Gostava de Ter Terminado Em Beleza... Mas Fui Malcriado... Confesso
Depois de dois dias de intenso trabalho (sábado e domingo) medicando aspirinas, hidratação e repouso paras as dezenas (ou mais!) de casos de gripe que solicitaram ajuda, dos quais cito de cor um caso de uma idosa de 91 anos, que ainda resistiu a três dias de gripe em casa, mas que ao quarto teve necessidade de recorrer à urgência, já sem febre, mas com dificuldades respiratórias, acompanhada pelo seu marido, já com um laivos de demência senil, mas que chorou ao saber que a sua companheira teria que ficar internada (desconfiando que seria a última vez que a veria - mas os médicos também sentem estes casos, bolas!) e um outro de uma gripe complicada com uma reação alérgica grave com edema da laringe em curso, mas que não passou despercebida e tratada adequadamente seguiu pelo seu pé para casa (salvei hoje uma vida, bolas!), para terminar em beleza com dois casos de abuso descarado dos serviços de saúde: são 22 h, deveria ter saído às 21 h e ouço à pergunta habitual de que se queixa? a resposta que me iria estragar dois dias de intenso trabalho: senhor doutor vomitei hoje de manhã e venho saber o que se passa. Mas de que se queixa, neste momento, às 22 h? De nada, era só isto. Adiante e diga-me o que se passa com a sua filha (de 18 anos). Responde-me a filha: senhor doutor, doi-me aqui, apontando para a articulação temporo-mandibular. Há quanto tempo, pergunto eu. Há mais ou menos um mês. Um mês? Sim, um mês.
Minhas senhoras, desculpem-me mas este serviço é para doenças urgentes. Vão-se embora e nunca mais ponham cá os pés.
Vou de férias merecidas, senão ensandecia
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