A Válvula Aórtica do Jornalista Fernando Oliveira Que Não Virou Juiz
A sua notícia no Jornal de Notícias de hoje é sobre a morte de uma doente ocorrida em 1999 em Vila do Conde e titula-a assim:
“Médico julgado por homicídio – Ministério Público sustenta que houve negligência no atendimento a doente que veio a falecer”
Sem dúvida uma notícia muito mais esclarecedora do que a do Comércio sobre o mesmo caso.
”O caso ocorreu às 22 horas do dia 3 de Novembro de 1999, quando Joaquina Maia deu entrada no serviço de urgência do Hospital de Vila do Conde, com dores de cabeça e vómitos. Era doente do coração, fez-se acompanhar de todos os medicamentos que tomava, mas apenas lhe foi diagnosticada uma enxaqueca.”
Teve alta três horas mais tarde, "porque já se encontrava consciente e colaborante". Menos de 48 horas depois, foi internada de urgência no serviço de neurocirurgia do Hospital de S. João do Porto, onde acabaria por morrer. "A doente apresentava o mesmo quadro clínico, cefaleia na nuca e vómitos, mas já sem consciência, porque a assistência médica prestada no Hospital de Vila do Conde não foi a adequada e só agravou o seu estado de saúde", lê-se na acusação do MP.
A afirmação do Ministério Público é muito polémica.
E mais polémica é quando diz:
“uma "simples auscultação" à paciente e verificar que tinha uma cicatriz de esternotomia mediana”
O Ministério Público demonstra que não sabe como se diagnostica uma hemorragia cerebral.
Já diagnostiquei muitas apenas pela clínica, incluindo a pesquisa de alguns sinais.
Um TAC hoje em dia certifica o diagnóstico.
Uma coisa posso dizer em 25 anos de exercício de medicina: nunca diagnostiquei uma hemorragia cerebral por auscultação cardíaca e visualização de esternotomia mediana.
Não passo cheque em branco a ninguém, nem tão pouco ao "médico José Gonçalves Extremina, residente na Póvoa de Varzim, com 41 anos, e aguarda julgamento com termo de identidade", segundo o Jornal de Notícias informa.
“Médico julgado por homicídio – Ministério Público sustenta que houve negligência no atendimento a doente que veio a falecer”
Sem dúvida uma notícia muito mais esclarecedora do que a do Comércio sobre o mesmo caso.
”O caso ocorreu às 22 horas do dia 3 de Novembro de 1999, quando Joaquina Maia deu entrada no serviço de urgência do Hospital de Vila do Conde, com dores de cabeça e vómitos. Era doente do coração, fez-se acompanhar de todos os medicamentos que tomava, mas apenas lhe foi diagnosticada uma enxaqueca.”
Teve alta três horas mais tarde, "porque já se encontrava consciente e colaborante". Menos de 48 horas depois, foi internada de urgência no serviço de neurocirurgia do Hospital de S. João do Porto, onde acabaria por morrer. "A doente apresentava o mesmo quadro clínico, cefaleia na nuca e vómitos, mas já sem consciência, porque a assistência médica prestada no Hospital de Vila do Conde não foi a adequada e só agravou o seu estado de saúde", lê-se na acusação do MP.
A afirmação do Ministério Público é muito polémica.
E mais polémica é quando diz:
“uma "simples auscultação" à paciente e verificar que tinha uma cicatriz de esternotomia mediana”
O Ministério Público demonstra que não sabe como se diagnostica uma hemorragia cerebral.
Já diagnostiquei muitas apenas pela clínica, incluindo a pesquisa de alguns sinais.
Um TAC hoje em dia certifica o diagnóstico.
Uma coisa posso dizer em 25 anos de exercício de medicina: nunca diagnostiquei uma hemorragia cerebral por auscultação cardíaca e visualização de esternotomia mediana.
Não passo cheque em branco a ninguém, nem tão pouco ao "médico José Gonçalves Extremina, residente na Póvoa de Varzim, com 41 anos, e aguarda julgamento com termo de identidade", segundo o Jornal de Notícias informa.
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