Errei!
"Não desejo boas-festas aos soldados da GNR que estão no Iraque. Desejo que regressem todos, sãos e salvos. Desejo, isso sim, que concretizem o seu sonho com os ordenados que vão receber. É triste ter que emigrar para uma zona de guerra, para realizar sonhos simples" - afirmei eu no último post no dia 24 de Dezembro.
Nunca uma frase incomodou tanto os meus neurónios.
Martelou toda a noite.
Ideia fixa.
Tenho que a exorcisar.
Mas o que me deu para não desejar Boas-Festas aos soldados da GNR?
Posso não concordar com a guerra!
Posso não não concordar com os pressupostos desta guerra!
Posso não concordar com a ida dos soldados da GNR para o Iraque!
Mas daí a não desejar as Boas-Festas vai uma grande distância. E depois de saber que não consoaram bacalhau...
Quando interiorizei que esta consoada foi a primeira sem a figura tutelar do meu último progenitor, invadiu-me uma tristeza profunda.
A minha Querida Mãe deixou de tutelar os seus quatro filhos que muito lhe deviam.
Confesso que aquela frase ainda mais me atormentou: Não desejo boas-festas aos soldados da GNR. Que parvoíce!
Por isso corrijo-me: Desejo as Boas-Festas aos soldados da GNR, pessoas como eu, e vítimas da intolerância e dos jogos de poder, como todos.
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