Assédios … (parte III/III)
… dos médicos, dos genéricos, dos laboratórios …
Termino o desafio da Sara (jornalista do desBlogueador de conversa) com os laboratórios e o consequente assédio, palavra mágica que faz aumentar a audiência de qualquer órgão da comunicação social, e transforma os próprios jornalistas, em notícia.
Alguém duvida que nesta esfera de blogues, o Abrupto, o Aviz, ou outros, não são assediados para colocarem lá uns linkesinhos (aproveito para agradecer ao Abrupto a referência e ao Aviz a minha colocação naquela sua coluna especial), ou alguém acredita que Marcelo Rebelo de Sousa nunca foi assediado para colocar uns livrinhos no seu link directo para as livrarias? E os jornalistas nunca foram assediados para pôr ou tirar linkesinhos para a sociedade em geral?
E se todos os exemplos que dei, colocarem esses linkesinhos, é sinal de alguma coisa? Acho que não. Serão opções.
Uma notícia do Público da semana passada, (com o título deste bilhete) transcreve o teor de uma conferência de imprensa dos sindicatos representativos dos delegados de informação médica denunciando os seus sindicalizados sobre o assédio aos médicos e a entrega de numerário e outras coisas.
Então se o sindicato sabe, porque motivo não vai directamente ao Procurador Geral da Republica?
E o Público se publicou a notícia, porque não investiga já e descobre os prevaricadores de ambos os lados?
Mas nestes sindicatos há poucos dos actuais delegados, pois estes, são quase todos licenciados, ambiciosos, e considerando-se de passagem na profissão e não muito interessados em situações que lhes tolham o futuro.
Sobre este assédio, não resisto a contar uma história: quando eu era pequenino, acabado de nascer para a vida (por alturas da Filarmónica Fraude!) fui acompanhar minha mãe ao seu médico assistente e lembro-me de uma personagem ter entrado no consultório com um malote para oferecer à senhora doutora. Já lá vão quarenta anos! E pelos vistos, já havia assédio pelos laboratórios aos médicos.
O que se passará agora, com centenas de laboratórios, cotados na bolsa e que querem ver os seus produtos em constante movimento? É fácil de adivinhar... isto é, assédio, prendas, jantares, congressos, existem e sempre existirão, nesta (e em todas as profissões). Só têm que cumprir a Lei.
O que não pode existir e para isso a Inspeção Geral de Saúde tem que actuar (e tem actuado), é má prática clínica, é prescrição não adequada aos fins a que se destina.
Isso será grave e penalizador.
Se a notícia do Público for verdadeira (verdadeira foi a conferência de imprensa), os sindicatos deveriam denunciar de imediato à IGS para punição exemplar dos envolvidos, médicos incluídos.
Sem comentários:
Enviar um comentário