… dos médicos, dos genéricos e dos laboratórios … (parte I/III)
S. do desBlogueador de conversa solicita-me que fale dos médicos, dos genéricos e dos laboratórios.
Não me importo de falar. Eis-me a falar:
“…dos médicos, dos genéricos, dos laboratórios…” citado de mim próprio. Pronto. Já falei. Feita a vontade da S. que, segundo diz, é jornalista.
Mas, aquilo que a S. quer ouvir, não é para mim, notícia. E aquilo que a S. não quer ouvir, para mim é notícia.
Dos médicos: há-os bons, mas há os maus. Há-os prudentes e há os negligentes. Há-os interessados pelos doentes e há os que se interessam pelo dinheiro. Há-os trabalhadores e há os preguiçosos. Há-os simpáticos e há os sisudos. Há-os a procurar o anonimato e há os que buscam a fama. Há-os a sair dos consultórios depois do último doente e há os que nem sequer lá vão. Há-os honestos e há os casos de polícia.
E pergunto eu: a comunicação social, quando procura um, que critérios usa?
E respondo eu: o famoso, com todas as combinações que se possam fazer com os bold e os itálicos do parágrafo anterior, e o caso de polícia, com as mesmas combinações.
É do que o público gosta!
Não tenha dúvida, S.: o famoso, pode ser o menos honesto e o mais simpático. O sisudo, pode ser bom, anónimo e a sair do consultório depois do último doente. O bom pode ser desonesto.
Quem melhor conhece o nosso meio, somos nós, os médicos. E conhecemo-nos à distância de um olhar.
Mas, para seu descanso, transmito-lhe esta verdade: a grande maioria dos médicos são bons, prudentes, interessados pelos doentes, trabalhadores, simpáticos, anónimos, consultam todos os doentes e mais alguns e honestos.
Aliás, o mesmo se passa com todas as profissões, quer as que se passeiam pelos blogues: jornalistas, escritores, artistas, políticos, professores, etc, quer, as que nem sabem o que é um blog...
Dos genéricos, siga para a parte II.
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