domingo, janeiro 14, 2007

Ourique, Já Em Agosto Se Morria Assim...

No Correio da Manhã de 24/08/06, por Alexandre M. Silva:

"Beja - Médicos não garantem 24 horas/dia
Família de acidentado critica serviço do INEM
Alexandre M. Silva

A vítima mortal, Jacinto Baptista, conduzia este veículo da marca Mercedes
Os familiares de Jacinto Baptista, um homem de 64 anos que faleceu no dia 14 de Agosto na sequência de um acidente de viação em Ourique, Beja, vão apresentar uma queixa ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) alegando falta de assistência à vitima no local do sinistro.
“Não compreendemos por que é que o meu pai não foi assistido no local do acidente por uma equipa do INEM e transportado para o Hospital de Beja pela Viatura Médica de Emergência Rápida (VMER), atribuída àquela unidade no dia 7 de Agosto”, acusou o filho, Vítor Baptista. “Os responsáveis dizem que o serviço funciona 24 horas por dia, mas no caso do meu pai foram os bombeiros que lhe deram assistência porque o veículo não estava operacional por falta de médico.”

O falecido, que conduzia um carro de marca Mercedes, sofreu, por volta das 02h30, uma violenta colisão de um outro veículo, no IC1, perto de Aldeia de Palheiros, Ourique. “Esteve três horas encarcerado e quando chegou ao hospital estava quase sem sangue. Acabou por morrer cerca das 11h00.” Vítor Baptista sublinhou ainda que, caso o resultado da autópsia confirme que o seu pai faleceu por falta de assistência irá apresentar uma queixa em tribunal.

LIMITAÇÕES EM AGOSTO

O administrador do Hospital de Beja, Rui Santos, admitiu que alguns turnos da VMER não se realizaram por falta de médicos com curso, mas sublinhou que o INEM tinha conhecimento das limitações do serviço em Agosto.

Sobre o sinistro no IC1, disse que “o falecimento deveu-se, sobretudo, às lesões”. Segundo fonte do INEM, a operacionalidade da viatura está a cargo do hospital e “foram encaminhados” todos os meios disponíveis para o acidente.
"

5 comentários:

Blogger de Saúde disse...

Custa-me a crer que todos os meios tenham sido disponibilizados! enfim, com a alocação de recursos quem não vive no Litoral Português, sofre!

Contesto apenas o Imobilismo que se vive em Portugal, onde só quando há mortes ou um qualquer problema que se age!

Parabéns pelo Blog, vou passando por cá!

http://enfermagemsu.blogspot.com/

J.F disse...

Nem por acaso, MEMI,infeliz coincidência .... é noticiada hoje em:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=761701&div_id=291

Que mal fazem ou fizeram os alentejanos e por analogia, os portugueses?

naoseiquenome usar disse...

Ora viva. Aí está a desresponsabilização de todos. Já um dia tive a hipótese de "estudar" a utilização (má)/(in)operacionalidade, do "carro rápido" em Beja.

Talvez as lesões provocadas pelo acidente fossem inexoravelmente fatais. Com grande, grande, grande probabilidade.

Mas os meios existentes a montante, tanto que deixam a desejar!

J.F disse...

Talvez sim mas talvez não...
O que interessa é o que é, não o que parece.

Doutor Enfermeiro disse...

Não obstante da minha lamentação para com esta situação, e correndo o risco de ser inoportuno, VMER não significa "viatura médica de emergência rápida" tal como o sr. jornalista refere por ignorância, mas sim VIATURA MÉDICA DE EMERGÊNCIA E REANIMAÇÃO.
Cumprimentos.