quinta-feira, janeiro 15, 2009

Sócrates elogia papel de Correia de Campos em reforma "revolucionária" do SNS


15 de Janeiro de 2009, 15:05
Lisboa, 15 Jan (Lusa)
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"O primeiro-ministro considerou hoje que a criação da rede de cuidados continuados foi uma reforma "revolucionária" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2006, num discurso em que elogiou o ex-ministro Correia de Campos.
"Esta é uma das reformas pelas quais valeu a pena passar pela política", declarou José Sócrates no final de uma cerimónia em que foram assinados mais de uma centena de protocolos com misericórdias e entidades do sector social para a criação de mais 3138 camas na rede de cuidados continuados.
Este investimento, na ordem dos 100 milhões de euros - e que tem como meta dotar a rede de cuidados continuados com 8200 camas já em 2009 -, foi anunciado pelo primeiro-ministro na quarta-feira, durante o debate quinzenal na Assembleia da República.
Na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, José Sócrates elogiou a acção concertada entre os ministérios da Saúde e do Trabalho e da Solidariedade na criação da rede de cuidados continuados - articulação que disse ter contrariado as práticas do passado na administração pública portuguesa.
Após palavras de elogio dirigidas aos seus ministros Ana Jorge e Vieira da Silva, também presentes na cerimónia, Sócrates lembrou igualmente o trabalho desenvolvido pelo seu ex-ministro da Saúde Correia de Campos (exonerado há um ano do Governo) na área dos cuidados continuados.
"O meu querido amigo Correia de Campos sempre batalhou para que existisse esta rede de cuidados continuados", disse.
No seu discurso, que se seguiu a intervenções dos ministros da Saúde, do Trabalho e da Solidariedade e dos presidente da União das Misericórdias Portuguesas (Manuel Lemos) e da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (padre Lino Amorim), Sócrates aludiu às medidas adoptadas pelo seu executivo em relação aos idosos.
"Com a constituição desta rede de cuidados continuados e com o complemento solidário para idosos, que retirou da pobreza cerca de 200 mil cidadãos, este Governo deu expressão a um imperativo moral", declarou.
O primeiro-ministro vincou depois que "a forma como cada país trata os seus idosos é um sinal da maturidade democrática, de desenvolvimento, mas também de humanidade".
"Esta reforma dos cuidados continuados começou em 2006 e foi nessa altura uma ideia revolucionária", sustentou o primeiro-ministro, numa intervenção em que também assinalou os 30 anos de existência do SNS.
"Todos sabemos a importância que o SNS teve na construção da democracia e de um Estado social em Portugal, garantindo a universalidade na prestação de cuidados de saúde", afirmou o chefe do Governo, para quem a melhor forma de homenagear o SNS foi precisamente "introduzir avanços na rede de cuidados continuados".
"Todos os serviços do Estado social necessitam de ser reformados, tendo em vista servirem melhor os cidadãos e serem mais eficientes", sublinhou.
No seu discurso, perante uma plateia cheia, Sócrates defendeu que o SNS "cumpriu pela primeira vez nos últimos três anos os seus orçamentos" e que as medidas para apoio e assistência na rede social são também um importante factor de combate à actual crise económica e financeira internacional.
"O país precisa de mais investimentos públicos para animar a economia e para proteger os empregos. Mas o país também precisa que esses investimentos se façam de forma rápida e concentrada. Há muita gente que vai depender do apoio do Estado - e o nosso dever moral é andar depressa", salientou."
PMF.
Lusa




Não ponho em dúvida a necessidade desta reforma.


Mas questiono se estes protocolos não estavam já programados pela Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados, ou se surgiram no contexto do combate à crise, como foi passado pelo Eng. Sócrates, ontem no debate parlamentar e pela comunicação social depois.


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O que dirá a DECO?

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