenas servem os interesses pessoais de quem lá trabalha - são as famosas quintas.
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