sábado, janeiro 03, 2009

Não me comprometa pf...!

Pois... até o Expresso não sabe que os Clínicos Gerais não são Médicos Especialistas...e que se aumenta o seu número ao serviço nos Centros de Saúde, tal é pouco abonatório ...

Lisboa, 02 Jan (Lusa) - Nos 346 centros de saúde do país existiam apenas, em 2007, 14 ginecologistas/obstetras, oito estomatologistas, sete dentistas e o mesmo número de otorrinolaringologistas e psiquiatras, revela um relatório da Direcção-Geral de Saúde.

O relatório Centros de Saúde e Hospitais - Recursos e Produção do Serviço Nacional de Saúde (SNS) 2007, publicado no site da Direcção-Geral de Saúde, refere que houve um decréscimo no número de médicos em serviço nos centros de saúde: de 7.096 em 2006 para 7.033 em 2007.

Essa diminuição de médicos reflectiu-se nas especialidades disponíveis nos centros de saúde. Em 2006 haviam 20 dentistas, número que baixou para sete no ano a seguir, o mesmo se passando com os ginecologistas/obstretas, que eram 20 em 2006 e passaram a 14.

A pediatria foi outra especialidade que registou quebras nos números, tendo num ano baixado de 56 para 43, adianta o relatório da DGS, que indica ainda que existem apenas 22 oftalmologistas e 21 pneumologistas nos centros de saúde do país.

Mas houve especialidades médicas que viram aumentar o número de médicos, nomeadamente os clínicos gerais (919, mais 58 que em 2006) e os dermatologistas, que passaram de 19 para 33.

Segundo o relatório da DGS, foram dadas nesse ano 28.989.906 consultas nos centros de saúde, menos 648.727 do que em 2006.

Nos hospitais também se registou uma ligeira diminuição no número de médicos especialistas, que baixou de 16.549 em 2006 para 16.485 no ano a seguir, sendo a ginecologia/obstetrícia a especialidade mais atingida, com 814 médicos em 2006 e 785 em 2007, seguindo-se a urologia (213 médicos, menos oito que em 2006).

As restantes especialidades viram aumentar o número de médicos nos hospitais.

A nível de consultas de especialidade médica nos hospitais em 2007, o relatório da DGS indica que foram registadas 5.719.257 consultas, mais 287.787 do que no ano anterior.

A Medicina Interna foi a que registou o maior número de consultas (485.047), seguindo-se a psiquiatria (453.987) e a pediatria (424.662).

Em 2007, foram realizadas 576.112 intervenções cirúrgicas, mais 25.989 do que no ano anterior.

Foram ainda realizados 85.377 partos nos hospitais portugueses, dos quais 46.878 eutócicos (parto normal) e 27.295 cesarianas, que representaram 24 por cento dos partos realizados em Portugal nesse ano.

Segundo o relatório, 4.182 mulheres fizeram interrupção voluntária da gravidez (IVG).

Em Outubro, a ministra da Saúde afirmou que o reforço de especialistas nas diversas áreas da medicina é uma das prioridades do Governo.

"Colmatar a falta de especialistas é uma das nossas prioridades", explicou Ana Jorge à margem da inauguração das novas instalações da Urgência de Pediatria do Hospital de Faro.

Segundo a ministra, além de medicina geral e familiar, serão reforçadas também outras especialidades onde "existem grandes carências", apontando os casos de obstetrícia, pediatria, ortopedia, urologia e anestesia.

A Lusa tentou hoje contactar o Ministério da Saúde, o que não foi possível até ao momento.

O bastonário da Ordem dos Médicos preferiu não comentar o documento, alegando não o conhecer.

HN.

Lusa/fim

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