sábado, fevereiro 14, 2004

CEM ANOS!

Hoje em dia niguém terá dúvidas sobre o aumento da longevidade da população dos países desenvolvidos. E vai aumentando, aumentando, embore custe a muitos assumí-lo, à custa da medicina ocidental. Da química. Da química biológica.

Aquela que é a verdadeira alternativa para o combate aos factores que nos vão impedindo de alcançar o nosso desiderato genético, que segundo alguns autores se situará nos 150 anos.

Mas será que a sociedade actual está preparada para receber dentro em pouco, milhares (milhões!) de cidadãos centenários?

Parece-me que não!
Pelo que vi há dias, ainda estaremos longe de integrar os cidadão com mais de cem anos.

Ainda há uns anos era raro consultar nas urgências hospitalares doentes centenários. Há dias tive a agradável surpresa de no mesmo período de 12 horas consultar dois destes doentes. Do sexo feminino. Uma acompanhada pela família descendente onde o afecto não faltava (nem era exagerado, como por vezes se nota e é fruto de uma encenação momentânea). A outra, internada num lar da segurança social vinha acompanhada por um funcionário, que à minha exclamação de ser o segundo doente centenário, desabafou:
- "Ai é, não sabia que tinha 100 anos!"

E nós, ainda activos, para que grupo seremos seleccionados? Para o do esquecimento, o do depósito?

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