quarta-feira, janeiro 07, 2009

Saúde/Gripe: Hospitais militares disponibilizam camas em caso de agravamento da epidemia e de aumento de pneumonias


07 de Janeiro de 2009, 16:21 Lusa
Lisboa, 07 Jan (Lusa) - "Os hospitais militares irão disponibilizar algumas camas de reserva para internamento de doentes com gripe ou pneumonia resultante da epidemia gripal, anunciou hoje a ministra da Saúde, Ana Jorge, que disse já ter contactado o Ministério da Defesa.
"Em caso de necessidade, poderão ser necessários recursos a unidades militares e já foi feito o contacto por mim, pelo Ministério da Saúde, que, em contacto com o Ministério da Defesa, decidiu criar uma situação de excepcional necessidade de poder accionar algumas das camas de reserva dos hospitais militares", referiu a titular da pasta da Saúde, à margem de uma visita ao Hospital Amadora/Sintra, hoje de manhã.
"Até aqui tem havido capacidade de resposta e, portanto, acreditamos que vai haver e temos ainda em estudo outras situações de alternativa de reserva que poderá ser necessário accionar se os hospitais que estão envolvidos e a trabalhar todos em rede tiverem em determinado momento necessidades que excedam a sua capacidade", afirmou.
Mas, segundo Ana Jorge "para que isso possa ser feito terá que haver uma necessidade bem identificada".
A governante sublinhou ainda que "não basta ter camas" para responder às possíveis situações, sendo também necessário "reorganizar os recursos humanos".
"É preciso ter médicos e enfermeiros, o que também tem de ser reequacionado", disse.
A responsável pela pasta da Saúde manifestou preocupação pelas complicações derivadas da gripe, que "estão a aparecer agora", como pneumonias.
"Há um número de procura elevada de internamentos. Mesmo se as complicações forem a pneumologia, esses internamentos não precisam de ficar nos serviços de pneumologia", já que são casos que podem ser tratados noutros serviços que disponham de "cuidados médicos adequados", acrescentou.
Ana Jorge lembrou que a gripe é uma "situação banal" e que "na maior parte das vezes" implica apenas ficar em casa."
SMS/PL.



Parece-me que não estamos preparados para nada e que as coisas se fazem no momento.
Então não deviamos saber já, o que se devia fazer se acontecesse uma situação destas, os circuitos não deviam estar planeados?
Parece que a gripe não existe todos os anos, que a população não é cada vez é mais idosa e que vivem sozinhos e isolados em andares, onde por vezes falta a solidariedade da proximidade.
Mas, na sequência deste problema a Sr.ª Ministra chegou a uma conclusão muito importante, "não basta ter camas é preciso ter médicos e enfermeiros", é um facto, é muito verdade o que diz, sem ovos não se fazem omoletes!

2 comentários:

Anónimo disse...

A gripe existe todos os anos, mas esta ministra não.. este é o primeiro inverno que passa como ministra em função plena, por isso ainda bem que agiu a tempo!

M.I.A disse...

A senhora ministra realmente arranjou umas quantas vagas para uns quantos doentes, mas e todos os outros que continuam internados???
Eu sou enfermeira do HFF, do Serviço de Urgência Geral há cerca de 4 anos, e todos os anos, o panorama é o mesmo... e todos os anos, as equipas de enfermagem. médicas e de auxiliares têm o mesmo número de elementos... e o Pai Natal não nos deu mais braços para trabalharmos mais depressa... Estamos sempre em minoria!!!
Equacionar os recursos humanos implica contratar mais pessoal, mas estamos em crise, por isso não há mais contratações! E a pescadinha está cada vez com mais rabo na boca e sem melhorias à vista...
(Agora um pouco de má língua, os estágios profissionalizantes que agora criaram para os enfermeiros, não são uma solução, mas sim exploração de profissionais recém formados que querem trabalhar... mas eu ainda recebo um ordenado mais ou menos, ao contrário dos meus colegas que ganham mal e nem férias têm...)
A gripe ainda não acabou... e parece não ter fim tão cedo...